sábado, 27 de novembro de 2010

SOBRE EXPEDITO MACHADO

Expedito Machado da Ponte, um crateunse que brilhou no cenario politico Nacional.

Conheci de perto este ferrenho pessedista.

Em 1958 vivi a sua campanha para deputado federal juntamente com Jose Parsifal Barroso para governador do Ceará, ambos eleitos.

Na campanha de 1962 conheci, em um monumental comicio no centro de Crateus, juntamente com Expedito Machado o famoso Tenorio Cavalcante, RJ, o homem da capa preta e sua metralhadora "lurdinha".

Caro JB, eu com onze anos de idade ja era udenista.

(Luiz Bonfim)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

MORREU EXPEDITO MACHADO



Saí há pouco da Funerária Ternura, na avenida Padre Valdevino, em Fortaleza, onde está sendo velado o corpo de Expedito Machado da Ponte. Vários amigos da família lá estavam prestando a sua solidariedade. Transmiti minhas condolências ao seu filho Sérgio Machado.

O ex-deputado federal e ex-ministro da Viação e Obras Públicas do Governo João Goulart, Expedito Machado da Ponte, faleceu nesta quinta-feira (26), aos 92 anos, no Hospital Monte Klinikun, em Fortaleza, vítima de câncer.

Eleito deputado federal, Expedito organizou e liderou o Centro Democrático, conhecido como “Centrão”, constituído por 178 parlamentares favoráveis a uma Constituição liberal. O ex-ministro deixou a carreira política em 1991, ao fim da legislatura na Câmara dos Deputados, se dedicando a atividades empresariais.

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Expedito Machado de Ponte nasceu no dia 15 de junho de 1919, em Cratéus (CE), filho de Francisco de Assis Machado e de Maria Melo Machado.

Entre 1938 e 1940, cursou a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, formando-se, posteriormente, em agronomia. Militante do Partido Social Democrático desde 1946, membro do diretório regional do Ceará, elegeu-se deputado estadual em outubro de 1954, e deputado federal em outubro de 1958. .

Reeleito em 1962, foi nomeado para o Ministério da Viação e Obras Públicas em junho de 1963. Licenciou-se então da Câmara dos Deputados para integrar o segundo gabinete ministerial presidencialista do governo João Goulart. Após o golpe militar de 31 de março de 1964, que depôs o presidente, foi afastado da pasta, retornando à Câmara. Em 13 de junho teve seu mandato parlamentar cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos com base no Ato Institucional nº 1, editado em 9 de abril de 1964. Exilou-se em Paris, onde permaneceu por 11 meses.

Voltou à política graças à anistia decretada em 28 de agosto de 1979, e com a extinção do bipartidarismo, em novembro, foi um dos fundadores do Partido Popular (PP), no Ceará, um ano depois. Em fevereiro de 1982, quando o PP incorporou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, filiou-se a esta agremiação. No pleito de novembro de 1986 disputou uma vaga de deputado federal constituinte pela legenda do PMDB. Eleito, tomou posse em 1º de fevereiro do ano seguinte, organizando e liderando o Centro Democrático — chamado Centrão —, constituído por 178 parlamentares conservadores, favoráveis a uma Constituição mais liberal e menos estatizante. Com a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988, deu continuidade ao seu mandato ordinário na Câmara dos Deputados, onde permaneceu até o final da legislatura, em janeiro de 1991, sem ter concorrido à reeleição.

Abandonando a carreira política, dedicou-se a atividades empresariais.

Casado com Daisi de Oliveira Machado, teve cinco filhos.

Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CONJUNTURA NACIONAL

Lei da Gravidade

A Lei da Gravidade, de vez em quando, dá dor de cabeça aos mineiros. E a lei da gravidez, essa, nem se fala. Na Câmara Municipal de Caeté, terra da família Pinheiro, de onde saíram dois governadores, discutia-se o abastecimento de água para a cidade. O engenheiro enviado pelo governador Israel Pinheiro deu as explicações técnicas aos vereadores, buscando justificar a dificuldade da captação: a água lá em baixo e a cidade, lá em cima. Seria necessário um bombeamento que custaria milhões e, sinceramente, achava o problema de difícil solução a curto prazo, conforme desejavam:

- Mas, doutor - pergunta o líder do prefeito - qual é o problema mesmo?
- O problema mesmo - responde o engenheiro - está ligado à Lei da Gravidade.
- Isso não é problema - diz o líder - nós vamos ao doutor Israel e ele, com uma penada só, revoga essa danada de lei que, no mínimo, deve ter sido votada pela oposição, visando perseguir o PSD.

O líder da oposição, em aparte, contesta o líder do prefeito e informa à edilidade, em tom de deboche, que "o governador Israel nada pode fazer, visto ser a Lei da Gravidade de âmbito Federal". E está encerrada a sessão. (A historinha é de José Flávio Abelha, em seu livro A Mineirice).

CUT ou Força Sindical?


Uma grande peleja se aguarda. Será entre a CUT e a Força Sindical. A luta será pelos domínios do MTE. Esta seara tem sido administrada pelos pedetistas, comandados por Carlos Lupi e por Paulinho Pereira da Silva, presidente da Força. Paulinho acaba de ser reeleito deputado, lidera o partido e, evidentemente, quer continuar o mando naquele Ministério. Carlos Lupi, portanto, dependerá não apenas da força que tem no PDT, mas do apoio de Paulinho. Ocorre que a CUT quer emplacar no MTE o nome de Arthur Henrique, presidente da CUT. O ciclo Dilma será bastante movimentado no capítulo das relações trabalhistas. As Centrais Sindicais querem balizar os acontecimentos nessa área.

Projeto delgado


O deputado Paulo Delgado, uma das cabeças pensantes do PT, conseguiu chegar a um projeto sobre a terceirização de serviços, considerado o melhor entre os que tramitam na Câmara dos Deputados. Delgado discutirá este projeto, amanhã à tarde, com um grupo de sindicalistas e empresários. Serão analisados aspectos positivos e negativos. O deputado mineiro deverá fazer o aconselhamento e as indicações para que seu projeto entre na pauta de urgência da Câmara. Infelizmente, Paulo Delgado não conseguiu se reeleger. Mas será certamente um ativo participante dos eventos em torno da terceirização de serviços.

Meirelles

O presidente do BC, Henrique Meirelles, anda dizendo que só aceitará permanecer à frente da instituição, caso mantenha sua relativa independência. Conversa morna para acalentar bovinos. Meirelles até que gostaria de continuar. Mas, depois de 8 anos, entra na faixa da mesmice. Ganhou independência, não reduziu os juros como o setor produtivo sempre defendeu, foi firme em sua determinação de seguir à risca a rigidez da política cambial e de juros. Diz-se que Dilma não preza a inflexibilidade de Meirelles. Mas o Diretor de Normas do BC, Alexandre Tombini, com o maior cacife foi o convidado.

E na infraestrutura? É possível?


Mas Henrique Meirelles conseguiu produzir um figurino de respeito. Que não pode ser jogado simplesmente fora. Dilma, a presidente, poderá aproveitá-lo em uma Pasta da Infraestrutura. Nos últimos tempos, ele tem se aproximado do PMDB, procurando o presidente Michel Temer para sondagens. Mas o partido sempre o considerou uma carta do baralho de Lula. De qualquer maneira, se vier a ser escolhido, o PMDB deverá dar o endosso.

Mangabeira


Já o ex-ministro Mangabeira Unger não arreda pé dos espaços ocupados pelo presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer. O professor é um homem muito preparado. Culto e inteligente. Mas seu sonho de vir a ocupar o Ministério das Relações Exteriores é irrealizável. Não apenas porque este Ministério faz parte da cota pessoal da presidência, mas porque Mangabeira carrega muita polêmica em seu perfil. Coisa que não combina com as Relações Exteriores. Pode ganhar algum cargo de assessoramento. Algo que não esteja muito à vista.

Belchior

Cumprindo a meta de adensar o Ministério com a participação de mulheres, a presidente Dilma convidou Miriam Belchior para o Planejamento. Hoje, ela coordena o PAC.

Rossi

Wagner Rossi é um dos quadros qualificados do PMDB. Exerceu com discrição e competência as altas funções de ministro da Agricultura, após o afastamento de Reinhold Stephanes, reeleito deputado pelo PMDB do Paraná. Rossi é o nome que o PMDB defende para continuar à frente do Ministério da Agricultura. A conferir!

Kassab e o futuro

Hábil articulador, Gilberto Kassab quer fazer um bloco reunindo PDT, PC do B e PSB, ao lado do PMDB, onde deverá ingressar nos próximos meses. A ideia é formar uma frente para abrir horizontes políticos, a partir de 2011. Para tanto, o prefeito de São Paulo inicia conversações para todos os lados.

A ala quercista

Agora, um pequeno grupo ligado a Quércia quer avaliar a entrada de Kassab no PMDB. Como se sabe, este partido foi praticamente destroçado em São Paulo no ciclo quercista. Elegeu, no último pleito, apenas um deputado Federal. O comandante Orestes Quércia está convalescendo. E ainda mantém o domínio do partido. Kassab representa sangue novo. Traria, de pronto, cerca de 10 deputados Federais para engrossar a sigla. Mas o prefeito Marcelo Barbieri, de Araraquara, ligado a Quércia, parece querer conservar a sigla magra, mas com um dono só. Cada qual com sua pequenez.

Comando do Senado


José Sarney está quase inclinado a aceitar a convocação para voltar ao comando do Senado em 2011. Falta o 'SIM' de dona Marly.

Pacote regulamentador

Espera-se até final de dezembro o pacote de regulamentação das telecomunicações. Que viria com as definições sobre a produção de conteúdos pelas teles. O temor é que o pacote chegue a abrigar controles de conteúdos nas mídias tradicionais.

Acordão PT/PMDB

Este consultor conhece os principais interlocutores do PT e do PMDB em matéria de presidência da Câmara. São três pessoas: os líderes Henrique Alves - PMDB, Cândido Vaccarezza - PT e o presidente da Câmara e vice-presidente eleito da República, Michel Temer. Pois bem, Henrique e Vaccarezza começaram a conversar. Vão analisar pontos positivos e negativos de cada ciclo e de cada candidatura (a deles mesmo) e acertar um rumo. A seguir, farão chegar ao presidente Temer a decisão. E se a coisa der empate - ou uma situação de inflexibilidade das partes - Temer entrará no circuito, agora como juiz.

Valle de Los Caídos


Quem vai à Espanha, é levado a conhecer o Valle de Los Caídos, o memorial franquista monumental e complexo, erguido entre 1940 e 1958, a cerca de 40 km de Madrid, em memória dos mortos na Guerra Civil Espanhola, de 1936 a 1939. Sua construção demorou 18 anos para ser concluída, formando um complexo composto de basílica, abadia e hospedaria. O Valle de los Caídos foi erigido para ser o panteão dos soldados franquistas "caídos" (ou seja, mortos em combate) durante a Guerra Civil Espanhola.

Vale brasileiro

No Brasil, o Valle de Los Caídos é a expressão usada para designar o cemitério dos derrotados na última campanha. Pois bem, os "mortos" acorrem vivamente na direção dos vitoriosos. Para clamar por uma fatia, um pedaço, uma nesga de poder. Querem um cargo público, se possível em uma estatal de proa. Os lobbies estão apertando os donos dos maiores latifúndios. O cemitério dos caídos é abrigo de representantes de todos os partidos. Os governadores eleitos estão sendo igualmente assediados.

Cardozo

José Eduardo Cardozo, preparado, sensível, pessoa educada, está a um passo da cadeira de ministro da Justiça.

Abílio? Não quer

Se Abílio Diniz quisesse, há muito seria ministro. Agora, seu nome volta à tona, desta feita para substituir o jornalista Miguel Jorge no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Diniz não quer. Tem muita coisa a fazer no seu império. Dá orientação estratégica, dirige reuniões, participa de eventos e faz, religiosamente, seus exercícios físicos. Deixar tudo isso para ser um burocrata não estaria na sua índole. Se topar, é porque a missão cívica venceu a parada.

Gabrielli


Sergio Gabrielli ficará mais um tempinho comandando a Petrobras. Depois, voltará à Bahia para integrar o governo de Jaques Wagner. Que lhe dará uma pasta de muita visibilidade e dinheiro. Gabrielli estará se preparando para ser o candidato de Wagner ao governo em 2014.

Dilma no parlatório

Dilma fará seu discurso de posse do Parlatório, em frente à Praça dos Três Poderes. E Lula, esta é a novidade, deverá falar. Geralmente, presidentes que se despedem, não falam. Mas Lula é... Lula.

McCartney pleonástico


Paul McCartney é um pleonasmo. Seu show, na segunda-feira, com o Morumbi todo ocupado, foi antológico, apoteótico, maravilhoso, fantástico. O maior e melhor que já vi em minha vida. Quase 3 horas de show ininterrupto, 40 músicas, belíssimas, e o cara nem um copo d'água tomou. Um monumento ao preparo físico. Um exemplo de músico completo.

Lula dá o tom


Guido Mantega no Ministério da Fazenda? Indicação de Lula para permanecer. Gabrielli continuando na Petrobras? Dizem que é sugestão de Lula. Aproveitar bem o Palocci? Mais uma vez, a voz de Lula. E no BNDES? Se Luciano Coutinho continuar, a sombra de Lula será também vista.

Alckmin e o serrismo


Tenho ouvido nos bastidores: Geraldo Alckmin vai formar um secretariado que seja espelho de seu DNA político. Quer dizer, não dará muito prestígio aos serristas. Alckmin sempre foi olhado de soslaio pelo grupo serrista. As alas só se dão bem nas aparências. O governador, por sua vez, sente-se agradecido a Serra por tê-lo trazido de volta ao batente da visibilidade. Pode retribuir, de leve, mas sem grandes afagos.

Conselho à ANAC


Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado aos comandos estaduais. Hoje, volta sua atenção à ANAC:

O fim de ano se aproxima. As nuvens pesadas ameaçam paralisar não apenas as pistas dos aeroportos, mas os próprios saguões. Que estarão superlotados. Chega a informação de que a Agência Nacional de Aviação Civil proibirá as companhias aéreas de praticar o overbooking - venda de mais passagens que os assentos disponíveis nos aviões. Pois bem, para que esta informação não caia no vazio, urge:

1. Baixar imediatamente Portaria nesse sentido e fazer ampla divulgação na mídia.

2. Disponibilizar nos aeroportos guichês para acompanhamento, monitoramento e controle da situação aérea neste final de ano.

3. Implantar sistemas capazes de administrar tempestivamente quaisquer eventos que impliquem caos aéreo com a punição imediata dos responsáveis.

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(Gaudêncio Torquato)

HUMILDADE E ELEVAÇÃO

A vaidade enlouquece.
A revolta dificulta.
A dor regenera.
A facilidade perturba.
O trabalho educa.
A humildade eleva sempre


Emmanuel (espírito) / psicografia de Chico Xavier. Do livro: A semente da mostarda.

FUTEBOL DE BOTÃO


O breve e ocasional rubor vespertino
era em prol de um único objetivo,
abrilhantar o admirável momento
do nosso célebre campeonato de botão.

Demarcadas a giz, as linhas divisórias
do gramado imaginário eram um mundo
que nos prendia àquele diminuto chão:
íntimo torpor, rara alegria, pura satisfação.

Não havia só um devaneio qualquer
na agradável fantasia de jogar botão,
que ficou estampado na luz fluída
de um entardecer em alumbramento.

A fantasia alçava voo num lance de gol.
A imaginação resvalava no cimento liso
com os botões a correr, a driblar e chutar
uma minúscula bola rumo a um travessão.

Enquanto o lúdico em luta se transfigura
e um torpe malogro vai entediando a vida,
acolho novas idéias de meus velhos botões
para os dias de agora que se vão, pesarosos.


(Raimundo Candido)

NO BALANÇO DA REDE


Você esqueceu minha rede

Veio outro e se deitou.

Deixou de me chamegar,

Veio outro e chamegou.

*

A rede estava armada,

Mas você se desarmou.

Agora está lamentando

Pois outro me embalou.

*

No vai e vem da rede

Faz zuada o armador.

Embalando a magia,

Nos acordes do amor.

*

Deixei de ninar saudades

Voltei a embalar paixão.

Na rede da felicidade.

Balança meu coração.

*

Dalinha Catunda

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O QUADRO DA SALA


Vinte anos afastado de sua criação,
Como um barco à deriva pela vida,
E as cores pedindo ajuda as suas mãos
Para darem formas as novas margaridas.

Então, pela cidade de Paraty, sentiu-se atraído
Como se aquele lugar fosse sua aquarela
Ao chegar, por um pássaro vermelho foi recebido
Quando abriu para o mundo sua janela.

Mas gente sempre foi sua verdadeira paixão
E os quadros foram chegando com rostos e cores,
Pintados sobre a lona de um caminhão,
Que de suas viagens traz remendos e amores.

Histórias foram completando seu ateliê e galeria,
Enquanto suas telas traçavam as rotas do mundo,
Mas no Rio de Janeiro existia uma sala ainda vazia
Em que um casal aguardava um quadro profundo.

Este em busca de uma arte que tocasse o seu ser
Até que um intenso azul iluminou suas retinas.
Nascendo nele, o ávido desejo de conhecer
O criador da pureza das duas belas meninas.

Os pincéis com suavidade traçaram linhas convergentes
E as vidas dos três se cruzaram na “Veneza Brasileira”,
Pois a arte que por sublimidade é atraente
Constrói entre as pessoas uma relação verdadeira.

Depois de apreciarem tanta beleza,
Em uma tarde, em tão agradável companhia,
O Casal sentiu no âmago a certeza
De que sua sala clamava por aquela alegria.

Então, foram surpreendidos pela nobreza do pintor
Que lhe propôs criar um quadro com seu gosto
E nas noites seguintes, a moça sonhou com a cor
Que daria vida a tela e cada rosto.

Já no aniversário dela, como se por magia,
Duas jovens de sombrinhas em tons vibrantes
Preencheram de encanto a sua sala vazia,
Tornando inesquecível cada instante.


(Silvia Régia Lopes Melo)


Elias de França disse...

Que belo poema, poetisa!

Como que pintando uma historia de vida, os versos vão pincelando as imagens de distâncias findas em doces reencontros, longas idas em coloridos chegares, saudades perdidas reachadas em novas invenções... pintada assim, então, a vida parece tela em aquarela!

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Olá Júnior,

Poema lindo, muito bem comentado por Elias de França, que quase me deixou inibida a comentar.

Silvia realmente pinta com palavras uma linda aquarela onde a vida explode em tons variados.

Parabéns a Silvia pela arte.

Parabéns ao Elias pelo valoroso comentário.

E, parabéns a você, Júnior, pela magnífica postagem.

Um abraço,

Dalinha

A MAÇONARIA

Unindo homens de bem na escala universal,
A Maçonaria defende a paz e a liberdade,
Combatendo os vícios, os erros e o mal,
Ela une todos os povos na defesa da igualdade.

A Maçonaria na luta pela ordem e pela liberdade,
Se projetou com dignidade na historia universal,
Prestando relevantes serviços à toda a humanidade,
Sempre voltada ao bem e no combate aos vícios e ao mal.

Com atuação decisiva na antiguidade,
E com liderança e coragem na revolução francesa,
A Maçonaria se constituiu um marco de dignidade,
Sempre nos sagrados direitos humanos na defesa.

Em nossa querida pátria amada, Brasil
A Maçonaria sempre na história se destacou
E em um valoroso baluarte se constituiu
E a luta pela independência com nobreza liderou,

Também na sangrenta abolição da escravatura,
Quando uma elite egoísta dominava os irmãos,
Foi a Maçonaria que assumiu a envergadura
E o sucesso da abolição garantiu em suas mãos.

Sempre pregando o bem, o amor e a decência
Defendendo os sagrados direitos da vida e da liberdade,
A Maçonaria sabe assumir seu papel com veemência,
Sem medo dos poderosos e na defesa da igualdade.

Ser maçon é viver com dignidade,
É ajudar os irmãos e serviços prestar,
É defender sempre a justiça e a igualdade,
Sem a nenhum outro principio se curvar

(José Aristides Braga)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

OBSERVATÓRIO


Na década de 70 do século passado, Dionísio Soares Godinho e Raimundo Nonato Bonfim disputavam a Presidência da Câmara Municipal de Crateús. O primeiro, candidato situacionista; o segundo, dissidente. As apostas indicavam que Dionísio deveria ganhar a batalha por uma diferença apertada: um voto apenas. Mas, vitória é vitória, qualquer que seja a vantagem. Por isso, impõe uma comemoração. E a festa foi preparada. Na hora da eleição, o Plenário da Câmara estava lotado. Autoridades e populares se acotovelavam para acompanhar o resultado. Àquela época, a votação ocorria assim: para cada chapa registrada, era confeccionada uma cédula eleitoral diferente. O vereador votante apenas depositava na urna a cédula de sua preferência. Nonato era o secretário da Casa. Dionísio, ao se dirigir à mesa de votação, inopinadamente tomou à mão a chapa adversária e indagou de Nonato: - Esta é a minha mesmo a minha chapa? Nonato assentiu. Na proclamação do resultado, a surpresa: Nonato sagrou-se vitorioso com um voto de diferença. O candidato Dionísio, sem o saber, deu o voto que elegeu seu concorrente. E a Dionisíaca festa foi desfeita.


CÂMARA I


As eleições para a Mesa Diretora do Parlamento Mirim de Crateús sempre se constituíram em uma caixa de surpresas. Há um açodamento da temperatura, uma agitada tensão pré-eleitoral. Amanhã haverá a escolha da Mesa que vai presidir os trabalhos legislativos pelos próximos dois anos. Ao fecharmos esta edição, estava confirmada a candidatura de Conegundes Soares. Do outro lado, falava-se no nome de Márcio Cavalcante. Projeções indicam a possibilidade de um empate: cinco a cinco. Nesse caso, o critério legal de desempate é a idade: ganha o mais velho. Conegundes conta com os benefícios da idade. Tem mais janeiros que qualquer outro membro da Casa. Márcio, por sua vez, está Presidente pela segunda vez. Há resistência dos seus pares em entregar-lhe a Presidência para um terceiro mandato. Porém, além de ser o atual maquinista da locomotiva legislativa, é o candidato do Prefeito, que joga tudo nessa disputa.

CÂMARA II

Sobre essa intervenção do Executivo na esfera interna corporis do Legislativo é que precisamos meditar. Por que o Prefeito tem que se imiscuir na eleição do Presidente da Câmara se, segundo a Constituição, os poderes são independentes? É um vírus da velha política que sempre ataca o Prefeito de plantão. Ocorreu com os outros. Ocorre com o atual. Lamentavelmente. Ora, se o Chefe do Poder Executivo trabalhar corretamente, nada deverá temer se a Câmara Municipal estiver sob o comando de um aliado ou antagonista. A relação é institucional. Aliás, um Prefeito imbuído de bons propósitos saudaria com entusiasmo a ascensão de um Presidente que não fosse chapa branca. Quando um alcaide luta adredemente para eleger um Presidente de Câmara que lhe seja servil é porque teme alguma coisa. Na raiz de todo temor está a insegurança derivada de algum erro no percurso, falha na condução ou ausência de cumprimento do princípio da transparência. Nada teme aquele que anda no caminho reto.

CIDADE

Em verdade, a cidade carece de uma grande política. Feita com P maiúsculo. Nos moldes que os gregos nos legaram: Política enquanto berço do radical “Pólis”: amor à cidade, serviço à comunidade! Ainda estamos presos à carcomida visão patrimonialista, como se a Prefeitura fosse patrimônio do grupo dirigente. A representação popular não é negócio. É sacerdócio. É serviço ao ditame coletivo; jamais satisfação do interesse do umbigo. Por isso, ao invés de tomar assento na mesa da serenidade para estudarmos os grandes e graves problemas da cidade, ainda patinamos no salão das vaidades. E esquecemos, inclusive, de nos prepararmos para datas essenciais. Exemplo? O centenário da cidade (vide Crônica ao lado).

SESC LER


Mês passado o SESC LER realizou importante evento festejando escritores locais. O nome deste escriba esteve entre os homenageados. Agradeço, de coração, a lembrança. Em relação a homenagens, sempre me recordo do brocado de que é melhor merecê-las que efetivamente recebê-las.

SOLIDARIEDADE

Sexta-feira passada, em cortejo comovente, foi levado ao cemitério São João Batista, em Crateús, o cidadão Francisco Carlos Mourão. Em agosto, havíamos lapidado uma Crônica sobre sua profícua trajetória existencial. Fui ao seu enterro simplesmente para externar aos conterrâneos que estávamos enterrando um dos homens mais dignos que a nossa cidade conheceu. Sua postura reta, altiva e vertical, sempre me impressionou. Aprendi que o homem maduro é aquele que enfrenta com a mesma serenidade tanto um terremoto de tristeza como uma explosão de alegria. Posso afirmar que, sem embargo, Carlos Mourão pisou os prados da maturidade. Nossas condolências à família, que amanhã celebra a Missa de Sétimo Dia.

PARA REFLETIR

“Que a nossa mensagem seja a nossa própria vida.” (...) “Você deve ser o exemplo da mudança que deseja ver no mundo.” (Gandhi)

(Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste, Crateús, Ceará)

CENTENÁRIO DA CIDADE


No inicio do mês, em contato com o doutor José Maria Bonfim de Morais, médico cardiologista que também se dedica às coisas do espírito, proseamos sobre temas de relevo e suscitadores de enlevo.

Famoso em Fortaleza, José Maria também granjeou conceito internacional. Além da intensa atividade profissional, é militante filantrópico e integrante, dentre outras, da Associação Cearense de Escritores (ACE) e da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES).

Conhecedor da sua habilidade na edificação das palavras e das suas incursões pelas mágicas grutas da poesia, lancei-lhe convite para tomar assento na Academia de Letras de Crateús. Imaginei que, mercê do destaque que conquistou e das inúmeras atribuições, declinaria habilidosamente da incitação. Sua resposta me surpreendeu: - Sentir-me-ia muito mais honrado em participar da Academia de Letras da minha terra do que da Academia Brasileira de Letras.

No desenrolar do diálogo discorreu sobre projetos e idéias que trabalha para o ano que vem, quando haveremos de celebrar o centenário da cidade de Crateús. Lembrou que 1911 foi um ano virtuoso para a terra do Senhor do Bonfim. Um dia após a inauguração da cidade, nasceu José Maria Moreira do Bonfim, monsenhor Bonfim, “tio Zezé” para os íntimos. No mesmo ano nasceu também Francisco Ferreira de Moraes, o monsenhor Moraes, posteriormente celebrado como o maior construtor da cidade de Ipú. Em 1911 nasceram vários outros conterrâneos que se destacaram na construção de uma vida virtuosa e inscreveram seus nomes na lápide da História.

Criada pelo Decreto 1046, de 14 de agosto de 1911, a cidade de Crateús foi oficialmente inaugurada em 15 de novembro do mesmo ano. Portanto, em 15 de novembro do ano que vem será a ocasião de celebrarmos o centenário da cidade.

Estive, outro dia, em Juazeiro do Norte, a cidade fundada pelo Padre Cícero Romão Batista, que também completará um século no ano que vem. Apesar das visíveis dificuldades que o atual gestor daquela comuna enfrenta, a cidade está mobilizada para os festejos. Um enorme calendário assinala a contagem regressiva para a comemoração centenária. Uma intensa programação está desenhada para o ano que vem.

Crateús precisa seguir a mesma trilha. Afinal, há cinqüenta anos ocorreu intensa comemoração. O Padre Bonfim registrou o Programa do Cinqüentenário.

Às cinco horas da manhã do dia 15 de novembro de 1961 a cidade acordou com uma salva de tiros, seguida de uma passeata popular com música, fogos de artifício e repicar de sinos.

Às sete horas a multidão participou de uma Missa Campal em Ação de Graças, presidida pelo bispo Dom João José da Mota e Albuquerque.

Às oito horas houve o hasteamento da Bandeira Nacional no Paço da Prefeitura Municipal seguido de desfile do 4º Batalhão de Engenharia e Construção e dos Colégios da Cidade.

Às quatorze horas a comunidade assistiu uma Sessão Magna da Câmara Municipal, realizada no Crateús Clube (atual sede da Justiça Federal). Na ocasião, o doutor Afrânio Gonzaga Sales proferiu uma conferência sobre o problema da lavoura e da pecuária na região.

Às dezessete horas foi inaugurado o marco do cinqüentenário da cidade e lançada a pedra fundamental da avenida no entorno da Catedral.

Às dezessete horas e trinta minutos alunas do Instituto Santa Inês fizeram uma exibição de ginástica e educação física.

À noite, foram oferecidos bailes à sociedade local nos Clubes Caça e Pesca e Sete de setembro (um Clube popular situado no final da Rua Marechal Hermes, à beira do Rio Poty).

Na época também foi lançado o Hino do Cinqüentenário.


Como se vê, o centenário é um desafio que urge ser encarado. Imediatamente. Afinal, em priscas eras nossos ancestrais promoveram um show comemorativo.


(Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste)

PARABÉNS

Estimado companheiro e irmão Junior Bonfim, nossos parabens pela beleza do seu blog, parabens, muito inteligente e bem feito, parabens.

Que o Grande Arquiteto lhe conceda muitos e muitos anos de vida com saude, sucesso e alegria.

Grande abraço,

Aristides Braga

SOLIDARIEDADE

Caro Junior,

associo-me à dor da família e dos amigos de Francisco Carlos Mourão.

Homem sério e decente, perde a maçonaria e o comércio crateuenses um dos seus esteios.
Que o Grande Arquiteto do Universo dê a família e aos amigos, a consolação e a certeza que partiu para o Oriente Eterno um homem de bem.

Fraternal abraço do Sergio Moraes.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PARABÉNS, PRESIDENTE ANIZIO ARAÚJO!


Quem aniversaria hoje é o estimado José Anizio Araújo.

É um cidadão que, no convívio acadêmico e maçônico (onde nos conhecemos), aprendi a respeitar e admirar.

Anízio Araújo é um desses raros seres que habitam o reino da inteligência, jardineiro que rega com zelo e amor o arvoredo familiar, disciplinado obreiro do edifício esotérico, ourives que adora lapidar a esmeralda do coração humano, soletrador de fonemas de agregação, poeta da extensa solidariedade.

Cabeça pintada pela serena tinta da maturidade, Anízio me cativou desde o primeiro contato, quando debulhamos várias espigas do milho da poesia, do esoterismo e da fraternidade.

Pouco tempo depois, por sua iniciativa e apadrinhamento, meu nome era submetido à consideração dos acadêmicos da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF), oportunizando-me tomar assento naquele conceituado Sodalício de Letras.
Acompanhei com entusiasmo sua assunção à Presidência da AMLEF e posterior reeleição com o vibrante apoio da unanimidade dos confrades que compõem a Academia. Realiza, à frente da AMLEF, uma profícua e modelar faina de agregação e progresso. Tornou-a um dos mais respeitados grêmios literários Alencarinos.

Ademais, aprecio a forma como venera a instituição familiar. Casado com a senhora Marta Maria, a dona Martinha, é o afetuoso pai de Roberto (cuja amizade também privo), Anízio e Luciana. À esposa e aos filhos oferta diariamente a fruta da compreensão, o pão da ternura, o leite da decência, o mel do exemplo.

Banha-se com desenvoltura nas caudalosas águas da filantropia. É maçom apaixonado, militante Rotariano, filatelista dedicado.

Escreve regularmente, com o diletantismo de quem brinca ou a solenidade de quem reza. Já brindou os amigos e admiradores com vários livros, seja de doutrina esotérica ou pura poesia.

É óbvio que tem plena consciência de que percorre degraus de uma escada que nunca tem fim.

Engenheiro por formação, perscrutou o trivium e o quadrivium, as sete artes liberais essenciais à formação do homem livre.

Servidor público federal aposentado, suou muito até conseguir o que o famoso orador romano Cícero chamava de “otium cum dignitate” (ócio com dignidade), ou seja, a ocupação do tempo com o exercício de atividades nobres.

Feliz aniversário, mestre Anízio!


(Por Júnior Bonfim)

domingo, 21 de novembro de 2010

O BLOCÃO DOS MASCARADOS

O carnaval será só em março, mas o blocão dos mascarados, com o vice-presidente eleito, Michel Temer, de mestre-sala, já ensaia seus passos em direção à apoteose do Planalto. Tem tanto deputado e senador brigando para subir nos carros alegóricos do Congresso e do ministério que a porta-bandeira Dilma Rousseff começa a temer por sua segurança. Para ajudá-la a enfrentar os mascarados, Dilma quer a seu lado umas 30 rainhas de bateria e baianas – o pré-requisito é ser mulher. Esse samba-enredo tem tudo para atravessar antes do desfile.

Existe um fosso entre nossos políticos e a população. Um estudo da Escola de Direito de São Paulo da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostrou que, num ranking de dez instituições, as duas menos confiáveis são os partidos políticos e o Congresso Nacional. As mais bem cotadas são as Forças Armadas, o governo federal, a imprensa escrita e a Igreja Católica. Só 8% confiam hoje nos partidos políticos. Isso em ano eleitoral. Pelo despudor com que os partidos estão rasgando a fantasia nesta transição presidencial, desconfio que a próxima pesquisa os derrube para o Grupo B das escolas de samba.

O blocão, para quem não sabe, é a união do PMDB, PP, PR, PTB e PSC, como uma cartada para intimidar a presidente eleita, do PT, a pensar duas vezes antes de escolher seus destaques e abre-alas. Ninguém se conforma em ficar só de passista vendo a banda petista passar. Mesmo que o palco principal seja a Câmara, onde essas cinco legendas de centro-direita teriam 202 parlamentares, está na cara que o blocão almeja mais e mais alto. Na cara de Temer, é impossível vislumbrar qualquer expressão facial. Um bom teste é olhar dez fotos suas em situações completamente diversas. As imagens são sempre iguais, sem trair alegria, emoção ou contrariedade – apenas o mesmo ar compungido. Se fosse mulher, os fofoqueiros atribuiriam a injeções de Botox, que congela as expressões. O povo brasileiro não confia em político fantasiado de esfinge.

Com 70 anos, mas sem rugas de septuagenário, pai de cinco filhos, Temer passou incólume por acusações de envolvimento em escândalos e conseguiu ser vice de Dilma apesar da resistência do presidente Lula, que preferia Henrique Meirelles. Hoje, Temer é o “muy amigo” que morde e assopra. Em 2006, apoiou Alckmin. Apontado como o líder do blocão, é o mesmo que promete acertar o passo e garantir a harmonia.

Nada disso desafinaria nossa vida se o blocão quisesse defender a população de mais impostos e golpes semelhantes. Uma tensão saudável no poder pode conduzir a negociações para o bem comum. Mas o samba da política é pesado, sem sintonia ou rimas. O que se quer é brilho e paetê. No caso, cargos e grana. Antes do champanhe do Réveillon, deputados querem aprovar o aumento de seus salários de R$ 16.500 mensais para R$ 26.700. Um salto de 61,83%. É ou não um atentado ao pudor? São ruins da cabeça e doentes do pé.

Dilma passou a usar óculos escuros e lê Team of rivals (Time de rivais), biografia de Abraham Lincoln que conta como o presidente dos Estados Unidos formou um gabinete com adversários. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, do PT paulista, chamou o blocão de “tiro no pé”. Lula virou poeta: “Política é como o leito de um rio. Se deixar a água correr tranquilamente, tudo vai se colocando de acordo com o que é mais importante. Se as pessoas tentam, de forma conturbada, mexer na política, pode não ser muito bom”. O PMDB quer impor rodízio com o PT na presidência da Câmara até 2015. Mas, para Lula, rodízio é de churrasco.

O que o PMDB de José Sarney mais deseja agora é indicar o ministro que ocupará a vaga do STF, para desmontar a Lei da Ficha Limpa e salvar o mandato de Jader Barbalho – mantido inelegível pelo Supremo por ter renunciado em 2001 para escapar da cassação, acusado de desvios e corrupção. Eleito no Pará para o Senado, Jader chamou a decisão do Supremo de “patética”, uma “aberração”.

Durma-se com um baticumbum desses. O fogo é no seu barracão, Dilma. O preço da fantasia está ficando alto demais.

(Ruth de Aquino, na Revista Época)