quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

MARCHINHAS DE CARNAVAL





Allah-la-ô

Allah-la-ô
Mas que calor, ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O Sol estava quente e queimou a nossa cara

Filho de imigrantes libaneses, o compositor e desenhista Antonio Gabriel Nássara nasceu no dia 11 de novembro de 1910, no Rio de Janeiro. Sua marchinha mais famosa ,"Allah-la-ô", foi escrita em parceira com Haroldo Lobo em 1941.

Haroldo Lobo também escreveu, em 1951, a marchinha "O retrato do velho", inspirado no hábito do Estado Novo de Getúlio Vargas de pendurar retratos do presidente da República nas repartições públicas. Interpretada por Francisco Alves, a música não agradou Getúlio, que odiava ser chamado de velho.

--------------------------------------------------------------------------------------------


Cabeleira do Zezé

Olha a cabeleira do Zezé!
Será que ele é? Será que ele é?
Será que ele é bossa nova?
Será que ele é Maomé?
Parece transviado mas isso eu não sei se ele é

A inspiração para a marchinha surgiu no bar São Jorge, em Copacabana, Rio de Janeiro. Um dos garçons, apelidado de "Zezé", tinha cabelos compridos - uma ousadia em 1963 - e ainda por cima flertou com a namorada do compositor João Roberto Kelly, que - em parceria com o amigo Roberto Faissal - transformou a "cabeleira do Zezé" em música.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Jardineira

Oh! Jardineira por que estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a Camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Seu compositor, Benedito Lacerda, era flautista e policial militar. Humberto Porto, que também assina a composição, era estudante de Medicina.

Composta em 1938, a música apareceu na comédia musical "Banana da Terra" (1939), que tinha no elenco Carmen Miranda, Oscarito e Emilinha Borba.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Mamãe Eu Quero

Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebê não chorar

José Luís Rodrigues, o "Jararaca", nasceu no dia 29 de setembro de 1896, em Maceió, Alagoas.

A música foi lançada pela primeira vez em janeiro de 1937. Nos anos 40, ela foi traduzida e lançada no mercado norte-americano nas vozes de Bing Crosby e Carmen Miranda.

A "pequena notável" cantou a música de Jararaca e Vicente Paiva no filme "Serenata Tropical" (1940), indicado ao Oscar em três categorias técnicas (Melhor Fotografia, Direção de Arte e Melhor Trilha Original).

O compositor morreu no Rio de Janeiro, no dia 8 de setembro de 1977, aos 81 anos.

----------------------------------------------------------------------------------------

Máscara Negra

Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão

Gravada pela primeira vez em 1967, a marchinha "Máscara Negra" foi sucesso em uma época que as músicas tradicionais do Carnaval estavam saindo de moda.

Sua autoria é disputado pelos músicos Zé Keti e Pereira Mattos, que processou o primeiro por plágio.

José Flores de Jesus, o "Zé Kéti", nasceu no dia 16 de setembro de 1921 no Rio de Janeiro e morreu no dia 14 de novembro de 1999, aos 78 anos.

-----------------------------------------------------------------------------------------------


Mulata Yê-Yê-Yê

Mulata bossa nova
Caiu no hully gully
E só dá ela
Ê ê ê ê ê ê ê ê
Na passarela

Sucesso na voz de Emilinha Borba, a música também foi composta por João Roberto Kelly, em 1965.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------


Teu cabelo não nega

O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor

A marchinha - uma adaptação da composição "Mulata", dos irmãos pernambucanos João e Raul Valença, - foi gravada em 1932 por Lamartine Babo.

Lamartine de Azeredo Babo nasceu - no dia 10 de janeiro de 1904 - e morreu na cidade do Rio de Janeiro, aos 59 anos, no dia 16 de junho de 1963.

Um comentário:

Dalinha Catunda disse...

Olá Junior,
Foi muito bom passar aqui e rever as antigas e eternas marchinhas que animaram os saudosos carnavais.
E, ainda hoje estão presentes em bailes, blocos num eterno boca-a-boca que passa de geração em geração.
Valeu, pela postagem,
Dalinha Catunda