sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

RECOMEÇAR - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL!

GENTE QUE BRILHA - ANTONIO DOS SANTOS



Outro dia, no aeroporto Juscelino Kubistchek, em Brasília, deparei-me com a inconfundível figura do conterrâneo. Com seu olhar entusiasmado e jeito extrovertido, me cumprimenta e diz para o doutor Wilson Vicentino, que estava ao seu lado: - “Wilson, o pai dele, Jesomar, votou comigo; ele, não. Mas... nunca soube deste rapaz falando mal de mim!”

Este é Antonio dos Santos Soares Cavalcante, um sujeito que ejeta cometas de bom humor por onde passa, que faz da leve e envolvente ironia um pão de todo dia, que impressiona pela entonação solene da voz, que vive com a alma permanentemente em festa. Em verdade, quem aperta sua mão sem a luva do preconceito ideológico, descobre que está diante de uma criatura do bem e da paz, da concórdia e da alegria. É presença requisitada em significativas rodas da sociedade fortalezense.

Até hoje inexiste registro de outro parlamentar crateuense com vida eleitoral tão portentosa quanto Antonio dos Santos. Enquanto foi candidato, obteve êxito em todas as refregas. Encarnando uma harmoniosa combinação de estrela popular e carismático pastor de massas, Santos desenvolveu um discurso intimista e parabólico que se hospedava com facilidade no coração da gente simples de sua terra. Desde 1970, quando pela vez primeira abiscoitou um assento no Legislativo Estadual, foi sempre se reelegendo com votação crescente. No inicio da década de 1980, ocupou galantemente a Presidência da Assembléia e, por interinidade, segurou nas mãos o leme do Governo Estadual. Em 1990, substituindo o sogro Furtado Leite, foi guindado duas vezes à Câmara Federal.

Dessa época, recordo-me de um episódio que se deu conosco. Andando pelos corredores do Congresso, ouvi sua voz forte: - ‘Júnior Bonfim, meu conterrâneo! Como vai você? Dê-me o prazer de uma visita ao meu gabinete!’ - instigou de braços abertos. Em lá chegando, fez uso da loquacidade característica e argumentou: - Júnior, eu não espicho bode na feira, eu não tenho máquinas para fazer estradas, não possuo firma de construção. A única coisa que sei fazer é política. Por isso, me sinto bem quando vejo uma pessoa da minha terra. Fique à vontade. O que quiser dispor de mim pode falar. Confirmei ali a essência desse ser gregário por natureza, amante da boa conversa, apreciador de rodas de bate papo, escravo da liberdade de conviver. (Outro dia, encontrei-o numa caminhada matinal pela beira-mar e confirmei essa qualidade que ainda cultiva. Diferentemente da maioria dos transeuntes, que caminhavam ou corriam sem se importar com o que se passava ao derredor, Santos parava para cumprimentar conhecidos, indagava ao vendedor se o queijo ali exposto era tão gostoso quanto o que vinha da região de Crateús etc...).

Esse magnetismo arrebatador é uma marca inata do filho do comerciante João Melo e D. Leonor, respeitado casal da ribeira do Poty. Desde quando fitou este mundo originalmente em primeiro de novembro de 1943, Dos Santos foi bafejado pela celestial aura da agregação. Ainda na fase infanto-juvenil, como a maioria dos filhos bem-nascidos da cidade, foi enviado ao Seminário Menor de Sobral. Já na auto-apresentação inicial, destacou-se pelo jeito desconcertantemente agradável. Magérrimo e narigudo, postou-se imponentemente na frente de D. José Tupinambá da Frota e proclamou: “Eu sou Antonio dos Santos Soares Cavalcante. O mais feio, porém o mais inteligente!” Entrava já conquistando a todos, inclusive o severo prelado. Quando deixou o Seminário, ingressou na Faculdade de Direito. Durante as férias, cativou a juventude crateuense comandando um programa na Rádio Educadora denominado “Alô, Brotos!” Daí, foi um passo para aportar no território complexo da política, para onde levou também a figura do candidato cantor.

A versatilidade para contornar as situações mais embaraçosas é uma marca registrada sua. Juarez Leitão conta que, na condição de Deputado e buscando melhoramentos, engendrou uma peripécia que foi batizada de a presepada do queijo: Certa verba, destinada à construção de um hospital, estava dependendo da assinatura de um figurão da república para ser liberada. Dada a demora, Antonio teve que apelar para o método do queijo. Preparou uma boa quantia de dinheiro num pacote e cortou um queijo de igual tamanho, embrulhando-o num papel idêntico. Fez uma visita ao funcionário levando os dois pacotes e, no meio da troca de simpatias, disse que lhe trouxera de presente um queijo, pequena amostra da produção leiteira de sua terra. Despediu-se e entregou nas mãos do doutor o pacote do “agrado”, saindo com o do queijo. Deixou passar dois dias e então telefonou para o homem, preparado para, caso houvesse melindrado seus brios éticos, acudir que se enganara de pacote: - “Então, gostou do presente?” Gostei muito – disse o outro – seu “queijinho chegou em boa hora. E a verba foi liberada.

Do entrelaçamento afetivo com Ana dos Santos advieram Antoniana, João Jorge e Mariana. Já sentiu no coração o pulsar redobrado da condição de avô. Hoje mais dedicado ao mundo dos negócios e ao afeto familiar, prossegue no labor comercial a partir da empresa Sanctorum, raiz latina do seu nome.

Antonio, que continues sendo esse dínamo que acende o farol do bom diálogo, suando a alma com a conversação benfazeja de irmão camarada, cavalgando sobre a larga pista da fraternidade política e exibindo o sedutor talismã da solicitude servidora de um amigo de fé!

Por Júnior Bonfim
(Publicado na edição de hoje da Revista Gente de Ação)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

OBSERVATÓRIO

(Por Júnior Bonfim)

Poucos dias após assumir a Secretaria de Educação de Crateús, fui informado, em meio a uma reunião com coordenadores pedagógicos, que meu pai (de saudosa memória) insistia em ser recebido. Com a tranqüilidade que sempre procurei cultivar, respondi que era impossível atendê-lo naquele momento. Uma das coordenadoras ponderou que, caso eu interrompesse a reunião para recebê-lo, todos compreenderiam. Afinal, era meu genitor. Mantive-me firme na recusa. Ele se retirou extremamente magoado comigo. Aquele gesto era emblemático. Queria demonstrar que, a despeito do afeto filial, a coisa pública não era um espaço alcançado pela hierarquia familiar. Aliás, durante todo o período em que vesti o fardão de agente político jamais pedi uma portaria sequer para alguém da minha prole. Sempre tive bem claro na mente a idéia de que a família habita o território inviolável da nossa intimidade. Ao contrário, o exercício de função pública, como o próprio nome indica, se estende pelo vale devassável ao sabor da vontade popular. Misturá-los pode gerar uma combinação explosiva.

O PESO DA FAMÍLIA I

Senti, nos últimos dias, certa apreensão das pessoas em relação ao grau de influência dos familiares do Prefeito eleito na gestão do município. Ouvi opiniões preocupadas, inclusive entre profissionais da saúde, quanto ao grau de ousadia dos irmãos de Carlos Felipe em dar pitacos sobre o futuro do seu governo. Falam que, como conseqüência dessa influência, já se produziu a primeira e significativa baixa na equipe governamental: o ex-prefeito de Viçosa do Ceará, Evaldo Soares, que seria um misto de chefe da contabilidade e eminência parda em assuntos administrativos, decidiu bater em retirada e não mais integrará os quadros da futura gestão. Sua saída fragiliza o esquema hegemônico montado por Elder Leitão, que tinha em Evaldo uma das pilastras principais.

O PESO DA FAMÍLIA II

O doutor Felipe é homem do lar, que aprecia e cultua o respeito à família. Deve ser delicado para ele administrar essa paradoxal situação de compatibilizar a harmonia doméstica com a sintonia ao compromisso popular. Foi eleito segurando o mastro da bandeira de uma vida nova para Crateús, que suplantaria todas as velhas práticas, inclusive as de nepotismo. Já nomeou a esposa, que é uma qualificada técnica, para a Secretaria da Assistência Social. Malgrado isso não caracterizar, pela dicção legal, prática nepotista, houve quem reclamasse. O seqüencial desse filme está em suas mãos.

DIPLOMAÇÃO

Causou estranheza, na solenidade de diplomação dos eleitos, a verve do douto Promotor de Justiça José Arteiro Goiano. Com a desenvoltura de um militante partidário, fez estátua se mover. A contundência da fala (antipática ao cenário atual e simpática ao futuro) incomodou até mesmo o sempre frio e impávido prefeito que sai, doutor José Almir Claudino Sales. Obviamente, nada há de estranho nisso. Antes de ser membro do Ministério Público e empunhar o escudo de fiscal da lei, doutor Arteiro é filho da terra. Difícil imaginar que seja impermeável aos sentimentos da polis, vez que em sua veia corre sangue político. Sucede que, por imperativo da função que exerce, há que evitar excessos.

BETINHA

Ainda caminhando sobre o tapete azul da maior consagração urnística para o Parlamento Mirim de Crateús no último pleito, a Vereadora Betinha Machado persiste na luta pela Chefia do Legislativo Municipal. Versátil e midiática (foi capa de recente edição da Revista Gente de Ação), Betinha tem na retaguarda o trabalho de duas importantes famílias - Machado e Leitão - ambas com tradição política e experiência no traquejo das disputas intestinas da Câmara Municipal. A bem da verdade, o grupo que representa esteve na linha de frente das articulações que resultaram na eleição de Carlos Felipe. A estrutura que o PR colocou à disposição do candidato comunista foi decisiva para que a candidatura deslanchasse na fase inicial de campanha. Parafraseando outro candidato, talvez considere que é hora do reconhecimento.

GRUPO ITA

Mesmo em meio à aparente letargia em que se encontra a nossa urbe, há pessoas empreendedoras e obstinadas que continuam acreditando no potencial mercadológico da terra. O grupo ITA, capitaneado pelo empresário Lourival Rodrigues, apresentou à cidade de Crateús, na última quinta-feira, dia 18, as modernas instalações do seu mais recente empreendimento: um laboratório e uma farmácia de manipulação, localizado no cruzamento das ruas Moura Fé com Desembargador Olavo Frota.

BYRON

Por falar em Frota, o desembargador Byron Frota (filho de José Olavo de Rodrigues Frota) foi eleito pelos seus pares do Tribunal de Justiça como o novo Corregedor-Geral daquela Casa Julgadora. Único crateuense a integrar a mais alta Corte de Justiça cearense, onde dirige atualmente a Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (ESMEC), doutor Byron é figura respeitada mercê do invejável currículo que lapidou ao longo de décadas de coerente labor. Embora de ascendência sobralense, à beira do Poty enterrou o umbigo e recebeu as primeiras luzes do saber, precisamente no Instituto Santa Inês, dirigido pelas educadoras Francisca de Araújo Rosa e Leonor Rosa Veras. Orador meritório, foi ele quem proferiu o discurso de saudação a Dom Fragoso na solenidade de posse ocorrida no dia nove de agosto de 1964, em palanque armado no pátio da Catedral do Senhor do Bonfim. No último dia 15, tive o prazer de encontrá-lo na solenidade de posse de novos acadêmicos da AMLECE, academia que integro, ocasião em que foi prestigiar o seu colega desembargador José Claudio Nogueira e o amigo de banco escolar na juventude, Ubiratan Aguiar (este foi homenageado e aquele estava ingressando na Arcádia). Confessou-me ser leitor assíduo do jornal Gazeta do Centro Oeste. Parabéns ao ilustre magistrado e sucesso na nova empreitada.

PARA REFLETIR

“O segredo da justiça está em sua humanidade sempre maior e em uma proximidade humana sempre maior entre advogados e juízes, na luta comum contra a dor. De fato, o processo, e não só o processo penal, de per si é uma pena, que juízes e advogados devem abreviar, administrando justiça”. (Piero Calamandrei)


(Publicado na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste)

O NATAL E A ENERGIA DA CIDADE



(Por Júnior Bonfim)

“Crateús parece que foi atingida por uma bomba. A cidade está como que toda devastada. Veja a quantidade de buracos pelas ruas principais!” – disse-me um amigo recentemente.

De fato, a cidade, soma de humanos, extensão de cada um de nós, também possui uma volúpia sentimental, um vulcão de desejos, uma carga de energia. Assim como cada um de nós é notado pelos outros quando olvidamos de zelar o nosso corpo e cuidar da alma ou vice versa, igual avaliação crítica recai sobre a urbe.

A ética carrega em sua essência uma variável estética. Cuidar de si mesmo de forma agradável e prazerosa, cultuar o belo em suas dimensões externa e interna (estética) é também uma forma de bem querer ao outro, um modo de respeito ao próximo (ética).

Compreender essa dimensão da realidade é essencial para realizarmos a recepção da energia vital, capaz de alterar para melhor o estado em que estamos. O período natalino é uma dessas épocas em que ficamos mais receptivos aos influxos energéticos externos.

Segundo Graziella Marraccini, em 25 de Dezembro o mundo católico e cristão festeja o Santo Natal. Mesmo que não sejamos católicos e que não cultuemos o nascimento de Jesus, podemos sentir como a energia desta data acaba contagiando a todos nós como uma onda de renovação e esperança, que melhora nosso humor e contagia nossos relacionamentos pessoais e sociais.

O Natal coincide com o Solstício de Verão no nosso hemisfério. O Solstício acontece em 21 de Dezembro às 09h03min e o Sol ingressa no signo de Capricórnio, em conjunção exata com Plutão!

A mudança de paradigma está chegando, não é possível recuar mais! O Sol chega ao máximo de sua inclinação no Hemisfério Sul (a 23°45 tocando o Trópico de Capricórnio) e marca para nós o Solstício de Verão. Sol-stício quer dizer Sol estacionado: na verdade, o Sol 'parece estacionar' por algum tempo no nosso hemisfério nos oferecendo o máximo de calor.

Do mesmo modo ele marca o início do Solstício de Inverno no hemisfério norte. Os povos antigos daquele hemisfério costumavam marcar esta data com rituais destinados a pedir aos céus a volta da energia solar que se afastava com o longo inverno que iniciava. Eram feitos cerimoniais em todos os ritos, com cantos e implorações, cerimônias de acasalamento para simbolizar a fertilização da terra. Os homens, em sintonia com os céus, pediam aos deuses que não deixassem a Terra perecer sob o frio inverno e que enviasse novamente o Sol para renovar a vida que logo iria ressurgir sob a dura camada de neve. A Igreja católica aproveitou esses festejos pagãos para incorporá-los em sua liturgia, e fez de maneira que o Natal coincidisse com o nascimento de Jesus.

Assim os festejos do período natalino estão a indicar que, no momento em que a vida parece morta, a Terra torna-se gélida e fria e as árvores estão sem frutos, devemos manter a esperança do retorno da Luz, elevando nossas preces aos céus para pedir uma renovação da energia vital. Nossas rezas e rituais se parecem com os rituais antigos e também indicam a renovação de vida. Desta maneira, nos sintonizando com a energia solar, podemos renovar nossas esperanças e fazer com que nossos pedidos subam aos céus com uma energia especial, intensa, sincera, universal.

As pessoas e o seu coletivo, que são as cidades, carecem dessa sintonia renovadora.

Albert Einstein conta uma experiência interessante que serve para esse momento. Estava num jardim e dois meninos brincavam. Num dado momento, um deles foi até uma fogueira quase extinta e com dois pauzinhos pegou uma brasa ainda incandescente e falou para o outro: quero que você carregue essa brasa, para outro lugar. O outro menino observou e ficou pensando.

Einstein, observador, também ficou olhando e esperando o que o menino faria diante daquela situação que se apresentava como uma possibilidade de dor, de sofrimento. Eram amigos e seria difícil dizer não a uma pessoa querida.

Então, para surpresa do cientista, o outro menino pegou na fogueira um pouco de cinza já fresquinha, colocou uma quantidade na palma da mão e disse carinhosamente ao amigo: vamos, coloque a brasa aqui em minha mão. E seguiram os dois pelo caminho. A brasa, protegida pela cinza, não queimava a mão do amigo. É isso: talvez a gente esteja necessitando dessa inteligência e amizade, para poder nos proteger da agudeza da vida.

Mesmo nos momentos mais conturbados, como o que a nossa cidade vive atualmente, haverá sempre na fogueira de nossas dores e angústias um pouco de cinza fresca. Colocada em nossa alma, nos permitirá carregar nossos sonhos e projetos sem sofrimento.

E o Natal pode ser essa oportunidade!

(Publicada na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

AMANHÃ SAI MAIS UMA EDIÇÃO DO JORNAL GAZETA DO CENTRO OESTE

CIRO ADMITE FICAR CONTRA O PT



No O Globo de ontem, o deputado federal cearense Ciro Ferreira Gomes, do PSB, dá suas primeiras declarações mais enfáticas no sentido de, na disputa presidencial de 2010, estar contra uma candidatura da base do governo Lula.

O seu argumento, pouco claro, é de que estará de outro lado político da disputa se o PT apresentar uma candidatura que esteja em desacordo com os "interesses do País". Dá alguma pista de que se sente incomodado com a simpatia clara do presidente Lula pela ministra Dilma Rousseff, mesmo que reforce os adjetivos elogiosos com que costuma brindar o próprio Lula.

Ciro acredita que o candidato do governo em 2010, seja quem for, enfrentará os efeitos da atual crise sobre a economia brasileira. "Eles ainda não foram sentidos", diz o parlamentar cearense, "mas virão". Ao nominá-los, cita a queda na messa salarial e o aumento no nível de desemprego.

A entrevista, que é longa, abre espaço para que Ciro Gomes fale da personagem "Flora", interpretada pela sua mulher, a atriz Patrícia Pillar. Mesmo dizendo-se contrário à pena de morte, ele sugere uma pena exemplar para a vilã de "A Favorita", que estaria precisando "pagar muito caro" pelas maldades diariamente protagonizadas na novela gloibal.

(Por Guálter George)

SOB CRISE, GOVERNO JÁ INJETOU R$ 363 BI NA ECONOMIA



O Planalto e a Fazenda têm ojeriza pelo vocábulo "pacote". Brasília foge da palavra como o gato que, escaldado, esquiva-se da água fria.

Em reação à marolinha, o governo prefere manusear o conta-gotas. Uma liberação de compulsório aqui, uma linha de crédito ali, uma mexida tributária acolá...

De pacotinho em pacotinho, já se chegou a um pacotão. Injetaram-se na economia algo como R$ 363,3 bilhões. Deve-se o levantamento à equipe da Agência Brasil.

É a mão visível do Estado tapando os buracos cavados pela mão invisível do mercado. E o diabo é que parece não haver outro remédio.

Até o FMI, velho defensor do torniquete fiscal, agora receita a abertura de comportas.

Ouça-se, a propósito, o diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn:

"Estou particularmente preocupado com o fato de que nossa previsão, já muito negativa, vai ser ainda mais negativa se um estímulo fiscal apropriado não for colocado em prática".

Ele se refere à economia mundial, não só à brasileira. De cara com o pior, ele diz que, para evitar o muito pior, seria preciso um superpacote equivalente a 2% do PIB global.

Coisa de US$ 1,2 trilhão. Ou, em reais, R$ 2,9 trilhões.

Escrito por Josias de Souza

HOJE É O DIA DA CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA!




Uma sociedade consciente e bem educada não gera lixo e sim materiais para reciclar. Selecionando o lixo, você vai ajudar a diminuir a poluição do ar, solo e água, bem como vai reduzir a necessidade de novas áreas para aterros sanitários. Tal atitude, também vai ajudar a diminuir a proliferação de insetos e roedores, responsáveis pela transmissão de várias doenças. Os recursos naturais vão ser poupados, pois o lixo separado vai ser reciclado e transformado pelas indústrias em matéria-prima novamente, baixando assim os custos do produto final por nós consumido.

O lixo gerado por nós é apenas uma pequena parte da "montanha" gerada todos os dias, composta também por resíduos industriais, de construção civil, de mineração, de agricultura e outros. De todo lugar sai lixo. O que não podemos ignorar é que o lixo precisa ser devidamente separado e coletado, reaproveitado ou reciclado antes de ser descartado.

Lixo é basicamente todo e qualquer resíduo sólido proveniente das atividades humanas ou gerado pela natureza em aglomerações urbanas. No entanto, o conceito mais atual é o de que lixo é aquilo que ninguém quer ou que não tem valor comercial. Neste caso, pouca coisa jogada fora pode ser chamada de lixo.

REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR

São conceitos fundamentais para um bom gerenciamento dos Resíduos Sólidos, ou seja, do Lixo. São conceitos que devem ser absorvidos, praticados e divulgados.

Podemos REDUZIR a geração do lixo consumindo menos e melhor, isto é, racionalizando o uso de materiais no nosso cotidiano.

Como reduzir?
» Preferir produtos com embalagens retornáveis
» Preferir produtos com embalagens recicláveis
» Combater o desperdício de produtos e alimentos planejando bem as compras
» Pegar carona sempre que possível
» Não deixar as torneiras pingando
» Assinar jornais e revistas em conjunto com outras pessoas
» Escrever em papel reciclado


Podemos REUTILIZAR diversos produtos antes de descartar, usando-os para a mesma função original ou criando novas formas de utilização.

Como reutilizar?
» Separar sacolas, sacos de papel, vidros, caixas de ovos, papel de embrulho que podem ser reutilizados.
» Usar o verso das folhas de papel já utilizadas para rascunho.
» Pensar em conservar e consertar objetos antes de jogar fora.
» Doar ou vender tudo o que possa ser reaproveitados por outros.
» Não jogar no lixo aparelhos : podem ser vendidos ao “ferro velho” ou desmontados para o reaproveitamento de peças.

E podemos RECICLAR o lixo quando o retornamos ao ciclo da produção, seja ele industrial, agrícola ou artesanal.

Como reciclar?

» Fazer compostagem doméstica com seus restos de jardim e de cozinha.
» Separar materiais recicláveis (plásticos, vidros, metais e papéis), para os programas de coleta seletiva.

Depois de tomar a sua melhor cerveja, não esqueça de reciclar a latinha, mas lembre:

a cerveja mais saborosa é aquela que vem no casco de vidro retornável - a gente sempre tem que tomar com mais alguém; e
que mesmo para produzir a latinha a partir de material reciclável é necessário o consumo de energia.

(Fonte: Caroline Dutra)

VOCÊ SABIA QUE...



Em pouco mais de três anos de coleta seletiva, os moradores de Florianópolis separaram 6,5 mil toneladas de lixo. Com o reaproveitamento do papel, metal, vidro e plástico recolhidos na cidade foram evitados o corte de pelo menos 140 mil árvores, a retirada de 750 toneladas de ferro e de 1050 toneladas de areia da natureza e produzidos 2,8 milhões de novos potes plásticos. A natureza e as gerações futuras agradecem.

Todo o material recolhido pela Coleta Seletiva de Florianópolis vai para a Estação de Triagem do Itacorubi, onde é separado por tipos (papel, vidro, metal, plástico) e então é vendido para a indústria da reciclagem e a partir daí transforma-se em novos produtos, poupando recursos naturais.

De todo o material arrecadado, o vidro tem sua verba destinada ao GAPA - Grupo de Apoio e Proteção à AIDS. O restante do total arrecadado financia a manutenção do próprio sistema de Coleta Seletiva.

A energia economizada com a reciclagem de uma única garrafa de vidro é suficiente para manter uma lâmpada de 100 Watts por 5 horas e meia, ou manter uma televisão ligada por 3 horas; ou, ainda, é igual a 9 litros de gasolina?

Cada tonelada de alumínio reciclado economiza a extração de 5 toneladas de bauxita.

Se a fração orgânica de todo o lixo domiciliar brasileiro fosse utilizada para gerar energia elétrica, seria possível implantar usinas termelétricas com potência de cerca de 5000MW.

Para fabricar 1 tonelada de papel reciclado são usados 2.000 litros de água. Para produzir a mesma quantidade a partir da madeira gastam-se 100.000 litros.

Atualmente já se fabricam tecidos que trazem em sua composição 20% de fios de plástico obtidos das garrafas de refrigerante (cuja origem são as resinas de Polietileno Tereftalato – PET). O plástico convertido em fios, também é utilizado na fabricação de vassouras e escovas.

Para se fabricar 1 kg de vidro (= 3 garrafas de litro) é necessária a extração de 1,3 kg de areia de dunas e rios e com 1 kg de vidro quebrado se faz exatamente 1 kg de vidro novo.

(Fonte: Caroline Dutra)

EM 22 DE DEZEMBRO DE...

1849
Minutos antes de ser executado, o escritor russo Fiodor Dostoievski tem sua pena reduzida para exílio. Décadas depois, ele escreveria suas suas principais obras, Os Irmãos Karamazov e Crime e Castigo.
1894
Em um julgamento irregular, o capitão francês Alfred Dreyfus, judeu, foi condenado por traição e recebeu a sentença de prisão perpétua por passar segredos militares à Alemanha. Dreyfus foi declarado inocente em 1906.
1968
Vários músicos, entre eles Caetano Veloso e Gilberto Gil, foram presos na boate Sucata, no Rio de Janeiro.
1975
Carlos, o Chacal, junto com outros terroristas árabes, fizeram um ataque em Viena, na Áustria. Eles assassinaram três pessoas e fizeram outras 70 de reféns num encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
1981
O atleta João do Pulo, um dia depois de ter sido eleito como o maior desportista latino-americano do ano, sofreu um grave acidente de carro e teve a perna direita amputada.
1986
Um decreto-lei instituiu o 13º salário para funcionários civis e militares da União.
1988
O seringueiro e ecologista Chico Mendes foi assassinado no quintal de sua casa por um tiro disparado pelo fazendeiro Darcy Alves da Silva Pereira.
1989
O exército romeno aderiu às manifestações populares e derrubou o ditador comunista Nicolae Ceaucescu.
1990
Lech Walesa tomou posse como presidente da Polônia, o primeiro não-comunista a assumir o cargo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
1994
O locutor esportivo Osmar Santos sofreu um grave acidente de carro. O traumatismo craniano decorrente da batida resultou em lesões cerebrais que o impediram de voltar a falar normalmente, levando-o a abandonar sua carreira.

PARA REFLETIR

"Julgue um homem pelas suas perguntas, não pelas suas respostas." (Voltaire)

domingo, 21 de dezembro de 2008

GOOGLE



# O site de busca de páginas e informações na internet foi criado pelos norte-americanos Larry Page e Sergey Brin em 1996. Na verdade, eles idealizaram o endereço a partir de um projeto de doutorado desenvolvido para a Universidade de Stanford.

# O nome Google vem da expressão googol, que representa o número 1 seguido de 100 zeros.

# Apesar de terem registrado o domínio google.com em 1997, Page e Brin fundaram sua empresa em 1998. Para isso, contaram com um investimento inicial de 100 mil dólares. Já naquele ano o sistema conseguiu reunir 25 milhões de páginas da internet.

# Segundo uma pesquisa realizada em 2004, o site possuía indexadas mais de 4 bilhões de páginas web. Também tinha uma listagem de 880 milhões de imagens.

# Além do serviço de busca, o Google oferece um parte de diários online (Blooger) e o site de relacionamento Orkut.

# O logotipo com 6 letras coloridas do Google foi criado pela brasileira Ruth Kedar, em 1999.

# Ruth Kedar é da cidade de Campinas, em São Paulo e mora nos Estados Unidos desde 1985. Ela trabalhava como professora de desenho gráfico na Universidade californiana de Stanford quando um aluno encomendou um logotipo para sua nova empresa. O aluno era Larry Page, um dos fundadores do Google.

# Ruth diz que se inspirou no sentimento de "satisfação de descobrir coisas novas" para escolher as cores alegres do logo.

# As cores das letras da palavra "Google" são azul (G), vermelho (O), amarelo (O), azul (G), verde (L) e vermelho (E).

GENÉRICOS



Basta digitar o nome do remédio desejado no site abaixo, e você terá também
os genéricos e os similares de todas as marcas com os respectivos preços
em todo o Território Nacional. Como tudo que é bom não é divulgado,
peço-lhes que divulguem aos seus.

É bom deixar guardado na lista de Favoritos :

http://www.consultaremedios.com.br/

(Enviado por Robson Martins)

21 DE DEZEMBRO

* 1903 - É realizada a primeira edição do Prêmio Goncourt de literatura francesa.
* 1968 - É lançada a missão Apollo 8.
* 1991 - Termina o regime da União Soviética.

Nasceram neste dia...

* 1878 - Josef Stalin, político soviético (m. 1953).
* 1956 - Joaquim Leitão, cineasta português.
* 1959 - Florence Griffith-Joyner, atleta norte-americana (m. 1998).

Morreram neste dia...

* 1375 - Giovanni Boccaccio, escritor e humanista italiano (n. 1313).
* 1805 - Bocage , poeta português (n. 1765).
* 1980 - Nélson Rodrigues, dramaturgo e escritor brasileiro. (n. 1912).

PARA REFLETIR

Cada criatura, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens.

(Rabindranath Tagore, dramaturgo, poeta e filósofo indiano)