sexta-feira, 25 de novembro de 2011

SHOW DA LÍNGUA PORTUGUESA!

'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha
irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta dopadeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) A irmã fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) O sobrinho chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:
'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Somos nós que fazemos sua pontuação.
E isso faz toda a diferença.

TRANSFORMANDO A DOR EM SONHO!


A dor da perda de um filho é irreparável. Mas, no lugar de se entregar à tristeza, a pedagoga cearense Eliane Barreira resolveu realizar o sonho da filha Camila, bailarina que faleceu em 2002, aos 21 anos, vítima de acidente de trânsito. Com base no balé, criou, em 2008, o Projeto Sonho de um Anjo, que oferece formação cultural e cidadã a 130 crianças e adolescentes da comunidade de Preaoca, em Cascavel, no litoral leste do Ceará. Além de dança, o projeto tem contação de história, jogos educativos, exibição de filmes, dentre outras ações.

Eliane, que também estudou balé, relembra que a ideia de desenvolver o Sonho de um Anjo surgiu em uma tarde quando, sozinha em casa, abriu uma caixa onde guardou cadernos, cartões e papéis com anotações feitas por Camila. No meio de tudo, encontrou o esboço do projeto sobre a qual as duas haviam conversado um dia. Eliane ganhou novo ânimo e começou a entrar em contato com a comunidade de Preaoca, onde a família tem um sítio. “Camila dizia que o sonho dela era desenvolver o gosto daquelas crianças para a dança, para a música, para a cultura”, revela.


“No final da missa, pedia para as pessoas esperarem e explicava a ideia. No começo pensavam que era coisa de político”, diz. Aos poucos, algumas se interessaram. Uma delas, Marta Holanda, dona de uma fazenda na região, cedeu uma casa, até hoje a sede do projeto. Voluntários também começaram a aparecer, mas diante da falta de assiduidade dos que se ofereciam para dar aula de balé, a própria Eliane, decidiu assumir a essa atividade. “Voltei a estudar na Academia Regina Coelis para me reciclar e também tenho o apoio da [Academia ] Goretti Quintela”, conta.

Com muito idealismo, Eliane foi com a “cara e a coragem”. Desde o dia 1º de janeiro de 2008, seus sábados são dedicados ao projeto. “As pessoas no meu trabalho reclamam que não tenho vida social, mas o projeto é tudo. Largo tudo para ir porque, se não for, as crianças ficam esperando”, explica. Sem muito conhecimento técnico sobre atividades no Terceiro Setor, ela conta que enfrentou e ainda enfrenta dificuldades. “O projeto é mantido por mim, meu marido e pessoas amigas que fazem doação de lanches, roupas e sapatilhas de balé, livros, brinquedos”.


No seu processo de aprendizado sobre projetos sociais, Eliane diz que foi obtendo informações. Assim, percebeu a necessidade de institucionalizar o projeto e criou a entidade sem fins lucrativos denominada Centro de Valorização Infanto Juvenil da Preaoca, ainda embrionária. É por meio da entidade que Eliane pretende concorrer em editais e obter recursos para garantir a sustentabilidade do Sonho de um Anjo e a ampliação das atividades. Para aprofundar seus conhecimentos, Eliane ingressou no Curso de Capacitação para o Terceiro Setor, oferecido pela Universidade do Parlamento Cearense (Unipace). O curso começou em outubro e vai até fevereiro de 2012.

Por enquanto, o projeto Sonho de um Anjo só desenvolve ações aos sábados. Para as aulas de balé, as turmas são divididas por idade ( 4 a 10 anos e de 11 a 17 anos). No momento em que uma turma está na dança, as outras crianças e adolescentes participam de jogos educativos, veem filmes ou leem na biblioteca. A cada música apresentada nas aulas de balé, os alunos aprendem também sobre o compositor, o contexto em que aquela música nasceu, e a interpretar o que diz a letra, quando for o caso.


Eliane conta que também realiza palestras com orientações sobre saúde, cidadania, e valores humanos. O desejo dela é oferecer mais atividades para os já assistidos, como reforço escolar, aulas de inglês e informática. A intenção é também ampliar ações para os pais e mães com oficinas e projetos de geração de trabalho e renda.


As pessoas que desejarem colaborar com o projeto podem fazer doações de alimentos (especialmente que sirvam de lanche, como leite, biscoitos, doces, sucos), material de limpeza e higiene pessoal, livros infanto-juvenis, roupas e sapatilhas de balé. Para o próximo Natal, Eliane tem um sonho fácil de ser realizado com a ajuda de doadores: “Gostaria de dar a cada um dos alunos um kit de material escolar”, revela.


Mais informações: Eliane Barreira Ferreira Bringel, presidenta do Centro de Valorização Infanto Juvenil da Preaoca/projeto Sonho de um Anjo – (fones: 85 8744 0253 / 8521 21 10)


Fonte: Agência da Boa Notícia

TRANSFORMANDO A DOR EM SONHO!

A dor da perda de um filho é irreparável. Mas, no lugar de se entregar à tristeza, a pedagoga cearense Eliane Barreira resolveu realizar o sonho da filha Camila, bailarina que faleceu em 2002, aos 21 anos, vítima de acidente de trânsito. Com base no balé, criou, em 2008, o Projeto Sonho de um Anjo, que oferece formação cultural e cidadã a 130 crianças e adolescentes da comunidade de Preaoca, em Cascavel, no litoral leste do Ceará. Além de dança, o projeto tem contação de história, jogos educativos, exibição de filmes, dentre outras ações.

Eliane, que também estudou balé, relembra que a ideia de desenvolver o Sonho de um Anjo surgiu em uma tarde quando, sozinha em casa, abriu uma caixa onde guardou cadernos, cartões e papéis com anotações feitas por Camila. No meio de tudo, encontrou o esboço do projeto sobre a qual as duas haviam conversado um dia. Eliane ganhou novo ânimo e começou a entrar em contato com a comunidade de Preaoca, onde a família tem um sítio. “Camila dizia que o sonho dela era desenvolver o gosto daquelas crianças para a dança, para a música, para a cultura”, revela.


“No final da missa, pedia para as pessoas esperarem e explicava a ideia. No começo pensavam que era coisa de político”, diz. Aos poucos, algumas se interessaram. Uma delas, Marta Holanda, dona de uma fazenda na região, cedeu uma casa, até hoje a sede do projeto. Voluntários também começaram a aparecer, mas diante da falta de assiduidade dos que se ofereciam para dar aula de balé, a própria Eliane, decidiu assumir a essa atividade. “Voltei a estudar na Academia Regina Coelis para me reciclar e também tenho o apoio da [Academia ] Goretti Quintela”, conta.

Com muito idealismo, Eliane foi com a “cara e a coragem”. Desde o dia 1º de janeiro de 2008, seus sábados são dedicados ao projeto. “As pessoas no meu trabalho reclamam que não tenho vida social, mas o projeto é tudo. Largo tudo para ir porque, se não for, as crianças ficam esperando”, explica. Sem muito conhecimento técnico sobre atividades no Terceiro Setor, ela conta que enfrentou e ainda enfrenta dificuldades. “O projeto é mantido por mim, meu marido e pessoas amigas que fazem doação de lanches, roupas e sapatilhas de balé, livros, brinquedos”.


No seu processo de aprendizado sobre projetos sociais, Eliane diz que foi obtendo informações. Assim, percebeu a necessidade de institucionalizar o projeto e criou a entidade sem fins lucrativos denominada Centro de Valorização Infanto Juvenil da Preaoca, ainda embrionária. É por meio da entidade que Eliane pretende concorrer em editais e obter recursos para garantir a sustentabilidade do Sonho de um Anjo e a ampliação das atividades. Para aprofundar seus conhecimentos, Eliane ingressou no Curso de Capacitação para o Terceiro Setor, oferecido pela Universidade do Parlamento Cearense (Unipace). O curso começou em outubro e vai até fevereiro de 2012.

Por enquanto, o projeto Sonho de um Anjo só desenvolve ações aos sábados. Para as aulas de balé, as turmas são divididas por idade ( 4 a 10 anos e de 11 a 17 anos). No momento em que uma turma está na dança, as outras crianças e adolescentes participam de jogos educativos, veem filmes ou leem na biblioteca. A cada música apresentada nas aulas de balé, os alunos aprendem também sobre o compositor, o contexto em que aquela música nasceu, e a interpretar o que diz a letra, quando for o caso.


Eliane conta que também realiza palestras com orientações sobre saúde, cidadania, e valores humanos. O desejo dela é oferecer mais atividades para os já assistidos, como reforço escolar, aulas de inglês e informática. A intenção é também ampliar ações para os pais e mães com oficinas e projetos de geração de trabalho e renda.


As pessoas que desejarem colaborar com o projeto podem fazer doações de alimentos (especialmente que sirvam de lanche, como leite, biscoitos, doces, sucos), material de limpeza e higiene pessoal, livros infanto-juvenis, roupas e sapatilhas de balé. Para o próximo Natal, Eliane tem um sonho fácil de ser realizado com a ajuda de doadores: “Gostaria de dar a cada um dos alunos um kit de material escolar”, revela.


Mais informações: Eliane Barreira Ferreira Bringel, presidenta do Centro de Valorização Infanto Juvenil da Preaoca/projeto Sonho de um Anjo – (fones: 85 8744 0253 / 8521 21 10)


Fonte: Agência da Boa Notícia

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MORRE UMA MULHER, NASCE UMA ESTRELA!



Ao ver, naquela manhã de 17 de novembro de 2011, o corpo inerte de Dona Delite, só a matéria, despojado do sopro da vida, percebi, consternado, que os meus olhos já não podiam mais alcançar o ser humano extraordinário que nele se investia.

Não havia como se enganar que a guerreira, que tanto admiramos, já não estava mais entre nós. E naquele momento, só a dor da separação era o sentimento dominante.

Sua forma de permanecer entre nós foi inexoravelmente modificada.

Daquele fatídico dia em diante, não mais iremos vê-la como ser vivente, mas eternizada na memória, com todos os seus traços marcantes de mestra austera e dedicada à tarefa que lhe foi reservada para desempenhar aqui na Terra.

Dizer que ela cumpriu o seu brilhante mister com maestria é pouco, para a grandiosidade do trabalho que ela realizou com o empenho de sua alma. Legado de uma trajetória impossível de ser descrita em breve relato.

Jamais conseguiremos expressar com palavras todo o sentimento que temos em mente e, que é, sem dúvida, impossível de ser sintetizado, quando tivermos que falar dos feitos da Professora Delite. O livro da sua história será sempre inacabado.

Ser uma Mulher resoluta foi sua pilastra-mestra, modelo de lição de vida, que ela fazia questão de ensinar.

Despojada de vaidades e humanitária, fez da moral e da dignidade as disciplinas de maior relevância no Externato Nossa Senhora de Fátima.

Viverás indelével em nossas memórias como paradigma. Pira ardente do ensino Crateuense.

Repouse Em Paz Mestra querida!

Antônio Arcelino de Oliveira Gomes



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Caro Junior,

Brilhante a crônica do Dr. Arcelino Gomes sobre a admirável D. Delite.

Que a vida desta inesquecível educadora, orgulho e patrimônio de Crateús, sirva de exemplo para os atuais professores de Crateús.

Que Deus a tenha no melhor dos lugares.


Condolências à familia.

Abraços,

Sergio Moraes

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CONJUNTURA NACIONAL

Jânio Quadros

Abro a coluna com a figura inesquecível de Jânio Quadros. Nelson Valente acaba de escrever mais um livro sobre o ex-presidente: Jânio Quadros, O Estadista. Jornalista, pesquisador, autor de 14 livros sobre Jânio, Valente confessa jamais ter convivido com "pessoa tão inteligente e de personalidade tão complexa". Deste magnífico livro, pinço passagens curiosas. Jânio gostava de cães. Tinha alguns em casa, Guri e Totó, entre eles. Nomes bem brasileiros. Dizia: "Sempre desconfiei de cachorro com nome sofisticado. Cachorro nacional tem que se chamar mesmo Joli, Sultão, Jagunço, Toco. Minha vizinha tem uma cadela chamada Blue Gardênia. Não confio nesse bicho. Conheço uma cadela chamada Sonata. Confio menos ainda".

Falta de terra

Caso engraçado, que alguns atribuem ora a Jânio, ora a seu candidato a vice-presidente, o mineiro Milton Campos. Jânio tinha pavor das viagens aéreas. Certa feita, lívido, apertava fortemente a mão da esposa. Eis que a comissária, prestativa, se aproxima e pergunta:

- Presidente, o senhor está sentindo falta de ar?

A resposta veio pronta:

- Não, minha senhora, o que eu estou sentindo é falta de terra!

Sinceridade

O relato é de Nelson Valente: "por formação e tendência, Jânio, ao longo da sua vida política, jamais escondeu ou disfarçou o pensamento que tange às coisas do interesse público. Jânio dizia:

- Tenho desgostado a alguns e contrariado a não poucos. Faço-o insatisfeito por vezes, das insatisfações que provoco, mas recolhendo, no extremado culto da verdade, a certeza de não enganar os que me interpelam, a segurança de não ludibriar o Povo. Semelhante norma de conduta submete-me, amiúde, a querelas doutrinárias, facilmente arredáveis ou postergáveis. Ao falso, prefiro o genuíno, ainda que áspero. Ao polido, o exato. Ao fosco, a crua luz do Sol."

Reforma ministerial

Vem aí uma reforma ministerial. Dezembro? Seria pouco viável em função das festividades de fim de ano. Deixar ministros sem cargo seria, convenhamos, uma decisão desumana. A reforma poderia ocorrer em janeiro ou, no máximo, fevereiro. Espera-se que a mudança contemple mais coisas que a simples troca de nomes. Abrigaria, como se comenta nos bastidores, enxugamento de estruturas e redefinição de funções. Vejamos o teor de algumas projeções.

Enxugamento

Diz-se que as 38 Pastas seriam reduzidas para umas 30. Ou até menos. Como poderia isso ser feito quando a tendência aponta para a extensão da estrutura para atendimento às demandas partidárias? O raciocínio é o seguinte: o enxugamento da estrutura ministerial significará encolhimento de todos os entes partidários na máquina. Não significa perda para cada partido, pois todos serão atingidos. Seriam obedecidos critérios de porte e força partidária. Ou seja, as perdas seriam repartidas com cada um e, assim, os espaços de poder continuariam a contemplar de maneira isonômica os entes partidários. Fala-se numa modelagem com foco na concentração/integração de áreas temáticas comuns.

Integração

Vejamos alguns exemplos: a Casa Civil voltaria a ser aquela Pasta com funções clássicas de atendimento às demandas políticas e coordenação dos Ministérios. Incorporaria, assim, o Ministério das Relações Institucionais. As Pastas voltadas à defesa da Mulher (Secretaria Especial de Política para a Mulher), Promoção da Igualdade Racial e Direitos Humanos seriam concentradas em um único Ministério: Direitos Humanos. A Pasta da Agricultura seria adensada com as Pastas da Pesca e do Desenvolvimento Agrário. Esportes, Turismo e Cultura poderiam ser também agrupados. As Comunicações e os Transportes formariam o Ministério da Infraetrutura. Até o Ministério do Trabalho poderia sofrer transformações. Seria incorporado à Pasta da Previdência. Esta possibilidade é remota, segundo alguns, pela importância da Pasta na moldura governativa e posição forte adquirida pelas Centrais Sindicais. Há uma proposta para mexer com todo o corpo do governo. De alto impacto.

Cadê a coragem?

Comenta-se, porém, que falta disposição para uma reforma em profundidade. Teme-se que a acomodação das placas tectônicas do terremoto ministerial demoraria muito tempo.

Cuidado com o panga!

Estamos importando lixo dos Estados Unidos. Lençóis usados por veteranos de guerra se transformam em roupa de cama em hotéis de Pernambuco. Pois bem, agora estamos importando porcarias da Ásia. Um tal peixe chamado Panga ou Peixe-Gato. Recebi grave denúncia. Esse peixe vem do delta do rio Mekong e está infestado de venenos e bactérias - arsênio dos efluentes industriais e tóxicos e de metais pesados. O rio Mekong é um dos mais poluídos do mundo, sendo aquele em que foi despejado o "agente laranja", desfolhante e cancerígeno.

Um poço de doenças!

Os pangas são alimentados com restos de peixes mortos, ossos e de solo seco, transformados em farinha com mandioca e resíduos de soja e grãos. Alimentação idêntica ao que gerou o vírus da "vaca louca". O peixe recebe cargas de hormônio (PEE) que dá capacidade de produzir 500 mil ovos de uma vez. O denunciante arremata: "ao abrir uma posta do peixe, notei que a massa estava impregnada de filamentos. Colhi uma amostra e levei para análise. Os filamentos, na verdade, eram vermes de até 2 centímetros".

EXPO 2020

O prefeito Gilberto Kassab está em Paris onde participa, hoje, às 14h30, na sede da OCDE, da primeira apresentação de São Paulo como candidata à cidade-sede da Exposição Universal 2020. Trata-se do início da campanha diplomática que culminará na eleição da cidade-sede no segundo semestre de 2013. Além de São Paulo, Izmir (Turquia), Ayutthaia (Tailândia), Yekaterinburg (Rússia) e Dubai (EAU) concorrem ao direito de sediar o terceiro maior evento internacional em termos de impacto cultural e econômico - atrás apenas de Copa do Mundo de Futebol e Jogos Olímpicos. O tema de 2020 é: "Poder da Diversidade - Harmonia para o Crescimento". A Exposição Universal se iniciou em 1851, no Palácio de Cristal, em Londres, Inglaterra, ganhando fama como marco para grandes descobertas mundiais e ideias inovadoras nas mais variadas áreas de atuação. Caso São Paulo seja a cidade escolhida, será a primeira vez na história da exposição que o evento acontecerá no Hemisfério Sul.

O centro de Pirituba

Caso São Paulo ganhe a disputa, a Expo será realizada no Centro de Convenções de Pirituba, que ocupará área de mais de cinco milhões de metros quadrados, distribuídos entre centro de conferências, área de exposições, shopping center, hotéis, instalações e serviços. Projetado para ter quatro vezes o tamanho do Anhembi. A última edição da Exposição Mundial aconteceu em 2010, em Xangai, na China, e levou para os pavilhões 73 milhões de pessoas, sendo a maior da história.

Reforma política

O projeto de reforma política, relatado pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS) será objeto de muitas alterações. Como a reforma política bate de frente em muitos interesses, o mais provável é que se chegue a um meio termo. Nesse sentido, a proposta do PMDB seria a mais viável : financiamento público e privado; voto em lista para 50% das vagas e voto majoritário, sem adoção do coeficiente eleitoral, para os outros 50%. Significa o seguinte: os candidatos com maiores votações nos Estados, independentemente do coeficiente eleitoral, seriam os eleitos.

PSB e Ciro

A novidade da semana é a volta de Ciro Gomes ao foro político. Depois de um jejum silencioso, Ciro retoma o ritmo, falante a faceiro, para dizer que quer ser candidato à presidente, em 2014, apesar de reconhecer que Eduardo Campos, o poderoso governador de Pernambuco, tem mais chances de ser o indicado pelo PSB. Campos não quer dar opinião sobre a fala de Ciro. Como é sabido, o neto de Arraes arrasta o pé pelo país, abrindo conversas, articulando, desenhando cenários, fazendo projeções para 2012 e 2014. Este consultor antecipa: Eduardo Campos fechou posição em torno de Henrique Alves, líder do PMDB, que pleiteia ser o próximo presidente da Câmara.

E Serra, hein?

Para onde irá José Serra? Que caminho trilhará? Continua a enxergar as colunas do Palácio do Planalto ou começa a olhar para o prédio da Prefeitura de São Paulo no Viaduto do Chá? A versão, em seu entorno, é a de que ele, José Serra, quer algo além da prefeitura. Este consultor faz provocações constantes sobre o futuro de Serra. Tenho dito que a ficha vai cair e ele acabará descobrindo que a alternativa mais conveniente é a da Prefeitura. Nos últimos dias, recebi um aviso: ele não topará. Pois bem, então vai ter de disputar o Senado, enfrentando Eduardo Suplicy. Já se sabe que o senador Aécio Neves tem, hoje, o apoio da cúpula tucana para ser o candidato do partido em 2014. Aécio começou a tricotar sua candidatura com afiada agulha.

Campanha paulistana

Se Serra não entrar no páreo paulistano, quem será o candidato tucano? Zé Anibal, dizem, por ter a maior quantidade de votos junto aos núcleos que integram o Diretório Municipal. Este consultor acha que o eleitor mais forte para decidir o imbróglio se chama Geraldo Alckmin, o governador. Será candidato quem ele quiser. Dizem que se inclinaria por Bruno Covas. Mas o rapaz é jejuno. Poderia esperar mais um pouco. É o que dizem a Alckmin, que começa a vê-lo assim. Se der muita confusão, a solução seria pinçar o nome de Guilherme Afif, o vice-governador, do PSD de Kassab. Com essa solução, Geraldo fecharia, logo, o acordo para 2014, sendo apoiado pelo PSD.

E as possibilidades?

Fernando Haddad, do PT, e Gabriel Chalita, do PMDB, teriam boas chances, se Guilherme Afif não for o candidato. Ambos se enquadram na categoria de perfis novos, com possibilidades de causar sensação. Tudo vai depender do clima político e econômico de 2012. E, claro, da mídia eleitoral. Quem dispuser de um bom tempo na programação eleitoral - 5 a 6 minutos - terá grandes chances de entrar no segundo turno.

Navios à vista na Copa? Ainda não

A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (ABREMAR) recebeu nesta semana, para um almoço em Campinas, a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados (CTD). Representada pelos deputados Jonas Donizette (PSB-SP) e Romário (PSB-RJ), a comissão, que visitava a cidade por ocasião do Fórum Legislativo sobre os Centros de Treinamento das Seleções, conheceu um pouco melhor o setor de Cruzeiros Marítimos. Presente no encontro, o senador Benedito de Lira (PP-AL), presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, afirmou que os grandes eventos não são importantes apenas para aumentar o número de visitantes no país, mas pelo legado que geram.

Faltam acertos

Ainda não existem tratativas consistentes para que os navios venham ao Brasil durante os grandes eventos, para complementar a oferta de leitos em algumas cidades. Para Ricardo Amaral, presidente da Abremar, as autoridades devem traçar um plano claro para desenvolver o turismo no País como um todo. Diz ele: "hoje, as empresas já estão programando seus roteiros para os anos de 2013/2014. Então, se não ocorrerem manifestações consistentes por parte dos interessados ainda no primeiro semestre de 2012, dificilmente teremos navios presentes na Copa do Mundo".

O tiro

A gozação se espalhou rápida no meio da rapaziada do Ipu/CE. O velho Faca Cega foi submetido à lâmina do dr. Benjamin Hortêncio, que amputou, quase pelo tronco, seu órgão genital. Faca Cega, tipo popular, detestava a alcunha. A operação era motivo de galhofa. E ocorreu um mês após seu casamento. Conta Leonardo Mota, em seu Sertão Alegre: "se o mero consórcio provocara picarescos comentários, imagine-se o que foi a maledicência ao se divulgar o que Faca Cega sofreu nas mãos do cirurgião. E as murmurações culminaram quando, um ano depois, a mulher do mutilado começou a apresentar os iniludíveis sintomas da maternidade.

Nessa atmosfera de zombarias impiedosas, Faca Cega se dirigiu ao Padre Feitosa e lhe pediu uma hora para o batismo do filho. Espírito folgazão, o velho sacerdote, que jogava o gamão à calçada, fungou uma pintada e gracejou:

- Mas, que história é essa? Depois duma operação como aquela sua, você ainda consegue ser pai?

Risada geral. Pachorrento, Faca Cega retrucou:

- Eu me admiro, Padre Feitosa, é de o senhor, um padre velho, homem prático na vida, vigário no sertão há tantos anos, iguinorar que o tiro não saiu do cano e, sim, da culatra.

Conselho ao ministro Carlos Lupi

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado à presidente Dilma Rousseff. Hoje, sua atenção se volta ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi:

1. Políticos e governantes têm uma vida útil nos territórios em que imperam. O ciclo de vida abriga as seguintes fases: apresentação/lançamento; crescimento; consolidação/maturidade; clímax e declínio.

2. O ator político deve se esforçar para esticar as fases de seu ciclo de vida. Nem sempre conseguem. O declínio, frequentemente, emerge mais cedo.

3. Quando isso ocorrer, a alternativa do político/governante deve ser a de saída de seu território e o ingresso em um novo espaço político. Portanto, os políticos devem administrar muito bem seu ciclo de vida. E saber quando é hora de partir.

4. Ministro Lupi: com todo respeito, chegou a hora de Vossa Excelência voltar ao seio partidário e recomeçar atividades como comandante do PDT.

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(Por Gaudêncio Torquato)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

A economia despenca, a política não alenta

As eleições parlamentares na Espanha, que elegeram o líder do centro-direita Partido Popular Mariano Rajoy, foram frias e sem importantes divergências de visões e diagnósticos sobre a atual crise espanhola. O ganho de 186 cadeiras do PP no parlamento, contra 110 dos socialistas, uma vitória significativa, não esconde o fato de que os espanhóis continuam sem perspectivas de mudanças concretas no curto e médio prazo. A depressão na Europa não é apenas econômica. Ultrapassa os limites razoáveis dos efeitos sociais de uma crise. Faz surgir no horizonte um futuro obscuro, como ocorreu na primeira metade do século XX. Provavelmente a tragédia não alcance efeitos tão perversos, mas o risco é de as sociedades não acreditarem mais na política e na democracia como meio de sustentação do modo de convivência social no Velho Continente. Apenas para lembrar: a taxa de desemprego na Itália alcança 20%, na Espanha 23% e na Grécia pouco mais de 27%. Entre os jovens, mais de 40% na média destes países.

Europa e lições para o Brasil

Tem-se atribuído à crise econômica os ventos, com velocidade quase de furacão, que têm varrido diversos governos na Europa. Com a estrondosa vitória do Partido Popular nas eleições gerais espanholas no domingo, já são oito os governos substituídos nos últimos dois anos. E mais alguns estão na mira do eleitor. De fato, a economia foi apenas o estopim. A razão mais profunda é de natureza política : a absoluta incapacidade dos governantes de plantão, nas esferas executiva e legislativa, de propor soluções para os desafios que se apresentaram a eles - os antigos e os novos, trazidos pelo "admirável mundo novo" que estamos vivendo. O que suscita duas perguntas para a seara tupiniquim:

1. Quais transformações reais, institucionais e de infraestrutura, ocorrem de fato no país nos últimos dez anos, a despeito da inclusão de 40 milhões de consumidores, o que traz vantagens, mas também novos desafios e novas exigências?

2. Quais são as propostas concretas, reais, da oposição, para romper esse quase imobilismo?

Como diz o dito popular, podemos estar caminhando para "um mato sem cachorro".

A reunião (de novo) dos europeus

No início de dezembro a Comissão Europeia, o órgão que de fato mantém o poder político da Zona do Euro, se reunirá novamente. Em debate, mais uma vez, o papel do BC europeu em meio a esta trágica crise. A decisão é simples (o BC ser ou não ser um 'emprestador de última instância'), a implementação é complexa (como realizar as compras de dívida soberana, determinar limites claros em termos de volumes, definir as taxas de juros, etc.) e a contrapartida dos países é arriscada politicamente (limites de superávit fiscal, privatizações, reformas estruturais, etc.). A Alemanha e a França terão mais razões para agir : a Itália e Espanha são riscos muito maiores que a Grécia e podem afetar todo o sistema financeiro europeu. Todos os três maiores implicados já mudaram seus governos para aqueles que tem feições mais "tecnocráticas" (o que quer dizer, mais alinhado com a ortodoxia de Berlim). Difícil fazer prognósticos de como agirão os principais atores deste trágico teatro (que já não é mais grego). Se o BC agir com força, há boa chance do risco de colapso ruir nos pés da especulação. Caso contrário, hummmm.... Melhor não tentar especular.

No Brasil, desaceleração significativa

Há pouco tempo, a inflação era o maior risco no curto prazo, motivo inclusive para que o governo adiasse aumento de impostos dos cigarros, não reajustasse os combustíveis e a telefonia em outubro - estes se constituem em "passivos" para o ano que vem. Ademais, a taxa de câmbio esboçou um ajuste, positivo do ponto de vista da indústria, mas relativamente perigoso para a inflação. Neste contexto, os "passivos" da inflação serão carregados sem solenidade para o ano que vem, o que dificultará o cumprimento da meta "central" da inflação em 4,5%. Para este ano, é provável que o BC não tenha de fazer a "cartinha" de justificativas pela não efetivação do limite de 6,5% da meta projetada. De fato, o cenário da atividade econômica mostra-se perigosamente caminhando para um nível de estagnação, em linha com o diagnóstico do próprio BC que justificou as recentes reduções na taxa básica de juros. O que provavelmente está sendo subestimado é o efeito político da desaceleração no que tange ao apoio popular ao governo, ao suporte sindical e o apoio da base aliada. A meta de crescimento de 5% em 2012 parece muito improvável, sobretudo quando se verifica que o PIB do último trimestre indicará um parco crescimento.

Juros e juros

O "mercado" se debate para saber se o BC cortará mais 0,5% na taxa Selic (o mais provável) ou um pouquinho. O foco da discussão é esse 0,5% prá lá, 0,75% pra cá ou se os juros básicos reais (descontada a inflação), chegarão a 4% e 2% e em quanto tempo. Para o mundo das empresas e das pessoas, no entanto, o que vem ao caso é que elas pagam pelo dinheiro quando vão se financiar ou comprar a crédito, ou seja, o "juro de fato". Este continua, na maior parte das vezes, escorchantes, a não ser para os que têm os caminhos dos cofres do BNDES.

Os gastos públicos seriam a alternativa

A ausência de uma menor demanda privada justificaria maiores investimentos públicos, sobretudo para melhorar a cambaleante infraestrutura do país. Maior eficiência do setor público sempre é desejável nesta conjuntura, mas no caso brasileiro a evidência mostra que (i) as denúncias de corrupção e irregularidades nas obras e gastos públicos, (ii) a falta de concepção e organização dos projetos por parte da burocracia estatal (em todos os níveis) e (iii) o pouco alinhamento do poder público com o setor privado, prejudicam a implementação de políticas compensatórias capazes de gerar demanda suficiente para evitar uma indesejável desaceleração. Dilma terá neste campo uma difícil tarefa para obter resultados concretos. Lembrando que temos Copa do Mundo e Olimpíadas...

O alerta espanhol

Um dos segredos do extraordinário crescimento da Espanha na última década, quando se tornou uma das "queridinhas" da União Europeia, foi a construção civil (e o mercado imobiliário), movida a crédito fácil e generoso. Hoje, 700 mil casas e apartamentos em todo o país encontram-se vazios. O nível de desemprego já chegou a mais de 23%, a economia local precisa de resgate internacional e os socialistas de Zapatero foram apeados do poder pelo voto da população.

A conjuntura e o mercado

Seria fútil e irresponsável tecer muitas previsões em meio a um cenário tão conturbado. Os analistas e economistas estão, mundo afora, muito pródigos nas suas previsões, apesar das imensas incertezas. O que pode se notar é que os relatórios que se lê "envelhecem" muito em poucos dias. De fato, será preciso saber da decisão dos europeus no que tange a intervenção do BC europeu nos mercados para poder verificar o quanto se reduzirá o agudo risco existente nos mercados mundiais. O Brasil é um importante mercado no mundo atual, mas relativamente pequeno para pretender ser uma "ilha" em meio a tanto risco. Alguém poderia perguntar : e a China ? Bem, neste ponto, há muita falação, mas os sinais no país comunista indicam certa e preocupante desaceleração e "bem quietinho" o governo central do país iniciou um programa de saneamento de seu obscuro sistema financeiro. Ora, se a China apresentar uma queda de demanda substancial, aí o cenário pode se agravar e as previsões se tornarão mais velhas diariamente. Nada sabemos de uma "forte desaceleração", mas sabemos que este risco existe e é concreto (e pouco comentado). De toda a forma, por aqui a taxa básica de juros vai continuar caindo, talvez mais acentuadamente no primeiro trimestre de 2012. O mercado acionário nos parece ainda caro frente ao cenário e a taxa de câmbio ainda será o termômetro mais livre e eficiente para sabermos dos efeitos externos sobre o nosso país.

Sinal de alerta

Sabemos o quão dependente o Brasil é do desempenho dos preços das commodities no mercado internacional. Na semana passada, 17 dos 24 itens que compõem um dos principais índices de commodities, o GSCI da Standard & Poor's, caíram, sendo os principais o gás natural (-7,5%), prata (-6,3%) e algodão (-4,9%). Além disso, as posições compradas foram reduzidas, principalmente pelos especulativos "fundos hedge". Maus sinais para um segmento de mercado que esteve firme ao longo do ano.

Dólar forte

Apesar de todo ceticismo em relação aos EUA, os europeus conseguiram facilitar a vida dos americanos. Por causa da crise no Velho Continente, os depósitos de bancos estrangeiros nos EUA cresceram de US$ 350 bi, em dezembro de 2010, para US$ 715 bi ao final de novembro de 2011. Obama agradece o financiamento barato concedido pelos europeus. Enquanto os bancos alemães financiam os americanos, Angela Merkel continua com a sua campanha paroquial na Alemanha enterrando os euro em nome de uma presumida credibilidade do BCE.

Bancos: conversa continua

As conversas para a fusão de um importante banco de varejo brasileiro e um banco de investimento prosseguem. Sem grandes definições, é verdade. As ambições dos yuppies do banco de investimento não batem muito com as dos conservadores banqueiros do varejo. Mas o bate-papo rende fofocas de todos os lados.

Moral e sistema político em concordata

Não importa se o "ex-ministro ainda ministro" Carlos Lupi vai sair da pasta um dia desses qualquer, se recebe o bilhete azul somente na reforma ministerial prevista para janeiro, e até se consegue sobreviver no posto além daquela data. O lastimável episódio que envolveu o "dono do brizolismo atual", com as vacilações da presidente, a omissão envergonhada dos partidos aliados, ao mesmo tempo, torcendo para o lugar de Lupi "sobrar" para estes, mesmo que temerosos da próxima "bola da vez", e o registro definitivo da falência do sistema político brasileiro e do dito do "presidencialismo" de coalizão que o governa. O poder, no caso, está condicionado pelas "perspectivas de direito" dos associados na empreitada e pelas "perspectivas de poder" que se abre à frente. Por "perspectivas de direito" entenda-se a expectativa que cada parceiro de ser compensado, materialmente (ministérios, postos de segundo escalão, divisão "política" do orçamento). Eles precisam ser permanentemente alimentados e realimentados e nunca se consideram suficientemente atendidos. Esses são os laços, obviamente frágeis da aliança. E que podem ser rompidos se as "perspectivas de poder" futuro se esvanecem. Por isso, a necessidade constante de uma "legitimação" do governo por índices de popularidade sempre elevados.

O pedestal de Dilma I

Eis o dilema da presidente quando chega ao fim o seu primeiro ano de mandato: onde ancorar sua "legitimidade". Ela começou surfando na onda de Lula, da extraordinária popularidade do ex-presidente e dos bons momentos da economia. Deu o seu tom inicial, "parecendo" diferente de Lula, movimento que sofreu um esfriamento para não causar burburinhos no padrinho e no PT. Avançou a imagem própria com a proposta de uma "faxina" nos ministérios suspeitos de "malfeitorias", ideia-força que perdeu tração depois de cinco trocas de ministros sem a troca dos donatários dos ministérios e com as oscilações no caso Lupi.

O pedestal de Dilma II

A base da "legitimação" pela economia está um pouco minada pela queda da atividade econômica e as incertezas que estão no ar. Então, como encontrar um novo pedestal para sustentar os índices de aceitação popular? As conversas em Brasília dão conta de uma pequena reforma da estrutura ministerial, diminuindo um pouco o números de 38 ministros locados na capital juntamente com a dança de cadeiras em janeiro. O simples vazamento dessa possível intenção presidencial já preservou amuos e reclamos no capital da República daqueles que querem manter os seus imaginados "direitos adquiridos" na máquina pública. Em quem Dilma pode se escorar para ir em frente?

Bandeira serrista e palaciana

Uma das bandeiras políticas do ex-governador José Serra era a redução dos juros básicos para fugir do dilema fiscal-monetário gerado pelos elevados juros reais. Um atento e bem informado observador da cena nacional e internacional sentencia: "a presidente Dilma, com a sua atual estratégia de redução de juros, retirou do PSDB a última bandeira que os governos petistas não estavam adotando dos tucanos... Ela só não faz isso mais rapidamente porque tem medo do cenário externo. Mas ela fará tudo para reduzir os juros básicos".

Comissão da Verdade: a ausência de Sarney

Fez bem José Sarney, presidente do Senado, na cerimônia de lançamento da "Comissão da Verdade e de Acesso à Informação" que investigará a questão dos desaparecidos políticos durante o regime militar (1964 - 1985). Não ficaria bem para um prócer político que apoiou a ditadura e foi presidente do partido que apoiava o regime militar compor a mesa do lançamento como este. Seria demais associar seu nome com a "verdade".

Contradições paulistas

Enquanto o governador Geraldo Alckmin protesta e age para evitar a suspensão das obras do metrô paulistano em função de alegadas irregularidades na licitação, o palácio dos bandeirantes faz o mesmo caminho da Justiça no caso da Renovias, um consórcio formado pela CCR (40% do capital) e a Construtora Encalso (60%). Pretende o governo paulista rever o contrato de concessão em função de alegadas irregularidades na licitação. A leitura dos jornais e do Diário Oficial deixa evidente a contradição.

Wall Street ocupada - Nação desocupada

Não basta ir muito além da leitura dos jornais para verificarmos que o movimento de ocupação das ruas do centro financeiro de Manhattan está capengando em termos de objetivos. Os ocupantes empolgam mais seus "amigos", que mandam inócuos sinais de "curtição" no sistema de Mark Zuckerberg, do que a sociedade norte-americana que vive desocupada nas entranhas da grande democracia. Bobby Kennedy e Martin Luther King, quando pregavam mudanças e protestavam nas ruas, também pressionavam os políticos para mudarem o sistema político em Washington. Os facebookers carecem de objetivos e estratégias e acabam solapados pela polícia do prefeito de NYC Michael Bloomberg. E nada mais. Triste sina destes "navegadores" sob a indiferença da sociedade e a consagração nas redes sociais pouco solidárias.

(por Francisco Petros e José Marcio Mendonça)