segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CRIMES AMBIENTAIS SÃO FREQUENTES EM CRATEÚS



A foto destas árvores feridas de morte foi tomada no dia 7 de novembro, defronte a elegante residência no Bairro São Vicente. Mostramos três árvores, mas, na realidade, foram quatro as vítimas da perversa e condenável atitude. As árvores feridas, cujos braços aflitos de dor e espera, clamam aos céus por justiça e salvação, produziam generosas sombras àquela residência. Porque lhes impuseram tamanho sofrimento neste bochorno de novembro, com temperatura de 40°, não o sabemos. Talvez, os donos da residência não apreciem dádivas da Mãe Natureza, a importância das árvores para amenizar o calor, produzindo sombra, protegendo pessoas, abrigando passarinhos, ou ainda, contribuindo para a paisagem verde da cidade. Ou seria a repetição de atitudes mesquinhas como a de não permitir que carros estacionem à sombra dessas árvores?

Certo é que um crime ambiental, passível de severa punição, foi cometido. Mais um crime que se soma a centenas de outros que ocorrem em Crateús, e que ficarão na impunidade. Os autores ou mandantes, com certeza, não receberão, sequer, advertência ou orientação da SECRETARIA DE NEGÓCIOS RURAIS E URBANOS E DO MEIO AMBIENTE, que agora leva o nome de Zacarias Rosa, em justa homenagem ao grande e saudoso agricultor. Não receberão, pois esta repartição existe apenas no letreiro.

Enquanto a Prefeitura de Fortaleza programa evento para o dia 7 dezembro, que vai possibilitar o plantio de 60 mil árvores em 60 minutos, a de Crateús comemora, todos os dias, o Dia de Finados da Natureza.

Que a nova administração que virá em janeiro, volte os olhos para as questões ambientais e à conscientização de nosso povo sobre como cuidar das árvores de sombreamento. O novo gestor há de entender que as árvores que dão sombra à cidade, florescem abaixo das calçadas e ocupam o leito das ruas. Portanto, elas se constituem parte do patrimônio público municipal. Somente à Prefeitura, pelo órgão competente, cabe erradicar ou autorizar a erradicação de árvores. E ainda, que o plantio de árvores seja estimulado e as pessoas adotem e cuidem bem das árvores, sem recorrerem ao crime de podá-las tão radicalmente.

Vamos fazer de Crateús uma cidade verde.

(Fonte: Gazeta do Centro Oeste)

Caro Júnior Bonfim:

Ao tempo em que a Gazeta ostenta de capa este crime ambiental, outros são cometidos todos os dias com o beneplácito da Prefeitura.

Aqui mesmo, na Rua Coronel Lúcio, 687, denunciamos a derrubada de uma portentosa algaroba, anosa de 40 anos pra lá, um crime autorizado por um engenheiro agrônomo lotado na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, apenas para satisfação pessoal do morador do imóvel que explora o jogo de sinuca e outra atividade. A árvore foi tombada sem que nenhum laudo tenha sido produzido, quando seriam necessários o do agrônomo e o do engenheiro civil para constatar o comprometimento da estrutura da constração como foi alegado. Ademais, a Secretaria de Agricultura está acéfala desde muito tempo e deverá continuar até que termine este malvadado governo.

Enquanto isso, o meio ambiente sofre com a poluição sonora e visual, com a sujeira das ruas, com as águas do açude municipal servindo para a lavagem de caminhões, etc. etc. Que estas questões ambientais sejam prioritárias para o futuro governo, é o que esperamos.

César Vale - Gazeta do Centro-Oeste

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