segunda-feira, 24 de novembro de 2008

OBAMA ANUNCIA A EQUIPE ECONÔMICA HOJE


Faltam 57 dias para a posse de Barack Obama. A despeito disso, o presidente eleito dos EUA decidiu antecipar o anúncio de sua equipe econômica.

O novo secretário do Tesouro, cargo equivalente ao de ministro da Fazenda, deve ser Timothy Geithner, 47 anos.

Vem a ser o atual presidente do Federal Reserve (o BC americano) de Nova York. Ajudou a costurar o megapacote de US$ 700 bilhões, desembrulhado em outubro.

O diretor do Conselho Econômico Nacional, principal conselheiro econômico do presidente americano, deve ser Lawrence Summers, 53 anos.

Comandou a secretaria do Tesouro na gestão democrata de Bill Clinton. Hoje, é professor da Universidade Harvard.

Geithner e Summers trabalharam juntos no Tesouro americano, sob Clinton. Sentiram juntos os efeitos das crises econômicas da década de 90 (Ásia, Rússia, México e Brasil).

O mercado os vê como economistas experimentados na tecnocracia governamental. Por isso, a perspectava é de que o anúncio de Obama seja bem recebido.

Não há na antecipação dos nomes senão o intuito de injetar calma num mercado, submetido ao ritmo da incerteza, opera em tmosfera elétrica.

Espera-se que, uma vez confirmados, os operadores econômicos de Obama arregacem as mangas antes mesmo da posse do chefe, marcada para 20 de janeiro.

O próprio Obama tratou de antecipar, no sábado (22), uma das medidas de impacto que programa para os primeiros dias de gestão.

Informou que pretende pôr de pé um programa de investimentos para arrancar a economia americana do marasmo. Sua meta é gerar 2,5 milhões de empregos.

Imagina-se que, com um Congresso de maioria democrata, o presidente eleito possa costurar, desde logo, a aprovação de seu pacote.

Não há no ordenamento jurídico americano ferramenta semelhante às medidas provisórias do Brasil.

Nos EUA, pacotes e projetos, por mais emergenciais que sejam, só viram leis depois de referendados pelo Legislativo.

De resto, a antecipação do time econômico de Obama facilita a transição na área mais sensível da administração.

Henry Paulson, secretário do Tesouro do quase ex-presidente George ‘Pato Manco’ Bush, terá em Timothy Geithner, seu virtual substituto, um interlocutor credenciado.

Paulson Poderá definir com Geithber, por exemplo, o destino do pedaço do pacotaço de outubro que ainda não foi gasto. Coisa de US$ 410 bilhões.

Escrito por Josias de Souza

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