sábado, 17 de abril de 2010

LANÇAMENTO DO DIA

LANÇAMENTO HOJE NO TEATRO ROSA MORAIS - CRATEÚS - CE



A OBRA: Chão Inaugural

O livro foi dividido em três partes. Em todas, o poeta expõem-se e o que o inquieta: suas dores, os homens, os governos, a poética e a política.

Na primeira parte, os poemas são como que uma janela através da qual se entreve um “entrevado”: o iluminado.

Na segunda parte, Termos, o poeta, em peças curtas e discursivas dedica-se a perorar, atrás de grafar as “palavras mais irresistíveis”.

Na terceira parte, com poemas de temáticas diversas – infância, política, o mundo, enfim, suas inquietações –, o poeta encerra o livro indicando o desafio que a poesia épica representa nestes tempos de lirismo fácil: captação e escritura desta era de turbina.

O AUTOR: Rogerlando Gomes Cavalcante - Ano de nascimento? É o correspondente a 400 depois do ano da primeira edição (de 1572, produzida em casa do impressor António Gonçalves, de Lisboa) da obra máxima e fundante da língua – e poesia – portuguesas, Os Lusíadas, de Camões, no qual o Brasil é referido uma única vez. Aliás, essa “coincidência”, pode, quiçá, ser um bom augúrio poético, ou um acaso meramente simbólico: a publicação de uma obra, o nascimento de um poeta.

Postado por ACADEMIA DE LETRAS DE CRATEÚS - ALC

sexta-feira, 16 de abril de 2010

CONJUNTURA NACIONAL

Historinha de Goiás

Edmundo Galdino, deputado estadual de Goiás, de Araguaína, recebeu um tiro na região lombar, na década de 80. Quase morreu. Sobreviveu graças à intervenção feita por outro político. Paraplégico, por conta do atentado cometido por pistoleiros, o ex-líder camponês, que militou no PC do B e, depois no PSDB, continuou a luta política com força e dinamismo. Um dia, na tribuna, usou o verbo para perorar contra o adversário, o deputado estadual e médico que o operou, Ronaldo Caiado. "Deputado Caiado, suas mãos estão cobertas de sangue...". Caiado, calmo e elegante, dirigiu-se à tribuna. E não deixou por menos: "Deputado Galdino, uso a palavra para afirmar e corroborar sua assertiva. Sim, é verdade que minhas mãos estão cobertas de sangue. Mas, Vossa Excelência bem o sabe. Este sangue é seu, nobre deputado. Salvei sua vida e salvarei tantas outras quantas vezes forem necessárias". Galdino se esquecera da boa fama de cirurgião. Com o instrumental cirúrgico e com a palavra. Nunca mais usou a palavra para atacar o parlamentar.

Tucanos, alto astral

O tucanato vibra com o lançamento da candidatura de José Serra à presidência. De fato, o evento foi um sucesso. Serra pegou bem o eixo do diálogo nacional. Candidato da harmonia, da unidade, do pacto. Deixou Dilma e o petismo na condição de atores da desunião, da querela entre classes e Estados, pobres contra ricos, o nordeste contra o sul. Passará a usar o bordão "Brasil pode mais", na verdade uma fisgada no slogan de Obama, "Nós podemos". Mas Aécio Neves foi o mais aplaudido. Arrebatou a plateia de 4 mil pessoas com as estocadas no PT e no governo Lula. Chamou os adversários para a briga. FHC, mais moderado, fez contundente defesa de seu governo. Mereceu também aplausos.

Cobertura

A cobertura do evento ganhou bom espaço da mídia. Vai durar, ainda, uns três dias com as repercussões do entusiasmo dos líderes da oposição. O lançamento de Dilma também obteve cinco dias de cobertura. O Jornal Nacional, da TV Globo, no sábado, não deu uma nesga de espaço para o evento petista no ABC, quando Lula lembrou que ele era "o cara", criticando o slogan apropriado por Serra. A arena começa a esquentar.

Dilma agressiva

Dilma começa a campanha de modo contundente. Atira forte nos adversários, a partir da acusação de que os tucanos "são lobo em pele de cordeiro". Atacar, optar por armas de destruição, apelar para uma agenda negativa não fazem bem a nenhum candidato. Este consultor prefere seguir a linha das coisas positivas e do realce a programas de envergadura. Quem ataca perde. Campanha negativa fere os brios do eleitor. Não entendo como uma pessoa que tem tanta coisa a mostrar pode optar por tiros no adversário. Que podem sair pela culatra.

Dilmasia/Anastadilma


Seja qual for o trocadilho que se queira dar ao voto em Dilma e Anastasia – candidato de Aécio Neves ao governo mineiro – a candidata do presidente Lula não poderia, ela mesma, se referir a este fato. Deveria deixar correr naturalmente o trocadilho pela boca dos mineiros. E mesmo usar o corpo parlamentar de MG para expandir a ideia. Ela cometeu a gafe de fazer uma defesa muito pessoal. Que lembra o ditado: "elogio em boca própria é vitupério". Agora, este consultor se arrisca a dizer: vai haver, sim, o Dilmasia. Explico abaixo.

As razões do voto misto

MG é um Estado bairrista (o sentido, aqui, é positivo). Os mineiros são orgulhosos de sua importância na vida política do país. Carregam, ainda, o sentimento de perda de Tancredo Neves. Por outro lado, o neto dele, Aécio, é muito bem avaliado. Eles gostariam de ver Aécio e não Serra como candidato a presidente da República. Ficaram frustrados. Por isso, votarão maciçamente em Neves para o Senado, é bem provável que elejam Anastasia para o governo e, pasmem, grande parte do voto poderá migrar para Dilma. Não se deve esquecer que ela é mineira. E os mineiros prezarão esse fato. Apesar da ministra ter passado quase toda sua vida no Rio Grande do Sul.

Pesquisa em SP

Pesquisa fresquinha, feita pelo Instituto Opinião, e que esta coluna registra em primeira mão. A pesquisa foi feita apenas no Estado de São Paulo, que abriga o maior eleitorado do país, cerca de 30 milhões de eleitores : Serra = 48,46%; Dilma = 21,23%; Ciro = 7,08%; Marina = 6,33%; nenhum = 9,99% e não sabe = 6,91%. Para o governo do Estado : Alckmin = 61,12%; Mercadante = 12,49%; Russomano = 7,08%, Paulo Skaf = 2,08; Fábio Feldman = 1,08% e Plínio Arruda = 0.83%; nenhum = 9,58% e não sabe = 5,75%. Por esses números de hoje, considerando uma soma em torno de 22 milhões de votos válidos, Serra teria em torno de 6 milhões de maioria em SP. Que é o número planejado pelos tucanos. Cifra para enfrentar a maré enchente de Dilma no nordeste.

Alckmin nas alturas

Pela mesma tabela, Alckmin faria uma maioria de mais de 10 milhões de votos sobre Mercadante. Claro, a posição do petista deverá melhorar. Sob pena de uma derrota escorchante.

Senado em SP


A moldura para o Senado mostra Marta em primeiro lugar, com 36,47%; Romeu Tuma em segundo, com 23,23% e Quércia em terceiro, com 21,07. Netinho de Paula ocuparia a quarta posição, com 15,57% e José Aníbal viria, a seguir, com 12,49%. Estas posições apontam para a retração de candidatos com baixa visibilidade. Neste caso, o mais prejudicado seria Netinho de Paula, com mídia muito curta. Noutros desenhos, aparecem Gabriel Chalita, com 6,16% e Soninha, com 11,07%. Outro nome do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira, tem pouca expressão, apenas 6,83%. Ou seja, o candidato mais viável dos tucanos é Zé Aníbal. Que poderá crescer muito na onda surfada por Geraldo Alckmin. Quércia enfrenta um desgaste histórico. Tende a cair. E Tuma vai precisar muito de um bom espaço na mídia.

Mais pesquisa


Agora é a vez da rodada Sensus. Pesquisa encomendada pelo Sintrapav - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo, divulgada ontem, aponta empate técnico na corrida presidencial entre Serra (32,7%) e Dilma (32,4%). Pau a pau. Tirem suas conclusões. Ciro Gomes teve 10,1%, e Marina Silva, 8,1%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Feldman na contramão?

O deputado Walter Feldman quis arrematar o desfecho Serra/Aécio com uma declaração que irritou os mineiros: José Serra "era imbatível na disputa interna". Ou seja, quis dizer que Aécio não tinha ficha para ganhar o jogo. Ora, o mineiro fez um entusiasmado discurso de apoio ao paulista, no sábado. Foi o mais duro orador contra o PT. O deputado Rodrigo de Castro condenou Feldman. Para ele, o comentário vai na contramão do que o partido está construindo. Passarinho na muda não pia, Walter.

Congresso do aço

O mais importante evento do aço no Brasil ocorrerá, a partir de hoje, quarta, até sexta-feira. A agenda abriga debates com palestrantes nacionais e internacionais. A China merecerá um capítulo especial. A indústria do aço no mundo será vista e revista. Em paralelo, a ExpoAço, feira de negócios com a presença de 50 empresas brasileiras e estrangeiras. Os organizadores construíram uma Vila do Aço para mostrar todas as possibilidades de utilização do aço. Entre os nomes famosos, o de Lakshmi Mittal, CEO da ArcelorMittal. Tomará posse na presidência do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, André B. Gerdau Johannpeter. Na vice, Albano Chagas Vieira. E na presidência executiva do Instituto, Marco Polo de Mello Lopes.

Fogueiras

O PT corre para apagar fogueiras no CE, MG e PR. No Ceará, Cid, o governador e irmão de Ciro Gomes, quer apoiar Tasso Jereissati para o Senado. O PT quer sair com a candidatura de José Pimentel, ex-ministro da Previdência. Dilma, em mais um momento desastrado, foi ao Ceará receber uma homenagem. Cid não compareceu. Em Minas, Fernando Pimentel e Patrus Ananias não desistiram das candidaturas ao governo. Vão se enfrentar em prévias. Lula vai ter de botar ordem na casa. E Hélio Costa, paciente, espera a decisão. Olhando para um tal de Serrélio. No Paraná, Osmar Dias gostaria que Gleisi Hoffmann fosse sua vice. Mas o PT quer vê-la como candidata ao Senado. Osmar quer a vaga de senador para atrair o PR. Caso não consiga, dirige o olhar para José Serra. Será preciso muita água para apagar as fogueiras.

Marina sorridente

Registrei para o Correio Braziliense e O Estado de Minas, os dois principais jornais da cadeia dos Diários Associados, o fato de Marina Silva ter operado boa mudança na apresentação pessoal. É toda sorrisos. E dei as razões. O discurso político abriga duas vertentes: a estética e a semântica. O prisma estético é o primeiro que entra no sistema cognitivo do eleitor. Quem inicialmente, capta a maneira como o candidato se veste, usa o cabelo e fala. O discurso semântico, das palavras e ideias, vem depois. Marina compõe-se melhor, está mais sorridente.

Wallace, um impostor

E opino: "os eleitores de baixa escolaridade e renda, principalmente, se impactam ante o visual dos candidatos. Os de renda média e superior racionalizam mais, apesar de também serem influenciados pelo que vêem". Contei um episódio da década de 1960, durante a campanha de George Wallace, governador do Alabama, à presidência dos Estados Unidos, em que o candidato subiu ao palanque para discursar usando uma armação de óculos sem lentes, com a intenção de passar a ideia de intelectual. Ao falar aos eleitores, algo lhe caiu nos olhos e ele os tocou entre os aros da armação, denunciando a ausência das lentes. O gesto fez de Wallace um impostor. Dia seguinte, os jornais e TVs exibiram o engodo. Perdeu a chance de ser candidato pelo Partido Democrata nos idos de 60. Era um falcão. Direitista. Segregacionista. Dele era o slogan: "segregação agora e segregação sempre".

Ciro defenestrado

Gabriel Chalita, potencial candidato do PSB ao governo paulista. O jovem político se esforça para que o PSB faça coligação com o PT. Em sua opinião, Ciro Gomes não será candidato a nada: nem a presidente da República, nem a governador de SP e muito menos a deputado em SP, para onde mudou o título de eleitor. Eduardo Campos quebra a cabeça para armar a estratégia de desmanche da candidatura de Ciro à presidência.

Conselho à candidata Dilma


Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado à pré-candidata à presidência Marina Silva. Hoje, volta sua atenção à outra pré-candidata à presidência da República Dilma Rousseff:

1. Pense antes de agir e/ou expressar ideias. Doravante, suas atitudes, atos, decisões e palavras serão registradas e examinadas pela lupa de julgamento da mídia.

2. Campanhas negativas – ataques contundentes, violência expressiva – desajudam uma candidatura. O eleitor aprecia uma agenda positiva.

3. Não se deixe envolver por grupos radicais, alas ortodoxas, grupos que ainda imaginam uma volta à mofada luta de classes.



* Gaudêncio Torquato

quinta-feira, 15 de abril de 2010

CONVITE - LANÇAMENTO DE LIVRO


Este é o novo livro do poeta Raimundo Candido,
que será lançado amanhã, 16 de abril de 2010, no CEJA de Crateús.

O título já suscita grande curiosidade sobre como
um professor de ciências exatas
tece a teia incerta e inexata da poesia.

Esquisites?

Teoremas?

sensações?

Coisas de poeta mesmo.

So vendo para conferir!

Prestigie!

(Do site da ALC)

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HOJE A TARDE RECEBI A INFORMAÇÃO DE QUE O LANÇAMENTO ACIMA HAVIA SIDO TRANSFERIDO PARA A PRÓXIMA SEMANA.



Boa Tarde , amigos e companheiros:

É com uma grande tristeza e abatimento que comunico o adiamento do lançamento do livro RAIZ DO POEMA. Era para ter tomado esta decisão bem antes, mas como me garantiram que o livro estaria aqui em Crateús a tempo , acreditei e fui deixando o tempo passar tendo fé que estaria aqui no dia ,agora dia 15 exatamente as 5 horas da tarde o livro se encontra em fortaleza, sem certeza absoluta que amanhã estará aqui, por isso resolvo adiar o lançamento para a próxima sexta feira dia 23 de abril. Peço desculpa a todos esperando compreensão.

Obs: O livro foi impresso no Rio de Janeiro na Editora CBJE por trabalhar com pequenas quantidades e já estava pronto desde o começo do mês. Este transtorno foi devido as chuvas do Rio. Me desculpem!

Mas fica o convite para dia 23 de Abril como toda certeza! Amanhã (16) avisarei nos meios de comunicação e telefonarei pessoalmente para alguns. Se possível avisem também aos outros por ai!

Obrigado!

Raimundinho

terça-feira, 13 de abril de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, FORTALEZA!




Dia 13 de Abril… O dia que essa jovem moça comemora mais uma primavera. Claro que como todas adolescentes ela tem seus problemas e suas crises. Sabe como é, são coisas da idade… Porém mesmo assim, com esse olhar juvenil cativante, aqueles olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada que Machado de Assis já descrevia, apaixonam cada vez mais pessoas de todo o mundo. Quem flerta com essa beldade fica embevecido e não consegue se desvencilhar do seu canto de sereia. É algo que tem na água, é alguma coisa que dá no juízo da gente, um frenesi que corre a espinha todas as manhãs, uma lufada de vento vespertina que mais lembra um beijo suave e cálido num crepúsculo convidativo na Ponte dos Ingleses.

Falar de Fortaleza é entoar uma paixão incomensurável. É um sublime prazer verborrágico almejar transcrever para o vil papel um amor platônico de tamanha magnitude. Ah Fortaleza… Cantada em vários versos famosos por distintos poetas inebriados com esse amor, tal qual esse mero escriba que vos escreve, um pobre artesão da palavra que tenta agradar sua musa com alguns alfarrábios. No dia que comemora seu natalício a aniversariante ganhou de presente um banho dos deuses, acredito que seja um choro copioso de um pai desditoso por ter que se separar de sua filha mais bela, que já é uma jovem adulta procurando trilhar seus caminhos.

Fica mais uma vez registrado a quem interessar possa, independente da naturalidade e da nacionalidade, que aqui no Nordeste do Brasil, neste torrão de terra abençoado por Deus, existe uma cidade com quase 3 milhões de filhos que nutrem por ela uma paixão para toda vida. Parabéns Fortitudine por mais um aniversário, tomara que eu possa estar contigo sorvendo essa paixão durante muitos e muitos anos. Parafraseando um político da atualidade me despeço dizendo: Obrigado Fortaleza!

(Escrito por Roberto Félix)




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Olá Júnior,

Parabén pelo post. Segue minha homenagem a terrinha.

Um abraço,

Dalinha Catunda
Rio de Janeiro


FORTALEZA-CEARÁ

Um mar uma jangada,
Que encanto! Que Beleza!
Um sol tão majestoso,
Oferenda da natureza.
Tudo isso é o Ceará,
Terra melhor não há
O exemplo é Fortaleza.

O azul do nosso céu,
As verdes ondas do mar.
As carnaubeiras virentes,
Que o vento vem beijar.
O vento que sopra fagueiro,
Na palma de cada coqueiro,
Faz meu peito acelerar.

Em cada praia que vou,
Vislumbro uma aquarela.
Essa loura é um encanto!
O rei sol casou com ela.
E para a nossa alegria
A terra da luz tem magia
E está cada dia mais bela.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

POESIAS QUE AQUI CHEGARAM

O meu cantar

Vou cantar os madrigais
Para ver se o amor se encanta
Com um beijo de um rouxinol
Que de tão alegre voa, voa
E perfumar com alfazemas
o caminho por onde passas
Para ver se tu desperta
deste sonho tão sem graça
E assim eu vou seguindo
Suavemente, eu e o vento
Deixando palavras soltas pelo ar
de mágias e encantamentos
E com o brilho dos teus olhos
me encher de esperança
Para ver bem lá no fundo
um novo dia que desponta


Prefiro as Flores

Prefiro falar das Flores
Das que encantam os amores
Perfumadas e multicores
São colírios para os olhos
Rosas, Jasmins, Girassóis
Cada qual tem sua beleza
Que enfeitiçam as paixões
Nos jardins elas reinam
Absolutas, magistrais
Cenário de graça e pureza
Transmitem a paz
Fico admirando as Flores
Elas acalmam o meu coração
Com um toque de magia e com
boas vibrações

Vem fale-me do Amor


Vem fale-me do Amor
Conte-me todos os seus segredos
Seus truques e artimanhas
Como nasce o desejo?
Vem fale-me do Amor
Do calor de um beijo roubado
Dos olhares tímidos trocados
Do arrepio que o corpo senti
Vem fale-me do Amor
Daquele recheado de carinhos
Daquele enfeitado de sonhos
Daquele que chega de mansinho
e rouba o coração para sempre
Vem fale-me do Amor
Deste que é feito em sentimentos
Que é puro e verdadeiro
Que ultrapassa o tempo e
não tem fim


Já é tarde

Você poderia chegar
vestido em palavras
para tocar o meu coração
Poderia até me dar as estrelas,
as mais brilhantes que encontrasse
no caminho
E mesmo assim eu ainda duvidaria
Do tamanho desse amor que dizes ter
O amor quando se perde vai embora
como água corrente pelo ribeirão
Um dia disseste que eras o meu Sol
e eu a tua Lua encantada
Mas em que lado da história ficou o carinho
Pois bem eu quero me libertar, quero voar
alto, o mais alto que eu puder alcançar
Talvez um dia você acorde
Mude de vez esse jeito e valorize
as coisas simples da vida
Já é muito tarde para lamentar
O que não se pode mais mudar
Aceita que o fim não é um tormento
Apenas uma ponte para um
novo recomeçar


Quisera eu


Quisera eu ser a flor mais linda
do teu jardim encantado
Exalar só para ti o meu perfume
Entre tantas flores ser a mais
bela e cobiçada
E das tuas mãos receber a delicadeza
de um toque de carinho
A maciez da tua pele acariciando
as pétalas sedosas desta flor que
habita em mim
Nos meus sonhos,
Nos meus delírios secretos
Quisera eu ser a escolhida
a mais amada da tua vida
Ser o teu maior desejo
o mais ardente beijo
a mais pura paixão
Quisera eu ser a tua vida
a prometida para sempre
meu amor


Do meu jardim


Das Rosas que colhi no jardim
A mais bela me trouxe a paz em
minha alma
Deu-me a nostalgia do olhar
E as emoções da embriaguez
Das Rosas mais lindas que vi
você foi à única porquem devotei
meu amor, motivou meu coração
E tranquilizou-me com seu sorriso
Das Rosas que desenhei,
Foi pelo seu olhar que me apaixonei
ressuscitou minha alegria de ser feliz
Das Rosas que amei,
Foi do seu orvalho que desejei
Cativou a sede de mais amor
E me ensinou o que é viver
Das Rosas que criei
você foi quem dediquei todo
o amor e carinho
Que sempre sonhei
Das Rosas que sonhei
você foi quem me despertou
e me fez sonhar outra vez



Amor


O amor quando chega
não pedi licença
É como uma enxurrada
Invade tudo por onde passa
O amor quando chega
tem pressa
Não vê os minutos
e nem as horas
Está sempre correndo
O amor quando chega
não pedi licença
é bem mal educado
Mas ninguém se queixa
Porque é o mais desejar


Segui o vento amor


Segui com o vento meu amor
Se joga de braços abertos sem medo
Deixa que ele te guie
Pois o tempo já corre apressado
Vive com os dias contados e
não pode mais esperar
Ouça essa voz que te chama
Essa voz que insiste em te amar
Vai segui o perfume do vento
Que eu estou em pensamento
a ti esperar


Ser mulher é...


Ser Mulher é...
Podes-me explicar
O que é ser mulher?
É por mais que tentar
Não consigo compreender.
Ser Mulher é ser guerreira
Incansável e companheira
Desculpa voltar a insistir,
Mas como sentem as mulheres?
São sensíveis e complicadas
Tímidas e refinadas
Assim sem menos nem mais,
são todas iguais?
Mas todas contém a mesma
essência são mulheres apaixonadas
que não entregam a batalha
a mulher além de sonhadora
também é uma lutadora?
Lutam por seus ideais
Querem e merecem ser respeitadas,
amadas e tratadas com muito carinho
A mulher é um ser vibrante
Mas também uma doce amante?
Ser Mulher é ter coragem de
enfrentar todos os problemas com
a cabeça sempre erguida
É não ter medo da vida
A mulher enfrenta as dificuldades
Sem olhar a medos ou falsidades?
Ser Mulher é nunca desistir
de um sonho
Correr atrás, persistir até alcançar
A mulher é persistente
Encarando a vida de frente?
Acreditar que os sonhos são
possíveis de se realizar
A mulher é positiva?
Ah! Por isso está bem viva.
Ser Mulher é saber se colocar
Ser livre para decidir as suas escolhas
Se respeitar, amar-se em primeiro lugar
Ser mulher é ser abençoada,
E ser homem é saber respeitar
E amar a mulher amada.


(Por Christine Fujiwara e Francis Ferreira)

domingo, 11 de abril de 2010

BRASÍLIA


Estou em Brasília, onde participei de vários eventos além de reencontrar amigos e familiares.

Ontem, assisti ao evento de lançamento da pré-candidatura de José Serra.

Posto, abaixo, o seu discurso. Por se tratar do nome que lidera as pesquisas, sua fala há que ser analisada.

Foi uma longa explanação onde o candidato abordou os seus principais compromissos com a nação.

Vejamos:

O BRASIL PODE MAIS - DISCURSO DE SERRA EM BRASÍLIA ONTEM



Venho hoje, aqui, falar do meu amor pelo Brasil; falar da minha vida; falar da minha experiência; falar da minha fé; falar das minhas esperanças no Brasil. E mostrar minha disposição de assumir esta caminhada. Uma caminhada que vai ser longa e difícil mas que com a ajuda de Deus e com a força do povo brasileiro será com certeza vitoriosa.

Alguns dias atrás, terminei meu discurso de despedida do Governo de São Paulo afirmando minha convicção de que o Brasil pode mais. Quatro palavras, em meio a muitas outras. Mas que ganharam destaque porque traduzem de maneira simples e direta o sentimento de milhões de brasileiros: o de que o Brasil, de fato, pode mais. E é isto que está em jogo nesta hora crucial!

Nos últimos 25 anos, o povo brasileiro alcançou muitas conquistas: retomamos a Democracia, arrancamos nas ruas o direito de votar para presidente, vivemos hoje num país sem censura e com uma imprensa livre. Somos um Estado de Direito Democrático. Fizemos uma nova Constituição, escrita por representantes do povo. Com o Plano Real, o Brasil transformou sua economia a favor do povo, controlou a inflação, melhorou a renda e a vida dos mais pobres, inaugurou uma nova Era no Brasil. Também conquistamos a responsabilidade fiscal dos governos. Criamos uma agricultura mais forte, uma indústria eficiente e um sistema financeiro sólido. Fizemos o Sistema Único de Saúde, conseguimos colocar as crianças na escola, diminuímos a miséria, ampliamos o consumo e o crédito, principalmente para os brasileiros mais pobres. Tudo isso em 25 anos. Não foram conquistas de um só homem ou de um só Governo, muito menos de um único partido. Todas são resultado de 25 anos de estabilidade democrática, luta e trabalho. E nós somos militantes dessa transformação, protagonistas mesmo, contribuímos para essa história de progresso e de avanços do nosso País. Nós podemos nos orgulhar disso.

Mas, se avançamos, também devemos admitir que ainda falta muito por fazer. E se considerarmos os avanços em outros países e o potencial do Brasil, uma conclusão é inevitável: o Brasil pode ser muito mais do que é hoje.

Mas para isso temos de enfrentar os problemas nacionais e resolvê-los, sem ceder à demagogia, às bravatas ou à politicagem. E esse é um bom momento para reafirmarmos nossos valores. Começando pelo apreço à Democracia Representativa, que foi fundamental para chegarmos aonde chegamos. Devemos respeitá-la, defendê-la, fortalecê-la. Jamais afrontá-la.


Democracia e Estado de Direito são valores universais, permanentes, insubstituíveis e inegociáveis. Mas não são únicos. Honestidade, verdade, caráter, honra, coragem, coerência, brio profissional, perseverança são essenciais ao exercício da política e do Poder. É nisso que eu acredito e é assim que eu ajo e continuarei agindo. Este é o momento de falar claro, para que ninguém se engane sobre as minhas crenças e valores. É com base neles que também reafirmo: o Brasil, meus amigos e amigas, pode mais.

Governos, como as pessoas, têm que ter alma. E a alma que inspira nossas ações é a vontade de melhorar a vida das pessoas que dependem do estudo e do trabalho, da Saúde e da Segurança. Amparar os que estão desamparados.

Sabem quantas pessoas com alguma deficiência física existem no Brasil? Mais de 20 milhões – a esmagadora maioria sem o conforto da acessibilidade aos equipamentos públicos e a um tratamento de reabilitação. Os governos, como as pessoas, têm que ser solidários com todos e principalmente com aqueles que são mais vulneráveis.

Quem governa, deve acreditar no planejamento de suas ações. Cultivar a austeridade fiscal, que significa fazer melhor e mais com os mesmos recursos. Fazer mais do que repetir promessas. O governo deve ouvir a voz dos trabalhadores e dos desamparados, das mulheres e das famílias, dos servidores públicos e dos profissionais de todas as áreas, dos jovens e dos idosos, dos pequenos e dos grandes empresários, do mercado financeiro, mas também do mercado dos que produzem alimentos, matérias-primas, produtos industriais e serviços essenciais, que são o fundamento do nosso desenvolvimento, a máquina de gerar empregos, consumo e riqueza.

O governo deve servir ao povo, não a partidos e a corporações que não representam o interesse público. Um governo deve sempre procurar unir a nação. De mim, ninguém deve esperar que estimule disputas de pobres contra ricos, ou de ricos contra pobres. Eu quero todos, lado a lado, na solidariedade necessária à construção de um país que seja realmente de todos.

Ninguém deve esperar que joguemos estados do Norte contra estados do Sul, cidades grandes contra cidades pequenas, o urbano contra o rural, a indústria contra os serviços, o comércio contra a agricultura, azuis contra vermelhos, amarelos contra verdes. Pode ser engraçado no futebol. Mas não é quando se fala de um País. E é deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil.

Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão. Pode haver uma desavença aqui outra acolá, como em qualquer família. Mas vamos trabalhar somando, agregando. Nunca dividindo. Nunca excluindo. O Brasil tem grandes carências. Não pode perder energia com disputas entre brasileiros. Nunca será um país desenvolvido se não promover um equilíbrio maior entre suas regiões. Entre a nossa Amazônia, o Centro Oeste e o Sudeste. Entre o Sul e o Nordeste. Por isso, conclamo: Vamos juntos. O Brasil pode mais. O desenvolvimento é uma escolha. E faremos essa escolha. Estamos preparados para isso.

Ninguém deve esperar que joguemos o governo contra a oposição, porque não o faremos. Jamais rotularemos os adversários como inimigos da pátria ou do povo. Em meio século de militância política nunca fiz isso. E não vou fazer. Eu quero todos juntos, cada um com sua identidade, em nome do bem comum.

Na Constituinte fiz a emenda que permitiu criar o FAT, financiar e fortalecer o BNDES e tirar do papel o seguro-desemprego – que hoje beneficia 10 milhões de trabalhadores. Todos os partidos e blocos a apoiaram. No ministério da Saúde do governo Fernando Henrique tomei a iniciativa de enviar ou refazer e impulsionar seis projetos de lei e uma emenda constitucional – a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Saúde, a implantação dos genéricos, a proibição do fumo nos aviões e da propaganda de cigarros, a regulamentação dos planos de saúde, o combate à falsificação de remédios e a PEC 29, que vinculou recursos à Saúde nas três esferas da Federação - todos, sem exceção, aprovados pelos parlamentares do governo e da oposição. É assim que eu trabalho: somando e unindo, visando ao bem comum. Os membros do Congresso que estão me ouvindo, podem testemunhar: suas emendas ao orçamento da Saúde eram acolhidas pela qualidade, nunca devido à sua filiação partidária.

Se o povo assim decidir, vamos governar com todas e com todos, sem discriminar ninguém. Juntar pessoas em vez de separá-las; convidá-las ao diálogo, em vez de segregá-las; explicar os nossos propósitos, em vez de hostilizá-las. Vamos valorizar o talento, a honestidade e o patriotismo em vez de indagar a filiação partidária.


Minha história de vida e minhas convicções pessoais sempre estiveram comprometidas com a unidade do país e com a unidade do seu povo. Sou filho de imigrantes, morei e cresci num bairro de trabalhadores que vinham de todas as partes, da Europa, do Nordeste, do Sul. Todos em busca de oportunidade e de esperança.

A liderança no movimento estudantil me fez conhecer e conviver com todo o Brasil logo ao final da minha adolescência. Aliás, na época, aprendi mesmo a fazer política no Rio, em Minas, na Bahia e em Pernambuco, aos 21 anos de idade. O longo exílio me levou sempre a enxergar e refletir sobre o nosso país como um todo.


Minha história pessoal está diretamente vinculada à valorização do trabalho, à valorização do esforço, à valorização da dedicação. Lembro-me do meu pai, um modesto comerciante de frutas no mercado municipal: doze horas de jornada de trabalho nos dias úteis, dez horas no sábado, cinco horas aos domingos. Só não trabalhava no dia 1 de janeiro. Férias? Um luxo, pois deixava de ganhar o dinheiro da nossa subsistência. Um homem austero, severo, digno. Seu exemplo me marcou na vida e na compreensão do que significa o amor familiar de um trabalhador: ele carregava caixas de frutas para que um dia eu pudesse carregar caixas de livros.

E eu me esforço para tornar digno o trabalho de todo homem e mulher, do ser humano como ele foi. Porque vejo a imagem de meu pai em cada trabalhador. Eu a vi outro dia, na inauguração do Rodoanel, quando um dos operários fez questão de me mostrar com orgulho seu nome no mural que eu mandei fazer para exibir a identidade de todos os trabalhadores que fizeram aquela obra espetacular. Por que o mural? Por justo reconhecimento e porque eu sabia que despertaria neles o orgulho de quem sabe exercer a profissão. Um momento de revelação a si mesmos de que eles são os verdadeiros construtores nesta nação.

Eu vejo em cada criança na escola o menino que eu fui, cheio de esperanças, com o peito cheio de crença no futuro. Quando prefeito e quando governador, passei anos indo às escolas para dar aula (de verdade) à criançada da quarta série. Ia reencontrar-me comigo mesmo. Porque tudo o que eu sou aprendi em duas escolas: a escola pública e a escola da vida pública. Aliás, e isto é um perigo dizer, com freqüência uso senhas de computador baseadas no nome de minhas professoras no curso primário. E toda vez que escrevo lembro da sua fisionomia, da sua voz, do seu esforço, e até das broncas, de um puxão de orelhas, quando eu fazia alguma bagunça.

Mas é por isso tudo que sempre lutei e luto tanto pela educação dos milhões de filhos do Brasil. No país com que sonho para os meus netos, o melhor caminho para o sucesso e a prosperidade será a matrícula numa boa escola, e não a carteirinha de um partido político. E estou convencido de uma coisa: bons prédios, serviços adequados de merenda, transporte escolar, atividades esportivas e culturais, tudo é muito importante e deve ser aperfeiçoado. Mas a condição fundamental é a melhora do aprendizado na sala de aula, propósito bem declarado pelo governo, mas que praticamente não saiu do papel. Serão necessários mais recursos. Mas pensemos no custo para o Brasil de não ter essa nova Educação em que o filho do pobre freqüente uma escola tão boa quanto a do filho do rico. Esse é um compromisso.

É preciso prestar atenção num retrocesso grave dos últimos anos: a estagnação da escolaridade entre os adolescentes. Para essa faixa de idade, embora não exclusivamente para ela, vamos turbinar o ensino técnico e profissional, aquele que vira emprego. Emprego para a juventude, que é castigada pela falta de oportunidades de subir na vida. E vamos fazer de forma descentralizada, em parcerias com estados e municípios, o que garante uma vinculação entre as escolas técnicas e os mercados locais, onde os empregos são gerados. Ensino de qualidade e de custos moderados, que nos permitirá multiplicar por dois ou três o número de alunos no país inteiro, num período de governo. Sim, meus amigos e amigas, o Brasil pode mais.

Podemos e devemos fazer mais pela saúde do nosso povo. O SUS foi um filho da Constituinte que nós consolidamos no governo passado, fortalecendo a integração entre União, Estados e Municípios; carreando mais recursos para o setor; reduzindo custos de medicamentos; enfrentando com sucesso a barreira das patentes, no Brasil e na Organização Mundial do Comércio; ampliando o sistema de atenção básica e o Programa Saúde da Família em todo o Brasil; prestigiando o setor filantrópico sério, com quem fizemos grandes parcerias, dos hospitais até a prevenção e promoção da Saúde, como a Pastoral da Criança; fazendo a melhor campanha contra a AIDS do mundo em desenvolvimento; organizando os mutirões; fazendo mais vacinações; ampliando a assistência às pessoas com deficiência; cerceando o abuso do incentivo ao cigarro e ao tabaco em geral. E muitas outras coisas mais. De fato, e mais pelo que aconteceu na primeira metade do governo, a Saúde estagnou ou avançou pouco. Mas a Saúde pode avançar muito mais. E nós sabemos como fazer isso acontecer.

Saúde é vida, Segurança também. Por isso, o governo federal deve assumir mais responsabilidades face à gravidade da situação. E não tirar o corpo fora porque a Constituição atribui aos governos estaduais a competência principal nessa área. Tenho visto gente criticar o Estado Mínimo, o Estado Omisso. Concordo. Por isso mesmo, se tem área em que o Estado não tem o direito de ser mínimo, de se omitir, é a segurança pública. As bases do crime organizado estão no contrabando de armas e de drogas, cujo combate efetivo cabe às autoridades federais . Ou o governo federal assume de vez, na prática, a coordenação efetiva dos esforços nacionalmente, ou o Brasil não tem como ganhar a guerra contra o crime e proteger nossa juventude.

Qual pai ou mãe de família não se sente ameaçado pela violência, pelo tráfico e pela difusão do uso das drogas? As drogas são hoje uma praga nacional. E aqui também o Governo tem de investir em clínicas e programas de recuperação para quem precisa e não pode ser tolerante com traficantes da morte. Mais ainda se o narcotráfico se esconde atrás da ideologia ou da política. Os jovens são as grandes vítimas. Por isso mesmo, ações preventivas, educativas, repressivas e de assistência precisam ser combinadas com a expansão da qualificação profissional e a oferta de empregos.

Uma coisa que precisa acabar é a falsa oposição entre construir escolas e construir presídios. Muitas vezes, essa é a conversa de quem não faz nem uma coisa nem outra. É verdade que nossos jovens necessitam de boas escolas e de bons empregos, mas se o indivíduo comete um crime ele deve ser punido. Existem propostas de impor penas mais duras aos criminosos. Não sou contra, mas talvez mais importante do que isso seja a garantia da punição. O problema principal no Brasil não são as penas supostamente leves. É a quase certeza da impunidade. Um país só tem mais chance de conseguir a paz quando existe a garantia de que a atitude criminosa não vai ficar sem castigo.

Eu quero que meus netos cresçam num país em que as leis sejam aplicadas para todos. Se o trabalhador precisa cumprir a lei, o prefeito, o governador e o presidente da República também tem essa obrigação. Em nosso país, nenhum brasileiro vai estar acima da lei, por mais poderoso que seja. Na Segurança e na Justiça, o Brasil também pode mais.

Lembro que os investimentos governamentais no Brasil, como proporção do PIB, ainda são dos mais baixos do mundo em desenvolvimento. Isso compromete ou encarece a produção, as exportações e o comércio. Há uma quase unanimidade a respeito das carências da infra-estrutura brasileira: no geral, as estradas não estão boas, faltam armazéns, os aeroportos vivem à beira do caos, os portos, por onde passam nossas exportações e importações, há muito deixaram de atender as necessidades. Tem gente que vê essas carências apenas como um desconforto, um incômodo. Mas essa é uma visão errada. O PIB brasileiro poderia crescer bem mais se a infra-estrutura fosse adequada, se funcionasse de acordo com o tamanho do nosso país, da população e da economia.

Um exemplo simples: hoje, custa mais caro transportar uma tonelada de soja do Mato Grosso ao porto de Paranaguá do que levar a mesma soja do porto brasileiro até a China. Um absurdo. A conseqüência é menos dinheiro no bolso do produtor, menos investimento e menos riqueza no interior do Brasil. E sobretudo menos empregos.

Temos inflação baixa, mais crédito e reservas elevadas, o que é bom, mas para que o crescimento seja sustentado nos próximos anos não podemos ter uma combinação perversa de falta de infra-estrutura, inadequações da política macroeconômica, aumento da rigidez fiscal e vertiginoso crescimento do déficit do balanço de pagamentos. Aliás, o valor de nossas exportações cresceu muito nesta década, devido à melhora dos preços e da demanda por nossas matérias primas. Mas vai ter de crescer mais. Temos de romper pontos de estrangulamento e atuar de forma mais agressiva na conquista de mercados. Vejam que dado impressionante: nos últimos anos, mais de 100 acordos de livre comércio foram assinados em todo o mundo. São um instrumento poderoso de abertura de mercados. Pois o Brasil, junto com o MERCOSUL, assinou apenas um novo acordo (com Israel), que ainda não entrou em vigência!

Da mesma forma, precisamos tratar com mais seriedade a preservação do meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável. Repito aqui o que venho dizendo há anos: é possível, sim, fazer o país crescer e defender nosso meio ambiente, preservar as florestas, a qualidade do ar a contenção das emissões de gás carbônico. É dever urgente dar a todos os brasileiros saneamento básico, que também é meio ambiente. Água encanada de boa qualidade, esgoto coletado e tratado não são luxo. São essenciais. São Saúde. São cidadania. A economia verde é, ao contrário do que pensam alguns, uma possibilidade promissora para o Brasil. Temos muito por fazer e muito o que progredir, e vamos fazê-lo.

Também não são incompatíveis a proteção do meio ambiente e o dinamismo extraordinário de nossa agricultura, que tem sido a galinha de ovos de ouro do desenvolvimento do país, produzindo as alimentos para nosso povo, salvando nossas contas externas, contribuindo para segurar a inflação e ainda gerar energia! Estou convencido disso e vamos provar o acerto dessa convicção na prática de governo. Sabem por quê? Porque sabemos como fazer e porque o Brasil pode mais!

O Brasil está cada vez maior e mais forte. É uma voz ouvida com respeito e atenção. Vamos usar essa força para defender a autodeterminação dos povos e os direitos humanos, sem vacilações. Eu fui perseguido em dois golpes de estado, tive dois exílios simultâneos, do Brasil e do Chile. Sou sobrevivente do Estádio Nacional de Santiago, onde muitos morreram. Por algum motivo, Deus permitiu que eu saísse de lá com vida. Para mim, direitos humanos não são negociáveis. Não cultivemos ilusões: democracias não têm gente encarcerada ou condenada à forca por pensar diferente de quem está no governo. Democracias não têm operários morrendo por greve de fome quando discordam do regime.

Nossa presença no mundo exige que não descuidemos de nossas Forças Armadas e da defesa de nossas fronteiras. O mundo contemporâneo é desafiador. A existência de Forças Armadas treinadas, disciplinadas, respeitadoras da Constituição e das leis foi uma conquista da Nova República. Precisamos mantê-las bem equipadas, para que cumpram suas funções, na dissuasão de ameaças sem ter de recorrer diretamente ao uso da força e na contribuição ao desenvolvimento tecnológico do país.

Como falei no início, esta será uma caminhada longa e difícil. Mas manteremos nosso comportamento a favor do Brasil. Às provocações, vamos responder com serenidade; às falanges do ódio que insistem em dividir a nação vamos responder com nosso trabalho presente e nossa crença no futuro. Vamos responder sempre dizendo a verdade. Aliás, quanto mais mentiras os adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles.

O Brasil não tem dono. O Brasil pertence aos brasileiros que trabalham; aos brasileiros que estudam; aos brasileiros que querem subir na vida; aos brasileiros que acreditam no esforço; aos brasileiros que não se deixam corromper; aos brasileiros que não toleram os malfeitos; aos brasileiros que não dispõem de uma "boquinha"; aos brasileiros que exigem ética na vida pública porque são decentes; aos brasileiros que não contam com um partido ou com alguma maracutaia para subir na vida.

Este é o povo que devemos mobilizar para a nossa luta; este é o povo que devemos convocar para a nossa caminhada; este é o povo que quer, porque assim deve ser, conservar as suas conquistas, mas que anseia mais. Porque o Brasil, meus amigos e amigas, pode mais. E, por isso, tem de estar unido. O Brasil é um só.

Pretendo apresentar ao Brasil minha história e minhas idéias. Minha biografia. Minhas crenças e meus valores. Meu entusiasmo e minha confiança. Minha experiência e minha vontade.

Vou lhes contar uma coisa. Desde cedo, quando entrei na vida pública, descobri qual era a motivação maior, a mola propulsora da atividade política. Para mim, a motivação é o prazer. A vida pública não é sacrifício, como tantos a pintam, mas sim um trabalho prazeroso. Só que não é o mero prazer do desfrute. É o prazer da frutificação. Não é um sonho de consumo. É um sonho de produção e de criação. Aprendi desde cedo que servir é bom, nos faz felizes, porque nos dá o sentido maior de nossas existências, porque nos traz uma sensação de bem estar muito mais profunda do que quaisquer confortos ou vantagens propiciados pelas posições de Poder. Aprendi que nada se compara à sensação de construir algo de bom e duradouro para a sociedade em que vivemos, de descobrir soluções para os problemas reais das pessoas, de fazer acontecer.


O grande escritor mineiro Guimarães Rosa, escreveu: O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Concordo. É da coragem que a vida quer que nós precisamos agora.


Coragem para fazer um projeto de País, com sonhos, convicções e com o apoio da maioria.

Juntos, vamos construir o Brasil que queremos, mais justo e mais generoso. Eleição é uma escolha sobre o futuro. Olhando pra frente, sem picuinhas, sem mesquinharias, eu me coloco diante do Brasil, hoje, com minha biografia, minha história política e com . esperança no nosso futuro. E determinado a fazer a minha parte para construir um Brasil melhor. Quero ser o presidente da união. Vamos juntos, brasileiros e brasileiras, porque o Brasil pode mais.


Fonte: Assessoria

DE MARAVILHOSA A CALAMITOSA


As nuvens desabaram

Inundando todo chão

A cidade maravilhosa

Virou caos e confusão

Nunca vi tanta enchente

Levando casa e gente,

E causando destruição.

.

O caos invade a cidade,

Trazendo a devastação.

A tragédia assola o Rio,

Cidade de São Sebastião.

E a cidade maravilhosa

Tornou-se calamitosa,

Quem padece é a população.

.

E triste ver a desgraça

Massacrando tanta gente.

No Sudeste tanta água

E no Nordeste diferente.

Falta chuva no Nordeste,

Água no Rio virou peste,

Devastação e enchente.

.

“Desgraça pouca é bobagem,”

Ainda temos que padecer.

Com políticos oportunistas,

Que só querem aparecer:

-“Com minha casa minha vida

“A problemática tá resolvida,”

Ouvi um maioral dizer.

.

Muitos já não precisam,

De casas para morar.

Sete palmos é o suficiente.

Para os mortos enterrar,

Chorar e abraçar família,

Isso é pura demagogia,

Mas de político é peculiar.

.

Nas manchetes dos jornais,

Ou mesmo na televisão,

Cada imagem mostrada,

É de enternecer coração.

Que Deus tenha piedade,

Do povo desta cidade,

Cidade de São Sebastião.

.

Dalinha Catunda