quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

UM ILUMINADO E PACÍFICO ANO NOVO!!!





FELIZ ANO NOVO

FELIZ AÑO NUEVO

FELIZ ANINOVO

FELICE NUOVO ANNO

GLÜCKLICHES NEUES JAHR

NYTAR

FELICIGAN NOVAN JARON

HEUREUSE NOUVELLE ANNÉE

SHANÁ TOVÁ

HAPPY NEW YEAR

AKEMASHITE OMEDETOU GOZAIMASU

A COR CERTA PARA USAR NO REVEILLON

2010 é o ano da cor amarela, que facilita a comunicação e a expansão nos negócios.
Mas, você também tem uma cor, a sua cor, a que impulsiona a sua vida.
Comece o Ano Novo com muita energia positiva!
Comprometa-se com a vida, com muita paixão e entusiasmo.
O otimismo é propulsor para a prosperidade.
A esperança, a fé no futuro, a confiança em si mesmo, tornam seus objetivos muito próximos de ser alcançados.

A paz interior é o caminho para uma vida equilibrada.

Traga para a noite de Réveillon e para o primeiro dia do ano a sua cor. Ela é totalmente individual, pois depende da data em que você faz aniversário.

Para saber a cor que você deve usar na noite de Réveillon, some o dia ao mês do seu aniversário e ao número 4 (todas as pessoas devem somar o número 4 aos dia e mês de aniversário).

Exemplo: Se você faz aniversário em 27 de agosto :
27+ 8+ 4= 39 3+9=12 1+2=3
Sua energia para a noite de Réveillon é 3

Exemplo 2: Se você faz aniversário em 10 de março :
10+ 3+4 = 17 1+7=8
Sua energia para a noite de Réveillon é 8

Consulte abaixo o seu número, para saber a cor a ser usada e a sua energia para a entrada no Ano Novo:

Número 1

Muito decidido, você está cheio de ideias para fazer um grande movimento em sua vida. Dinamismo é o que não lhe falta, numa noite como esta. Por isso, você está muito a fim de fazer uma lista de desejos e proposições para 2010.
A melhor maneira de passar a sua noite de Réveillon é investindo em si mesmo, valorizando as suas necessidades e desejos. Pense numa maneira original de fazer a festa: pode ser à fantasia ou uma primeira vez de qualquer coisa. Pode ser para estrear a casa nova, ou num lugar que sempre desejou conhecer. Não é preciso estar com muita gente. O importante é que realize o seu sonho.

Use a cor vermelha em um acessório ou roupa nesta noite de Réveillon. Ela trará todo o impulso necessário para rumar em direção à independência e realização, no ano de 2010.

Número 2

Compartilhar os momentos de alegria, na noite de Réveillon, é o mais importante para você. Ter alguém com quem brindar, trocar confidências, abraçar, é seu mais profundo desejo.
A melhor maneira para você passar a noite de Réveillon é com os amigos ou então com sua “cara metade”. Você estará bastante sensível e precisará do apoio e da companhia do outro. Sua energia é de amizade e amor. Passe a noite de Réveillon juntinho, não importa o lugar. A dois em casa, a dois no restaurante, a dois no hotel, a dois...

Use a cor laranja para favorecer o calor, a comunicação e a espontaneidade nesta noite. Assim, você irá receber o ano novo com atitude de criatividade e entusiasmo.

Número 3

Esta é uma noite de grande animação. Você está a fim de passar o Réveillon com seus amigos e se tiver gente nova para conhecer, melhor ainda!
O ideal para você passar esta noite é em lugares movimentados em que seja visto, pois sua alegria irá brilhar, iluminar e contagiar todo mundo. Use a criatividade para se arrumar. Divirta-se em situações alegres, faça novos amigos. Você poderá passar o Réveillon numa viagem, numa festa ou num restaurante. Quer um ambiente amplo com muita gente, música, papel picado, fogos de artifício, muita cor e vibração.

A sua cor para esta noite é o amarelo, que irá motivá-lo ainda mais para a alegria de viver e facilitará a comunicação e a interatividade com as outras pessoas. Use uma roupa desta cor ou então um acessório. Você começa o ano com a energia de expansão , oportunidades, criatividade.

Número 4


Nesta noite, seguramente você vai querer estar no comando e na organização da comemoração. Você esperou tanto por este momento e agora não quer que dê nada errado! Por isso, se ocupa em cuidar dos detalhes, horários, lembrar a todos do compromisso assumido.
O ambiente ideal para passar esta noite de Réveillon é onde tudo esteja muito bem estruturado e não dê margem a surpresas! Poderá ser num restaurante, clube ou na casa de amigos. Poderá ser uma comemoração no estilo tradicional e conservador, junto à família, selando a união entre os entes queridos.

A sua cor para esta noite é o verde, que estimula a recuperação e facilita o raciocínio. O verde favorece a segurança e o movimento ordenado para seu ano de 2010. Use qualquer elemento da cor verde junto a você, na noite de Réveillon. Você começa o ano com serenidade e desejo de estabilidade e solidez.

Número 5

O clima nesta noite é de muito movimento, com possibilidades de que tudo mude e você tenha que voltar atrás em algumas decisões. Tudo pode acontecer! Você tem que estar pronto para uma noite diferente, cheia de novidades, totalmente fora da rotina.
O ambiente ideal para passar esta noite é qualquer um que não seja convencional, nem seja conhecido por você. Pode ser junto a novos amigos, uma viagem exótica ou no meio deTimes Square, em Nova York, numa lancha no mar, num balão no céu etc.
Use a cor azul, que vai contribuir para trazer pensamento claro que promove a capacidade de mudança e de movimento para o futuro. Use em suas roupas ou algum detalhe a cor azul, para ajudá-lo a começar 2010 com vivacidade, removendo bloqueios e favorecendo o fluxo de energia vital.

Número 6

Esta noite será para você viver o amor em todas as suas manifestações. Seu desejo é se sentir amparado, querido e cuidado. Quer se sentir seguro ao lado de sua família ou da pessoa amada.
O ambiente indicado para você, na noite de Réveillon, é o que traz aconchego e afeto. Pode ser em sua casa, na casa de parentes ou amigos bem íntimos. Pode ser numa reunião pequena, a dois, em que olhares e carinhos falam muito mais que as palavras. Uma cerimônia íntima de casamento ou noivado, em algum lugar bem romântico, também será bem- vinda.
A cor indicada para você usar, quando o ano de 2010 chegar, é azul anil, que lhe traz toda a proteção para o amor.

O uso da roupa de cor azul anil ou algum objeto desta cor que esteja com você, estimulará um sentimento relaxante capaz de provocar a sensação de paz e confiança, tão importantes para viver com serenidade seu grande ano 2010.

Número 7

Nesta noite de Réveillon, você vai fazer um recesso: uma pausa necessária para revisar seu estilo de vida. Poderá ser, portanto, um grande momento para você se reencontrar consigo mesmo. Sua percepção e sua intuição estarão aguçadas.
Você poderá se sentir muito bem em algum lugar que inspire a reflexão, como à beira de um lago ou do mar. Poderá preferir passar com pouca gente do seu lado ou até sozinho. Cerimônias e rituais poderão estimular esse encontro consigo mesmo. Templos religiosos, ashrams, ou um lugar que permita a elevação espiritual, poderão proporcionar a viagem ao seu mundo interior. Você vai perceber o que não é visível aos olhos.

A cor indicada para você é a lilás, pois permite a renovação de energia pessoal, facilitando assim um novo direcionamento de sua percepção de vida no ano 2010.

Número 8

Você comanda a festa de Réveillon neste ano. Quer deixar tudo muito bonito, para receber seus amigos e parentes. Prefere fazer uma superreunião na sua casa ou então levar as pessoas queridas a um lugar elegante. Você tem iniciativa, toma conta de tudo e quer o melhor! Está satisfeito com suas conquistas e quer compartilhar com todos os que torcem por você.
A maneira ideal para passar esta noite de Réveillon é num ambiente de festa com muita alegria, boa conversa, mesa farta e pessoas elegantes. Que tal uma viagem de navio, uma noite num clube ou um bom restaurante?

Use a cor marrom, para contribuir com a sua atitude de confiança, eficiência e dinamismo, indispensáveis neste ano de progresso.

Número 9

Nesta noite de Réveillon, você revelará muitas decisões importantes que vem tomando ao longo do tempo. Você pensou e pensou. Agora já sabe o que quer. Esta é a noite para determinações sérias e comprometedoras. Suas esperanças e expectativas para o futuro se misturam às lembranças e à melancolia de um passado. Você está num momento de transição, nesta noite.
O melhor lugar para passar esta noite é junto a pessoas queridas do seu passado, amigos de longa data, ou então junto a pessoas desconhecidas que precisam de amor e solidariedade. Viaje a um lugar que marcou sua vida, relembre o passado. Será um excelente dia para perdoar, resolver pendências, esclarecer fatos, explicar, compreender. Dia sentimental.
Use a cor rosa, para poder liberar todo o amor que existe em você, deixando para trás o passado que aprisiona e entrando no ano de 2010 com visão ampla das enormes possibilidades no seu futuro.

Com o meu abraço amigo

Vera Lucia

FELIZ 2010

Olá Júnior,

Quem planta, colhe!

Você sabe como ninguém plantar a semente da amizade.
Com certeza, colherá muitos amigos a cada ano que desponta.

Sou feliz por fazer parte de uma de suas colheitas.
Fique certo que regarei com carinho o canteiro de nossa amizade.
Aqui fico torcendo para que você se supere a cada nova safra.

Que 2010 seja um ano de muita fartura, e será, pois você trabalha para isso.

FELIZ 2010!!!!!

Um abraço,

Dalinha Catunda

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

RECEITA DE ANO NOVO


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)



Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.



Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


(Carlos Drummond de Andrade)

PARA REFLETIR

"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito".

Machado de Assis

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O CRISTO DOS INHAMUNS


(Poeta Estanislau Fragoso)

Eu vi Cristo
perdido
na capoeira seca
dos Inhamuns.

Seu rosto
estava queimado
pelo sol malvado
e seco
do sertão sem chuva.

Ele estava
de chapéu de couro
na cabeça
molhado de suor,
encurvado sobre o
cabo da enxada.

Suas mãos
estavam cheias
de calo, de sol e
de vontade
de rasgar um chão
com cheiro de chuva.

Sim! Eu vi Cristo
dos Inhamuns,
camisa grossa
com cheiro
de suor honrado,
corpo arranhado
pelos espinhos de
jurema preta,
seus pés empoeirados
de couro grosso
e curtido
e cansado de apanhar do chão.

Ele estava
quase sem dente...
apenas
uns caquinhos
de dor na gengiva
emperrada
e enferrujado
de mastigar
tão pouco.

Ah! Meu doce
Cristo dos Inhamuns
sem semblante,
sem face
e sem esplendor,
de pele enrugada
sem saber ler,
escrevendo um poema
de roça
no papel seco
da capoeira
cinzenta,
com a pena
do cabo da enxada.

Ah! Meu Cristo
com cheiro
de povo e de chão,
como eu te amei
quando te vi perdido
na capoeira seca dos Inhamuns.

Tive vontade
de por as mãos
e rezar,
meu Cristo dos Inhamuns,
ajuda-me a ser
homem
como tu, meu irmão!

(Enviado por "Ticuá")

OBSERVAÇÕES SOBRE O "OBSERVATÓRIO"

É isso JB,em verdade,a grande jornada que a humanidade não fez,que seria em si propria,ainda não foi feita,no que pese as inúmeras lições de iluminados como Jesus,Gandhi,Buda,etc tanto a clamarem; a maior parte das religiões distorceram e ainda distorcem seus ensinamentos;erguem-se templos, paramentam-se e se dizem representantes de Deus no planetinha.

Aquela corda atada, entre o homem e o além-túmulo do velho Friedrich Nietzsche, por quantas vezes ja não foi "torada"!.

Sugestão de musica para final do ano: A lista(Osvaldo Montenegro).

Paulo Nazareno


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Olá Júnior,

Eu até que tento desembaçar o meu olhar. Ser mais complacente. Contudo continuo tendo a leve impressão que o povo continua sendo crucificado e dividindo espaço entre o bom e o mau ladrão.

O pior é saber que roubar pode! tendo a grandeza de se arrepender, nem passa no purgatório, vai direto para o céu. Assim foi com Dimas e será com os demais.

Mas quem poderá atirar a primeira pedra?

Quero desejar a você e toda sua familia, um feliz Natal, um Ano Novo cheio de paz, alegrias e felicidade.

Dalinha Catunda

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

OBSERVATÓRIO


Estamos a celebrar mais um Natal. Em momentos como esse, impende indagar: existe relação entre uma coluna inclinada para as coisas externas da política e a uma data voltada para o farol íntimo da fé? Existe alguma ligação entre o fio mundano da representação popular e a raiz profunda que nos liga ao transcendente? Penso que sim. Porém, nosso olhar precisa ser desembaçado.

NOSSO OLHAR

Segundo Gibran, “a humanidade olha para Jesus Nazareno como para um miserável que sofreu pobreza e humilhação como todos os fracos. E ela tem pena d’Ele, pois acredita que Jesus foi crucificado na dor... E tudo o que lhe oferece é choro, gemidos e lamentação. Por séculos a humanidade tem adorado a fraqueza na pessoa do Salvador. O Nazareno não era fraco! Ele era forte e é forte! Mas as pessoas se recusam a ouvir o verdadeiro significado da força. Jesus nunca viveu uma vida de medo, nem morreu sofrendo ou queixando-se... Viveu como um líder, foi crucificado como um cruzado, morreu com um heroísmo que assustou seus assassinos e torturadores”.

JESUS, O MODELO

“Jesus não foi um pássaro de asas quebradas. Foi uma tempestade furiosa que quebrou todas as asas deformadas. Não temeu seus perseguidores nem seus inimigos. Não sofreu diante de seus assassinos. Foi livre, bravo e ousado. Desafiou todos os déspotas e opressores. Viu as pústulas contagiosas e amputou-as... Fez calar o mal, esmagou a falsidade, despedaçou a perfídia. Jesus não veio do centro do círculo de luz para destruir os lares e construir sobre suas ruínas os conventos e mosteiros. Não persuadiu o homem forte a se tornar monge ou padre, mas veio difundir sobre esta Terra um espírito novo, com poder para demolir as fundações de qualquer monarquia erguida sobre ossos e crânios humanos... Veio demolir os palácios majestosos, construídos sobre os túmulos dos fracos, e esmagar os ídolos, erigidos sobre os corpos dos pobres. Jesus não foi enviado aqui para ensinar as pessoas a construir igreja e templos magníficos no meio dos frios barracos miseráveis e das choupanas melancólicas... Ele veio para transformar o coração humano num templo, a alma no altar e a mente num sacerdote”.

A REFLEXÃO

Certamente, é pela ausência da compreensão do verdadeiro Jesus, exemplo maior de coerência e justiça, que os homens entregues à magnânima tarefa de dirigir os demais através da representação popular deslizam tanto sobre a calçada molhada dos escândalos. Enquanto assistimos, atônitos e indignados, a cenas deprimentes de corrupção protagonizadas por governantes, deveríamos antes nos perguntar: - Se eu lá estivesse, agiria diferente? Seria capaz de resistir ao toque sedutor do vil metal? Será que, nas pequenas ações que preenchem o meu cotidiano, dou exemplo de honestidade e decência?

A ALTERAÇÃO

Cada dia que passa sedimento em meu coração a clara certeza de que, além de mudar o nosso sistema representativo (alterando a legislação, implantando o voto distrital misto, financiamento público de campanha etc) temos que mudar o ser humano, ou melhor, cada um de nós. Como lembrou Gandhi, “Nós devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo”. Esta, imagino, há de ser a principal reflexão que devemos fazer neste Natal de 2009.

SALA DE VISITA

O radialista Marcelo Chaves comanda, na Super Vale, um programa leve e envolvente. É o ‘Sala de Visita’. Numa sala virtual montada no estúdio da emissora, Marcelo provoca convidados a abrir o coração, escancarando a alcova da infância, narrando inconfidências adolescentes e expressando segredos da alma. Emociona a participação do público ouvinte. Fui seu convidado no último dia 05 de dezembro. Agradeço a deferência do convite. Agradeço, também, às trinta e três pessoas que participaram.

SÃO VICENTE E PETRÓLEO

José Edvaldo Melo, o popular Zagalo, teve uma idéia tão inusitada quanto feliz: reativar, neste final de ano, o maior clássico futebolístico crateuense: São Vicente e Petróleo. Já conseguiu os uniformes vermelho e branco do São Vicente e o amarelo e preto do “Puma do Sertão”. Estas equipes, que arrastavam frenéticas multidões ao estádio municipal, ainda permanecem vivas na memória dos desportistas locais. Esse é o tipo de partida onde, paradoxalmente, todos saem com a sensação de vitória. Gol de placa!

A VOLTA DOS SOMBRAS

Outra iniciativa com som de saudade veio do empresário Vanderlei que, juntamente com alguns amigos, pretende promover a volta do “Os Sombras”, famoso conjunto musical que atingiu o auge nas décadas de 70 e 80. Na festa, agendada para o próximo dia 09 de janeiro de 2010 na Cabana Mendes, serão homenageadas personalidades que salpicaram de estrelas a vida noturna de Crateús. Sucesso aos organizadores do evento!

ANO NOVO

Estamos a fechar a cortina de mais um ano. É hora de colocar o olho no retrovisor, abrir o peito para o balanço, fazer a assepsia da alma e deixar desabrochar a flor do novo ano. É imperioso que eliminemos as pendências, através da faxina nos nossos arquivos mentais. Abra um espaço para doar com gratidão o que pode ser benéfico ao próximo e acione a sintonia vibrante da aurora do ano que nasce. Um Natal de Luz e um Ano Novo de Paz!

PARA REFLETIR

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo... e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares... É o tempo da travessia... e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos". (Guimarães Rosa)

(Por Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro-Oeste)

FLÁVIO MACHADO


Primeiro, um apelo aos representantes do povo no Legislativo da minha terra: aprovem, com aclamação e louvamento, à unanimidade de votos, um título de Cidadão Crateuense para Flávio Machado e Silva.

Ele apenas nasceu na bíblica Palestina (hoje distrito de Novo Oriente), que pertencia à antiga freguesia de “Pelo Sinal”, atual Independência; porém toda a sua caminhada histórica foi trilhada em Crateús. Todos os registros da sua memória primária se concentram na terra do Senhor do Bonfim, onde passou a residir desde os três primeiros setembros de vida. Sua alma é um monumento comemorativo às pessoas, aos lugares e às cousas da cidade que ama. É um dos raros nobres da nossa ex-Príncipe Imperial.

Ao beijar a cidade de Crateús, o rio Poty se bifurca e, como um bolo atraente, uma coroa de terra emerge: é o bairro da Ilha. Quando Flávio abre o filme das recordações, a primeira imagem o remete ao espaço de ternura desenhado pelo rio. E, em especial, àquele caminho constituído por dormentes de aroeira, trilhos de ferro e uma passarela cerimoniosa, imponente e primorosa que liga o bairro ao restante da urbe: a ponte de ferro.

Flávio é daqueles cuja infância esteve indelevelmente vinculada ao som do trem e à magnitude da ponte. Incorporou às veias do coração o hábito dos bons ferroviários: amar o trabalho sereno, cultivar a velocidade constante e andar sempre nos trilhos. Descobriu e cultiva a liturgia da rotina. Na música Caminhos, Raul Seixas e Paulo Coelho fazem uma peroração sobre a rotina: “E você ainda me pergunta: /aonde é que eu quero chegar, /se há tantos caminhos na vida /e pouquíssima esperança no ar! /E até a gaivota que voa /já tem seu caminho no ar!” Segundo o comercial do perfume, “a rotina do destino é a certeza. Toda rotina tem a sua beleza”. Esse apego à rotina, no entanto, nunca significou acomodação. Pelo contrário. O filho do casal Izauro Machado Portela e Antonia Silva Machado desde cedo revelou pendores para a atividade intensa. Sertanejo de clara e gema, ainda criança criava galinha e vendia os ovos para juntar dinheiro. Após o curso primário na Escola da D. Delite, tomou assento no trem e foi estudar em Sobral, no Seminário Diocesano São José.

Em que pese ser uma figura compenetrada, descobriu que se sentia melhor com o blusão de leigo do que com as vestimentas clericais. Voltou aos bancos escolares crateuenses e, na Escola de Comércio, concluiu o Curso Técnico de Contabilidade. Estudante ativo, militou no Grêmio Clóvis Beviláqua, onde começou a alinhavar artigos para o jornal O Estudante. Integrou a Juventude Estudantil Católica – JEC – e incursionou pelas ondas sonoras da radiofonia, compondo a equipe da única emissora da região, a Rádio Educadora de Crateús, onde apresentou programas como “Sertão do Ceará” e “Discoteca do Fã”. (Anualmente, era promovida a festa para a escolha da Rainha dos Radialistas. A eleita de 1968, Izabel Morais Barros, foi por Flávio desposada e lhe deu quatro filhos: Izauro Neto, Elizabeth (Betinha), Eliane e Flaviana).

Sua imagem de compenetrado virginiano e comedido torcedor do Fluminense só se transformava quando era convidado a entrar em campo como jogador de futebol. Aí virava um verdadeiro tufão: aonde ia arrastava tudo e arrancava com a bola até o gol. Ganhou, por isso, o apelido de Caterpillar, numa referência à famosa multinacional fabricante de máquinas pesadas.

Membro de uma geração dedicada ao labor e ao estudo, varava madrugadas à luz de um candeeiro de petróleo preparando-se para concursos públicos. Sem maiores dificuldades, foi aprovado nos certames que enfrentou para ingressar nos quadros da Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural – ANCAR-CEARÀ, do Banco do Nordeste e Banco do Brasil. Optou definitivamente por este último, onde assumiu destacadas posições até atingir o posto de Gerente Geral.

A aposentadoria, no ano de 1995, foi apenas um detalhe, dês que continua em embalada atividade, pois considera que “a ociosidade atrofia a mente e o corpo”. Rui dizia que “oração e trabalho são os recursos mais poderosos na criação moral do homem. A oração é o íntimo sublimar-se d'alma pelo contato com Deus. O trabalho é o inteirar, o desenvolver, o apurar das energias do corpo e do espírito, mediante a ação contínua de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo onde labutamos”.

Flávio ora e labora. Homem de fé, colaborou no Conselho de Assuntos Econômicos da Diocese de Crateús exercendo o cargo de ecônomo.

Além de tocar, com o irmão Antonio, a Casa Comercial Santo Antonio, herança paterna, administra uma empresa rural que trabalha com frango de corte, criação de ovinos, bovinos e suínos.

Às filhas Edite e Larissa, da sua união com a professora Lindalva F. de Carvalho, sua atual companheira, dedica todo o tempo livre. Porque, além da intensa atividade empresarial, continua a labutar com vigor juvenil, reservando espaço para o estudo e a produção literária.

Como Roberto Marinho, que fundou a Rede Globo após ter completado sessenta anos de idade, Flávio encara novos empreendimentos após virar sexagenário. Alimenta quinzenalmente a Coluna “Crateús de Ontem” e lançou, no último dia 05 de dezembro de 2009, o livro “Crateús, lembranças que aquecem o coração”, um conjunto de belas crônicas sobre a vida florida e espinhosa de personagens reais que, na comuna dos seus amores, tocaram o badalo do sino do progresso. É, também, um dos fundadores da Academia de Letras de Crateús – ALC, onde ocupa a cadeira número 04, cujo patrono é seu ex-reitor Dom José Tupinambá da Frota.

Que continues, bom companheiro, seguindo as paralelas da rotina transparente, sob os auspícios da serena crença, no ritmo equilibrado da decência, aquecendo os nossos corações com as lembranças do passado e sempre atento ao apito inconfundível do trem do futuro!


(Por Júnior Bonfim, publicado na Revista Gente de Ação e Jornal Gazeta do Centro-Oeste)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

AMANHÃ É DIA DE MAIS UMA EDIÇÃO DO JORNAL GAZETA DO CENTRO-OESTE!

PARA ENTRAR NO CLIMA DO NATAL


Happy Xmas (War Is Over) Feliz Natal (A Guerra Acabou)

So this is christmas Então é natal
And what have you done E o que você tem feito?
Another year over Um outro ano se foi
And new one just begun E um novo apenas começa

And so this is christmas E então é natal
I hope you have fun Espero que tenhas alegria
The near and the dear one O próximo e querido
The older and the young O velho e o Jovem

A very merry christmas Um alegre Natal
And a happy new year E um feliz ano novo
Let's hope it's a good one Vamos esperar que seja um bom ano
Without any fear Sem sofrimento

And so this is christmas (war is over...)E então é natal (e a guerra terminou...)
For weak and for strong (...if you want it)Para o fraco e para o forte (...se você quiser)
The rich and the poor one Para o rico e para o pobre
The world is so wrong O mundo é tão errado

And so happy christmas E, então, feliz natal
For black and for white Para o negro e para o branco
For the yellow and red one Para o amarelo e para o vermelho
Let's stop all the fight Vamos parar com todas as lutas

A very merry christmas Um alegre Natal
And a happy new year E um feliz ano novo
Lets hope it's a good one Vamos esperar que seja um bom ano
Without any fear Sem sofrimento

And so this is christmas E então é Natal
And what have we done E o que nós fizemos?
Another year over Um outro ano se foi
And new one just begun... E um novo apenas começa...

And so happy christmas E então Feliz Natal
We hope you have fun Esperamos que tenhas alegria
The near and the dear one O próximo e querido
The older and the young E velho e o jovem

A very merry christmas Um alegre Natal
And a happy new year E um feliz ano novo
Let's hope it's a good one Vamos esperar que seja um bom ano
Without any fear Sem sofrimento

War is over - if you want it A guerra acabou , se você quiser
War is over - if you want it A guerra acabou , se você quiser
War is over - if you want it A guerra acabou , se você quiser
War is over - if you want it A guerra acabou , se você quiser

Happy Xmas (War Is Over)
John Lennon
Composição: John Lennon e Yoko Ono

sábado, 19 de dezembro de 2009

O PINTO E O BARATA...


Meu Douto Dr. Junior Bonfim, eu não me lembro se o “pinto” era do Seu Avô Sr. Tetero Bonfim ou se o “pinto” era do Sr. Felipe Bezerra, Pai do Prefeito, de Crateús, bem como, a quem o barata pertencia, a qual dos Dois Cidadãos, acima mencionados.

O fato meu Nobre Junior Bonfim, é que se tratava de dois cavalos, que na linguagem turfística, denomina-se autênticos pangarés! Não ganham uma corrida ou mesmo um páreo! Correm para não chegarem, com o “freio de mão puxado”.

Resolveram protagonizar uma corrida entre os dois eqüinos, em uma localidade denominada de “lagoa da porta” que se dava o nome de “prado”. Com presença de uma Pessoa Muito Querida do Seu Avô, o Dólar! Sei que Você não o conheceu, porém, com certeza, dele já ouviu histórias.

Lembro-me que José Bezerra Melo, que tenho a honra de tê-lo chamado de Pai, compadre do seu Avô e, também, compadre do Sr.Felipe Bezerra, apostava no cavalo do Sr. Tetero, o pinto ou barata.

Sr. Milton Menezes, Cidadão correto, firme nas suas atitudes, foi o encarregado de dar a partida dos 2 (dois) pangarés.

Chega o domingo o grande dia, o grande momento, uma grande expectativa reinava, na então Crateús pequena, porém, não pequena Crateús!

Sr. Milton Menezes, conseguiu alinhar os cavalos com seus respectivos jóqueis e é dada a largada!!!!

Adivinha, Meu Nobre! Os dois cavalos, como que combinados! Partiram para lados opostos! Abriram! Nenhum queria correr! Os jóqueis não conseguiram aprumar os ditos cujos!

Repetiu-se mais 2 (dois) domingos seguintes e o desfecho foi o mesmo, qual seja, nunca se conseguiu saber qual dos 2 (dois) cavalos tinha a melhor ou a pior performance.

Salienta-se que as Esposas foram decisivas, no que concerne, a não continuidade de fazer os 2 (dois) pangarés correrem, Uma Delas Dona Missanta. Sua Avó Materna.



Ticuá - RJ

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CONJUNTURA NACIONAL

QUANTA TERRA....!

João Suassuna, velho coronel e líder político do Estado, pai do escritor Ariano Suassuna, perseguindo um trabalhador de seus imensos latifúndios, mandou dar um purgante de óleo de rícino, chamou dois jagunços. Sebastião Nery descreve:

- Levem esse cabra até a fronteira da fazenda. Vão os três a pé. E o purgante não pode fazer efeito em minhas terras. Se fizer, podem sumir com ele.

O homem saiu na frente dos dois capangas, andou, andou, apertou o passo, escureceu, e nada de chegar o fim da fazenda. O remédio começava a torturar e o homem suando frio e andando ligeiro. De repente, não aguentou mais, gemeu:

- Eta coronel pra ter terra !

AS CHANCES DE SERRA

José Serra está na galeria dos mais preparados homens públicos de nosso país. Tem condições de ganhar o pleito de 2010. Seus desafios: sustentar a boa posição nas pesquisas – em torno de 35% a 38%; estabelecer um discurso capaz de canibalizar o discurso ufanista e glorioso do lulismo; demonstrar que pode fazer um governo melhor e mais qualificado que o de seu antecessor; atrair as massas e conquistar o voto de bolsões atendidos pelo assistencialismo; sair de SP com 6 a 7 milhões de maioria para suportar a avalanche lulista no nordeste; ampliar o raio de alianças; conseguir convencer o eleitorado que o petismo está esgotado.

O ALERTA DE AÉCIO

Aécio Neves pôs o dedo na ferida. Apontou a inação do PSDB. O jeito tucano de conformar-se com poucas coisas. Por acomodação. Mostrou as grandes possibilidades do partido na área da articulação política, atraindo grandes fatias do PMDB, PP, PDT e até do PSB de Ciro Gomes. Mas os tucanos parecem conformados em manter modesta aliança com o DEM e PPS. O governador mineiro, na autocrítica, sinaliza vontade de liderar esse processo. Parece tolhido pela barreira que se chama José Serra. Este não se define. Dá indicação de que quer ser candidato mas não tanto. Pode desistir. Por isso, Neves deu o brado: sua pré-candidatura à presidência não passa do mês de janeiro. Se Serra continuar indeciso, ele anuncia sua candidatura ao Senado.

AS CHANCES DE AÉCIO

Este consultor volta a insistir na tese: Aécio Neves tem grandes possibilidades de sucesso. Pode vir a ser melhor que Serra como candidato. O governador paulista é experiente, um craque na administração de contas, é sério, organizado e tem um recall extraordinário. Seu perfil, porém, na régua do tempo, está mais próximo ao espaço da saturação. Que espaço é este? Trata-se do território das coisas já muito conhecidas: cara, jeito, atitudes, falas, ideias. O eleitor se indaga: "de novo essa pessoa?" Serra tem ingresso para este filme. Ou seja, seu sapato tem a sola mais gasta. E as pessoas tendem a ser atraídas por sapatos novos. Vejam o que diz Nietzsche, pela boca de seu profeta Zaratustra.

O CONSELHO DE ZARATUSTRA

O profeta solta o verbo: "novos caminhos sigo, uma nova fala me empolga: como todos os criadores, cansei-me das velhas línguas. Não quer mais o meu espírito caminhar com solas gastas". O sistema cognitivo do ser humano procura novas combinações, novas associações, novos modelos para acompanhar o processo de evolução. É aí que entra Aécio Neves. Encaixa-se melhor em uma estrutura cognitiva cansada de "velhas línguas". As pessoas sentem-se atraídas por apelos e provocações diferentes.

"Em política quem mais grita mais arranja." (Eça de Queirós)

DILMA NA MESMA HIPÓTESE

Dilma Rousseff se enquadra na mesma hipótese. Ela entra na faixa da novidade. O fato de não ser conhecida trabalha a seu favor. Seu espaço será o de crescimento. Expansão do perfil, com adesões gradativas e crescimento da intenção de voto, na esteira da maior visibilidade. Não há dúvida de que o eleitor tende a considerá-la como um fator emergente, novo. E mais: quem está atrás tende a subir nas pesquisas; quem está muito adiante, tende a cair.

DILMA E AÉCIO, AS DIFERENÇAS

Agora, vamos às diferenças entre os dois perfis. Dilma é ministra de Estado, mas nunca governou um Estado. Nunca teve um voto na vida. Não passou pela vida parlamentar. Nesse momento, a experiência conta. Principalmente quando inserida no contexto de um perfil jovem como o de Aécio Neves. Dilma, ademais, é a sombra de um conceito, o lulismo. Sombra. Ou seja, ela não é Lula. E Lula não conseguirá derramar caminhões de votos em sua direção. Será apresentada como a mãe do PAC, com capacidade gerencial etc. Mas não tem carisma. Já Aécio, de muitos sorrisos e abraços, exibe certo carisma.

COMPARAÇÕES

Situemos, agora, os universos em que ambos se inserem. Dilma, que começa a aparecer de vermelho nos filmetes de propaganda partidária, é a extensão do PT. Ora, esse partido continua a querer dividir o Brasil em duas alas: o lado do bem e o lado do mal. O lado do bem é o dele. A banda do mal é a dos outros. O PT continua a querer fazer a guerra dos pobres contra os ricos. Uma divisão que não combina com o espírito do tempo. Trata-se de uma visão retrógrada, ultrapassada. Os petistas parecem dizer: nós somos os melhores, os mais próximos a Deus; vocês, os piores, são filhos de Belzebul. Ora, esse discurso afugentará amplos contingentes dos espaços centrais da pirâmide. O ar de vestal do PT não mais atrai.

"A missão do jornalista é principalmente indagar e tocar o dedo na corpulência da administração e da sociedade o ponto em que a inércia principia a produzir o apodrecimento." (Eça de Queirós)

ARTICULAÇÃO

Mais ainda: o governador mineiro teria grandes condições de reunir em torno de si um formidável conjunto de forças políticas. Dilma, ao contrário, não tem força agregadora. Quem promove a agregação – artificial – em torno dela é o patrocinador Luiz Inácio. Resumo do argumento: Aécio Neves tenderia a crescer; Serra tende a cair. Dilma sinaliza derrota no enfrentamento com Aécio, mas abre boas perspectivas de vitória ante o governador paulista.

E SERRA?

Conta com uma garantia: a reeleição em SP.

E ALCKMIN?

Se for candidato ao governo, tem ótimas chances, porquanto o PT continua estigmatizado em SP. Mas se Serra vir a concorrer ao governo, Alckmin não teria muita dificuldade de garantir vaga no Senado.

E O MELHOR DO PT?

Já o melhor candidato do PT, em SP, para disputar o governo é o prefeito Emidio de Souza, de Osasco. Que faz uma boa administração.

LULA, O PERFORMÁTICO

Luiz Inácio foi para o show final de Copenhague no momento em que o Brasil lidera o ranking de países com melhor conceito no campo da sustentabilidade. A nota alcançada pelo país foi a mais alta: 68. Os EUA estão oito pontos abaixo da última posição no ranking. Lula deverá fechar posições avançadas. Se conseguir uma negociação, fechará o ano com mais aplausos. Queiram ou não, Lula é o presidente brasileiro mais aplaudido no exterior em todos os tempos.

CRISTAL TRINCADO

Lula desfechou um tiro na cúpula do PMDB com sua ideia de lista tríplice para Dilma escolher o vice de sua predileção. Lula quis sugerir o nome de Henrique Meirelles. Que jamais seria escolhido pelo PMDB, ele que é cristal novo no partido. Lula acha que pode fazer tudo, inclusive dizer aos partidos o que estes devem fazer. Pois bem, Lula trincou o cristal com a acidez de sua boca. A desconfiança do PMDB subiu no telhado.

UMA PEDRA NO CAMINHO

A agressão ao primeiro ministro italiano teve o condão de torná-lo vítima. Direita e esquerda condenaram o ato insano que deixou Berlusconi com dentes e osso do nariz quebrados. Passará alguns dias no hospital recebendo solidariedade. Na política, uma pedra no meio do caminho pode ser a salvação do percurso. Berlusconi, convenhamos, estava com imagem muito desgastada.

PROPAGANDA ENGANOSA?

Este consultor ficou assustado com a manchete: 70% das campanhas publicitárias têm problemas. Que coisa incrível. O Brasil é, reconhecidamente, uma das mais qualificadas praças da propaganda mundial. A genialidade brasileira é premiadíssima. Temos alguns dos mais criativos profissionais de propaganda do mundo. E agências poderosas e com ramificações internacionais. Muito bem. Agora, expliquem. Por que nossas campanhas publicitárias vendem engodos? Por que são consideradas enganosas? Com a palavra, meus amigos publicitários.

LULA, O POSTE E O PATROCÍNIO

Primeiro, Dilma já não é um poste. Quem, a essa altura, tem 20% de intenções de voto, já saiu daquela classificação. O que sugere nova pergunta: Luiz Inácio tem condições de transferir votos para Dilma? Respondo com a eleição chilena, que mostra semelhanças com a nossa. Bachelet, a presidenta, tem cerca de 80% de aprovação, índice próximo ao de Lula. Seu candidato, Eduardo Frei, que integra a Concertación, ficou em segundo lugar, bem atrás do conservador Piñera, um bilionário. Vai disputar o segundo turno. Tudo indica, porém, que Bachelet não conseguirá fazer seu sucessor. Tragam o exemplo para cá.

E O ESGOTAMENTO?

Alguém poderá objetar: no Chile, o governismo da Concertación se esgotou. O sistema está há 20 anos no poder. Exauriu-se. É verdade. Esta pode ser boa explicação. E, por aqui, o PT terá, ao final do governo Lula, apenas 8 anos no poder. Mas não se pode considerar a questão da identidade. O PT perdeu sua identidade. Virou um partido igual aos outros. Mas ainda se acha vestal. Pode ser que 8 anos sejam suficientes para esgotar a vida útil de uma sigla no centro do poder.

SOBREVIDA

Os governantes fazem o possível e o impossível para alterar a dinâmica da política. José Roberto Arruda é o mágico de plantão. Depois dos vídeos devastadores que mostraram a farra do mensalão no DF, a conclusão geral era de que Arruda seria ARRUinado. Não é que conseguiu uma sobrevida? Vitamina: uma injeção de milhões na folha. Cooptação pelo bolso.

168 MILHÕES DE TELEFONES

Pois é, todos os telefones do Brasil podem ser grampeados. Quem deu a licença para tanto foi o juiz Marcio Milani. Está dito no blog do Lauro Jardim. Ele mesmo, o juiz, colocou seu telefone sob o império do grampo. Inacreditável. No Brasil, o mundo ficcional é real.

TERCEIRIZAÇÃO E PACTO

O presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer, recebeu dirigentes do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor, coordenado pelo diligente José Maria Chapina Alcazar, presidente do SESCON-SP/ASCON. Em pauta, dois projetos: 4302/98, que trata da terceirização; e o famigerado projeto que sugere mudanças na lei de Execuções Fiscais. O projeto em tela, que integra o II Pacto da República, tenta criar a figura da execução prévia, ferindo a norma constitucional e proporcionando um dos mais violentos atentados contra os direitos dos contribuintes. Em relação à terceirização, Michel sugeriu reuniões, em janeiro, para se chegar a um acordo sobre dois aspectos: responsabilidades solidária e subsidiária. Quanto ao segundo, o Fórum vai providenciar um parecer sobre sua inconstitucionalidade.

PROTÓGENES

Protógenes Queiroz acaba de ganhar um emprego. Será o Assessor de Segurança para a Copa de 2014. Coordenará o mapa da segurança nos estádios. Ele é do PC do B. Foi nomeado pelo ministro Orlando Silva, do Esporte. Protógenes deverá ser candidato a deputado pelo partido. Pensou em ser candidato a senador. Não teria chances. Como candidato a deputado, pode ser puxado pela votação a ser obtida pelo bom ministro Orlando.

OPORTUNIDADE PERDIDA

O STF perdeu mais uma oportunidade para fazer história. Ao decidir o recurso do Estadão contra a censura, a mais alta Corte do país, pela maioria de seus membros, preferiu o caminho dos detalhes técnicos. A tecnicalidade venceu a essência. A curva fechou a reta. Ayres Britto, Celso de Mello e Cármen Lúcia deram votos mais condizentes com o espírito do tempo.

ENSINANDO CAVALO A VOAR

O sultão (da Pérsia) havia condenado à morte dois homens. Um deles, sabendo o quanto o sultão apreciava o seu garanhão, ofereceu-se para ensiná-lo a voar em um ano, em troca da sua vida. O sultão, imaginando-se como o único cavaleiro de um cavalo voador do mundo, concordou. O outro prisioneiro olhou para o amigo sem acreditar. "Você sabe que cavalos não voam. Que ideia louca foi essa? Você só está adiando o inevitável." "Não tanto", disse o primeiro prisioneiro. "Na verdade, eu me dei quatro chances de liberdade. Primeiro, o sultão talvez morra neste ano. Segundo, talvez eu morra. Terceiro, o cavalo talvez morra. E quarto... quem sabe eu ensino o cavalo a voar !" (A arte do poder, R. G. H. Siu, 1979)

CONSELHO AOS CONGRESSISTAS

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na edição passada, o espaço foi destinado aos patrocinadores de pesquisa. Hoje, volta sua atenção aos congressistas:

1. Aproveitem o recesso de fim de ano, o convívio com os familiares e as bases para captar a alma das ruas.

2. Apurem as demandas, expectativas e anseios de suas comunidades.

3. Transformem a argamassa extraída do pensamento social em ações. E ganhem força para enfrentar o maior de todos os projetos: a reforma dos costumes políticos, a reforma política.

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(Por Gaudêncio Torquato)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

OAB CONTRA PEC DOS PRECATÓRIOS


Ordem dos Advogados do Brasil ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade, no Supremo Tribunal Federal, contra a PEC dos Precatórios. A Emenda Constitucional, promulgada na quarta-feira (9/12) pelo Congresso Nacional, alterou as regras para pagamento das débitos judiciais da União, Distrito Federal, estados e municípios. A informação é da Agência Brasil.

A ADI contou com o apoio Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp). O presidente da entidade, José Carlos Cosenzo, participou da assinatura e do ajuizamento da ação. Assim como entidades representativas da sociedade civil — entre elas, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).

A nova regra determina o pagamento das dívidas decorrentes de decisões judiciais em 15 anos e estabelece limites mínimos da receita corrente líquida dos estados e municípios para serem gastos com precatórios. A estimativa é que haja estoque de R$ 100 bilhões em precatórios a serem pagos pela União, estados e municípios.

A ação pede concessão de liminar pra suspender os efeitos da emenda. "Essa proposta revela-se como o maior atentado à cidadania já visto na história brasileira, pois só objetiva permitir que maus governantes deem mais calote em seus credores", diz a OAB no processo.

Um dos pontos mais polêmicos da emenda é o que determina que metade dos precatórios devidos seja paga segundo uma ordem cronológica e o restante, por meio dos leilões de desconto em que o credor que conceder o maior desconto sobre a dívida receberá primeiro. O pagamento dos precatórios alimentícios devidos a pessoas com mais de 60 anos terá prioridade.

O presidente do STF, Gilmar Mendes, já defendeu as mudanças nas regras para pagamento de precatórios. “Se formos exigir o pagamento imediato dos precatórios pendentes, sabemos que a União, os estados e os municípios não suportam. A proposta de parcelamento não é maldade cometida pelos agentes públicos. Trata-se de um modelo de racionalização para sairmos desse impasse que existe agora”, afirmou Gilmar Mendes.

(Fonte: Consultor Jurídico)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

LANÇAMENTO PRESTIGIADO




Aconteceu na noite de ontem, 14 de dezembro de 2009, o lançamento do livro Reflexões do Outro, do escritor Rafael Veras. O evento ocorreu no Espaço da Palavra da Faculdade Farias Brito e contou com a presença de dezenas de pessoas entre familiares, destacando seu avô o Sr. Antonio Bezerra, amigos do autor, autoridade e intelectuais do meio literário, dentre eles, o poeta Francisco Genuíno de Sales, piauiense do município de Pedro II e membro da Academia Cearense de Letras, também prefaciador da referida obra.

Emocionado o pai do escritor, o piauiense de Piripiri Francisco Leonardo de Castro Bezerra Melo, Diretor Presidente das Edições IPDH falou sobre a importância da leitura para a construção da cidadania e do orgulho de ser pai de um jovem escritor.

O professor Genuíno falou sobre o talento de Rafael Veras e de sua sensibilidade ao escrever as crônicas, o mesmo ainda reiterou o prefácio “Com Reflexões do outro, Rafael Veras consegue alcançar com talento a capacidade de alegrar-se na tristeza, mesmo quando sozinho na ilha da solidão”.

Ao final do evento, o escritor agradeceu a presença de todos e expressou seu desejo de continuar escrevendo suas crônicas como um ato de “decifrar a vida”.

Em seguida, ocorreu um momento de autógrafos onde foi servido um coquetel ao som do saxofonista Hamiltom Colares.

As Edições IPDH, responsável pela publicação da obra em conjunto com o Instituto Prisma de Desenvolvimento Humano, têm o objetivo de promover a disseminação do conhecimento, por meio da publicação de obras didáticas, literárias e científicas, alicerçada na integração teórica – prática, na construção das relações sócio-afetivas e aprendizagem significativa, contemplando os segmentos da Educação Infantil e Ensino Fundamental e áreas de Educação de Jovens e Adultos além da Educação Especial.

(Texto enviado por Luiz Figueiredo)

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Agradecemos a divulgação deste evento cultural realizado em parceria com a Organização Farias Brito e o Instituto Prisma de Desenvolvimento Humano que incentivou a publicação de nosso colaborador,revisor e estagiário Rafael Veras,ilustre acadêmico de Direito da UFC onde ingressou aos dezesseis anos e que igualmente seu irmão Alvaro Veras Castro Melo segue seus passos e já se aproxima do mesmo em conhecimento e dedicação no que faz.

Ambos são nosso maior patrimônio e fonte inesgotável de nosso amor,vivenciados integralmente por nós e sua mãe Solange Veras que os incetiva todos os dias a serem gente do bem e a fazer cada vez melhor seu oficio de ser gente.

Obrigado pela presença do blog e do blogueiro e a todos os amigos que lá estiveram e preparem-se para o segundo volume de crÔnicas deste jovem promissor da literatura Cearense.

Atenciosamente,

Leonardo B Mello.

sábado, 12 de dezembro de 2009

PREFÁCIO DE "CANTATA DE UM ANISTIADO...PARA DEPOIS..."

PREFÁCIO DE DOM FRAGOSO EM UM LIVRO DE SEU IRMÃO ESTANISLAU FRAGOSO BATISTA, O LIVRO TEM O TÍTULO: "CANTATA DE UM ANISTIADO...PARA DEPOIS..." (temos o livro).

Digitei este prefácio em homenagem a todos àqueles que perpentuam em suas memórias a lembrança de Dom Fragoso. Principalmente, Boaventura Joaquim Furtado Bonfim.

"Leitor Amigo:

Não escrevo este prefácio como o bispo Antonio Fragoso. Nem mesmo como Tonho, irmão mais de Lai, autor da "Cantatas de um anistiado... para depois".

Hoje, sou apenas um leitor como os outros, como você.

Li os originais de uma fôlego. Conteporâneo dos acontecimentos, recordei ao vivo a história de um passado que marcou tanta gente, que me marcou no mais fundo de mim mesmo.

Muito mais do que o tecido dos acontecimentos, eu ia recompondo o perfil de Estanislau.

Emergia das linhas e entrelinhas do Diário-Cantata, o rosto de um HOMEM.

Homem de coração CONFIANTE, desarmado, venerável como todos os homens sem ódio e sem malícia. Ele é dos que acreditam "nas flores vencendo o canhão". O olhar de uma criança enternece seu coração e põe mais calor humano em sua vida do que o Leviatã do poder. Para ele é tão densamente verdade como para Tristão de Athayde - que "as cinzas de Alexandre, um dos maiores onquistadores da história, não bastam hoje para tapar o buraco de uma parede, enquanto a oração de uma criança pode fazer mudar o curso da história".

Homem que carrega incorrigivelmente consigo uma UTOPIA mobilizadora. As Ditaduras, a prepotência, o Sadismo dos que fazem a Tortura Psicológica, podem marcar com ferro em brasa a sua carne e levá-lo até as dilacerações crucificantes da lavagem cerebral. Mas nenhum sopro apaga a chama da Esperança louca.

Homem que não SE VENDE por dinheiro e posições. Não se deixa instrumentalizar. A consciência de sua dignidade aparece intacta, mesmo nas horas mais sombrias.
Homem de fé profunda, DOM de Deus, herança de seus pais, conquista de sua vida. Chamá-lo de "comunista" é testemunho de chegueira mental ou de inominável má-fé. De ponta a ponta do seu Diário-Cantata, encontrei o cristão para quem o Deus de Jesus Cristo é o Amigo de todos os dias.

Homem da DEMOCRACIA, da fidelidade à lei, da NÃO-VIOLÊNCIA inteligente e ativa. Não podia coexistir pacificamente com a Ditadura, com o imperio do arbítrio com as formas da Tortura Física e Psicológica, com um Sistema para o qual a elite no poder e o centro e a fonte dos direitos.

Leitor amigo, é este mesmo perfil que se destaca das linhas e entrelinhas da "Cantata de um anistiado... para depois "? Deixei por ventura, falar o meu coração de irmão? Aqui para nós: chorei várias vezes durante a Leitura!

Julgue, você mesmo.

Antônio Fragoso, que também é o bispo de Crateús e irmão de Estanislau Fragoso”.

Poranga, 24 de outubro de 1980.

A título de esclarecimento: O nome de Dom Fragoso era: ANTONIO BATISTA FRAGOSO, e do Seu Irmão: ESTANISLAU FRAGOSO BATISTA.

(Por Francisco Antonio Sales Saboia)

PREFÁCIO DE "CANTATA DE UMA ANISTIADO...PARA DEPOIS..."

PREFÁCIO DE DOM FRAGOSO EM UM LIVRO DE SEU IRMÃO ESTANISLAU FRAGOSO BATISTA, O LIVRO TEM O TÍTULO: "CANTATA DE UMA ANISTIADO...PARA DEPOIS..." (temos o livro).

Digitei este prefácio em homenagem a todos àqueles que perpentuam em suas memórias a lembrança de Dom Fragoso. Principalmente, Boaventura Joaquim Furtado Bomfim.

"Leitor Amigo:

Não escrevo este prefácio como o bispo Antonio Fragoso. Nem mesmo como Tonho, irmão mais de Lai, autor da "Cantatas de um anistiado... para depois".

Hoje, sou apenas um leitor como os outros, como você.

Li os originais de uma fôlego. Conteporâneo dos acontecimentos, recordei ao vivo a história de um passado que marcou tanta gente, que me marcou no mais fundo de mim mesmo.

Muito mais do que o tecido dos acontecimentos, eu ia recompondo o perfil de Estanislau.

Emergia das linhas e entrelinhas do Diário-Cantata, o rosto de um HOMEM.

Homem de coração CONFIANTE, desarmado, venerável como todos os homens sem ódio e sem malícia. Ele é dos que acreditam "nas flores vencendo o canhão". O olhar de uma criança enternece seu coração e põe mais calor humano em sua vida do que o Leviatã do poder. Para ele é tão densamente verdade como para Tristão de Athayde - que "as cinzas de Alexandre, um dos maiores onquistadores da história, não bastam hoje para tapar o buraco de uma parede, enquanto a oração de uma criança pode fazer mudar o curso da história".

Homem que carrega incorrigivelmente consigo uma UTOPIA mobilizadora. As Ditaduras, a prepotência, o Sadismo dos que fazem a Tortura Psicológica, podem marcar com ferro em brasa a sua carne e levá-lo até as dilacerações crucificantes da lavagem cerebral. Mas nenhum sopro apaga a chama da Esperança louca.

Homem que não SE VENDE por dinheiro e posições. Não se deixa instrumentalizar. A consciência de sua dignidade aparece intacta, mesmo nas horas mais sombrias.
Homem de fé profunda, DOM de Deus, herança de seus pais, conquista de sua vida. Chamá-lo de "comunista" é testemunho de chegueira mental ou de inominável má-fé. De ponta a ponta do seu Diário-Cantata, encontrei o cristão para quem o Deus de Jesus Cristo é o Amigo de todos os dias.

Homem da DEMOCRACIA, da fidelidade à lei, da NÃO-VIOLÊNCIA inteligente e ativa. Não podia coexistir pacificamente com a Ditadura, com o imperio do arbítrio com as formas da Tortura Física e Psicológica, com um Sistema para o qual a elite no poder e o centro e a fonte dos direitos.

Leitor amigo, é este mesmo perfil que se destaca das linhas e entrelinhas da "Cantata de um anistiado... para depois "? Deixei por ventura, falar o meu coração de irmão? Aqui para nós: chorei várias vezes durante a Leitura!

Julgue, você mesmo.

Antônio Fragoso, que também é o bispo de Crateús e irmão de Estanislau Fragoso”.

Poranga, 24 de outubro de 1980.

A título de esclarecimento: O nome de Dom Fragoso era: ANTONIO BATISTA FRAGOSO, e do Seu Irmão: ESTANISLAU FRAGOSO BATISTA.

(Por Francisco Antonio Sales Saboia)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

LEMBRANDO D. FRAGOSO



Meu amigo Boaventura Bonfim me lembra que, hoje, 10.12.2009, é aniversário de 89 anos de nosso querido D. Fragoso. Para o imortal bispo-profeta do Crateús, que me ensinou lições indeléveis de amor às grandes causas humanas, esculpi a seguinte crônica:

Jamais olvidarei sua silhueta severa e simples: a metálica voz, o andar inconfundível, o olhar cortante, a firmeza de aço na defesa dos ideais, a verdejante convicção brotando da alma árida de sertanejo.

Corria o ano de 1980 quando o conheci pessoalmente. Era o segundo ano da chamada “seca verde” (as chuvas eram suficientes para tornar verde a paisagem, mas insuficientes para gerar fartura). No País, muitas bocas falavam em “abertura”, palavra que eu pouco entendia. A eufórica expectativa nacional estava voltada para a viagem que o Papa João Paulo II faria ao Brasil.

Nessa ambiência de política e religiosa efervescência fui levado a Dom Antonio Batista Fragoso. Pensava, à época, em ser padre e subir ao altar da vida religiosa, que imaginava tranqüila, recatada e distante das tentações mundanas. Quanta ignorância!... O bispo me mostrou que, diferentemente do que eu imaginava, servir a Cristo era, sobretudo, servir à Justiça. Ao invés de velejar sobre águas tranqüilas, deveria me preparar para mergulhar num oceano de ondas tempestuosas.
(Logo comecei a ver o mundo com outros olhos e abri o meu coração à luz da vida: descobri a raiz do mal, as raízes do antagonismo de classes na sociedade piramidal, a engrenagem que gera a injustiça, o sonho de transformação, a festa do mundo, o pão da poesia!).

O menino de Teixeira, na Paraíba, fez-se Profeta no mais genuíno sentido bíblico. Nascido aos 10 de dezembro de 1920 no sítio do Riacho Verde, era o filho mais velho do agricultor José Fragoso. Entrou no Seminário Arquidiocesano da Paraíba em João Pessoa no ano de 1934 - onde trabalhou como porteiro – ordenando-se sacerdote no dia 02 de julho de 1944. De 1945 a 1948 foi Assistente Eclesiástico do Círculo Operário de João Pessoa. De 1948 a 1957 foi Assistente Eclesiástico da Juventude Operária Católica (JOC) do Nordeste. De 1944 a 1957 foi professor no Seminário Arquidiocesano da Paraíba.

Sagrou-se Bispo na Catedral de Nossa Senhora das Neves no dia 30 de maio de 1957, assumindo logo em seguida a função de Bispo Auxiliar de São Luiz do Maranhão, onde permaneceu de 1957 a 1964. Foi “Padre Conciliar” no Vaticano II, de 1962 a 1965. Nomeado Bispo Diocesano de Crateús em 1964, chocou a sociedade local com a proposta de uma Igreja Libertadora, que acabou com o privilégio dos ricos, despojou-se da ânsia patrimonialista e enfrentou, com ira evangélica, a ação dos mercenários de templos.

Durante o seu bispado em Crateús, no período mais ostensivo da ditadura, abriu aqui trincheiras de resistência democrática e hospedou, nos prédios diocesanos, amantes da liberdade dos mais diferentes credos. Escreveu vários livros, traduzidos em diversos idiomas. Teve o seu nome cotado para o Nobel da Paz. Proferiu palestras em quase todos os continentes do planeta. Ainda como padre novo, fez uma palestra em Paris que levou Rafael de Oliveira a dizer no jornal da Paraíba: “O menino pobre do Teixeira brilha em Paris”.

A eletricidade da coerência impulsionou toda sua trajetória. Fiel à sua profunda fibra existencial, foi residir nos últimos anos num bairro popular de João Pessoa. Faleceu em 12 de agosto de 2006.

Arquitetou um modelo de Igreja que priorizava a iluminação das consciências. Não erigiu prédios. Absteve-se de construir visíveis edifícios de concreto; ergueu templos à virtude no chão invisível das almas sensíveis. É impossível divisar sua obra em placas, estandartes ou exposições. Como os lençóis freáticos que, sem alarde, abrigam a água vital nos subterrâneos do nosso sertão, sua ação heróica repousa nos âmagos sublimes. Como ensinou Saint Exupéry, só a enxergamos com o coração!


(Júnior Bonfim)

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

LANÇAMENTO PRESTIGIADO

A colonia crateuense e grande rol de fortalezenses (empresários, médicos, intelectuais, dentre outros) que formam o círculo de amizade do doutor José Maria Bonfim de Morais prestigiaram o lançamento da obra FELIPE, ANO CEM: um mergulho na longevidade.

Após a fala do doutor Carlos Felipe, que apresentou a obra, falou um representante da SEARG - Sociedade de Assistência e Educação Rural de Guanacés, e logo em seguida o autor do livro.

Sequenciando as falas, tivemos a apresentação da banda de música de Guanacés e shows da dupla Ítalo e Reno e do cantor Paulo José.

Toda a renda obtida será revertida em favor dos projetos sociais da SAERG.

CONJUNTURA NACIONAL


DISCURSO

Grande festa em Santa Maria do Suassui, em Minas Gerais. O deputado Nassip Raidan cumprira a promessa: chegava lá com o governador Bias Fortes. Em nome da cidade, subiu ao palanque o vereador Geraldo Lima, para o discurso de saudação:

- Exmo. Senhor governador Bias Fortes. Exmo. Senhor deputado Nassip Raidan.

Tossiu, todo cheio de si, olhou os quatro cantos da praça superlotada, enfiou a mão no bolso para tirar o discurso. Não achou. "Cadê o discurso? Não é possível. Tô ferrado". Remexeu os bolsos, ficou em pânico, o discurso tinha sumido. Viu a mulher lá longe, ainda mais aflita, gritou rouco:

- Donana, o que é que eu faço? Donana, pelo amor de Deus, o pronunciamento...o pronunciamento caiu no vaso do banheiro. O que eu faço o que eu faço, Donana?

A galera em coro:

- Fala, fala, fala.

O vereador saiu pelos fundos do palanque, inventando um acesso incontrolável de tosse. Sob as vaias da multidão.

PESQUISA... AÇÃO

Essa mania de pesquisa mais atrapalha que ajuda. Todas as vezes em que uma pesquisa aparece no mercado, o mundo da política entra em polvorosa. Quem sobe um pouco – este é o sentimento de muitos – está quase ganhando as eleições. Quem desce, já perdeu. Pois bem, pesquisa de opinião na seara eleitoral, nesse momento, é pura especulação. É jogo lúdico para dourar a pílula nas conversas e articulações. Pesquisa, agora, apenas mede recall, lembrança do nome de uma pessoa. Nada mais que isso.

SERRA E DILMA SOBEM?

Dizer, por exemplo, que o governador José Serra e a ministra Dilma Rousseff subiram, nesta última pesquisa CNI/IBOPE, é um exagero. Serra saiu de 35% para 38%, três pontinhos dentro da margem de erro. Dilma deixou os 15% para ficar com 17%, dois pontinhos a mais, o que nada significa. Mais importante é anotar que a popularidade de Luiz Inácio continua a aumentar, chegando, agora, aos 83%. E dizer também que Ciro está em franco declínio (baixou de 17% para 13%) é precipitação. Ninguém, por enquanto, saiu em campanha. A encenação de pré-campanha ainda é vaga na cabeça do eleitor.

O QUE SE MEDE?

O que se mede, então? Mais uma vez: mede-se a força do nome na cabeça do eleitor. Mede-se o comprimento de onda que o nome da pessoa fabrica no sistema cognitivo dos eleitores. Comprimento de onda significa a régua do tempo, espaço em que prováveis candidatos desenvolveram um conhecimento público, a partir de pleitos anteriores, visibilidade na mídia, histórico pessoal, atual cargo público etc. A pesquisa do momento não afere comparações entre competências, preparo, experiência, compromisso com propostas (que ninguém sabe ainda quais são), apoio de patrocinadores etc.

AÉCIO PUXA A CORDA

A novidade não é o resultado de mais uma pesquisa, mas a pressão que o governador de Minas Gerais começa a imprimir ao processo decisório na floresta tucana. Neves vai se encontrar, nesta sexta-feira, em Teresina, com seu companheiro José Serra. Dirá: "Serra, você terá meu irrestrito apoio, pode contar com meu esforço, mas não toparei ser vice em sua chapa; prefiro ser senador. Agora, se você declinar da candidatura, me dê a vaga. Eu topo ser candidato. Mas você tem de decidir logo. Tem que ser, no máximo, até final de janeiro. Não pode ser em março como você quer. Fica tarde pra mim".

RESPOSTA DE SERRA

Serra vai contra-argumentar: "Aécio, tenha um pouco de paciência. Vamos ver como ficará essa crise que assola o DEM. Nem sei de onde tirar, hoje, o vice. Arruda foi bombardeado. Zé Agripino, do RN, pouco agregará à chapa. Você seria o ideal. Se você topasse, eu aceitaria ser o candidato agora mesmo. Você tem condições de fechar Minas Gerais em torno de nossa chapa. E eu carregarei São Paulo, com uns 5 a 6 milhões de diferença. Nesse caso, poderemos enfrentar a vantagem de Dilma/Lula no Nordeste. Pense bem, Aécio. Não me deixe só".

AÉCIO RETRUCA

O mineiro diz: "meu avô Tancredo me ensinou. Meu filho, não ande em cavalo cansado. O cavalo de março chegará cansadinho na minha porta. Não, Serra, prefiro um cavalo novo, um cavalo de janeiro, sela nova, arreios brilhando, o bicho doido para correr na estrada. Topo não. E mais, não gosto de garupa. Gosto de guiar a montaria".

E ASSIM...

E assim, José Serra ficará com a brocha na mão. Promete a Aécio pensar. Pensar mais um pouco. Noctívago, vai curtir a solidão noturna dos amplos corredores do Palácio dos Bandeirantes. Olhando para as obras dos artistas que chamam sua atenção, todas as madrugadas em que carece de um pouquinho mais de profundo silêncio.

"O fruto participa da qualidade das árvores." (Machado de Assis)

FICHAS SUJAS

Este consultor é favorável ao projeto que veta a participação dos chamados fichas sujas em campanhas eleitorais. Por reconhecer que há ainda muita perseguição e vingança por parte de juízes de primeira instância, defende a ideia de que os fichas sujas precisam ser condenados na segunda instância, após serem submetidos à decisão de um colegiado. Nesse caso, o ficha suja não foi condenado por apenas um juiz, mas por uma corte de justiça. Ficam mais preservados os valores que alicerçam a Justiça: a independência, a imparcialidade, a pluralidade.

PT DIVIDIDO

O PT sai do processo eleitoral interno bastante fracionado. No Rio, a banda que apoia a reeleição de Sérgio Cabral ganhou a eleição com a vitória do deputado federal Luiz Sérgio. Mas o prefeito Lindberg Farias, de Nova Iguaçu, vai resistir. Promete confusão. Ele não fechará posição com o partido. Quer ser candidato na marra. Em Minas Gerais, a banda de Fernando Pimentel levou a melhor. Garantindo sua candidatura ao governo. A possibilidade de acordo entre as alas é, porém, maior que no Rio.

CHESTERTON E A IMPRENSA

Em 1912, Chesterton definiu a imprensa, ainda com um resto de romantismo, como a arte de dizer que Lord Jones morreu a quem nunca soube que Lord Jones existiu. Com o tempo, ela passou a ser também o ofício de indistintamente dizer que Lord Jones disse tudo o que Lord Jones disse, ou dizer que Lord Jones disse o que Lord Jones nunca disse, ou não dizer que Lord Jones disse o que Lord Jones disse, ou fazer de conta que nunca existiu um Lord Jones, a um público cada vez mais informado; com uma eficiência que poucos teriam sonhado. O século XX ficou para trás. Mas a definição de Chesterton continua viva.

ARRUDA SANGRANDO

Quanto mais demorar a novela Arruda, no DF, mais sangue sairá das veias do governador. O DEM não tem outra alternativa que a de expulsar dos quadros seu único governador. O PSDB e o PMDB já saíram do governo. O DF é a sala de visitas da Nação. Ali se concentra a turma mais barulhenta do palanque das ruas: alas radicais de funcionários públicos, militância ferrenha de movimentos sociais, dirigentes sindicais plantados sobre grana (isso mesmo, grana, não grama) e oportunistas de todos os tipos. Que ganharam de presente o mensalão do DEM para continuar o barulho. Com direito à invasão da Câmara Legislativa.

A FORÇA DE KASSAB

Com a saída de José Roberto Arruda, a maior referência do DEM passa a ser o prefeito Gilberto Kassab. Que tenta administrar uma cidade invadida pelas águas. São Paulo tem enfrentado dias conturbados. Chuvas e mais o congestionamento de fim de ano formam a receita do caos. Kassab, após o ciclo caótico, deverá repensar seu futuro. Liderar o DEM em direção a novos horizontes, trabalhar por uma ampla bancada na Câmara Federal, juntar os elos perdidos do DEM numa corrente menor, porém mais forte, ou até imaginar outras rotas partidárias? A conferir.

PEDAÇO DE HISTÓRIA (1)

A fim de conquistar o poder, César ligava-se à pessoas de todas as classes, das altas às mais baixas. Tornou-se um homem vulgar. Divorciou-se de Pompeia, sua segunda esposa, porque "a mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita". E ela não estava. Mas ele era infiel à esposa. Mantinha casos amorosos com mulheres diferentes, inclusive a mãe de Bruto. O veneno de ação lenta corroia seu ser. A depravação da Roma caia como sombra sobre a luminosa promessa de seu futuro.

O FILHO DO BRASIL

Este consultor não tem dúvidas: o filme da família Barreto, Lula, o Filho do Brasil, não será apenas uma gigantesca cascata de lágrimas. Deverá receber, nos circuitos mais centrais, algumas marolinhas de vaias. Que se começam a ouvir no trailer do filme. Em cinemas não periféricos.

QUEM EXPLICA?

O Brasil é, em certos momentos, indecifrável. Vejam esta: teremos um Natal fervilhando de compras. Economia super aquecida. Lojas e supermercados cheios. A indústria automobilística nunca vendeu tanto. Lula nas alturas. Brasil bombando. Um estouro. Estouro? Anotem: a inadimplência subiu. Chegou ao índice de 20% dos consumidores. No mês anterior, esse índice era de 14%. Manchete dos jornais desta semana. Senhores economistas, expliquem logo esse paradoxo. Ou é assim mesmo? Quanto mais consumo, mais inadimplência? Mas, e a grana distribuída ou financiada pelo governo?

E O PRUDENTE, HEIN?

Que não se perca pelo nome. Mas o deputado Prudente, de primeiro nome Leonardo, foi IMPRUDENTE, quando se meteu na máfia da propina. Prudente é presidente da Câmara Legislativa do DF. Enfiou dinheiro pelos bolsos do paletó e dentro das meias. E ainda dirigiu a Oração da Propina. Se os prudentes no Brasil fossem como ele, já teríamos sido engolidos por um tsunami propineiro.

LADRÕES DE BOM HUMOR

Temos de reconhecer. A ladroagem se aperfeiçoa. Os métodos se sofisticam. Ladrões alugaram uma casa, cavaram túnel, fabricaram carrinhos próprios para carregar 20 milhões de reais. E deixaram um malote com notas de 2 reais. Tremenda gozação. Tiveram imensa paciência. E escolheram o dia: final de campeonato. Festa das galeras. Barulho total. Natal gordo. Prenderam seis suspeitos.

PEDAÇO DE HISTÓRIA (2)

Michelangelo subia pela escada, trepava no andaime e deitava-se de costas para pintar o teto. Escravizado à sua arte criadora, esquecia-se de comer e de dormir. Enxotava um auxiliar atrás do outro. Só abria a porta quando escutava o bater da bengala de Júlio II, o papa. Que não entendia de arte, mas sabia distinguir a grandeza.

- Quando, quando ficará pronto? – indagava o Papa impaciente.

Um dia, o Sumo Sacerdote dá o ultimato:

- Basta, já está pronto. Desça desse andaime, senão mando tirá-lo daí.

Michelangelo concordou.

Lá estava o Gênese, a história da Criação, da Queda do Homem e do Dilúvio.

Com um gesto autoritário, Deus divide o firmamento; insufla o pó de um sopro divino, e eis Adão, feito à Sua imagem, o dedo de Deus ainda no ato de soltar o de Adão, enquanto o primeiro homem contempla com olhos de adoração a face do seu Criador. Eva, agasalhada sob o braço do Onipotente, lança o olhar de curiosidade e medo para o seu senhor e mestre. Profetas e sibilas enchem os difíceis espaços do teto. Há ali 343 grandes figuras, todas sublimes; cada uma tem na pintura a pujança da escultura.

CONSELHO AOS PATROCINADORES DE PESQUISA

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na edição passada, o espaço foi destinado aos dirigentes do DEM. Hoje, volta sua atenção aos patrocinadores de pesquisa:

1. Procurem solicitar dos Institutos de Pesquisa novas abordagens com a finalidade de descobrir os fatores que influenciam o sistema cognitivo do eleitor.

2. Seria interessante mapear a escala de critérios e valores que estão por trás das escolhas e preferências das classes e segmentos eleitorais.

3. As pesquisas poderiam ainda radiografar as vontades eleitorais a partir das diferenças sócio-culturais entre as classes nas diversas regiões do país, a fim de evitar sua homogeneização.

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(Por Gaudêncio Torquato)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

LANÇAMENTO DE LIVRO

Em homenagem...

..ao seu pai, o cardiologista José Maria Bonfim lança, no Ideal Clube, às 19h, o livro "Felipe, Ano Cem: Um Mergulho na Longevidade". A venda dos livros será revertida para o projeto Guanacés, de Arimatéia Santos, onde José Maria garante a assistência médica aos necessitados.

(Fonte: Coluna de Leda Maria - Diário do Nordeste)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MAL-ESTAR NO SUPREMO ESTÁ VISÍVEL



(Por Joaquim Falcão)


Mas afinal, o que se passa com o Supremo? Há visível mal-estar no ar, público desconforto entre ministros. Serenidade e colegialidade parecem diminuir. O Supremo hesita, se autoproblematiza, é controvertido, mas goza do respeito de todos. Tem o do Legislativo, Executivo, sociedade, mídia, profissionais jurídicos e cidadãos. Porém se revela insatisfeito consigo mesmo. Poderoso como nunca.

Índices de confiabilidade nos políticos e no Congresso são insuficientes. A confiança na pessoa do presidente se sobrepõe à confiança na instituição Poder Executivo. Mais do que nunca, o país precisa do Supremo. O princípio do artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura se faz mais necessário: o magistrado tem que ser independente e sereno.

O grau de conflitualidade potencial em qualquer organização não depende apenas do fator humano. Existem formatos organizacionais mais propícios ao conflito do que outros. O Supremo adotou decisões nos últimos anos que estimularam ambiente não cooperativo e intraconcorrencial.

Primeiro foi permitir ministros falarem fora dos autos e das sessões de julgamento. Esse padrão começou como defesa dos interesses orçamentários e administrativos do Judiciário perante críticas do Congresso. Depois se ampliou para pronunciamentos isolados, que pretendiam ser opiniões em tese, mas são cada vez mais relacionados a casos concretos e divergências doutrinárias entre ministros.

Revelando, sugerindo ou insinuando pré-opiniões, pré-posicionamentos, prejulgamentos.

Esse comportamento faz o instante da celebridade individual a erosão da legitimidade institucional.

Esse padrão se expandiu e contamina inclusive instâncias inferiores. Muita vez o julgamento começa em entrevistas em jornais e TV, concretiza-se ou não em votos e continuam em opiniões na mídia. Alguns ministros ainda seguem o conselho de Disraeli: nunca se desculpar, nunca se explicar, nunca se queixar. A não ser, é claro, nos autos. Mas o abandono do silêncio e recato é crescente.

Esse comportamento organizacional acabou por agravar um clima de insegurança jurídica perante a opinião pública, que dificilmente distingue o ministro do Supremo da instituição. Aquele se incorpora nesta.

A segunda decisão foi se abrir ao Brasil e ao mundo, transmitindo ao vivo suas sessões. Política de transparência total de objetivos meritosos.
Estimularia a compreensão popular da interpretação constitucional. O cidadão tocaria com os olhos o fazer da Constituição. Avançariam a educação cívica, a obediência à lei e a implantação do Estado de Direito.

Acontece que, no Estado de Direito, o Supremo enfrenta paradoxo que exige delicada cautela. Sua maior contribuição é assegurar que decisões sejam recebidas como imparciais e racionais. Entretanto, sabemos que não o são. Existe margem de discricionariedade inerente ao ato de julgar, em que múltiplas opções políticas, balizadas pelas formas legais, se traduzem em doutrinas jurídicas diferentes. E estas, em votos divergentes. Todos plausíveis, diria Eros Grau.

A intensa publicização da individualização das divergências gera custos políticos, pretenda-se ou não. Massifica compreensões e incompreensões na sociedade. Revela preferências e individualismos. A simbologia política da impessoalidade e imparcialidade, ao se desfazer no ar, de tão sólida, estimula uma deslegitimação. Não existe direito fora de sua comunicação.

A terceira decisão organizacional pode contribuir para esse mal-estar: o presidente do Supremo é também o do CNJ. Às vezes, este tem que falar, aquele tem que calar. Às vezes o CNJ decide numa direção e o Supremo o corrige noutra. O presidente de ambos envia mensagem diferente à opinião pública.

O fato é que a autoridade do Supremo reside também na raridade de sua fala, alerta Paulo Daflon. Reside não apenas na incerteza legal da decisão mas também na previsibilidade e no rigor do rito decisório, que deve ser cada vez mais colegiadamente institucionalizado, cada vez menos autonomamente individualizado.

Quando se abandona esse padrão, a sociedade reage. Propostas para mudar o mandato dos ministros, acabar com a vitaliciedade terrena eterna e tornar mais rigoroso o processo seletivo no Congresso ganham força.

Na democracia, o STF é lócus das divergências interpretativas. Sem divergências, estaríamos na ditadura judicial. É bom também que a cidadania entenda cada vez melhor de opções políticas judicializadas. Mas é indispensável que isso seja feito em ambiente organizacional colaborativo, com limites claros para comportamentos individuais.
Do contrário, mal está.

Artigo publicado originalmente no jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6/12).

domingo, 6 de dezembro de 2009

SALA DE VISITAS

Ontem, sábado (05.12.09), participei do Programa Sala de Visita, capitaneado pelo radialista Marcelo Chaves, na Rádio Super Vale, a quem agradeço pela deferência do convite.

O programa, recorde de audiência, busca reconstituir/registrar a trajetória de vida dos entrevistados.

Tive a oportunidade de rememorar, sob uma rajada de emoção, fatos indeléveis da infância e adolescência.

A todos que participaram, meu especial agradecimento.

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Olá Júnior,

Você que vem sempre registrando a trajetória dos crateuenses que de alguma forma se destacam, não poderia deixar de aparecer nesse rol.

Parabéns a Rádio Super Vale na pessoa do radialista Marcelo Chaves que teve a feliz idéia de prestigiá-lo.

Um abraço,

Dalinha

VIDA DE UM BILIONÁRIO


Houve uma entrevista de uma hora, na CNBC, com Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo, que recentemente fez uma doação de 31 bilhões de dólares para a caridade.

A seguir, alguns aspectos interessantes de sua vida.

1. Comprou a sua primeira ação aos 11 anos, e hoje lamenta tê-lo feito tardiamente! As coisas eram baratas naquele tempo…

Incentive seus filhos a investirem.


2. Comprou uma pequena fazenda aos 14 anos, com as economias oriundas da entrega de jornais. Pode-se comprar muitas coisas com pequenas economias.

Incentive seus filhos a iniciarem algum tipo de negócio.


3. Ainda vive na mesma casa modesta, de 3 quartos , no distrito de Omaha, a qual comprou após se casar, 50 anos atrás. Diz ele que tem tudo o que precisa naquela casa. Sua casa não possui muros nem cercas.

Não compre mais do que você ‘realmente precisa’, e incentive seus filhos a fazerem e pensarem o mesmo.

4. Dirige seu próprio carro para todo lugar, e não tem motorista particular, nem equipe de segurança à sua volta.

Você é o que é…

5. Nunca viaja em jato particular, embora seja proprietário da maior companhia aérea privada do mundo.

Pense sempre num jeito de realizar as coisas de maneira econômica.

6. Sua empresa, Berkshire Hathaway, possui 63 companhias. Escreve apenas uma carta anual aos principais executivos destas companhias, dando-lhe as metas para o ano. Nunca promove encontros nem os convoca habitualmente.

Nomeie as pessoas certas para as missões certas.

7. Transmitiu aos seus executivos somente duas regras:
Regra nº 1: não perca nenhum centavo do dinheiro de seu acionista.
Regra nº 2: não se esqueça da regra nº 1.

Estabeleça metas e certifique-se de que as pessoas nelas se concentrem.

8. Não costuma freqüentar a alta-sociedade. Seu passatempo, após chegar em casa, é fazer ele mesmo um pouco de pipoca e assistir a televisão.

Não tente se mostrar, simplesmente seja você mesmo e faça aquilo que gosta de fazer.


9. Warren Buffet não usa telefone celular, nem tem computador sobre sua mesa.

10. Bill Gates, o homem mais rico do mundo, encontrou-se com ele, da primeira vez, cinco anos atrás. Bill Gates achava que nada tinha em comum com Warren Buffet. Portanto, programara seu encontro apenas por meia hora. No entanto, quando Gates o encontrou, este encontro perdurou por dez horas, e hoje em dia, Bill Gates o considera o seu guru.

Seus conselhos aos jovens:

‘Fique longe de cartões de crédito e empréstimos bancários, invista o seu dinheiro em você mesmo, e lembre-se:

A. O dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro.

B. Viva a sua vida da maneira mais simples possível.

C. Não faça o que os outros dizem - ouça-os, mas faça aquilo que você se sente bem ao fazer.

D. Não se apegue às grifes famosas; use apenas aquelas coisas em que você se sinta confortável.

E. Não desperdice o seu dinheiro em coisas desnecessárias; ao invés disto, gaste nas coisas que realmente precisa.

F. Afinal de contas, a vida é sua ! Então, por que permitir que os outros estabeleçam leis em sua vida?’

‘As pessoas MAIS FELIZES NÃO TEM, necessariamente, as ‘MELHORES’ COISAS. Elas simplesmente APRECIAM aquilo que tem’.

(Fonte: e-mail recebido)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CONJUNTURA NACIONAL



HISTORINHA ENGRAÇADA...

Pernambucano audaz, Newton Coumbre passava em frente ao quartel de Obuzes de Olinda, logo depois do golpe de 64. Carregava uma bomba d'água enrolada em jornal. Dois sentinelas, fuzis em punho, avançaram sobre ele, aos pontapés:

- O que é isso?

- D'água! D'água!

Mandaram jogar o embrulho no chão e levaram-no até o coronel:

- O que é que tem no embrulho?

- Uma bomba d'água.

- Por que não disse logo e ficou dizendo "d'água"?

- Coronel, eu dizendo só "d'água" eles me bateram tanto; se dissesse "bomba" teriam me fuzilado.

Mais uma historinha pescada pelo amigo Sebastião Nery.

HISTORINHA TERRÍVEL...

La historia más terrible la encontré hoy en las memorias de una mujer, Misia Sert. La llamo suplicio de las moscas y la transcribo literalmente: "Una de mis compañeras de habitación había llegado a dominar el arte de cazar moscas. Tras estudiar pacientemente a estos animales, descubrió el punto exacto en el que había que introducir la aguja para ensartarlas sin que murieran. De este modo confeccionaba collares de moscas vivas y se extasiaba con la celestial sensación que el roce de las desesperadas patitas y las temblorosas alas producía en su piel." El suplicio de las moscas, contada pelo genial Elias Canetti.

"Um falar doce e delicado quebra as asas do próprio diabo." (Provérbio abissínio)

DEM...olido

O DEM está demolido? Ainda não. Mas as estacas esparsas estão caindo de podre. O escândalo Arruda estoura o partido. Não adianta protelar a situação. Os vídeos com dinheiro na cueca, na meia, na sacola quebram qualquer escudo defensivo. Arruda, o governador, poderá contratar os melhores advogados. Se não renunciar, a pressão da opinião pública, via mídia, será devastadora para sua imagem. Os deputados de Brasília só terão uma alternativa: o impeachment. Definhar agora ou morrer mais tarde, com sangue escorrendo pelos poros, eis a questão.

DEM...olição

O DEM poderá, até, ter uma sobrevida e chegar, sem fôlego, ao pleito de 2010. Sem discurso, inerme, oco. Poderá, até, ganhar algum volume de voz, principalmente se contar com a rejeição contundente ao escândalo, pelas vozes do líder do partido no Senado, José Agripino, do presidente da sigla, Rodrigo Maia, do líder na Câmara, Ronaldo Caiado e do bravo senador Demóstenes Torres, que preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Mas o rescaldo do escândalo baterá na eleição de 2010. Sem dúvida.

DEM...arcação

O mensalão do DEM será a demarcação de uma era. Acabou-se o ciclo do mensalão exclusivo do PT. Que já vinha entrando em rota estreita, por conta do pedaço mineiro do mensalão, jogado sobre o colo do senador Eduardo Azeredo, do PSDB. Agora, assiste-se ao espetáculo de canibalização recíproca dos mensalões. O do DEM supera todos pela estética: cueca e meias. Deixa o do PT no chinelo pela extravagância dos atores. Até a "Oração do Mensalão" foi rezada. Coisa escatológica o gesto de dois mensaleiros, abraçados ao secretário Durval. Agradeciam aos céus pela existência daquele providencial secretário de Relações Institucionais. Meu Deus do céu, onde chegamos...

DEM...onização

Nas próximas semanas, entrando no ano eleitoral de 2010, a demonização tomará conta da aliança entre PSDB e DEM. Este partido, com imagem mais suja do que pau de galinheiro, não será mais vital sob o prisma eleitoral. Poderá adicionar minutos importantes para a composição do tempo na mídia eleitoral, mas o apelo do voto será quase nulo. É verdade que o eleitor tende a nivelar todos os partidos como farinha do mesmo saco. Mas sem o discurso do mensalão contra o PT, o DEM será uma sigla de costelas quebradas. Ou, se quiserem, de coluna vertebral fracionada.

DEM...ência

A consequência, no curto prazo, será um Dândi dançando na escuridão. Ou seja, um ente perdido no meio da floresta política, sem saber para onde ir. Certa demência – no sentido de fuga da realidade, confusão mental – tomará conta da sigla e de seus dirigentes. É evidente que a bateria no bumbo do mensalão do DEM respingará nos aliados tucanos. A candidatura da oposição à presidência da República sofrerá abalos.

SERRA DEM...orará ?

Serra, que assume publicamente a posição sobre o muro, ficará ainda mais em dúvida. "Diga-me, espelho meu: serei o melhor candidato ou a faixa passarei?" Este consultor tem apenas uma certeza: o episódio de Brasília expande a taxa de dúvidas que carimba o perfil de Serra. Se a tendência do governador paulista oscilava entre 60% a 70% – para a banda da aceitação – a taxa baixou para 50% a 60%. Ou seja, Aécio ganhou uma escada de 10 pontos percentuais na balança das probabilidades.

SERRA NA MONTANHA NORDESTINA

José Serra foi ao Ceará, território político de seu arqui-adversário Ciro Gomes, para tirar a limpo essa história de que os nordestinos não o vêem com simpatia. E passou a enumerar as coisas que teria feito pela região, a partir da criação do Fundo para o Desenvolvimento do Nordeste. Citou coisas boas – ótimas, por sinal – como os remédios genéricos, fruto de sua atuação no Ministério da Saúde, por ocasião do governo FHC. Mas não adianta falar para audiências selecionadas. É claro que os tucanos cearenses arrumaram uma platéia simpática.

"Não é o tempo que nos falta – é a serenidade para pensar noutra coisa além do alarmante assunto de todos os dias." (Euclides da Cunha)

MARCA

O governador paulista é um exemplo de administrador competente. Sabe arrumar a casa, a partir dos cofres. Escolhe quadros preparados, gente talhada para aumentar a arrecadação, como esse seu secretário Mauro Ricardo, conhecido pela engenharia financeira que monta para tirar dinheiro dos setores produtivos. Muito bem. Mas Serra não é um cara simpático. Não tem carisma. Parece que quer puxar as orelhas das pessoas. E tem escrito na testa a marca paulista. Marca que, em regiões como nordeste e norte, tem conotação de mando, poder, força, dominação. Gera resistência em grupos. A logotipo serrista, nesse caso, não ajuda muito.

REENGENHARIA ELEITORAL

Imaginemos, agora, a hipótese de Serra desistir de sua candidatura ao Planalto. Decisão tomada em janeiro de 2010. Aécio topa entrar no lugar. Nesse caso, a roda colocará o norte no lugar do sul. A reengenharia eleitoral mudará o mapa das alianças. O PMDB, que hoje tende (80%) a formar aliança em torno de Dilma, inverteria o caminho. Neves puxaria a maior fatia do partido. Ciro poderia mudar seu posicionamento em relação ao tucanato. E Dilma teria maiores dificuldades em fechar o leque de alianças.

ANÍBAL, SENADOR

O bom deputado José Aníbal, líder do PSDB na Câmara, é um dos mais fortes postulantes à chapa tucana em SP para o Senado. Zé já teve ótima votação para o Senado, quase 5 milhões de votos em 2002. Por enquanto, o quadro para o Senado abriga os nomes de Aloizio Mercadante (PT), Orestes Quércia (PMDB) e Gabriel Chalita (PSB). Dante desses, o nome do tucano Aníbal tem boas chances.

E SKAF, HEIN?

E Paulo Skaf do PSB, hein? O que aconteceu com ele? É candidato? A quê? Depois que Ciro Gomes foi pré-lançado por Lula como candidato ao governo de SP, o presidente da FIESP se escondeu. Até para espiar a cena de longe. Skaf entrou no partido errado. Até porque o "S" do socialismo da sigla não combina com a identidade da maior federação de indústrias do país. Nem que o "S" seja apenas uma letrinha como ele chegou a insinuar. Há pessoas bem intencionadas – e Skaf parece ser uma delas – que entram em curva antes de correr na reta. Na política, o rumo é assim: primeiro, uma reta; siga por ela pelo maior tempo que a caminhada exigir. Depois, a pessoa pode entrar na curva. Fazer o inverso só funciona para pessoas bem treinadas. Profissionais.

PERIGO DE DESCARRILHAR?

Na esteira do escândalo no governo Arruda, o site Carta Polis, de Brasília, antecipa informação que deve deixar muita gente fora dos trilhos. O site informa que o próximo alvo da PF é o propinoduto da Alstom, fabricante francesa de trens e metrôs, que abasteceu políticos locais. O atual governador e o ex, Joaquim Roriz, elegeram a empresa, com 17 processos no MPF, como principal fornecedora do metrô do DF. Está prestes a assinar um contrato para instalar um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na capital federal. O esquema envolveria lavagem de dinheiro, sendo revelado a autoridades judiciárias suíças após prisão de um vice-presidente da Alstom.

BENJAMIM E LULA

César Benjamin chutou o pau da barraca. O artigo na Folha de S.Paulo, onde apresentou uma versão sobre a vida íntima do presidente, foi desmentida pelos companheiros que vivenciaram o episódio. Este consultor acredita na versão do cineasta Silvio Tendler. Lula era (e ainda é) um tremendo gozador. Queria espantar o marqueteiro americano que se encontrava à mesa, por ocasião do relato, em 1994. A história era uma piada. Benjamin deve ter boiado. Ou, malicioso, quis cometer um ato de vingança. O tiro saiu pela culatra. A Folha deveria ter buscado o contraponto antes de publicar o artigo.

CENA EXTRAVAGANTE

Como é possível um dono de jornal – Tribuna do Brasil – guardar dinheiro na cueca? Dinheiro de suposta propina? Que jornalismo, hein?

BRASIL VAI RECUAR?

O Brasil continuará a desconhecer a eleição em Honduras? Ou recuará, aceitando o resultado das eleições que elegeram o conservador Porfírio Lobo, 61, como presidente da República. Este consultor acredita que já é hora de o país cair na Realpolitik. Sob pena de aumentar seu isolamento na esfera internacional.

POLÍTICOS E TIGRES

Ao visitar a montanha sagrada de Taishan, Confúcio, o sábio, encontrou uma mulher cujos parentes haviam sido mortos por tigres.

- Por que não se muda daqui, perguntou Confúcio.

- Porque os governantes são mais ferozes que os tigres.

JANTARES DE FIM DE ANO

Fim de ano com muita festa. Este ano, o clima sinaliza mais fervura no comércio e nos serviços. Três eventos ocorrerão dia 4, sexta-feira, em São Paulo. Os jantares do Sindeprestem – sindicato-ícone e líder dos serviços terceirizados – do Sesvesp – entidade que agrega as empresas de segurança privada; e do Sindhosp – sindicato dos hospitais.

"Viver, sofrer, morrer, três coisas que não se ensinam nas Universidades, e que, todavia, encerram em si todo o viver." (Paul Auguez, poeta francês)

CONSELHO AOS DIRIGENTES DO DEM

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na edição passada, o espaço foi destinado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, volta sua atenção aos dirigentes do Democratas:

1. Não demorem na decisão. Assumam, com coragem, a posição mais conveniente para atenuar o impacto do mensalão do governador Arruda.

2. Se a decisão ficar para as calendas – após apuração de todas as denúncias – o partido sangrará até aquela data.

3. Alternativa de bom senso seria a suspensão temporária do governador até o término do processo. Com possibilidade de reingresso ou expulsão definitiva do partido.

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(Por Gaudêncio Torquato)