sexta-feira, 11 de novembro de 2011

UM POEMA DE AMOR À CRATEÚS


Crateús, bela urbe, hospitaleira,
Do sertão tu és o índice, uma legenda...
Progressista, alinhada e altaneira,
Exalando ar bucólico de fazenda.

Bem conheço teu íntimo, tua senda,
Teus detalhes, teu chão, tua poeira,
O silêncio, o reclamo e cada lenda
Despejada no colo da ribeira...

Sei sorver os teus halos e nuances,
Compreendo teus casos e romances,
Teu amor me embriaga e me seduz...

Por conhecer-te assim, visceralmente,
Neste centenário, eis o meu presente:
Um Poema de Amor à Crateús!


(Dideus Sales)

CORAÇÃO CIVIL - MILTON NASCIMENTO

MINISTRO LUIZ FUX PODE MUDAR VOTO SOBRE LEI DA FICHA LIMPA

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, relator das ações que tratam da legalidade da Lei da Ficha Limpa, pode mudar seu voto sobre a questão da renúncia de políticos para escapar de processo de cassação. Fux defendeu na quarta-feira (9/11), em seu voto, que a Lei da Ficha Limpa deveria ser alterada para que a renúncia só pudesse tornar o parlamentar inelegível se já houvesse processo de cassação aberto contra ele. Mas, ontem, quinta-feira (10/11), disse que vai reanalisar a matéria.

Caso entenda que sua proposta abre brechas para impunidade, pretende modificar o voto concordando com o atual texto da lei diz que o político já fica inelegível se renunciar quando houver uma representação para abertura do processo que pode levar a cassação.

"Vamos refletir e recolocar, porque o julgamento não acabou", ressaltou Fux. "E se nós entendermos que de alguma maneira essa proposição abre alguma brecha que tira a higidez desse item da Lei da Ficha Limpa, vamos fazer uma retificação."

O ministro disse ainda que seu voto tinha o objetivo de manter todas as restrições da Lei da Ficha Limpa. Para ele, não lhe parecia razoável que a renúncia a partir de uma simples petição pudesse tornar alguém inelegível. "Posso mudar. Você sempre reflete sobre a repercussão da decisão. Então, até o termino do julgamento, a lei permite que o próprio relator possa pedir vista e mudar o seu voto. É uma reflexão jurídica e fática."

Reações

O voto de Fux provocou reações de entidades que entenderam que se criou uma brecha para impunidade. De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil, o voto de Fux contém uma "excrecência". "A se manter esse ponto do voto do ministro Fux, ficarão elegíveis todos os políticos que já renunciaram antes da abertura do processo pelo Conselho de Ética para escapar de cassações", assinalou o presidente da entidade, Ophir Cavalcante.

Segundo Ophir, a Constituição já determina a suspensão da renúncia de um parlamentar submetido a processo de cassação enquanto não houver decisão sobre o caso, item incluído por uma emenda de 1994. "Por isso, os parlamentares acabam decidindo sobre eventual renúncia antes mesmo da abertura do processo pelo Conselho de Ética."

Nesta quarta-feira, ao comentar seu voto, Fux disse que sua proposta vem dar mais seriedade ao critério da renúncia. "Uma petição todo mundo pode entrar, até um inimigo político. Se houver, então é preciso que haja seriedade. Para obedecer essa seriedade [a renúncia] tem que ocorrer quando for instalado processo de cassação. Aí o político sabe que já está a caminho de um processo que pode levar à cassação de seu direito político."

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quinta-feira que essa proposta certamente será analisada pelos demais ministros e que o momento que passa a valer a inelegibilidade por renúncia sempre foi objeto de contestação. "Mas, no geral, o voto foi animador porque proclama a constitucionalidade da lei."

Gurgel assinalou também que a a proposta de subtrair os anos de inelegibilidade do tempo decorrido entre a condenação e a decisão definitiva da Justiça foi surpreendente. "A proposta surpreendeu um pouco, porque foi uma abordagem nova, mas vamos esperar o final do julgamento."

Casos

Os primeiros dois casos analisados no STF sobre a Lei da Ficha Limpa — os registros de Joaquim Roriz e de Jader Barbalho — dizem respeito ao item que trata da renúncia. Jader entregou o mandato de senador, em 2001, em meio a denúncias de desvio de verbas no Banpará. Joaquim Roriz fez o mesmo em 2007, depois de ser acusado de negociar a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília Tarcísio Franklin de Moura. Roriz e Jader renunciaram antes da abertura do processo, o que poderia levar à cassação do mandato parlamentar.

Revista Consultor Jurídico, 10 de novembro de 2011

MONSENHOR MORAES

Caro Junior Bonfim, li seu artigo sobre o Monsebhor Morais e queria lhe parabenizar sobre este artigo.

Estou em estado bem avançado sobre um artigo bem complexo sobre o padre Morais.

Sou carioca da Cidade do Rio de Janeiro e em minha cidade existe uma população de cearenses enorme, achei que seria de bom grado escrever sobre esta personalidade.

Tenho uma gama de escritos sobre o PADRE e gostaria de pedir-lhes ajuda no sentido de conclusão deste.

Meu nome é Sebastião José Filho, meu pai nasceu na cidade de Ipu e viveu até os 86 anos na cidade de Nova Russas.



Sebastiao Jose Filho


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Caro Sebastião:

Fiquei feliz com sua iniciativa.

Envie-me maiores detalhes sobre seu trabalho pelo meu e-mail: juniorbonfim@msn.com

Na paz,

Júnior Bonfim

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

CRATEUENSE NA NATIONAL GEOGRAPHIC

Envio um link para você apreciar lindas fotos da National Geographic. Dentre as 30 selecionadas para compor a revista de setembro de 2011, está uma do crateuense Miguel de Paula.

Uma pequena observação: foram 30 fotógrafos de vários continentes: Europa, América Latina, Ásia. Bacana, né?

link: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/sua-foto-setembro-2011#13

Atenciosamente,
Karla Gomes
SABi


Beija-flor em um cacto da Reserva Natural Serra das Almas, em Crateús, no Ceará.

DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ!!!


Quando publiquei estes conselhos “amigos-da-onça” em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2 Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes..

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado.. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.


Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.

Duvido que você não tenha um belo infarto se seguir os conselhos acima!!!

IMPORTANTE:

Uma nota importante sobre os ataques cardíacos...

Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo (direito). Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no queixo, assim como náuseas e suores abundantes.

Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco. 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam, não se levantaram... Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum sono profundo.

Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse pois ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro.. NÃO SE DEITE !!!!

Um cardiologista disse que, se cada pessoa que receber este e-mail, o enviar a 10 pessoas, pode ter a certeza de que se salvará pelo menos uma vida!


(Dr. Ernesto Artur – Cardiologista)

(Enviado por Boaventura Bonfim)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CONJUNTURA NACIONAL


Verdade sem poesia

A verdade de hoje é bem diferente da realidade de ontem. Hoje, até a poesia se depara com outras pedras no caminho. Na sala de aula o professor analisa com seus alunos aquele famoso poema do Carlos Drummond de Andrade:

"No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho.
E eu nunca me esquecerei...
no meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho."


O professor pergunta:

- Joãozinho, qual a característica do Carlos Drummond de Andrade que você pode perceber neste poema?

- Se não era traficante, era usuário...

Eterno retorno

O Brasil do eterno retorno entra mais uma vez em cena. Desta feita, envolvendo o sexto ministro do governo Dilma: Carlos Lupi. A denúncia é a mesma que percorreu corredores de outras Pastas: cobrança de propina, negócios escusos com ONGs, malversação do dinheiro público. Mais de 500 prestações de contas de entidades teriam sido engavetadas pelo Ministério. Leia-se, burocracia/assessoria. A defesa de Lupi anda no compasso de outros: pediu averiguação ao Ministério da Justiça e ao MP. O ministro promete resistir. Até o fim. Declarações também ditas por outros ministros.

A assessoria

A burocracia estatal está tomada por um batalhão de assessores de todos os tipos. Os ministros enfrentam uma agenda diária densa e larga. Não têm como acompanhar todos os detalhes de convênios com ONGs. E assim muita coisa passa ao largo dos olhos dos ministros. É assim que esta coluna enxerga o affaire no Ministério do Trabalho. Por isso mesmo, não adianta mudar, trocar nomes de assessores. O buraco está nos sistemas e métodos adotados.

Reforma administrativa

Os sucessivos episódios que corroem a imagem do Ministério estão a exigir profunda mudança de hábitos e atitudes. Ou seja, urge mudar as práticas na administração Federal. Critérios de seleção de ONGs mais rigorosos, definição clara de prioridades, sistema de controle de atividades e metas, liberação de recursos de acordo com o fluxo apurado de tarefas, atividades e programas cumpridos - eis aí pequena planilha de exigências. Sem esse pano de fundo moralizador, as coisas continuarão como hoje se apresentam : colaborando para o crescimento do Produto Nacional Bruto da Corrupção - PNBC.

A reforma de Temer

Este analista conversou com o vice-presidente da República, Michel Temer, sobre a crise crônica que paira sobre a administração Federal. Do alto de sua experiência, Michel alinha alguns pontos que merecem reflexão: 1) defende uma reforma administrativa em profundidade. Os escopos programáticos devem ser distribuídos aos partidos. Educação, para o partido X; saúde, para o partido Y. E assim por diante. 2) O governo deve estabelecer metas, objetivos e programas para as áreas distribuídas. O partido que não cumpri-los (as) deixa seu lugar na administração, sendo substituído por outro. 3) O preenchimento de cargos, sob responsabilidade dos partidos, precisa atender a critérios técnicos.

Sistema parlamentarista

O vice-presidente enxerga, com sua proposta, a metodologia adotada no parlamentarismo. O partido que exerce o poder no governo, a partir da indicação do primeiro-ministro, tem a responsabilidade (e o ônus) de conduzir o país. Se não acertar, cai e novo partido - com novo primeiro ministro - assumirá as rédeas do governo. A questão, como se pode intuir, é a nossa cultura política, propensa a agir de forma fisiológica.

Rosa Weber

A ministra do TST, Rosa Maria Weber, vai para o STF. A presidente Dilma escolhe uma gaúcha para substituir Ellen Gracie. Muito considerada entre os pares do Judiciário. Boa escolha. Os gaúchos se dão muito bem no Supremo.

Tucanos rachados

FHC dá a receita. Tucanos deveriam ser carinhosos. E até sugeriu um novo slogan para o partido: Yes, we care (Sim, nós cuidamos), na esteira do slogan de Obama - Yes, we can. Mas os tucanos estão de bico rachados. O grupo de São Paulo está desunido. Serra puxa sua ala para fazer aliança com o PSD de Kassab. Seu candidato seria Guilherme Afif. Idéia inteligente. Mas a turma de Alckmin é contra. Zé Aníbal, então, não suporta a sugestão de fazer aliança com o partido do prefeito. Acha que será um bom candidato.

Agnelo, em fritura

O governador do DF, Agnelo Queiroz, também entrou no caldeirão. A deputada Celina Leão (PSD/DF) gravou depoimento de uma pessoa (Daniel Almeida Tavares) que afirma ter depositado R$ 5 mil na conta do então diretor da ANVISA, ele mesmo, Agnelo. O governador rebate: foi o ressarcimento de um empréstimo. Historinha que será apurada.

Pergunta incômoda

Perguntinha incômoda: quando deputados do PDT dizem que vão acionar o ministro Lupi junto aos órgãos de controle, o que resta a ele - reagir aos correligionários ou pedir o boné?

Gastão desgastado

O ministro Gastão Vieira, endossado pela bancada do PMDB da Câmara Federal, já não tem tanto apoio dos correligionários. Está desgastado. Não tem dado atenção ao grupo que o indicou. Diz-se que está ancorado no presidente do Senado, José Sarney. A indicação partiu da Câmara, não do senador.

CUT contra Força Sindical

A CUT trava uma batalha contra a Força Sindical. São as maiores centrais sindicais do país. Cada qual quer luta para arregimentar em seu entorno o maior número de sindicatos. O pano de fundo é dinheiro, muito dinheiro. E, claro, mais espaço na Esplanada dos Ministérios. A CUT quer tomar as rédeas do Ministério do Trabalho. A Força Sindical resiste. Vamos acompanhar a querela.

PSD independente

Não é verdade que o PSD esteja lutando para nomear o ministro do Trabalho, caso Lupi saia do Ministério. O PSD, nesse primeiro momento, deseja ser independente, olhando para as bandas do espectro ideológico e contemplando os horizontes eleitorais de 2012. Quer fazer boa bancada de prefeitos. E não é interessante fechar posição exclusiva. Se mais adiante for conveniente ao fortalecimento do partido ingressar no Ministério da presidente Dilma, poderá fazer parte do bloco governista. Por enquanto, o partido ficará contemplando a cena. Por essa razão, não procede a informação de que um determinado parlamentar paulista, recém ingresso no PSD, seria bancado pelo prefeito para assumir o MTE - Ministério do Trabalho e Emprego.

Projeto 4.330: contra substitutivo

O substitutivo ao projeto de lei 4.330, proposto pelo deputado Roberto Santiago, que acaba de entrar no PSD oriundo do PV, é considerado pela maioria das centrais sindicais uma excrescência. É considerado um retrocesso à terceirização de serviços. Como se sabe, esta área carece de marco regulatório. O projeto 4.330, de autoria do deputado Sandro Mabel, foi simplesmente despedaçado pelo relator da Comissão Especial nomeada para tratar da questão. Santiago, com seu substitutivo, quer atender a um grupo muito restrito de grandes empresas do setor. Eis a crítica contra ele, que parte da CUT, CTB e NTSC, além de núcleos que se dedicam ao tema, como a Comissão de Alto Nível, formada no Ministério da Justiça, integrada por ministros do TST, OAB, Associação dos Procuradores e Anamatra. Os dois maiores sindicatos da terceirização , das áreas patronal e laboral (Sindeprestem e Sindeepres), também são contrários ao substitutivo de Roberto Santiago.

10 bilhões de dólares

Nação rica é outra coisa. Pois não é que o Brasil vai ajudar o FMI a salvar a Europa? Vai contribuir com o reforço de US$ 10 bilhões, equivalentes a 3,3% das contribuições previstas para o Fundo e similar ao montante que o país despejou por ocasião da crise de 2009.

Os gregos e os direitos

Será verdade? Vejam essas coisas que dizem da Grécia, o berço da Democracia. Em 1930, um lago do país (Lago Kopais) secou, mas o governo mantém, até hoje, dezenas de funcionários para conservá-lo. As filhas solteiras de funcionários públicos têm direito a pensão vitalícia após a morte do pai. Há 40 mil mulheres que custam ao erário? 550 milhões por ano. Há um hospital público com 4 arbustos e 45 jardineiros. Há 600 profissões que podem pedir reforma aos 50 anos (mulheres) e aos 55 (homens). Exemplos de profissões: cabeleireiras, apresentadores de TV, músicos, etc. Há um 15º salário para trabalhadores. Pensões continuam a ser depositadas mesmo após o falecimento de idosos. Algumas viaturas da administração têm 50 condutores. E como 90% da terra não têm cadastro, os proprietários não pagam impostos. É isso mesmo?

Sociedade condenada

A filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), sobre esses nossos tempos inglórios: "Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".

Conselho para a presidente Dilma

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado aos parlamentares. Hoje, sua atenção se volta à presidente Dilma Rousseff:

1. As crises envolvendo ministros se sucedem. Cada semana, um novo ministro entra na fogueira, consolidando a ideia do Brasil do eterno retorno. A situação tende a continuar caso não sejam mudados os critérios, os sistemas e métodos.

2. A reforma ministerial não será eficiente caso persista a obsoleta metodologia adotada pelas Pastas. Daí a necessidade de se promover profunda alteração na modelagem da gestão governamental.

3. Essa é a esperança que ainda resta, senhora presidente. O Brasil espera que ao lado da reforma ministerial se realize ampla e profunda reforma administrativa.



(Gaudêncio Torquato)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Europa: a dualidade ampla, geral e irrestrita

Não há analista que não reconheça a gravidade da crise europeia, mas o conteúdo desta tem sido interpretada com enorme amplidão o que dificulta, ao não versado em economia, entender suas variáveis e consequências. A cobertura da mídia dá enorme ênfase à crise da Grécia, país pequeno e muito menos importante na zona do euro. Todavia, a rápida deterioração dos fundamentos deste país gerou consequências que se espalharam por todo o Velho Continente e colocaram a moeda unificada sob risco. Eis o primeiro e simbólico teste do modelo político-econômico-social da Europa: um desastre em termos de coordenação em função da política paroquial de quase todos os países que estão sob o euro, especialmente da França e da Alemanha. É da contradição entre a "união" da ideia de uma Europa e a realidade mesquinha e paroquial de cada país que resulta o maior problema de um continente que pretendia ser a gruta iluminada do processo civilizatório do século XXI. Triste engano.

G-20: uma reunião vergonhosa

Pode-se resumir a ausência de soluções da reunião das 20 maiores economias mundiais em Cannes com muitas palavras. De nossa parte preferimos "vergonha". A cidade escolhida para sediar não poderia ser mais apropriada : parecia uma reunião de artistas a praticar o "realismo fantástico" do cinema. Vejamos: Nicolas Sarkozy, o anfitrião francês, queria capitalizar a imagem de grande líder europeu às custas de decisões mal construídas. O abatido Obama cobrava resultados que minimamente não alcança do outro lado do Atlântico. Angela Merkel, com seu rosto marcado, ameaçava a pequena Grécia de uma espécie de excomunhão caso não aceitasse retirar de pauta um referedum de última hora alegado pelo premiê Papandreou da Grécia. Berlusconi desembarcava na Riviera Francesa sem saber se voltava firme no cargo. Já Zapatero, que deve perder as eleições de dezembro, nada tinha para negociar. Irlandeses e portugueses eram questionados a razão de seus títulos soberanos pagarem mais juros que a Grécia. A China olhava tudo isto com água na boca. E o Brasil sem propostas em função da falta de proposta dos próprios europeus. A conclusão é simples, mesmo que desastrosa: o maior problema para a solução da crise é política. Não há lideranças críveis para elaborar planos e soluções.

A Grécia e seus "parceiros"

O cenário grego é trágico. Todavia, o pequeno país balcânico é a ponta de um iceberg já desvendado: Itália, Espanha, Portugal e Irlanda estão igualmente em maus lençóis e é de cada um deles ou de seu conjunto que virão novas e mais graves turbulências, se nada for feito. Por seu lado, a Grécia tenta reforçar a sua política interna aos trancos e barrancos: a proposta de um referendum não é tão descabida quando se vê um país com ¼ de sua força de trabalho desempregada, o mesmo nível dos EUA quando da depressão pós-29 e, ao mesmo tempo, Alemanha e França pedem mais "ajustes". De toda forma, ou por meio de eleições, ou de um governo de coalizão, os gregos vão buscar a solução política que falta aos outros países. Uma geração de jovens será afetada pela falta de esperança. Não dá para falar em cenário melhor, mas a cessação de pressões "na boca do caixa" já seria um fator positivo. Isto dependerá da solução política interna, mas também dependerá da capacidade de seus "parceiros" em entender a natureza da crise e agir politicamente em conjunto.

O "mercadismo" intacto

Não foram poucos os anos de avanço dos "tecno-banqueiros" na economia mundial. Trata-se de uma "classe social" que passou a influir decisivamente na condução de todos os assuntos relevantes às economias nacionais e ao mercado internacional. De seus interesses é que nasceram os projetos "liberalizantes", que permitiram ao cabo de poucos anos a propagação de modelos teóricos, que funcionavam e uma prática que engendrava crises de todos os lados: desde os anos 90 até o presente, mais de duas dezenas de crises afetaram a chamada "economia real". E o que se viu foi a passividade dos reguladores, em geral, e dos BCs, em particular. A crise pós-29 resultou numa guerra mundial e, ao final dela, em uma bem elaborada tentativa de coordenação de política econômica a partir de Bretton Woods, reunião que criou o FMI, o BIRD, o BIS e outros organismos de cooperação. A crise atual merece uma revisão substantiva do funcionamento do mercado de capital e financeiro ao redor do mundo. Todavia, ainda não foi construída uma fórmula política de fazê-lo. Mesmo porque banqueiros e financistas estão a controlar a antessala dos principais decision makers mundiais. O exemplo maior é Barack Obama, triste personagem democrata dos EUA que não consegue articular nenhuma política consistente em busca de soluções. É o caso de sentir saudades intensas de Franklin D. Roosevelt.

Um calendário político?

De tudo que ocorreu pelos lados do Velho Continente, por ocasião do "meio sucesso" (definição de Dilma) da reunião do G-20 em Cannes, foi um fato paralelo: a inesperada decisão do novo presidente do BC Europeu, o italiano Mario Draghi, de reduzir a taxa de juros por lá. Por isso e por outras coisas, a interpretação de algumas autoridades brasileiras é de que saiu de campo a rigidez dos ajustes fiscais para dar lugar a políticas mais "sóbrias", de olho também no crescimento e no emprego. Igualzinho ao que o Brasil vem fazendo. Mesmo que a Grécia tenha levado uma prensa da dupla Merkel-Sarkozy e a França tenha anunciado ontem uma política de ajuste nas contas públicas, com aumento de tributos e cortes nas aposentadorias. O Brasil quer aprofundar sua estratégia, com o sonho de voltar a crescer até 5% no ano que vem. Há quem aposte no aumento de 14% do salário mínimo, tido como um problema para os críticos, para ativar o consumo. Há também os gastos com a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Sem contar os gastos do ano político-eleitoral. As fichas já estão na mesa e a roleta começa rolar. A dose de otimismo em Brasília está elevada.

Ortodoxia ou heterodoxia?

Ainda vai dar muito o que falar a proposta do senador Lindbergh Faria (PT/RJ), aprovada por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos acrescentando duas outras obrigações à tradicional função do BC de proteger a integridade da moeda : deverá também garantir o crescimento da economia e do emprego com a política monetária. Já é um pouco do que o BC está fazendo com Dilma, embora sem confessar abertamente. É a alegria dos heterodoxos (ou desenvolvimentistas) e o horror dos ortodoxos (ou monetaristas). Alega-se que o Fed já tem tal mandato.O governo ainda não disse se é a favor ou contra.

Breve revisão de nosso cenário

Como enunciamos na semana passada, estamos num dificílimo período de transição. A reunião do G-20 e as decepções com os caminhos da Europa são retratos fiéis do atual momento. De toda a forma, persistimos na ideia de que não é bom negócio apostar no pior. (Vide a coluna da semana passada na qual elaboramos algumas de nossas razões que justificam esta posição - clique aqui). O ponto mais importante no curto prazo e, tão logo a Grécia se estabilize minimamente, é verificar se a Espanha, Itália, Portugal e Irlanda vão ter crises tão agudas quanto à da Grécia. O melhor sintoma que pode vir neste momento é a substituição das lideranças políticas na Itália e na Espanha. Somente a política pode mudar a economia, agora e sempre. Caso a crise se torne aguda é provável que os vários segmentos dos mercados se tornem novamente tensos, voláteis e deprimidos. Neste caso, revisaremos nossos pontos de vista. O pior ainda estará por vir. Por enquanto, não é nisso que acreditamos.

Para quebrar o termômetro

Informa-se que Lula, mesmo sem poder falar muito por recomendações médicas, ficou irado com os dados do PNUD sobre o IDH brasileiro - que teria perdido 13 posições em relação à medida anterior, quando medido também pela desigualdade social - e teria cobrado uma reação enérgica do governo Dilma. Diz que os números do Brasil adotados pelo organismo da ONU estão defasados. Dados mais recentes passados pelo governo brasileiro não teriam sido considerados. Pode ser até que sim e que uma revisão faça o Brasil subir. Todavia, parece mais uma coisa de quebrar o termômetro para disfarçar a febre. Pode um país, no qual somente 47,5% de todos os seus lares têm acesso a redes de esgoto sanitário, arvorar-se em campeão do desenvolvimento humano? Briga-se com os números, com os fatos, nunca.

Se fosse assim

De um leitor assíduo desta coluna, a respeito da nota da semana passada sobre a agonia quase crônica da oposição:

"Se com os oposicionistas em doce recesso, o governo já perdeu cinco ministros por suspeitas de 'malfeitorias', imagine-se o que ocorreria se PSDB, DEM e PPS tivessem um décimo da disposição de briga de Lula e do PT quando do outro lado eles infernizavam a vida dos adversários."

Será assim?

Não dá para saber, até agora, se o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, seguirá a sina dos seus outros oito indigitados colegas que perderam seus cargos em poucos dias depois de reportagens na imprensa ou se conseguirá passar incólume da fritura que se instala em Brasília. Há a denúncia, apoio formal com cobrança oficial de explicações, novas revelações até a degola. Mas não é importante saber se ele se safa desta. Há algum tempo já é, de fato, como cinco ou seis companheiros de Esplanada: um ex-ministro, um zumbi à espera de uma carta de demissão. E essa turma vai para o estaleiro, em janeiro ou fevereiro, juntamente com alguns candidatos a prefeito, por absoluta falta de aptidão gerencial, não por possíveis desvios funcionais.

Mudou a explicação

Desde a saída de Wagner Rossi do ministério da Agricultura, governo e partidos dos ministros que perderam os cargos desistiram definitivamente de culpar a imprensa (golpista?) e a oposição pelas denúncias responsáveis pelas degolas. Já se conformaram com as intrigas internas e os atingidos esperam apenas para dar o troco.

Pule de dez

Não há (aliás, havia?) nenhuma dúvida, depois do abalroamento de Marta Suplicy, que o candidato petista à prefeitura de SP será o ministro Fernando Haddad. Sem prévias. O que se pergunta agora é quantos diretórios estaduais e municipais do PT nas grandes cidades pelo país afora resistirão aos apelos de Lula. Se houver algum, será apenas para confirmar o ditado: manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Resistirá?

Empolgado, o PMDB tem dito que em SP não há essa coisa de aliança incondicional no primeiro turno. Gabriel Chalita é o candidato peemedebista e pronto. Será? Somente se for para garantir o petista Haddad no segundo turno. Se tirar votos do ministro da Educação... O PMDB tem muito a perder no plano Federal, a começar pelo olho gordo de alguns aliados na vice-presidência em 2014.

Tudo pelo social

Governo vai pressionar o Senado a aprovar o projeto, já passado na Câmara, autorizando o uso dos recursos do FGTS para financiar obras da Copa do Mundo. É mais patrimônio dos trabalhadores jogados em negócios de retorno duvidoso - e bem duvidoso. Não basta o que se faz com o FAT?


(por Francisco Petros e José Marcio Mendonça)

domingo, 6 de novembro de 2011

MESTRA FRANCISCA ROSA


a/c – Prezado Júnior Bonfim

Para: Caro Luiz Bonfim, Salve!

Sobre a história da maçonaria em Crateús, pouco ou nada sei, lembro-me de meu pai fazer referência a forte oposição "do padre" em face ao caráter dogmático do Catolicismo. No arco do tempo constitui fato tão longínquo que para ingressar na Ordem recorreu a Loja de Camocim, corria então o ano de 1948. Também quanto ao maçom mais antigo da Crateús: Egbert Torres Martins, (suponho), era também o mais brilhante jogador de basquete, titular absoluto do incipiente esporte praticado a época, junto à quadra do Tiro de Guerra 251.

Isto posto, segue-se que o motivo principal de meu comentário se cinge a sua colocação: “obs: a Educação de Crateus deve-se a quatro entidades: Luiz Bezerra, José Maria Moreira do Bomfim, Luiz de Araujo Melo e Maria Delite Menezes Teixeira. O resto, é o resto. (Luiz Bonfim)”

Sem dúvida, o pai do Thales, nosso Prego Dourado através de seu Educandário, foi emérito educador e merecedor de todas as honras, os demais, ignoro, mas citados por você certamente merecerem o mesmo crédito, contudo, finalizar com “O resto, é o resto” (Sic), é no mínimo não haver convivido ou desconhecimento da história cultural de Crateús nas décadas de 40 e 50, visto a impropriedade e injustiça na lacuna do nome de FRANCISCA ROSA.

Não tome por bom minha afirmação, vá às fontes deste rico período, argua a Norberto Ferreira Filho, a José Lins de Albuquerque, aos descendentes de João Melo, de Morais Rolim, constate e se permita a um bon fim em breve e profícuo verniz sobre o passado que se faz presente em ilustres crateuenses, todos seus afilhados e ex-alunos do Instituto Santa Inês.

Cordialmente,

Murilo

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Caro Murilo,

Feliz este encontro.

Murilo, neto de Afonso Melo Araujo Chaves e filho de Raimundo Melo Chaves(estes fundadores da Loja Deus e Crateús nº 20 e sobrinho Afonso Melo Chaves, Afonsito e meu cunhado.

Afonsito me narrou que: as primeiras reuniões do grupo fundador da Loja Deus e Crateús, foram realizadas no estabelecimento comercial do seu avó, Afonso Chaves, na rua Moreira da Rocha, onde hoje funciona uma farmácia e a outra parte funcionou o Armazém Canário de meu irmão Manoel Bonfim de Araujo, ao lado da Livraria do Ferreirinha. A loja era improvisada, sendo até mesma desenhado a giz em uma sala mais ampla do prédio.

Certamente, Estimado Murilo, que Alaide Bomfim, Airam Veras e a Madrinha Francisca Rosa, prestaram relevantes serviços a Educação de Crateús; desculpe-me a omissão.

Quanto ao estimado Egber Torres Martins, desconheço esta sua atuação como brilhante jogador de basquete. Eu, Marcos Melo e Egber, ai na década de 60, andamos praticando este esporte e o nosso mestre foi o saudoso Edilberto Frota, lá no caça e pesca e não no Ipiranga.

MURILO, um abração de estima e consideração.

Luiz Bomfim




Em tempo:

Luiz Bezerra, foi fundador da Escola Normal Rural de Crateús;

José Maria Moreira do Bomfim, Pe. Bomfim, foi fundador do Patronato Senhor do Bom Fim, do Colégio Regina Pacis( que deu continuidade a Escola Normal Rural de Crateús e do Ginásio Pio XII;

Luiz Araujo Melo(Luiz Mano), foi fundador da Escola Técnica de Comercio Pe. Juvêncio;

Maria Delite Menezes Teixeira, fundadora do Externato Nossa Senhora de Fátima;

Francisca de Araujo Rosa, fundadora do Instituto Santa Inês.

GISELE BUNDCHEN FALA EM DEFESA DAS NOSSAS FLORESTAS