sábado, 25 de julho de 2009

REPERCUSSÃO DO LANÇAMENTO!

Vanda Claudino Sales disse...

Dr. Júnior Bonfim, foi lindo o lançamento do seu livro!

Tanta gente! E tão boa gente!

Fiquei feliz de estar lá, participando desse grande momento, e queria novamente lhe parabenizar.

Já li o seu livro - a 'curiosidade' não me deu sossego enquanto não o finalizei!. E gostei tanto de lembrar uma Crateús que vivenciei na minha adolescência e nos meus anos de jovem-adulta!

Na verdade, agora, que meu pai se foi - e não consigo entender muito bem as razões.. -, sinto a necessidade de me aproximar da terra que foi o centro de todas as emoções da vida dele! Talvez uma forma de não perdê-lo?

Talvez, mas,mas, essa não é a questão: a questão é o seu livro, e o lançamento da sua obra, e tudo isso que o faz merecer de novo o duplo parabéns!

Um abraço, Dr. Junior Bonfim, e até breve!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

DE CORAÇÃO, MUITO OBRIGADO!!!



AGRADEÇO A TODOS OS QUE COMPARECERAM AO LANÇAMENTO DO MEU LIVRO ONTEM À NOITE.

FESTA MEMORÁVEL E COMOVENTE, PORQUE ENFEITADA PELA PRESENÇA DE PESSOAS QUE LEVARAM CONSIGO A ENERGIA CONTAGIANTE, O AFETO ESPONTÂNEO, A CALOROSA TERNURA, A RADIANTE ALEGRIA.

GRACIAS A LA VIDA!!!


Júnior Bonfim


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Caro Júnior:

Parabenizo-o pelo sucesso do lançamento do seu livro.

E não poderia ser diferente.

Você merece, por ser um artista da escrita e da palavra.

A cada degrau que você sobe, eu me sinto na alturas, pois, acho que seria assim o comportamento entre amigos.

Vamos à próxima obra em sequência a esta.

Meu abraço.

César Vale

quarta-feira, 22 de julho de 2009

SOBRE O LIVRO "AMORES E CLAMORES DA CIDADE"


Relembramos que o livro AMORES E CLAMORES DA CIDADE será lançado nesta quinta-feira, dia 23, no Centro Cultural OBOÉ, na Rua Maria Tomásia, 531, bairro Aldeota, por detrás do Shopping Del Paseo, a partir das 19:30 horas.

Veja, abaixo, o que escreveram Juarez Leitão, José Maria Bonfim de Morais e Dideus Sales.

APRESENTAÇÃO


A CRÔNICA COMO VEÍCULO DE REALIDADES


Nos meus tempos de pré-adolescente, nos anos 60, através dos microfones da Rádio Educadora de Crateús, recém-inaugurada, dois cronistas da Ribeira do Poti se faziam ouvir, pela população embevecida. As crônicas eram lidas à noitinha (não lembro se pelos próprios autores ou pela voz do locutor Rodrigues Vale) e despertavam atenção respeitosa e comentários de aprovação. Nas casas e nas praças cessava o burburinho das conversas e se criava o clima favorável para escutar o relatório das reminiscências do Ferreirinha e a opinião conceitual e filosófica do professor Luiz Bezerra sobre os acontecimentos contemporâneos. Os dois intelectuais se completavam no seu afazer literário: um restaurando a memória da cidade e o outro comentando o presente.

A vida depois seguiu seu curso no processo vertiginoso e dinâmico que marca a história, levando de roldão coisas, gestos e pessoas e, com certeza, a antiga capacidade de se escutar com atenção e serenidade a leitura de crônicas.

Os sobreviventes lastimavam que as novas gerações, premidas pela velocidade dos meios de comunicação e o pragmatismo explícito, talvez não fossem capazes de gerar um cronista nos moldes daqueles que embalavam a Crateús singela doutros tempos. Um bom cronista, observador do circundante, que registrasse o cotidiano, opinando com lucidez e traduzindo o sentimento comunitário, além de, no resgate da tradição, pugnar pelo que foi construído pelos antepassados e por outros temas de importância capital, como a preservação ambiental.

Agora sabemos que o mesmo barro que gerou o poeta José Coriolano (o épico autor de “O Touro Fusco”) e o sociólogo Abelardo Montenegro (“Fanáticos e Cangaceiros”) ainda tem a força germinativa de produzir um escritor do quilate de JÚNIOR BONFIM, representante credenciado da melhor cepa dos homens de letras do Ceará atual.

Este livro, “AMORES E CLAMORES DA CIDADE”, reunindo a ativa participação do autor na imprensa regional, torna eterno o que poderia se perder pela própria condição fugaz das publicações de jornal, levando, assim, para os leitores do futuro, sua arguta e instigante observação da vida e das atitudes deste nosso tempo.

A obra obedece a uma divisão temática num arco de assuntos que englobam, na primeira parte, suas admirações (AMORES) e, na segunda, as denúncias contra o que lhe parece descabido, injusto ou desonesto (CLAMORES).

Confesso que me atraíram, de modo especial, os capítulos em que trata das personalidades que lhe encantaram, figuras do clero, os artistas, os boêmios, as professoras do Curso Primário, os intelectuais, as reservas morais da cidade. Muitos dos personagens homenageados estão também no meu altar, em que brilham de modo mais intenso Dom Fragoso e o historiador Ferreirinha.

Apesar da diversidade dos assuntos, cada crônica compõe a parcela oportuna e precisa dos elementos objetivos que dão unidade ao livro. O comentarista é o mesmo, altruísta, denunciador, romântico, sonhador, politicamente engajado, lotado de audácia cívica.

Escreve para todos os paladares, com texto enxuto e desenvolto, defendendo com a força de sua consciência os valores nativos, a cultura popular, a religião, a natureza, a mitologia ancestral, mostrando em tudo o impacto da história sobre o indivíduo e encetando uma campanha altiva contra a fúria assassina dos vândalos que destroem o meio ambiente em nome do progresso e de outras mesquinhas desculpas da ambição humana.

Existe em JÚNIOR BONFIM um sentido especial de perceber o mundo, um olho atento que vislumbra e absolve o trivial para dele retirar lições e construir o seu discurso ético.

Tem pleno domínio sobre os elementos que utiliza nessa verificação pertinente dos modos e costumes da terra natal. Não abre mão do que adota como a sua verdade e nisso às vezes é duro. Entretanto consegue seguir o verso de Ernesto Che Guevara, que embalou a Geração Anos 60, aquele que dizia que era preciso endurecer sem perder a ternura jamais. Por isso o vitupério mais ácido pode vir como um verso ou num sonoroso período de prosa poética, dizendo bonito e com graça o que poderia ser um insulto banal.

É leve e talentoso, como aqueles que conseguem produzir a melhor literatura, sem esnobismo semântico ou erudição gratuita. A arquitetura de suas crônicas segue a correnteza natural de sua emoção, nos levando também para as praças antigas, as tardes remansosas e as águas cristalinas da saudade que banharam no Poti várias safras de crateuenses.

O autor vem de outras experiências literárias, não sendo, portanto, um estreante. Mas é de se notar que, cada vez mais, seu texto se garante como o fruto maduro que nos traz o prazer gustativo desde a primeira mordida.

Posto, assim, sobre a nossa mesa, como um manjar tentador, “AMORES E CLAMORES DA CIDADE” nos induz à degustação.

Atendamos ao convite que nos faz este magnífico projeto editorial, porque, como poucas vezes acontece, neste livro estão juntos talento e autenticidade.


Juarez Leitão

(Da Academia Cearense de Letras)

PREFÁCIO



O LIVRO DO NOSSO SONHO

Júnior Bonfim é um desses inúmeros talentos gerados nas barrancas do Rio Poty, cujas águas benditas aspergem com carinho os seus tantos filhos. Júnior é uma jóia valiosa. Membro de uma família, da qual faço parte, prefere o rumo das letras e/ou das artes, ao caminho dos poderes pecuniários.

O autor é dono de uma maneira especial de escrever. E ele o faz com leveza e segurança. Orações curtas. Claras. Desliza com facilidade sobre os temas que apresenta. Claro. Límpido. Administra um português castiço, sem prepotência. Navega a sua verve com sabedoria e suavidade.

As palavras se lhe caem como fonte de água límpida. Mergulha nos mais diferentes temas com desenvoltura e brilho. E de todos se ergue airosamente.

Dom Antonio Almeida Lustosa dizia que os seminários não servem tão somente para formar padres, mas também para forjar cidadãos honrado e decentes. Como o Eduardo e João Aragão, Juarez Leitão, François, César Vale, Crisóstomo e tantos outros. Bonfim Faz parte faz parte desta casta privilegiada. Casta formatada nos corredores, nas salas de aula, nos pórticos e nas capelas dos seminários. Teve a graça Divina de ser orientado por Dom Antonio Fragoso (1920-2004), o profeta que ao longo de seu pastoreio em Crateús deixou as pegadas missionárias e proféticas. Plantou sonhos e idéias. Dele Júnior herdou o valor da cidadania e da justiça. O carisma e as chamas da verdade. O caráter e a preocupação instigante com o futuro da terra e dos seus irmãos, principalmente os mais sofridos.

Hoje o poeta se mostra. As suas crônicas poéticas traduzem os valores maiores de um povo. A tribo dos caratius. Deixa fincar nesta taba sagrada os seus clamores. A sua nação de libertação. Traz nestas belezas os atores desta gleba fincada na ribeira do Poty.

Certa feita inquiram de João Paulo II(1920-2005) o porquê de beijar a terra. E ele respondeu: “o amor a terra é tão belo quanto o amor a mãe.” Aos 28 anos Karol ficou sem a mãe, sem irmãos, sem pai e sem os amigos queridos vítimas do fascismo e do comunismo. O que lhe sobrou? A terra. O chão. A terra que também amamos. Este livro é o livro do nosso sonho. É nosso Exodus, para pisar na terra que é nossa, e aconchegá-la ao peito e apertá-la.

Gostaria de deixar estas belezas de idéias e de amor neste livro: “É hora, enfim de mirarmos a cidade sob lentes futuristas e progressistas. Pensá-la com amor, fonte geradora de cuidado. Pois quem ama cuida. Abramos as pálpebras embaçadas, sacudamos a poeira das decepções, revigoremos o espírito, desbravamos novos caminhos, recuperemos a utopia, lancemos um olhar sobre o fazer político, e marchemos na rota de uma cidade que cultue a justiça e a fraternidade. Crateús merece.”

Dedilho com emoções estas pobres linhas. Escrevo com sonhos e saudades, pois seus escritos, meu primo Bonfim, me tocaram muito. Sou esta alma apaixonada como o Poty em cheias. Belo livro. Tão apaixonante. Tão preciso que não podemos sorvê-lo com sofreguidão. Vamos tragá-lo como quem bebe um manjar dos deuses. Gota a gota. E no canto maior a nossa terra: de joelhos.

José Maria Bonfim de Morais
Cardiologista

A CONTRACAPA DO LIVRO


UM ESCRITOR MADURO

Júnior Bonfim, orador insigne, político habilidoso, poeta iluminado e cronista maiúsculo. Conheci-o ainda muito jovem, no alvorecer da década de oitenta, e fiquei impressionado com tamanha desenvoltura, ocasião em que discursava para platéia superior a cinco mil pessoas que, como eu, acompanhava enlevada a cachoeira de frases muito bem metaforizadas e ricas em sintaxe.

O seminário fora a roça onde colhera os frutos que alimentaram e solidificaram sua prática humanística. Inebriado, sorvera na fonte do mensageiro da dignidade D. Fragoso, gota a gota, sábias lições de justiça social e de amor ao próximo.

Elegante ator dos palcos da política, não aplica revanchismo, usa a verve com competência para transitar nos íngremes e ínvios terrenos antagônicos, apregoando a conjugação do verbo contemporizar.

Poeta que emociona e encanta com o lirismo e a doçura de seus versos. O livro POESIAS ADOLESCENTES E MADURAS é um alforje de reminiscências. Um rosário de pétalas. Um leque espalmado de preciosidades.

Observador pertinaz, vislumbra tudo no seu universo e registra os acontecimentos de nossa combalida cidade e sua gente num plexo de circunspecção, magnitude e desvelo, perscrutando e paisageando com a plástica que o labor exige.

Esta nova obra de Júnior Bonfim – AMORES E CLAMORES DA CIDADE – é uma miscelânea tecida com fios da alma. Uma cascata que se derrama no Saara cultural da nossa terra e nos chega com toda graça, oferenda deste fulgurante escritor que se consolida como o melhor cronista da pátria dos Caratiús.

Dideus Sales
Poeta e Escritor

terça-feira, 21 de julho de 2009

OBSERVATÓRIO



"No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/ tinha uma pedra/ no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento/ na vida de minhas retinas tão fatigadas./ Nunca me esquecerei que no meio do caminho/ tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/ no meio do caminho tinha uma pedra".
(Carlos Drummond de Andrade).

A PEDRA

A administração do Prefeito Carlos Felipe completou 200 dias. É um marco referencial para qualquer análise avaliativa. O visível desgaste popular, a decepção estampada no rosto cívico da urbe, o atropelo causado pela sucessão de fatos desairosos reclama uma profunda revisão. Por que o mágico tapete de encantamento que conduziu o jovem médico ao Paço Municipal velozmente se transmutou numa nuvem negra de desilusão? O que será que aconteceu para que uma das maiores promessas político-eleitoral da cidade tenha tão repentinamente se convertido em fiasco? Que pedra se interpôs no caminho?


POVO X PCdoB

Carlos Felipe foi guindado ao topo da municipalidade por um expressivo e contagiante movimento de massa, que atropelou as convenções tradicionais, simbolizadas nos partidos majoritários e nas lideranças históricas de Crateús. Porém, ao assumir a Prefeitura, o Prefeito virou refém de cúpulas partidárias divorciadas da realidade local, notadamente da legenda a qual pertence, o PCdoB. Ao invés de conclamar a população – pela mediação das entidades organizadas e pela inteligência da cidade – para a formulação de uma robusta agenda de governo, preferiu restringir a área de ação e aparelhar a Administração, nomeando figuras de fora em posições estratégicas. Entregou secretarias e cargos importantes para militantes desprovidos de qualquer passado curricular de excelência na gestão pública e com o agravante de desconhecerem completamente o tecido social local. Enfim, confundiu vontade popular com vontade partidária. Foi o seu primeiro grande equívoco.


OS COMPROMISSOS ESSENCIAIS

Porém, o que mais causou estupor e decepção às pessoas foi, indubitavelmente, a rapidez com que o Chefe do Executivo se transformou e olvidou dos compromissos essenciais celebrados em praça pública. Chocou muito o esquecimento das bandeiras essenciais: de que iria combater a corrupção e as práticas nepotistas, eliminar o clientelismo, as negociações politiqueiras, o protecionismo licitatório e a chantagem aos veículos de comunicação, dentre outros. Junte-se a isso a alteração de imagem: o médico quase sacro, sensível, humanitário, de fala mansa e que adorava alisar o braço das pessoas de repente se transformou em um gestor autoritário, pouco afeito ao diálogo transformador e inflexível com quem lhe contesta. Isso ficou patente no enfrentamento de três segmentos sociais que, pela força e capilaridade, ofereceram contribuição maiúscula à eleição do atual Prefeito: os profissionais do magistério, os comerciantes e os médicos.

OS CONFRONTOS


A dificuldade de interlocução com os professores provocou a mais renhida, duradoura e dolorosa greve já registrada no município, cujas seqüelas perdurarão por muito tempo. Na esteira desse movimento, seguiram os comerciantes. Pela vez primeira, o comércio da cidade fechou suas portas em sinal de repúdio à intransigência do Executivo. E, por último, se verifica uma enorme insatisfação no seio dos seus colegas de juramento de Hipócrates, exposta através de um pronunciamento do médico Gerardo Júnior que, semana passada, conclamou a Vigilância Sanitária e o Ministério Público a fiscalizarem o Hospital São Lucas por conta da ausência de barreiras à radiação no Centro Cirúrgico, o que expõe a riscos a saúde da população.


A SAÍDA

O preocupante quadro em que se encontra a Prefeitura urge que se aja imediatamente. A começar por uma medida de impacto: um choque de gestão, que passa pela reconfiguração dos ocupantes de funções de direção. Mesmo precocemente, há que se abrir a Prefeitura para balanço. Parar tudo e iniciar um mutirão de planejamento. Deixar assentar as águas, que estão turbulentas. Conforme já reiteramos, a cidade parece suspirar por um Projeto. Falta-lhe o sumo, falta-lhe um rumo, falta-lhe um prumo! A cidade quedou-se a um estado mórbido de languidez. Urge sacudi-la! Impõe-se agitá-la! De preferência, fortemente. Com desejos vitais, com possibilidades nunca dantes imaginadas.


LANÇAMENTO DE LIVRO


Estaremos lançando em Fortaleza nesta quinta-feira, dia 23, o livro AMORES E CLAMORES DA CIDADE (vide “Orelha”, na Crônica abaixo). O evento terá início às 19:00 hs, no Centro Cultural OBOÉ, na Rua Maria Tomásia, 531, bairro Aldeota, por detrás do Shopping Del Paseo. O poeta, biógrafo, cronista e historiador Juarez Leitão, da Academia Cearense de Letras, fará o discurso de apresentação. Todos estão convidados.



PARA REFLETIR


"Destranquemos as portas. Escancaremos as janelas. Vasculhemos os tetos, os vãos, as frinchas, as luras. Não poupemos o ácido fênico, a creolina, o formol. Renovemos o ar. Enxotemos os bichos. Sacudamos o mofo. Acabemos com o bafio. Introduzamos a luz. Chamemos a higiene". (Rui Barbosa)


(Por Júnior Bonfim – publicado na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste)


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ORELHA


O dileto amigo Júnior Bonfim, em boa hora, decidiu editar sua segunda obra literária – Amores e Clamores da Cidade – um enfeixe de belíssimas crônicas publicadas quinzenalmente na Gazeta do Centro Oeste, a partir de 2005, bem como outras contidas na Revista Gente de Ação, editada pelo poeta Dideus Sales.

O livro é um canto telúrico, um lamento, um hino a Crateús; um louvor ao tempo, passado, presente e futuro, aos amigos, aos grandes homens, aos sábios, à Natureza, às pessoas com suas inclinações, aptidões e vocações, aos que são capazes de construir para que nos maravilhemos diante dos seus feitos, sobremodo, ao que nos deixam como legado.

Fui colhido de surpresa ao saber que o jornal que edito – que também cuida do mesmo tema, mas com outra forma de trato – serviu de esteio em suas páginas à belíssima obra.

Com outra surpresa me deparei ao sabê-la dedicada a este humilde escriba de notícias, falto de sensibilidade e inspiração, que apenas sabe se encantar com a poesia e os poetas, e ao qual não falta gratidão pela honraria.

O autor de “Poesias Adolescentes e... Maduras’, obra publicada em 2000, onde se auto-retrata e se apresenta desnudo, apenas envolto pelo diáfano manto de poesia, reaparece em Amores e Clamores da Cidade que, para mim, redundam em obra única, a segunda em continuidade à primeira, no sentido de que, tudo que Júnior Bonfim escreve é adoçado com o mel da poesia.

Em tudo, a elegância, o primor, o aprumo, a simetria, a educação, a mensagem inteligível, do simples bilhete que redige ao poema que compõe; da mera petição à complicada defesa em juízo.

Poeta verdadeiro, não consegue produzir em prosa, esquecer a metáfora, ocultar a métrica da coerência e da razão, o ritmo do conhecimento e a rima rica do pensamento.

Ousado, assume ares de Castro Alves no verso: ‘Eu sou – um pássaro que tem o sol como meta’. O condoreiro dizia: ‘sou pequenino, mas só fito os Andes’. “Aqui dançaram os índios Karatius, tendo o rio Poti como palco e a natureza como platéia’. O poeta dos escravos: ‘ontem a Serra Leoa, a guerra, a caça ao leão, o sono dormindo à toa sob as tendas da amplidão’.

Os poetas são assim.

Diferem, mas se assemelham e se encontram.

Têm eles a mesma matriz, a mesma forja e ímpeto.


(Por César Vale – publicado na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste)

domingo, 19 de julho de 2009

LANÇAMENTO DO LIVRO "AMORES E CLAMORES DA CIDADE"

Estaremos lançando em Fortaleza nesta quinta-feira, dia 23, o livro AMORES E CLAMORES DA CIDADE . O evento terá início às 19:00 hs, no Centro Cultural OBOÉ, na Rua Maria Tomásia, 531, bairro Aldeota, por detrás do Shopping Del Paseo. O poeta, biógrafo, cronista e historiador Juarez Leitão, da Academia Cearense de Letras, fará o discurso de apresentação. Todos estão convidados.