sábado, 4 de julho de 2009

OBSERVATÓRIO






Esta edição da Gazeta é comemorativa dos 177 anos de emancipação política de Crateús. Portanto, quero abrir um parêntesis às observações críticas, às ponderações analíticas costumeiras, às apreciações censurativas e erguer um invisível brinde à atmosfera que nos abriu os olhos ao arrebatamento da vida, aos encantos do mundo: Crateús! É o instante fraterno da comemoração: hora de colocar os doces na mesa, reunir a família, bater palmas, cantar parabéns e gritar vivas à terra do Senhor do Bonfim!

VIVA A TERRA


Crateús é abençoada por três regiões fisiográficas distintas: Serra, Pé de Serra e Sertão. No clima ameno e aconchegante do serrano distrito de Tucuns encontramos, por exemplo, a sede de um fantástico Parque Natural, a Serra das Almas, reserva particular de patrimônio natural, aberta à visitação pública, podendo se percorrer suas extensas trilhas: Arapucas (6 km), Lajeiros (1,5 km) e Macacos (2 km). Ali se resguarda um bioma que só existe no Nordeste Brasileiro: a caatinga! Naquele espaço são preservados mais de 350 espécies de plantas, 57 de répteis e anfíbios, 173 de aves e 38 de mamíferos.

VIVA A TERRA II

No pé de serra, em especial no distrito de Monte Nebo, encontramos uma das melhores e mais férteis manchas de solo do Ceará, tendo já possibilitado ao Município a condição de Capital da Produção. Em Monte Nebo há que se ressaltar, como lugar de forte influência espiritual remanescente da tradição indigenista, a furna dos caboclos, onde encontramos registros da ancestralidade indígena, tais como pinturas rupestres e artefatos arqueológicos: cachimbos de barro, pilões de pedra, entre outros. Segundo relatos orais, no século XIX houve um grande massacre de índios naquele local, decorrente de um conflito com fazendeiros.

VIVA A TERRA III


No nosso sertão, que em priscas eras se notabilizou pela Civilização do Couro, temos ainda um excelente pasto para o desenvolvimento da ovinocaprinocultura.

VIVA A GENTE


A gente que habita a terra dos Karatiús é vibrantemente festiva. A cidade já ostentou título de uma das urbes com vida noturna das mais agitadas do interland cearense. Essa índole boêmia, no entanto, sempre se harmonizou com uma faceta libertária: Crateús sempre hasteou, com destacado fulgor vanguardista, a bandeira das liberdades democráticas. Como nada ocorre por acaso, aqui se entrincheirou um destemido profeta que veio a ser um dos maiores ícones da Libertação feita Teologia: Dom Antonio Batista Fragoso. Sob a sua liderança ativa traduzida em animação guerreira, o nome da nossa terra ganhou relevo no mapa da resistência.

VIVA A GENTE II

Crateús ofereceu ao Ceará e ao Brasil grandes expoentes nos mais variados quadrantes do conhecimento. Figuras que galgaram destaque no universo das artes e da cultura, da política e da literatura, da ascese espiritual e da lide empresarial. Há poucas décadas, éramos a única urbe brasileira com três assentos simultâneos no Senado da República: lá estavam Valmir Campelo, Beni Veras e Sérgio Machado! Na hora de delegar as rédeas do executivo local, o povo sempre tem se inclinado àqueles que se lhe apresentam como a melhor opção, malgrado sobrevir a chispa da decepção.

UMA MENSAGEM

Desprovidos das insígnias do personalismo, com a cabeça antenada no sonho azul da justiça e os pés empoeirados no barro vermelho da nossa realidade, poderemos vislumbrar um futuro melhor e dizer, até inflando o peito: Viva Crateús!
É hora, pois, de mirarmos a cidade sob lentes futuristas e progressistas. Pensá-la com amor, fonte geradora do cuidado. Pois, “quem ama, cuida!”.
Abramos as pálpebras embaçadas, sacudamos a poeira das decepções, revigoremos o espírito, desbravemos novos caminhos, recuperemos a utopia, lancemos outro olhar sobre o fazer político e marchemos na rota de uma cidade que cultue a justiça e a fraternidade. Crateús merece!

PARA REFLETIR

Sou de Crateús, cidade maravilhosa/ Terra de mulher cheirosa/ E de cabra trabalhador/ Seu padroeiro/ É Nosso Senhor do Bonfim/ E além de nosso padrinho/ É nosso forte protetor.

Minha cidade, Crateús, é uma beleza/ Parece que a Natureza/ Combinou com a mão divina/ A Serra Grande é cortada pelo Poty/ Que deságua no Piauí/ E vai banhar a Teresina.

Minha cidade, terra da arte e cultura/ Criação, agricultura/ E se você quer visitar/ É meu lugar/ E tem tudo que eu preciso/ Crateús é um paraíso/ No Estado do Ceará.
(Edilson Vieira)

(Publicado no Jornal Gazeta do Centro Oeste – Crateús, Ceará)

CRATEÚS - INVENÇÃO DE UM RIO!





Narra Ruy Câmara que o ipueirense Gerardo Mello Mourão, destilando certa feita sua sedutora eloqüência em evento realizado na Assembléia Legislativa do Ceará, após haver falado das misérias que testemunhara durante sua viagem ao sertão do Ceará, perguntou aos deputados: alguém poderia dizer para que serve um poeta num Estado pobre em Cultura, Educação e Saúde? Após um tempo de silêncio frustrante, eis que ele afia as palavras na sua língua de pedra e diz: “Neste mundo o que dura é o que foi fundado pelos poetas e não pelos especialistas, que são meros figurantes de uma tarefa ancilar. Não são protagonistas do saber nem da história. Nunca um especialista criou algo duradouro nem embasou uma nação”.

“A Grécia foi fundada pelo poeta, Homero, cego e gênio. O império romano foi inspirado pelo poeta Virgílio e por um escritor que se fez general, Caio Julio César. O mundo judaico foi fundado pelos poetas das profecias: Jeremias, Isaias, Ezequiel, Daniel e pelos Cantos do rei Davi. A civilização mulçumana foi fundada pelo poeta Maomé, seu senhor e soberano. A China e a Ásia Oriental foram fundadas pelo poeta Kung-Fu-Tze, que conhecemos por Confúcio. A Itália foi fundada por Dante, poeta absoluto. Churchill animava suas tropas contra o fogo de Hitler, enviando aos soldados os versos de Shakespeare. Os soldados germânicos levavam na mochila os Cantos de Rilke e os hinos de Hölderlin. E o que seria de Portugal sem Camões e Pessoa? Da França sem Voltaire, Baudelaire, Lamartine e Hugo? E o Ceará sem seus poetas, renegados e esquecidos? E finalizou dizendo: foi o Deus poético e dialético que engendrou o pensamento mítico, o tempo divino do homem, mas foi a verdade helênica que deu vigor à noção de liberdade e democracia, verdade luminosíssima que fundou o homem livre”. Os aplausos não impediram o nosso poeta de assim dizer: “É para preencher o vazio do espírito humano que serve um poeta com sua poesia”.

Em verdade, o lendário poeta Camões subiu às alturas mitológicas com o seu clássico “Os Lusíadas”, um poema épico dedicado aos lusitanos, raiz fundante do povo português, que se notabilizou pelas conquistas marítimas.

Séculos depois, da mesma seiva que alimentou a epopéia nacional de vinculação ao mar, Fernando Pessoa entoou o famoso verso: "Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal!".

Há pouco mais de uma década, esse mesmo Gerardo Mello Mourão, o grande poeta do século passado, serviu à mesa do banquete sagrado da História o nosso doce manjar batismal: provou que o Brasil é uma “Invenção do Mar”.

Neste aniversário de Crateús, em 2009, me ocorre de perquirir e refletir acerca da veia fluvial que nos legou o sangue vital.

Se, ao contrário do que imaginávamos, o nosso planeta é majoritariamente água ao invés de terra; se, por óbvio, a civilização é fruto de uma química aquática, o aniversariante Crateús é invenção de um rio: o Rio Poty!

Detentor de um currículo épico singular – é o único rio interestadual do Ceará – esse monstro que nasce na Serra da Joaninha inverte o curso natural e conveniente da maioria para percorrer, qual um bravo pioneiro, um caminho inusitado: cortando a cadeia montanhosa da Ibiapaba, brindou o mundo com um Canyon, inexplorada e bela paisagem de luz e vida.

Divago que, na celebração natalícia deste ano, os crateuenses poderiam ser convidados a passar alguns instantes, sob o influxo de uma reverente meditação, às margens do Poty, o leito da nossa alma libertária, regato dos nossos sonhos inconfessos, símbolo maior da nossa terra.

Detentor da mística da fertilidade, o rio carrega em suas pálpebras a dialética pascal da morte e ressurreição, a imperscrutável dinâmica da existência. Há alguns meses atrás, quando a ganância humana e a sanha mercadológica mancharam de fetidez a sua superfície, imaginávamos estar assistindo às exéquias da nossa referência essencial. A cidade se insurgiu. E houve um espontâneo levante popular. Sob os auspícios da Justiça, houve um ajustamento. E no inverno deste ano, ele ressurgiu vitorioso: com a abundância natural, com a coroa majestosa da humildade, com a imponência sublime da benevolência, aspergiu a todos com a água bendita da fecundação.

O rio Poty é o índice magistral, a pedra filosofal de Crateús. Parafraseando o poeta, podemos inquirir:

“Ó Crateús, quanto de ti
São risos e lágrimas do Poty!”


(Publicado no Jornal Gazeta do Centro Oeste – Crateús, Ceará)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

MARIA MOREIRA


Os poetas e os filósofos, quando miram o itinerário encantador da vida – ou de certas vidas – produzem construções memoráveis.

Fernando Pessoa, sob a pena de Álvaro de Campos, saiu-se com esta: “somos o intervalo entre o meu desejo e aquilo que o desejo dos outros fizeram de mim”. Já com o heterônimo de Alberto Caieiro esculpiu o seguinte verso: “… Procuro despir-me do que aprendi,/ Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,/ E raspar a tinta com que pintaram os sentidos,/ Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,/ Desembrulhar-me e ser eu…”

O filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre escreveu: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim."

Essa frase é a home page ou frontispício da trajetória pessoal de Maria Moreira Marques, atual diretora da Unidade de Semi Liberdade de Crateús.

Nascida há cinqüenta anos no distrito de Poty, às margens do rio do mesmo nome, Maria outro dia me contou o que fez com o que fizeram dela.

Filha de pais marcadamente pobres (a mãe, analfabeta; o pai, lavrador), desde criança amargou a dolorosa experiência de ser “dada” aos outros: viveu uns tempos na casa da senhora Maria da Fé (que a colocou na escola), da senhora Lourdes, da sua madrinha Suzana, da prima “Mazé”... Seus olhos lacrimejam recordando humilhações, castigos, sofrimentos... Porém, evita se deter sobre as dores da infância. Prefere acentuar que nunca desenvolveu qualquer sentimento de raiva, larva de ódio ou poço de mágoa.

Talvez por isso, e embora fora da faixa etária normal, o horizonte de luz se descortinou: aos onze anos de idade, aprendeu a ler. Em compensação, com quinze, começou a lecionar como professora substituta. Em seguida, apaixonou-se pelo movimento pastoral das comunidades eclesiais de base, liderado por D. Fragoso. Aliás, o oceano tempestuoso da militância política e social sempre a seduziu. Ainda criancinha, na década de 60, atraia a atenção dos adultos cantando a música do “dôtor Lolavo” – referindo-se ao doutor Olavo Cardoso, médico lendário que foi Prefeito de Crateús.

Na adolescência, residindo na casa de sua madrinha Suzana, obteve uma oportunidade ímpar: estudar no respeitado e tradicional Colégio Pio XII, à época um espaço disputado pelos filhos da elite da cidade. Ali, era evidente a apartheid social: certa vez, foi expulsa da sala de aula porque não tinha o dinheiro do material da aula de artes, cujo objeto era a confecção de um ‘cachorrinho de gesso’. A professora Neide Nogueira, porém, fez questão de ressaltar que, no caso de Maria, o problema não era de inadimplência, mas de impossibilidade de pagamento. Isso sensibilizou os colegas Júnior Palhano e Júnior Sales a se cotizarem e solucionar o imbróglio. Em outros momentos, como no da aquisição da roupa da farda e do calçado, foi o conjunto dos colegas de classe que colaborou na viabilização.

No entanto, se tarde conheceu os bancos escolares, cedo sentou no banco da paixão. Enamorou-se de Evandro, com quem casou e teve quatro filhos: Wagner, Vilma, Vanderlei e Virna. 18 anos depois, constatada a inviabilidade da convivência harmoniosa, formalizou a separação e retomou a trajetória inicial. Como a onda do mar, que vai e vem numa recomposição permanente, várias vezes alternou o domicílio entre o distrito de Poty e a cidade de Crateús. Ao todo, cerca de quatorze vezes. Em 21 de abril de 1985, exatamente no dia em que o País se consternava com a morte de Tancredo Neves, fez sua última escalada retirante: na carroceria de uma caminhonete do primo Zé Maria Pedreiro, junto com os quatro filhos e uma pequena bagagem, saiu definitivamente do distrito onde nasceu e se instalou numa casa no bairro Patriarcas, cujo aluguel era pago pelo próprio Zé Maria, seu primo mais bem situado financeiramente.

Aí, sua vida deslanchou: retomou os estudos, concluiu a Faculdade de Pedagogia, fez pós-graduação e passou a lecionar na Universidade Vale do Acaraú – UVA.

Antes, porém, ingressou por concurso nos quadros do magistério municipal. Na Prefeitura, sentiu o aço da discriminação política. Recorda que, na primeira gestão de Paulo Nazareno, sabendo das fofocas envolvendo o seu nome, procurou-o para uma conversa. Paulo foi direto e disse que só nomearia em cargo de confiança pessoa que o houvesse apoiado, que não era o caso de Maria. Ela ponderou: “Sei que razão lhe assiste, Prefeito. Quero, porém, lhe fazer um pedido. Se algum dia, por mérito, conquistar algum espaço, evite me tolher”. Paulo aquiesceu. Tempos depois, Maria foi nomeada para a coordenação do Semi Liberdade.

Segundo ela, sempre trabalhou redobradamente porque tinha dois investimentos a fazer: em si mesma e nos filhos. E obteve dividendos em ambos. O filho mais velho, Wagner, é formado em Matemática; Vilma se graduou em Pedagogia; Vanderlei, também formado em Matemática, agora é concludente do Curso de Direito e Virna, a caçula, é Psicóloga.

Na Unidade de Semi Liberdade, Maria Moreira coordena um grupo de vinte e quatro funcionários cuja tarefa precípua é assistir adolescentes que a sociedade tenta desvirtuar do bom caminho.

Seis de julho, dia do aniversário do município, assinala também o natalício de Maria Moreira. Nesta data, pretende reunir familiares, amigos e pessoas que marcaram sua existência para agradecer a Deus as graças alcançadas e os sonhos realizados.

Porém, continua sonhando. Quer fazer mestrado e escrever um livro. O título? O QUE FIZ COM O QUE FIZERAM DE MIM.

(Coluna "Gente Que Brilha" - da Revista GENTE DE AÇÃO)

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Olá Júnior,

Belo relato, bonita história de uma vencedora chamada Maria. Que se a vida lhe oferece pouco ela teima e quer muito mais.

Eu também sou Maria, hoje cheia de graça, contudo já tive minha grande cota de martírios.

Foi caindo, escorregando e levantando que aprendi a ser forte.

Parabéns pela brava Maria Moreira e por todas as Marias que dignificam suas histórias.

Um abraço,

Dalinha Catunda

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ACABOU O SIGILO BANCÁRIO NO BRASIL ! MONITORAMENTO DE CONTAS-CORRENTES



QUE O PRODUTO DO SISTEMA SEJA USADO PARA O BEM, E NÃO SO PARA OS CIDADÃOS DE BEM.

Desde o término da cobrança da CPMF, o governo estuda uma maneira de monitorar as movimentações bancárias. E acabou descobrindo como fazer!

De agora em diante, preste mais atenção às suas movimentações financeiras. Estamos todos sendo monitorados pelo mais aperfeiçoado sistema de vigia de movimentação financeira do Planeta!

MONITORAMENTO DE CONTAS PELO BANCO CENTRAL

Apelidado de Hal (do filme Uma Odisséia no Espaço), o computador mais poderoso de Brasília fiscalizará as contas bancárias de todos os brasileiros.

Desde a manhã do dia 07/05/2009, trabalha sem cessar no quinto subsolo do Banco Central um supercomputador instalado especialmente para reunir, atualizar e fiscalizar todas as contas bancárias das 182 instituições financeiras instaladas no País.

Seu nome oficial é Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional CCS na sigla abreviada, já apelidado de HAL, o famoso computador que tudo e a todos controlava no filme "2001-Uma Odisséia No Espaço".

A primeira carga de informações que o computador recebeu durou quatro dias.

Ao final do processo, ele havia criado nada menos que 150 milhões de diferentes pastas (uma para cada correntista do País), interligadas por CPF's e CNPJ's aos nomes dos titulares e de seus procuradores.

A cada dia, Hal acrescentará a seus arquivos cerca de um milhão de novos registros (depósitos, saques, investimentos, etc.), em informações providas pelo sistema bancário que alimentará o supercomputador diariamente.

A partir desta semana, quando o sistema se estabilizar, o CCS deverá responder a cerca de 3 mil consultas diárias.

Toda conta que for aberta, fechada, movimentada ou abandonada, em qualquer banco do País, estará armazenada ali, com origem, destino e nome do proprietário. São três servidores e cinco CPU's de diversas marcas trabalhando simultaneamente, no que se costuma chamar de cluster.

Este conjunto é o novo coração de um grande sistema de processamento que ocupa um andar inteiro do edifício-sede do Banco Central.

Seu poderio não vem da capacidade bruta de processamento, mas do software que o equipa.

Desenvolvida pelo próprio BC, a inteligência artificial do Hal consumiu a maior parte dos quase R$ 20 milhões destinados ao projeto - gastos principalmente com a compra de equipamentos e o pagamento da mão-de-obra especializada.

Só há dois sistemas parecidos no planeta. Um na Alemanha, outro na França, mas ambos são inferiores ao brasileiro. No alemão, por exemplo, a defasagem entre a abertura de uma conta bancária e seu registro no computador é de dois meses. Aqui, o prazo é de dois dias.

Não por acaso, para chegar perto do Hal, é preciso passar por três portas blindadas, com código de acesso especial.

Visto em perspectiva, o sistema é o complemento tecnológico do Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP), que, nos anos de Armínio Fraga à frente do BC, uniformizou as relações entre os bancos, as pessoas, empresas e o governo.

Com o Hal, o Banco Central ganha uma ferramenta tecnológica a altura de um sistema financeiro altamente informatizado e moderno.

Recuperamos o tempo perdido", diz o diretor de Administração do BC, João Antônio Fleury.

O supercomputador promete, também, ser uma ferramenta decisiva no combate a fraudes, caixa dois e lavagem de dinheiro no Brasil. '

"Vamos abrir senha para que os juízes possam acessar diretamente o computador", informa Fleury..

O banco de dados do Hal remete aos movimentos dos últimos cinco anos.

Antes de sua chegada, quando a Justiça solicitava uma quebra de sigilo bancário, o Banco Central era obrigado a encaminhar ofício a 182 bancos, solicitando informações sobre um CPF ou CNPJ. Multiplique-se isso por três mil pedidos diários.

São 546 mil pedidos de informações à espera de meio milhão de respostas.

Em determinados casos, o pedido de quebra de sigilo chegava ao BC com um mimo: "Cumpra-se em 24 horas, sob pena de prisão".

A partir da estréia do Hal, com um simples clique, COAF, Ministério Público, Polícia Federal, Receita Federal e qualquer juiz têm acesso a todas as contas que um cidadão ou uma empresa mantêm no Brasil.

R$ 20 milhões foi o orçamento da criação do cadastro de clientes do sistema financeiro. Sob controle 182 bancos 150 milhões de contas 1 milhão de dados bancários por dia ...

(Enviado por Gabriel Vale)

FHC FALA SOBRE OS 15 ANOS DO PLANO REAL


Por Guilherme Barros, na Folha:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o principal inspirador e avalista do Plano Real, que hoje completa 15 anos, vê hoje com muita preocupação o excesso de gastos do governo para enfrentar a crise econômica. Para ele, há uma certa “anestesia geral” e o governo pode estar exagerando na distribuição de subsídios. A conta, segundo ele, vai ser paga pelo próximo governo. “Medida anticíclica não é aumentar permanentemente os gastos correntes”, diz FHC. “Não se pode fazer generosidade à custa do governo futuro.”



FOLHA - A que o sr. atribui o sucesso do Plano Real?


FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - Houve várias experiências antes do Real e aprendemos com elas a enfrentar a inflação. Aprendemos com os erros. A sociedade se cansou da inflação. As pessoas sentiram que era necessário mudar e que a mudança era possível. Depois, tomamos a decisão certa de fazermos um plano tecnocrático. Nos planos anteriores, as pessoas acordavam e liam no “Diário Oficial” que tudo tinha mudado. Nós tomamos a decisão oposta. Nós fomos à mídia explicar o plano de uma forma muito didática e a população entendeu.

FOLHA - Houve resistências?

FHC - Meus amigos economistas, na época subordinados, achavam que seria difícil a implementação do plano. Alegavam que o governo era fraco, tinha acabado de ocorrer o impeachment e o Congresso estava desorganizado com a crise dos anões do Orçamento. Minha posição era o contrário. Com o Congresso em desorganização e como o governo não tinha muita unidade naquele momento, foi possível uma certa hegemonia e tocar o plano adiante. O Congresso estava sem força, e o governo, procurando uma tábua de salvação. Havia muita gente, inclusive do governo, que queria o controle de preços e que se prendessem supermercadistas. Muitos defendiam a volta dos fiscais do Sarney. Mas não tiveram força para nos opor. Recebemos um apoio amplo de todos os setores econômicos e da mídia. Foi difícil ficar contra o plano. O PT e a CUT saíram com o slogan “Real é pesadelo, não é sonho”, mas imediatamente tiveram que tirar das ruas. As pessoas sentiram logo o aumento do poder aquisitivo, a vantagem de seus salários serem reajustados automaticamente. Logo depois do Real, o consumo cresceu imensamente com a queda da inflação. No início de 1995, a economia crescia a taxas anualizadas acima de 12%. Tivemos até que brecar esse crescimento. Como ocorre agora, se largar demais a economia sem investimento, vai haver problemas lá na frente.

FOLHA - Qual foi a principal marca deixada pelo Real?


FHC - O Real deu sentido de proporção. Ninguém sabia o valor de nada. As pessoas aprenderam, por exemplo, o valor da moeda. Aprenderam que não se pode endividar além de um certo limite. Foi o Real que possibilitou, por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas as pessoas acham que a estabilização está garantida, e não está. É um trabalho permanente. Quantos anos levamos a chegar a esse ponto? Não houve milagre. Foi preciso trabalhar nos fundamentos, refazer orçamentos, ajustar os gastos públicos, o câmbio. Veja que só agora estamos conseguindo baixar as taxas de juros. Quando se tem uma economia doente e inchada como a nossa, a cura não é rápida. Você faz a operação e tem que ajustar todo o corpo à nova situação. Isso já está mais enraizado, nós aprendemos isso, mas mesmo assim neste exato momento as pessoas não estão prestando atenção aos aumentos de gastos públicos. Há uma certa anestesia geral. Não se pode fazer qualquer coisa na economia.

terça-feira, 30 de junho de 2009

APROVEITE O DIA!


Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.



Então, aproveite bem o seu dia.
Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis.
Não deixe nada para depois.
Diga o que tem para dizer.
Demonstre. Seja você mesmo.
Não guarde lixo dentro de casa.
Não cultive amarguras e sofrimentos.
Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo.
Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons.
Seja feliz. Hoje.
Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.

(Artigo da Revista Exame)


Por isso, Carpe Diem. Aproveite o dia.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

BONS AMIGOS


Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

(Por Machado de Assis)

O MUNDO JURÍDICO PERDEU UM DOS SEUS MITOS


No último sábado, a comunidade jurídica brasileira foi informada da morte de um dos mais consagrados militantes: Goffredo da Silva Telles Junior!

Nascido em 16 de Maio de 1915, no centro da Cidade de São Paulo. Nome de batismo: Goffredo Carlos da Silva Telles. Nome adotado: Goffredo da Silva Telles Junior (para evitar confusão com o nome do pai). Nome de escritor: Goffredo Telles Junior.


Filho de Goffredo Teixeira da Silva Telles, poeta (da Academia Paulista de Letras), advogado, agricultor ; e de Carolina Penteado da Silva Telles (filha de Olivia Guedes Penteado). Ambos proprietários da tradicional Fazenda Santo Antonio, no Município de Araras, Estado de São Paulo.



Curso Primário no Lyceu Franco-Brasileiro. Curso Secundário no Ginásio de São Bento. Curso Superior na FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, Turma de 1937.



Soldado na Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932).



Inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil como Solicitador-Acadêmico em 1935 ; como Advogado desde 1937.



Foi ADVOGADO MILITANTE a vida inteira.



PROFESSOR DE DIREITO da Faculdade (USP), desde 1940 : a princípio, como Livre Docente, depois como Professor Catedrático, isto é, como PROFESSOR TITULAR. Tomou posse de sua Cadeira (Introdução à Ciência do Direito) no ano de 1954.



Lecionou durante quase 45 anos. Em 1985, por força de lei, foi aposentado compulsoriamente, ao atingir 70 anos de idade (idade limite). Continuou, porém, em seu próprio escritório, a dissertar sobre a Disciplina da Convivência Humana, a grupos numerosos de estudantes em cordial visita.



Pouco antes de sua aposentadoria, e pelo voto unânime do Conselho Universitário, foi honrado com o título de PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.


Lutador incansável pelo Estado de Direito, pelos Direitos Humanos e pelas Liberdades Democráticas.



Na noite de 8 de Agosto de 1977, na plena vigência do regime de ditadura militar, leu sua “CARTA AOS BRASILEIROS”, no Pátio da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, diante de grande multidão de estudantes, de gente do povo, de altas personalidades e de jornalistas, em comemoração do Sesquicentenário da Fundação dos Cursos Jurídicos no Brasil. Esse famoso documento se tornou marco decisivo no processo de abertura democrática no País.



Muito antes, em 1959, publicou Lineamentos de uma Constituição realista para o Brasil, em que defendeu, pioneiramente, a tese da iniciativa popular no processo de elaboração das leis.



Em 1963, publicou Lineamentos de uma Democracia Autêntica, em que mostrou a necessidade da participação dos setores organizados do povo no processo legislativo.



Por iniciativa sua, e com sua decidida colaboração, o Instituto dos Advogados de São Paulo ofereceu ao Governo, em 1966, um anteprojeto de Constituição, que foi publicado nos Anais da Assembléia Legislativa do Estado.



Em 1983, no Congresso Nacional dos Advogados Pró-Constituinte, compareceu com a tese Abrangência dos Direitos Humanos.



Em novembro de 1986, presidiu a CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A DÍVIDA EXTERNA DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO. Pronunciou o discurso de abertura, com circunstanciada exposição do tema da Conferência.



Em nome de centenas de entidades representativas da sociedade civil, reunidas no chamado “Plenário Pró-Participação Popular na Constituinte”, dirigiu ao Governo, em 1988, sua Carta dos Brasileiros ao Presidente da Republica e ao Congresso Nacional, clamando por uma Assembléia Constituinte livre, autônoma e soberana, desvinculada do Congresso Nacional e das engrenagens do Governo.



Em nome das mesmas entidades, leu, em sessão pública, realizada no Salão Nobre da Faculdade de Direito, no mês de setembro de 1993, sua SEGUNDA CARTA AOS BRASILEIROS, em defesa da Constituição.

(Fonte: www.goffredotellesjr.adv.br)



GOFFREDO DA SILVA TELLES JR. É HOMENAGEADO


Goffredo da Silva Telles Jr. era um homem além de seu tempo. Independente, lutou pela democratização do país. Esta é a descrição mais recorrente de personalidades do mundo jurídico sobre o professor da Escola de Direito do Largo São Francisco. Goffredo morreu sábado (27/6), aos 94 anos.

"O professor Goffredo incorporou o papel de consciência jurídica nacional acima das ideologias. Foi uma voz importante — a mais eloqüente — no processo de restauração do Estado Democrático de Direito", afirmou o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Pela sua história e pela sua respeitabilidade, disse o ministro, Goffredo despertou os brios da comunidade jurídica nacional e dos setores organizados da sociedade que passaram a trabalhar mais decididamente pela transição democrática. "Fazem falta no Brasil figuras de referência como ele. Pessoas com o papel que teve Norberto Bobbio na Itália, por exemplo, a quem todos ouviam quando surgiam impasses sobre temas fundamentais", completou. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, foi designado parar representantar o STF na despedida a Goffredo.


“Goffredo se colocava como um precursor nos planos das idéias e dos valores. Relacionava teoria quântica à ciência jurídica há 35 anos, o que lhe permitia emitir conceitos definitivos como este: ‘a norma jurídica é um imperativo autorizante’”, afirma o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal.

“Nunca se deixou influenciar pelo canto de sereia do autoritarismo e golpes de estado. Ao contrário, sempre foi uma luz muito acesa contra qualquer forma de atentado à democracia e à ética na política”, completou o ministro.

Ayres Britto também declarou que Goffredo sempre foi referência no plano da decência, da liberdade e do espírito aberto à discussão sobre qualquer tema. Nunca foi homem fechado em torno de si mesmo ou de qualquer dogma. “Ele tinha disposição permanente para problematizar dogmas, característica central dos seres humanos independentes política, religiosa e filosoficamente. Ninguém lhe dava ordens ou para ele estalava os dedos. A subserviência nunca teve chance com ele.” Com certeza, disse Ayres, Goffredo passou por esta vida e não perdeu a viagem.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Cesar Asfor Rocha, afirmou que o professor Goffredo "é um ícone do mundo jurídico, que se vai sem nos deixar, pois fica o exemplo de sua vida limpa, suas posições éticas e corajosas e a referência de suas sábias lições".

A cientista política Maria Teresa Sadek lembrou que Goffredo lutou muito pela volta do Estado Democrático de Direito. “Ele teve papel muito importante nos mundos jurídico e político.” Professor emérito da USP, Goffredo teve papel fundamental no período em que o Brasil viveu a ditadura militar, ao encorpar o movimento pelo restabelecimento do estado de Direito com a “Carta aos Brasileiros”, lida sob as Arcadas em 1977.

“Ele tinha coração de estudante”, afirma o historiador Cássio Schubsky, que descreve o professor como um sábio da era contemporânea. “Foi um jurista responsável pela formação de um sem número de profissionais que deixa um legado a servir de norte àqueles que se dedicam ao avanço cultural”, ressalta o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal.

O presidente da OAB, Cezar Britto, também ressaltou a dedicação de Goffredo ao ensino. "Como poucos, soube colocar a serviço do bem comum os seus conhecimentos, formando gerações de profissionais do direito. Trabalhador exemplar, exerceu seu ofício mesmo quando já fazia jus ao ócio com dignidade da aposentadoria", disse.

"Foram mais de 60 anos de dedicação ao ensino, pontuados por vigilante atuação na vida pública, quando as circunstâncias o exigiram", completou Cezar Britto. A OAB lamentou a morte de Goffredo. "Foi um cidadão no sentido pleno da palavra", disse Britto.

O Direito, declara o educador Luiz Flávio Gomes, perde bastante com a morte do "nosso maestro da USP". “Ele foi um jurista que soube expressar os anseios da sua geração. Era liberal, autônomo, independente e corajoso.”

Jurista eminente, afirma o presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, Goffredo deixou sua marca para além do mundo jurídico. “É uma daquelas pessoas que extrapolam os limites corporativos e profissionais”, disse. Uma perda para o Direito e para a sociedade.

"O professor Goffredo amou o Direito, a Justiça, a Advocacia e o Brasil. Deixou imenso legado aos seus alunos e, sobretudo, aos brasileiros", afirmou, em nota, a Associação dos Advogados de São Paulo. A AASP, completa, prestou em 2002 "justa homenagem" a Goffredo ao publicar uma edição da Revista do Advogado para a qual diversos juristas contribuíram com artigos que expressavam o "carinho e a admiração pelo grande Mestre".

(Por Débora Pinho e Marina Ito)

domingo, 28 de junho de 2009

SEJA VOCÊ MESMO


Dê sempre o melhor...
E o melhor virá.

Às vezes as pessoas são egocêntricas,
Ilógicas e insensatas...
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas podem
Acusá-lo de egoísta e interesseiro...
Seja gentil assim mesmo.

Se você é um vencedor, terá alguns
Falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros...
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco,
As pessoas podem enganá-lo...
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir,
Alguém pode destruir de uma hora para outra...
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja...
Seja feliz assim mesmo.

O bem que você faz hoje
Pode ser esquecido amanhã...
Faça o bem assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,
Mas isso pode nunca ser o bastante...
Dê o melhor assim mesmo.

E veja você que, no final das contas,
É entre você e Deus...
NUNCA FOI ENTRE VOCÊ E ELES!


(Madre Tereza de Calcutá)

CURIOSIDADES DE UM PAÍS DE LOUCOS


Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata!

Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.

Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda um regimento de blindados.

Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro de um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional.

Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas.

PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM CHOQUE DE MORALIDADE, NOS TRÊS PODERES DA REPÚBLICA, ESTADOS E MUNICÍPIOS, ACABANDO COM OS OPORTUNISMOS E CABIDES DE EMPREGO.


OS RESULTADOS NÃO JUSTIFICAM O ATUAL NÚMERO DE SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS E VEREADORES.


TEMOS QUE DAR FIM A ESSES "CURRAIS" ELEITORAIS, QUE TRANSFORMARAM O BRASIL NUMA OLIGARQUIA SEM ESCRÚPULOS, ONDE OS NEGÓCIOS PÚBLICOS SÃO GERIDOS PELA “BRASILIENSE COSA NOSTRA”.

O PAÍS DO FUTURO JAMAIS CHEGARÁ A ELE SEM QUE HAJA RESPONSABILIDADE SOCIAL E COM OS GASTOS PÚBLICOS.


JÁ PERDEMOS A CAPACIDADE DE NOS INDIGNARMOS. PORÉM, O PIOR É ACEITARMOS ESSAS COISAS, COMO SE TIVESSE QUE SER ASSIM MESMO, OU QUE NADA TEM MAIS JEITO.


VALE A PENA TENTAR.


PARTICIPE DESTE ATO DE REPULSA. REPASSE, NÃO SEJA OMISSO. NA ÉPOCA DO COLLOR A IMPRENSA SE MOVIMENTOU E DEU NO QUE DEU, HOJE A IMPRENSA É REFEM DO GOVERNO, POIS ESTÁ PENDURADA EM DÍVIDAS DE IMPOSTOS E NÃO PODE REPETIR A DOSE.


AMIGOS,

....E ESSE MOVIMENTO CRESCE.

Mas atenção: não confundir com anular o voto. É imprescindível que todos votemos, não podemos deixar de votar de jeito nenhum, senão estaremos ajudando, com nossa omissão, aos maus políticos.

A proposta é NÃO REELEGER.

Abrs. Pedro Ângelo