sábado, 6 de junho de 2009

O REI E AS DIVAS

Sequenciando a série de shows comemorativos dos seus cinquenta anos de carreira, o Rei Roberto Carlos passa este fim de semana aqui em Fortaleza.

Abaixo, ele na condição de bendito entre mulheres maravilhosas.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

HOJE É O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE!


O dia 05 de Junho entrou para o calendário internacional como Dia Mundial do Meio Ambiente desde 1972. Ações do Programa Ambiental das Nações Unidas-UNEP, levam milhares de pessoas a se reunir e pensar em alternativas que diminuam a degradação da natureza e seus recursos.

Iniciativa grata e importantíssima. Mas, reflita conosco.

Imagine se deixássemos, como exemplo... uma dia em esquecimento, nossa responsabilidade em preservar e cuidar do planeta... a nossa casa, em contrapartida de lembrar, todos os demais dias do ano.

Seria um grande começo... pense nisso.


"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."


(Do Opinião Jurídica)

Nossa opinião:

É lamentável que, no dia de hoje, recebamos do Congresso Nacional a aprovação - que, na verdade, é uma provocação à consciência ambiental pátria - de uma Lei que estimula a devastação na Amazônia, vende a preços simbólicos grande quantidade de terra para grilheiros e contribui para o agravamento dos problemas de respiração planetária.

As autoridades, o governo federal - salvo diminutas exceções que confirmam a regra - coloca a questão ambiental em segundo plano. Embora vital para o futuro da humanidade, esta deixa de ser prioridade para o governo. Por só pensarmos no presente, estamos aplicando um duro golpe no futuro.

(Júnior Bonfim)

A BICA DO IPU E EU



Saí da minha Ipueiras,

Rumo a serra da Ibiapaba,

Avistei a bica do Ipu

E fui ficando inebriada.

Parecia mesmo uma noiva

De esvoaçante grinalda.



Imaginei a índia Iracema

Correndo para se banhar,

Brincando pelos caminhos

Com as frutinhas de juá,

Pegando flores silvestres

Para os cabelos enfeitar.



Pois era assim que eu fazia,

Em meus tempos de menina,

Andando pelas veredas

Desta terra alencarina,

Para banhar-me na bica

De águas tão cristalinas.



(Por Dalinha Catunda)

O ÚLTIMO DISCURSO (O GRANDE DITADOR)

Em plena Segunda Guerra mundial e enquanto Orson Welles e o Cidadão Kane mudavam a história do cinema, Charles Chaplin nos agraciava com essa crítica a Hitler e ao nazismo.

O Último Discurso questiona nossos sentimentos bélicos e a vulgaridade da qual o egoísmo do homem está embebido.

"Não sois máquinas! Homem é que sois!"

CONVITE


A ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS-AGB, SEÇÃO FORTALEZA, TEM A HONRA DE CONVIDÁ-LO/A A PARTICIPAR DA SESSÃO ESPECIAL DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA-CMF, QUE OUTORGARÁ A MEDALHA CHICO MENDES A GEÓGRAFA, PROFESSORA E AMBIENTALISTA VANDA DE CLAUDINO SALES, EM RECONHECIMENTO AOS RELEVANTES SERVIÇOS PRESTADOS EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE NA CIDADE DE FORTALEZA.

LOCAL: PLENÁRIO DA CÂMARA DE VEREADORES DE FORTALEZA

DIA: 05.06.2009 (DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE)

HORA: 14:00HS.

Isorlanda Caracristi
Diretora da AGB-Fort

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CONJUNTURA NACIONAL

Emancipação merecida

Manoel Moreira da Silva, médico, sogro do especialista agrícola, Eliseu Andrade Alves, presidente da Embrapa, chefe político da UDN em Carrancas, Minas Gerais, lutou anos pela emancipação do distrito. O IBGE resistia, alegando que na sede não havia o número mínimo de casas exigido em lei. Em 48, o IBGE voltou lá e o Dr. Manoel Moreira resolveu o problema: mandou o agente do Censo contar como casas os galinheiros do distrito. O agente resistiu:

- Puleiro não é casa.

- Como não é? Tem telhado? Tem porta na frente? Tem porta no fundo?

- Tem.

- Então é casa. Não importa quem está embaixo.

E Carrancas conquistou, galiceanamente, sua merecida emancipação. Quem conta a historinha é Sebastião Nery.

Dilma é competitiva

Faz tempo que esta coluna avisa: Dilma é competitiva. Ultrapassou, como previmos, a faixa dos 20% antes de julho. Seu teto, o teto histórico do PT, é de 35%. Isso não significa que não poderá ultrapassá-lo. Cada tempo, cada campanha e cada candidato têm os seus caminhos, mais estreitos ou mais largos, a depender das circunstâncias. No caso da Dilma, algumas observações podem ser feitas, já neste momento: tem condições de ganhar as eleições, caso equacione as condições de saúde; o empate com Serra no espaço da pesquisa espontânea mostra que já é muito conhecida do eleitorado; está usando muito bem o palanque pré-eleitoral, enquanto Serra está isolado no Palácio dos Bandeirantes; sua posição fixa mais em torno de si a base governista.

Lula reina absoluto

Com mais de 80% de aprovação pessoal, Lula reina absoluto. Pode se dar ao luxo de dizer o que quiser para quem quiser no momento que achar conveniente. Construiu pontes diretas com as massas. Come, agora, a sopa das classes médias. Lula lapida toda a pirâmide social com a argamassa de programas voltados para cada classe. No fundo, o que está em jogo é o conceito de confortabilidade. "Se as coisas estão indo bem, por que mudar?" Esta é e será a questão de fundo que os eleitores farão mais adiante. Serra terá de arrumar uma resposta para este sentimento que permeia a alma social.

Itamar como vice?

Pois é, Itamar Franco, que entrou no PPS, é cotado para ser o vice na chapa de José Serra. Quantos votos tem Itamar? Quantos votos tem o PPS? Qual é o tamanho da bancada do PPS? Pois bem, essas respostas embasam a escolha de um vice. O PPS ficou pequeno. Não adicionará muito ao PSDB para efeito de espaço na programação eleitoral gratuita. Itamar, por seu lado, é uma figura respeitada, mas parece viver no século passado. Poderia, sim, agregar Minas Gerais, eis que se trata do segundo maior colégio eleitoral do país. Sob esse aspecto, tudo bem. Mas quem deve fazer melhor análise é o tucano Aécio Neves, governador das Minas Gerais.

PT e PMDB

O maior calcanhar-de-aquiles dos tempos pré-eleitorais será a aliança entre PT e PMDB. O PMDB quer ter o maior número possível de candidatos a governador. O PT, idem. O PMDB deseja que o PT ceda o lugar na cabeça de chapa em Estados importantes, como Minas Gerais. O PT não aceitará facilmente essa pressão. Vai tomar posição apenas em fevereiro/março do próximo ano. Ora, o PMDB é pragmático. Se perceber que o PT não recuará em sua vontade de competir com ele, tomará o bonde em direção a outras plagas. Quem tem mais a perder é o PT. O PMDB ganhará a queda de braço.

Aécio cresce?


Com a subida de Dilma e descida de Serra (a diferença entre os dois diminuiu 12,5 pontos na pesquisa CNT/Sensus), Aécio Neves ganha. Ou seja, o governador paulista expressa a ideia de que não é tão poderoso como se imaginava. Aécio poderá trabalhar com esta hipótese para abrir caminhos.

"Nossa época alimenta-se e vive da moralidade de épocas anteriores." (Nietzsche)

Campos e Ciro


Eduardo Campos, o bom governador de Pernambuco, gostaria de arrumar um caminho para o deputado Ciro Gomes, seu companheiro de partido. O governo de São Paulo, por exemplo. Nesse caso, Ciro deveria se alistar em São Paulo, no mês de setembro próximo, deixando a terrinha cearense, governada por seu irmão, Cid. Poderá alegar que volta ao berço onde nasceu: Pindamonhangaba, aliás, também cidade de Geraldo Alckmin. Teríamos, assim, dois "pindas" pedindo votos. Claro, se José Serra abrir espaço para Alckmin. Pois seu candidato in pectore continua sendo o eficiente secretário Aloysio Nunes Ferreira, que conhece como ninguém o traquejo político.

O imponderável


O imponderável nos cerca. A todo o momento. Em todo o lugar. Recém casados, cheios de sonhos, decidem passar a lua de mel em Paris. Um príncipe, 26 anos, depois de rever a família, faz a viagem de regresso. Uma cantora, cheia de esperança, retorna ao trabalho na Alemanha, feliz por ter recebido a benção dos pais. Todos desapareceram tragicamente. Uma pessoa deixou de embarcar por ter o passaporte vencido. Foi salva. Outra perdeu o horário do vôo. Salvou-se igualmente. Foi uma perda transformada em ganho. E assim são as retas e curvas da vida. Cada um com sua imponderabilidade à espreita.

E as oposições, hein?


Qual é a proposta das oposições para o país? Onde estão as grandes ideias? O que deverá ser feito para melhorar as condições macroeconômicas? Como fazer para desempacar o PAC? Será que proposta só deve ser feita em tempos eleitorais? Esse é o busílis que atrapalha a vida das oposições.

"O menino é o pai do Homem." (Machado de Assis)

GM estatal

O capitalismo está de cabeça para baixo? A GM, um dos maiores símbolos do capitalismo mundial, agora é estatal. 60% de seu capital pertencem ao Estado americano. Fechará 14 fábricas. Receberá US$ 30 bilhões. O mundo está de cabeça pra baixo.

Renan reinando


Renan Calheiros volta a reinar. E assim gira o mundo da política. O ex-poderoso presidente do Senado teve de renunciar ao comando da Câmara Alta para salvar o mandato. Agora, como líder do PMDB no Senado, recupera a antiga força. Manda na CPI da Petrobras. Faz e desfaz. Ouço, de longe, o cochicho de minha velha mãe: "meu filho, nunca diga – desta água não beberei".

"Dios se há extraviado. Ahora todos le llaman a la vez desde todas partes." (Elias Canetti em El Suplicio de las Moscas)

Despedidas?


Versões correm dando conta de que Carlos Minc, o ministro do Meio Ambiente, não tem mais ambiente para continuar no governo. Que Nelson Jobim também estaria se preparando para dar adeus ao cargo. E que os ministros candidatos em 2010 podem deixar o cargo antes do prazo legal. Uma contraversão é soprada: alguns repensam suas decisões à luz da popularidade de Lula, que está nas alturas. A força do presidente poderá segurar alguns na cadeira.

Retrato volátil e mais uma pesquisa


Dilma sobre a última pesquisa: "retrato volátil". E Serra: "mais uma pesquisa". Ambos estão corretos. A primeira procura esconder a satisfação diante do salto que dá a cada pesquisa. O segundo procura esconder a frustração de constatar a descida. Esse biombo os esconderá até às eleições.

"Para ver uma coisa por completo, o homem precisa ter dois olhos, um do amor e outro do ódio." (Nietzsche em Sabedoria para Depois de Amanhã)

86% sem licitação

Bilhões e bilhões sem licitação. Pois é: mais de 86% das compras da Petrobras não foram objeto de licitação. Tudo por conta de um decreto que veio lá de trás, dos tempos de Fernando Henrique. Hoje, esse decreto é um grande escudo que os oposicionistas querem destruir. O mundo gira e a Lusitana roda.

Terceirizados pedem 4302

Os trabalhadores terceirizados, que integram o Sindeepres, comandado pelo sindicalista Genival Beserra, também querem a legalização do setor. Mais concretamente: defendem a aprovação do PL 4302/98. Genival está organizando uma caravana para ir à Câmara Federal, onde será recebido pelo deputado Michel Temer e pelas lideranças partidárias. Esse mesmo trajeto foi feito, semana passada, por empresários, sob a coordenação de José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon/Aescon, e de Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo.

"No permitas que nadie te prescriba el tono de la esperanza." (Elias Canetti)

Conselho aos defensores de cotas raciais


Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na edição passada, o espaço foi destinado ao governador José Serra. Hoje, volta sua atenção aos defensores de cotas raciais:

1. A cota racial tem ranço discriminatório.

2. As pesquisas mostram que os brasileiros não querem se ver divididos em cotas. O Brasil não quer ver aparecer como um país racista.

3. Em vez de cotas, por que não usar o critério social – a partir dos mais carentes?

Relações com a imprensa

Novas dimensões, em suma, compõem a postura de relacionamento com a imprensa. Eis algumas delas:

- evitar cooptação da imprensa à base de fisiologismo. A imprensa quer informações. O bom assessor sabe muito bem que está ultrapassada a ideia de considerar a imprensa como algo que pode ser tutelado;

- evitar ênfase ao dirigente – tem sido comum enfatizar os perfis de dirigentes. A informação sobre o negócio, a empresa, o produto tem prevalência sobre a abordagem personalista;

- evitar angulações que procurem expressar o conceito de empresa como ilha de felicidade, paz e progresso, cercada por maremotos e turbulências;

- evitar comunicações inócuas – substituir o envio de informações inoportunas, desnecessárias e desinteressantes por informações socialmente significativas;

- substituir a improvisação pelo profissionalismo;

- trabalhar de modo mais profundo a identidade da organização;

- reconhecer os problemas e as dificuldades vividas pela organização;

- substituir o monólogo pelo diálogo;

- criar eficiente articulação com as pontes da imprensa, amparada nos valores da amizade, do respeito, da confiança e, em certos casos, da exclusividade noticiosa.

Evitar o ridículo

As coisas ridículas são razoavelmente aferidas pelo bom senso. Nem sempre conseguem ser detectadas por algumas pessoas. É preciso estar atentos a elas. Leopardi, diz que "as pessoas são ridículas apenas quando querem parecer ou ser o que não são". Ridículo é o artificialismo na construção dos discursos; ridículos são os perfis que se desmancham com um exame mais apurado. Ridículas são pessoas que pretendem mostrar o que não têm, ser o que não são e dizer o que não sabem.

Defender um ideário


É preciso ter fé, defender firmemente uma crença. A pessoa amorfa, sem opinião, sem paixão, sem valores, sem princípios, assemelha-se a um vegetal. Como prega o mártir da causa dos negros norte-americanos, Martin Luther King, "se um homem não descobrir nada por que morreria, não está pronto para viver". A construção de um ideário não é uma tarefa artificial. O ideário é o somatório de lições de vida e de experiências, de alegrias e tristezas, de conhecimento acumulado e dos valores adquiridos ao longo da trajetória. Uma pessoa sem ideário é como uma lesma que se desconstrói com uma pequena pitada de sal. É de Blaise Pascal o pensamento: "Posso até conceber um homem sem mãos, sem pés, sem cabeça, pois é só a experiência que nos ensina que a cabeça é mais necessária do que os pés. Mas não posso conceber um homem sem pensamento. Seria uma pedra ou um bicho".

(Por Gaudêncio Torquato)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

SAUDADE É O AMOR ETERNIZADO DENTRO DE NÓS!!!

(Depoimento de um médico oncologista do Recife).

No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a frequentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria.

Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.

Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim.

Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por anos de tratamentos os mais diversos e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.

Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho à enfermeira e com uma lágrima nos olhos dizia: faça tia, é preciso para eu ficar boa.

Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

Meu anjo respondeu:

- Tio, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondida nos corredores.
Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Pensando no que a morte representava para crianças, indaguei:

- E o que a morte representa para você, minha querida?

- Olha, tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama, não é?

- É isso mesmo, e então?

- Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?

- É isso mesmo querida, você é muito esperta!

- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado". Boquiaberto, não sabia o que dizer.

Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.

E minha mãe vai ficar com muita saudade minha, emendou ela.

Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo:

- E o que saudade significa para você, minha querida?

- Não sabe não, tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Um anjo passou por mim...

Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar.

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.

Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo "meu anjo, que brilha e resplandece no céu".

Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.

Obrigado, anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinaste, pela ajuda que me deste.

Que bom que existe saudades! O amor que ficou é eterno.



Rogério Brandão
Médico oncologista clinico
RC Recife Boa Vista D4500
Cremepe 5758


(Enviado por Paulo Nazareno)

EXPRESSÕES LATINAS

*
Rosa mystica – "Rosa mística"
*
Rudis indigestaque moles – "Massa confusa e informe" - (Ovídio)
*
Salus infirmorum - "Saúde dos enfermos"
*
Salus populi suprema lex esto – "Que bem estar do povo seja a lei suprema." - Máxima de Direito.
*
Sanctum sanctorum – "O santo dos santos." - Expressão forense.
*
Sapienti sat ! – "Ao sábio, basta!", isto é, "A bom entendedor meia palavra basta." - (Terêncio)
*
Sartor resartus – "O remendão remendado."
*
Scienti et conscienti non fit injuria – "A quem sabe e consente não acontece injustiça." - Preceito do Direito Canônico.
*
Scilicet – "Evidentemente", "Naturalmente".
*
Scire tuum nihil est, nisi te scire hoc sciat alter – "Saber o que sabes não é nada, se outro não souber que o sabes." - (Pérsio)
*
Scire volunt omnes, studiis incumbere pauci – "Todos querem saber, poucos se aplicam aos estudos." - Provérbio
*
Scribendi nullus finis – "O escrever não tem fim."

SANTO ANTÔNIO OU SÃO GONÇALO?







Meu querido Santo Antônio,

Vou lhe dar outra oportunidade

De me arranjar um marido.

E estou falando a verdade!

Ou vou apelar a outro Santo,

Que me faça essa caridade.




Há tempos que lhe recorro,

Sem ver nenhum resultado.

Pelo jeito o senhor anda

Desatento ou bem relaxado.

Quem sabe com tantos pedidos,

Foi deixando o meu de lado.



Acho que o senhor é mesmo,

Um santinho do pau ôco.

Eu peço, suplico, imploro

E o senhor de mim faz pouco.

Não atende o meu pedido

E eu continuo neste sufoco.



Só que agora eu descobri,

Que você tem concorrente.

Um santo casamenteiro,

Que é bem menos exigente,

Que se chama São Gonçalo,

E é muito mais eficiente.




Dizem que ele anda casando

Mulher de qualquer maneira:

Casa donzela e as desquitada,

As viúvas e até mãe solteira,

As que já passaram da idade,

E as que perderam as estribeiras.



Por isto, meu Santo Antônio,

O senhor preste muita atenção:

Me arrume um bom casamento,

Ou mudo mesmo de devoção.

Vou atrás é de São Gonçalo

Já cansei dessa embromação



Não há solteira que agüente,

Essa sua fatigante lentidão

São Gonçalo desempenha,

Muito melhor essa função,

E além de não ser exigente

É mais rápido na solução.



Sei que o Santo é só um detalhe.

O que importa é o matrimônio.

Me arranjo com São Gonçalo,

Se vacilar meu Santo Antonio

Para gastar vela com os dois,

Não economizo patrimônio.


(Por Dalinha Catunda)

terça-feira, 2 de junho de 2009

OBSERVATÓRIO


Dias atrás, um empresário de destaque no ramo da construção civil foi recebido pelo governador Cid Gomes. É crateuense, porém radicado em Fortaleza. Pela liberdade que desfruta perante o Chefe do Executivo Estadual, fugiu do assunto da audiência e indagou Cid sobre o que estava previsto para Crateús. O governador fechou a cara e, em tom ríspido, respondeu: - “Quase nada, pois até a Policlínica pensei em destinar prá outro lugar. Para resolver o problema do terreno, que era obrigação da Prefeitura, foi preciso que a Procuradoria Estadual entrasse com a ação de desapropriação”... Em seguida, mudou de assunto.


OUVIDOS MOUCOS


O episódio acima é revelador da situação em que se encontra o município. Parece que estamos diante de dois mundos: o real, que perpassa o dia a dia das pessoas; e o conceitual, que está na cabeça do senhor Prefeito. Como há uma enorme distância entre ambos, o que emerge do mundo concreto parece que chega ao gabinete municipal como discurso oco. E, lógico, “para discursos ocos, ouvidos moucos”.

REAL X CONCEITUAL

Bem ao nosso estilo, levantamos algumas ponderações na coluna da edição passada. E o fizemos porque dentre as características do tempo estão a velocidade constante e a irretroatividade. Quase 1/8 do mandato já foi consumido. E qual o saldo que podemos aquilatar?

REAL X CONCEITUAL II

No mundo real, fala-se de greve por falta de transigência nas negociações e transparência na apresentação de dados; no mundo conceitual fala-se que a greve é por motivos políticos e que os profissionais do magistério estão sendo manipulados. Sucede que, a bem da verdade, professor sempre fez movimento paredista em Crateús: desde o antigo PFL (hoje DEM), passando pelo PSDB, PMDB até chegar, agora, no governo do PCdoB. Recordo de uma época em que Leandro Martins, embora semi-anafalbeto, compareceu à Faculdade de Educação de Crateús e pôs fim a um conflito muito mais acirrado ao que hoje se verifica. Nos últimos vinte anos, embora sob o fogo cerrado de debates até virulentos, todos os gestores que passaram por Crateús encontraram soluções negociadas para essas contendas. Por que agora se arrasta por tanto tempo?


REAL X CONCEITUAL III

No mundo real, comenta-se que há licitações dirigidas, tráfico de influência, práticas nepotistas, intromissão indevida de familiares; no mundo conceitual a cidade experimenta uma “vida nova”, inexiste qualquer ação censurável. Ou seja, são mundos distintos. No mundo conceitual, o Prefeito foi ungido pelo povo, é como um novo Messias; no mundo real, o Prefeito foi apenas eleito – embora com grande votação – o que só aumenta o seu grau de responsabilidade.

O ELEITOR

O sujeito do voto, aquele que outorga ou retira o poder – o eleitor – está continuamente se transformando a cada refrega eleitoral. O mundo é outro. O processo de globalização, o avanço tecnológico, a socialização da informação através da internet – tudo isso está produzindo um eleitor mais exigente com os seus representantes. Já ouvi, por exemplo, várias pessoas relembrando o episódio do debate de campanha no Teatro Rosa Morais, quando o atual Prefeito apresentou ao povo um suposto contracheque de um servidor de Novo Oriente, insinuando que Nenen Coelho remunerava mal o funcionalismo e, por isso, era inapto para governar Crateús. Hoje, em Novo Oriente – sob o comando de um homem de poucas letras – inexiste greve e o professorado percebe melhor remuneração do que na terra do Senhor do Bonfim. São fatos incontestáveis. Por isso, ao invés de transferir culpa, é melhor cada um vigiar a si mesmo e saber que somos analisados pelos compromissos que assumimos.

TRANSPARÊNCIA

Rui Barbosa insistia que "o mais inviolável dos deveres do homem público é o dever da verdade: verdade nos conselhos, verdade nos debates, verdades nos atos; verdade no governo, verdade na tribuna, na imprensa e em tudo verdade; verdade e mais verdades". Verdade – ou como na moda atual, transparência – é o que o povo cobra cada vez mais dos seus governantes. Que se erre, que se deslize, que se equivoque, mas que se admita o tropeço. Jamais o ardil, o ato simulado, a enganação. Ninguém precisa ser santo, mas que se evite o falso moralismo. Coincidentemente, todos os dias pipocam nos meios de comunicação atos falhos de representantes do povo. O Congresso Nacional que o diga. Esse movimento pela transparência ganha corpo e contornos de irreversibilidade. Semana passada, foi aprovada a Lei Complementar 131/2009, que obriga todos os níveis de governo a disponibilizar, em tempo real, informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Diz a lei que isso se refere a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado. Ou seja, o mundo avança célere para uma trilha irremediável onde cada vez mais os representantes do povo deverão estar conscientes de que mandato popular significa, literalmente, andar “de mãos dadas com o povo”. Por isso, é hora de cairmos na real.

PARA REFLETIR


“A transparência é um alimento que deve ser consumido por todos, pois integra o banquete da democracia. (...) Quando a informação se torna transparente, todos ganham. O povo, porque passa a conhecer seu representante, e este, porque ganha um canal de comunicação com a sociedade”. (Cezar Britto, Presidente da OAB)

(Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro-Oeste)

CRÔNICA DA CIDADE


A HUMILDADE NA POLÍTICA

A leitura de um episódio ocorrido com uma popular figura da dramaturgia brasileira me despertou especial atenção e quero aqui compartilhar.

O instrutor pergunta ao aluno: "Quantos rins nós temos?"

"Temos quatro!" responde o aluno. "Quatro?" replica o instrutor, um desses arrogantes que adoram tripudiar sobre os erros dos outros.

"Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala" ordena o sabichão ao bedel.

"E pra mim um cafezinho" acrescenta o aluno ao auxiliar do mestre.

Irado, o professor expulsou o aluno da sala.

Esse aluno era, segundo dizem seus biógrafos, o futuro humorista Aparício Torelly Aporelly, mais conhecido como Barão de Itararé, que, já adulto, como jornalista, criticava duramente o governo Vargas. Uns policiais entraram na sala dele, quebraram móveis e rasgaram tudo o que puderam. No dia seguinte o Barão, depois de recompor a sala, teria colocado um cartaz na porta: "Entre sem bater".

O incidente na escola não ficou naquilo. Antes de deixar a sala de aula, o Aparício esclareceu:

"O senhor me perguntou quantos rins nós temos. Nós, eu mais o senhor, temos quatro: dois meus e dois teus. Tenha um bom apetite."

Qualquer pessoa sensata teria elogiado a lógica da resposta e retirado a ordem de expulsão. Mas, o que se verificou foi a absoluta ausência de humildade e raciocínio lógico!

Esse episódio ocorrido com o Barão de Itararé me ocorreu quando reflito a respeito da relação e da importância da humildade na nossa vida, sobremaneira nos meandros da política.

Antes do mais, impende indagarmos: - O que vem a ser a humildade? Humildade é uma palavra que vem do Latim – de ‘húmus’ (terra) – que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que têm intimidade com a terra, que têm os pés no chão, que não tentam se projetar sobre os outros.

Talvez seja disso que estejamos precisando ou, até mesmo, o que mais se necessite no árido e pedregoso território da política. Humildade. Nada de postura piegas, culto à submissão ou atitude medrosa. Humildade como maneira de ser e estar no processo de interação com os semelhantes. Audácia de abrir as portas à participação popular, fazer da ação política uma construção coletiva, responsabilidade partilhada por todos. Difusão de uma dimensão humana dos dirigentes. Lembrança permanente do valor da igualdade entre todos.

Em especial, humildade como enfrentamento a qualquer ponto obscuro, apreço à limpeza do vidro público. Gandhi dizia que foi a devoção à verdade que o empurrou para a política.

A humildade... Quanta falta faz essa virtuosa postura diante da vida.

Humildade, não como abandono do amor próprio, mas enquanto prática desassombrada de perscrutar os mistérios que dormitam no mais profundo de nós mesmos e que se traduz, por conseqüência, na aceitação das convicções alheias. Como Charles Chaplin, que certa feita disse: “Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade”.


(Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro-Oeste)

PICANHA AO FORNO



Ingredientes:


Uma peça de picanha
Sal grosso
Óleo, margarina ou azeite
04 batatas inglesas
Farinha de Trigo
Um limão


Modo de Preparar:

Esprema o limão, passe na picanha e, após alguns minutos, lave na água corrente. Na seqüência, cubra a picanha com bastante sal grosso e um pouco de farinha de trigo. Unte a assadeira com uma das opções desejadas (óleo, margarina ou azeite), coloque a picanha no centro e disponha as quatro batatas inteiras e descascadas em cada canto da assadeira.

Leve ao forno pré-aquecido por cerca de uma hora (se quiser ao ponto) ou mais (se desejar bem passada).

Sirva com o arroz e salada.


(Por Marguê Freire, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

FORTALEZA VIRA SEDE DA COPA 2014 E PRECISA CUMPRIR EXIGÊNCIAS DA FIFA




O anúncio oficial de que Fortaleza será uma das doze subsedes da Copa 2014 no Brasil provocou uma onda de euforia no Governo do Estado, na prefeita Luizianne Lins e principalmente na sociedade. Agora, o grande desafio é executar todas as obras planejadas e prometidas a Fifa para que dotar a cidade de Fortaleza de condições para receber um grupo de seleções que disputará a Copa do Mundo no nosso País.

A escolha de Fortaleza nesse domingo havia sido antecipada pelo senador Tasso Jereissati na última sexta. Tasso foi o principal patrono dessa indicação devido a sua relação de amizade com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Mas, o governador Cid Gomes não quer saber disso agora, está mais preocupado em garantir os investimentos necessários a cumprir todas as metas propostas por seu governo a Fifa.

(Por: Luciano Augusto)

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