Este espaço se quer simples: um altar à deusa Themis, um forno que libere pão para o espírito, uma mesa para erguer um brinde à ética, uma calçada onde se partilhe sonho e poesia!
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
SONETO À MINHA MÃE
O amor deitou sobre ti um cristal de inocência,
Amiga das plantas, filha do luar e da suave alegria,
Por isso me agrada fazer versos com paciência
À montanha iluminada de tua melancolia.
Meu jeito de sol expansivo, pedra solitária
Ou mágico aliado dos secretos elementos
Vem de teu regato, madura Rosária,
Mulher polida na cal do sofrimento.
A liberdade reconhece da luz o sonho dourado.
És minha mãe – assim como o mundo, a poesia,
Rosamada senhora por quem fui lapidado.
Mereces um lugar no trono alto da glória,
Pois fostes generosa para com a História:
Oferecestes ao povo um poeta alado!
(Júnior Bonfim, in Poesias Adolescentes e Maduras)
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