Não sou pássaro de gaiola.
Não ponho no saco a viola,
Porque nasci pra cantar.
Vou traçando meu destino
Sem cometer desatino
Sem choro, sempre a cantar.
*
Sou árvore que refloresce
Mesmo quando padece
Dos golpes da insensatez.
Rebroto mostro meu viço
Na tristeza dou sumiço
Recomeço tudo outra vez.
*
Vou tocando minha vida
Disso nem Deus duvida,
Pois sabe a filha que tem.
Estou sempre caminhando,
Apressada ou mancando,
Mas consigo ir além.
(Dalinha Catunda)
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