quinta-feira, 20 de agosto de 2009

NAS CALÇADAS DO BARROCÃO

Saudades de Crateús,

Que caloroso sertão!

Mágicas noites vividas

Ao som de um violão.

A juventude enlevada

As cadeiras espalhadas

Nas calçadas do Barrocão.


Entre uma água de coco,

Um beijo e uma paixão,

Kakin cantava Hey Jude,

Dos Beatles bela canção

Espalhando a felicidade

No auge da mocidade

Nas calçadas do Barrocão.



Rosina também cantava,

E dedilhava um violão.

E assim se alternavam

Os Bonfim e os Aragão

Naquela bonita cantoria

Tão contagiante e sadia

Nas calçadas do Barrocão.



Hoje o trem de passageiro,

Já não pára naquela estação.

Os amigos já não estão lá

Mas habita em meu coração

Uma saudade gritante

Das noites interessantes

Nas calçadas do Barrocão.



Sei que esta mesma saudade

Que reside em meu coração,

Também faz morada no peito

De quem viveu a mesma emoção,

E certamente fez jus

As noites de Crateús

Nas calçadas do Barrocão.



Se eu fosse falar de todos

Com certeza encheria o vagão.

Que deixou de passar na linha

Para estacionar em meu coração.

Quem diz tudo isso é Dalinha,

Que sua cadeira mantinha

Nas calçadas do Barrocão.



Poema de Dalinha Catunda.


Uma Homenagem ao amigo "Kakin" de Crateús e a família Bonfim que sempre nos recebeu com carinho e alegria.

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