sábado, 3 de julho de 2010

BLOG TAMBÉM TEM DIREITO A FÉRIAS




CARÍSSIMOS(AS):

No livro do Gênesis 2,2 lemos:

"Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho".

Como todos os que vivem do labor fraterno, o blog tem direito a férias.

Em verdade, quando o alimentador viaja, o blog repousa.

É o que ocorrerá nos próximos dias. A começar deste sábado, que significa dia de descanso. Sábado = Descanso. Em Hebraico - shabāt; Em Latim - sabbatum.

Até breve!

Júnior Bonfim

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ÍNDIO DA COSTA É O VICE DE SERRA


O candidato José Serra esteve presente ontem, quarta-feira, 30, na Convenção nacional do Democratas realizada em Brasília. O candidato tucano foi à Brasília para confirmar a indicação do deputado Indio da Costa à vice.

Em entrevista coletiva, José Serra elogiou o deputado, aclamado candidato a vice-presidente na sua chapa: "Indio vai ser um parceiro de primeira, ele significa uma novidade que é sinal de renovação e de esperança para o País", afirmou.

"Queremos fazer um governo que abra oportunidades para o Brasil, de maneira contínua em relação ao futuro, que abra caminhos, que renove o nosso país, que faça o nosso país seguir avançando", continuou o candidato.

“Quero dizer que nosso Indio é um político da nova geração, jovem que já tem experiência importante na vida pública. O Indio é especialista em administração pública", completou José Serra.

(Fonte: DEM)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

MARINA CANDIDATA


A candidatura da senadora Marina Silva para a Presidência da República em 2010 foi recebida com entusiasmo por ambientalistas e por um setor não desprezível da classe média. Salvo engano, ela é a primeira candidata do Acre à Presidência.

Isso, por si só, é surpreendente. Mineiros, gaúchos, nordestinos, paulistas e cariocas já exerceram o cargo de primeiro mandatário do país. Que uma humilde acreana seja candidata a esse posto máximo, é algo que não pode ser minimizado, muito menos desprezado.

O Acre foi um território boliviano até 1903, quando foi conquistado por seringueiros nordestinos, esses "caboclos titânicos que ocuparam e povoaram o deserto", segundo Euclides da Cunha.

Da seringueira da Amazônia foi extraída a borracha, que, entre 1880 e 1915, alimentou vários setores da indústria europeia e norte-americana. O trabalho nos seringais era um inferno. O próprio Euclides, que viajou pela Amazônia em 1905, escreveu uma frase lapidar sobre o seringueiro: "é um homem que trabalha para escravizar-se".

Marina Silva nasceu no interior do Acre, conheceu o trabalho árduo nos seringais, "a mais criminosa organização de trabalho", para usar as palavras de Euclides, cujo livro póstumo, À margem da história (1909), reúne seus ensaios amazônicos.

À semelhança de Lula, Marina é uma brasileira que veio do mundo dos desvalidos. Mas, ao contrário do atual presidente, ela frequentou uma universidade, diplomou-se, e não migrou para uma metrópole do sudeste. Permaneceu no Acre, onde militou numa Pastoral da Terra e fez uma notável carreira política como militante do PT. Não menos aguerrida é sua luta pela preservação do meio ambiente. Ou melhor, pelo uso dos recursos da natureza em equilíbrio e harmonia com o sistema produtivo.

O desenvolvimento sustentável é um desafio à imensa maioria dos países, e não apenas os da periferia. Basta lembrar que George W. Bush, quando presidente dos Estados Unidos, ignorou, com a arrogância que lhe é peculiar, o Tratado de Kioto. O desenvolvimento a qualquer custo pode ser ― e em vários aspectos já é ― catastrófico para o futuro da humanidade.

Descontente com a política ambiental do governo Lula, a senadora Marina Silva filiou-se ao Partido Verde. Sua candidatura à Presidência certamente ofuscará a dos candidatos de outros partidos pequenos, a maioria totalmente inexpressivos. Mas ela deverá enfrentar as contradições, incoerências e até mesmo aberrações de seu novo partido, que fez alianças com o governo do Mato Grosso, cuja política ambiental é, no mínimo, desastrosa.

Falta ao Partido Verde um programa detalhado e claro sobre as grandes questões nacionais. Além da devastação da floresta e da poluição dos rios, há outros problemas gravíssimos na Amazônia: a pobreza, a miséria, o desemprego e a ausência de infraestrutura nas capitais da região.

Além disso, o PV é frágil e esgarçado. Não tem densidade eleitoral nem representatividade nos estados e municípios. Talvez não seja possível reestruturar o partido e estabelecer uma relação orgânica entre um projeto de governo e a sociedade. Essa relação será difícil de ser construída em pouco tempo.

Mesmo se Marina Silva for eleita, seu primeiro grande desafio será a governabilidade. Como o PV vai obter uma maioria no congresso nacional? Com minoria no congresso, é impossível governar. É nesse momento que a chantagem e a barganha por cargos entram escancaradamente em cena e minam as boas intenções de qualquer Presidente da República.

Ainda assim, a candidatura da senadora do Acre é bem-vinda, pois dá substância ao debate eleitoral, além de ameaçar ou, quem sabe, desarmar a polarização entre tucanos e petistas. No entanto, penso que o mais urgente para o país é uma mudança radical do nosso sistema político. Entre outras coisas, essa reforma profunda deveria extinguir a imunidade parlamentar, que rima muito bem com a impunidade vergonhosa de deputados e senadores de todos os partidos. Mas são eles que legislam conforme a dança e as cores da festa. Verde, vermelha, azul ou amarela, pouco importam as cores. O que interessa é a festa. Ou a farra, para ser mais exato.

(Milton Hatoum)

terça-feira, 29 de junho de 2010

O MAIOR GOL DA CARREIRA DE "TOSTÃO"


25/09/09 - 18h - Presidente Lula define prêmio para jogadores que venceram a Copa do Mundo; valor pode chegar a 465 mil reais.

O presidente Lula e a Associação dos Campeões Mundiais do Brasil negociam aposentadoria e indenização para os atletas da seleção que ganharam Copas do Mundo. O benefício valerá inicialmente aos ex-jogadores de 1958 e se estenderá, posteriormente, a quem atuou nos Mundiais de 1962, 1970, 1994 e 2002. Reunião na Casa Civil discutiu as cifras a serem pagas aos campeões. Inicialmente, o valor negociado para cada um gira em torno de mil salários mínimos, no caso da indenização (465 mil reais), e de dez salários mínimos (4.650 reais), o teto da Previdência, para a aposentadoria. A expectativa é que o anúncio da nova medida seja feito pelo governo na próxima semana.

O texto abaixo foi escrito por TOSTÃO, ex-jogador de futebol, comentarista esportivo, escritor e médico, e foi publicado em vários jornais do Brasil:

Tostão escreveu:-

Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas.

Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia.

O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época..

O que precisa ser feito pelo governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias.

É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades.

A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda.

Alguns vão lembrar e criticar que recebi, junto com os campeões de 1970, um carro Fusca da prefeitura de São Paulo. Na época, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciência que tenho hoje, não aceitaria.

Tinha 23 anos, estava eufórico e achava que era uma grande homenagem.

Ainda bem que a justiça obrigou o prefeito a devolver aos cofres públicos, com o próprio dinheiro, o valor para a compra dos carros.

Não foi o único erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadão que tenta ser justo e correto. É minha obrigação.

Tostão

POLÍTICA E ECONOMIA NA REAL

Serra: da política à economia I

Afora os passos políticos que tem sido dados pelo candidato tucano, temos de observar cuidadosamente as suas propostas econômicas, e as possibilidades destas seduzirem um vasto eleitorado. De fato, a campanha de Serra cai nas mesmas ciladas conhecidas na fracassada campanha de Alckmin, em 2006. Tudo é colocado na perspectiva de que Serra é um "gerente" melhor que Lula. O candidato paulista poupa argumentos contras as políticas de Lula, mas diz que é preciso avançar. Ora, do ponto de vista estritamente eleitoral isto parece pouco, pois não há razões, digamos, objetivas para o eleitor crer nisto. Para este eleitor a economia vai bem, o emprego e a renda melhorar (sobretudo entre as camadas mais pobres), o país não tem riscos no curto prazo e há crença da comunidade internacional - política e econômica - em relação ao país.

Serra: da política à economia II


Este "vazio" de propostas demonstra uma das faces mais efetivas na política brasileira: a oposição no exercício de seu papel fica esperando o tropeço do governo e, enquanto isto, não se estrutura para oferecer, à luz de sua ideologia, novos caminhos que sejam atraentes ao eleitor. Tudo fica no varejo, na ocasião e num proselitismo frágil. Há, ainda, a vaidade e os interesses regionais que reduzem as possibilidades de um discurso abrangente para o eleitor. Até mesmo o papel fiscalizador da oposição está desmoralizado pelas mesmas razões que esta acusa o governo : há "ligações perigosas" de todos os partidos, em diversas esferas governamentais, com esquemas de corrupção e tudo mais que verificamos nos jornais diários. Portanto, o que vimos, até agora, do principal opositor à candidatura de Dilma, foi muito pouco estimulante do ponto de vista eleitoral. Serra deveria seguir a sua própria máxima: "é preciso avançar!".

A política econômica de Dilma

De forma absolutamente sucinta podemos resumir as propostas da candidata do PT: ela é a favor de tudo o que aí está. Sem tirar nem pôr.

Ausência de Lula no Canadá


O Itamaraty e o Planalto precisam burilar a desculpa dada para cancelar a participação de Lula, na última hora, na reunião do G-20 no fim de semana no Canadá. Logo o G-20 que Lula tanto incentivou e que serviu de bom palco diplomático para o presidente. Esta de coordenar a ajuda ao nordeste é bem fraca. Inicialmente porque uma "coordenação", em tempos de tecnologia avançada da informação, internet e tudo mais, se faz em qualquer lugar, em Brasília, em Toronto ou na Eslovênia. Dois dias fora de Brasília não mudariam nada. O presidente demorou a se dar conta da tragédia nordestina. Ela começou a explodir na sexta-feira, dia 18, e ele apenas sobrevoou o local uma semana depois, na quinta-feira. Até aí o governo não viu urgência na história a ponto de o presidente se afastar da campanha eleitoral para ver Pernambuco e Alagoas arrasados. A ausência de Lula, segundo olhares diplomáticos "não-itamaratianos", tem mais a ver ainda com as reações de seus parceiros ricos à ação brasileira no Irã e com o que o G-20 poderia decidir e acabou decidindo: apoiar ações drásticas de corte de déficits públicos por parte dos europeus, posição contrária à do Brasil e a dos EUA. O "cara" não é de entrar em bolas divididas.

G-20: a Europa falou grosso


Os EUA e os tais emergentes não acreditavam que a União Europeia viesse com um discurso tão pragmático e surpreendentemente unificado em relação à estratégia de superação da crise econômica que afeta o mundo. A posição europeia, como consta da nota acima, foi fiscalista: cortar o déficit fiscal drasticamente e assegurar a posição de crédito dos países do velho continente, sobretudo no caso da Itália, Portugal e Espanha. O Brasil ficou junto com os EUA neste tema, mas o diálogo entre ambos está truncado pela questão iraniana. Todos os países fora da esfera europeia queriam a continuidade do afrouxamento fiscal e monetário neste momento onde a recuperação é incipiente. Os efeitos desta divisão podem não ser sentidos no curto prazo, mas a união mundial em relação ao tema acabou. E há de repercutir no médio prazo.

Para a atenção xerife

A Petrobras perdeu em 2010, até sexta-feira, 25% do seu valor de mercado, correspondente à bagatela de US$ 52,9 bi. Um belo prejuízo. A empresa tem outros acionistas, além do governo Federal e negocia ações no exterior. Uma coisa é certa: parte desta desvalorização se deve ao falatório dos diretores da empresa e do governo em relação ao futuro da empresa. O "xerife do mercado", a CVM, está silenciosa demais, assistindo a tudo.

Contabilidade de padaria – o retorno


Incógnita

Se houve uma estratégia coerente com as projeções eleitorais para a escolha de Álvaro Dias como vice de Serra, e não só a tática minúscula envolvendo a eleição do PR, ela foi tão secreta que ninguém, até agora, fora do círculo íntimo do candidato tucano, atinou o que de fato seja. Um novo Maquiavel baixou nos poleiros do tucanato paulistano.

Areias ardentes

Aécio Neves, desde quando era governador de MG, tinha um hábito que não abandonou nem quando deixou o Palácio da Liberdade: costuma curar-se da agruras da política nas praias do RJ, sua cidade por adoção. Deve tomar cuidado ao pisar as areias cariocas neste tempo de confusão de vices no tucanato para não queimar os pés. Nunca seu nome foi tão referido em áreas de seu partido como nos últimos dias, a partir de sexta-feira. E não é de forma elogiosa. Ao que se diz: se ele quisesse não haveria tal confusão.

A imagem de Serra

Já informamos na nossa coluna passada que a campanha de Serra procurará enquadrar Dilma numa feição que seja negativa aos olhos do eleitor. Algo pessoal em que Serra é projetado como um "fazedor", um "professor", um "empreendedor", alguém que sabe projetar as suas virtudes pessoais em favor do povo. Dilma será a candidata "irritada", "de mal com a vida", aquela que é incapaz de "entender o povo" e assim vai. Tudo isto pode até funcionar, mas é algo de alto risco. Com Lula ao redor da candidata, esta estratégia pode não colar na governista. O eleitor pode ser até arisco, mas está longe de ser superficial.

"Não está cabendo mais"

Quanto mais Lula e Dilma alertam para os perigos do "já ganhou" - de público, pois no privado a vitória já é dada como conquistada no primeiro turno - mais cresce o salto agulha dos companheiros e aliados. As duas pesquisas, previstas para esta semana, do Vox Populi e do DataFolha, se confirmarem o que o Ibope escreveu no levantamento para a CNI, vai desencadear uma briga que já se trava clandestinamente pela divisão de um provável governo Dilma. Visto e ouvido em Brasília na quinta-feira: o PT não está disposto a pagar toda a conta que o PMDB está cobrando. Depois da urnas, medidos os votos, haverá acertos.

Ele só pode estar brincando

O líder do governo Cândido Vaccarezza sugeriu, como solução para arranjar recursos para a área de saúde – cerca de R$ 10 bilhões anuais que viriam da aprovação da regulamentação da EC 29 –, a aprovação também da legalização dos bingos. O dinheiro arrecadado com a taxação da jogatina seria destinado aos serviços públicos médico-hospitalares. Como deu tal declaração às vésperas do jogo do Brasil com Portugal e no auge das festas juninas, Vaccarezza só pode estar brincando.

Eles só podem estar brincando

Há muita gente certa de que, com muita pressão, vai faltar dinheiro público para construir um novo estádio em SP para a Copa de 2014, depois que a CBF comandou o descredenciamento do Morumbi. O governador substituto de Serra, Alberto Goldman, tem sido firme ao dizer que do mato do Palácio dos Bandeirantes não sai essa erva. O prefeito Gilberto Kassab não mostra a mesma convicção quando admite engenharias financeiras para bancar o projeto. Estádio para Copa do Mundo não é uma questão pública, é coisa privada. Vale lembrar, a propósito, uma declaração do jornalista britânico Andrew Jennings, especializado em negócios dos esportes ao jornal O Estado de S. Paulo deste domingo: "Qualquer brasileiro com mais de dez anos sabe que a corrupção em torno da Copa de 2014 já está instalada." Vamos guardar para comentar muito mais sobre o assunto no futuro.

Embalando Mateus

O governo mudou a lei para permitir que a Oi - ex-Telemar - comprasse a Brasil Telecom. Deu dinheiro público – empréstimos do BNDES, do BB, da CEF, investimentos do fundo de pensão – para financiar os maiores acionistas privados na transação. Acreditava-se, com isso e alguns pequenos e simples ajustes acionários, que estaria nascendo a grande multinacional brasileira de telecomunicações. Com forte viés estatal. Os ajustes não saíram ainda, um ano depois, porque não eram tão fáceis. A multinacional ainda está nas nuvens. E as dificuldades começaram a surgir, levando a nova multi - também conhecida como BrOi - a correr para as saias da madrinha. Primeiro, apareceu com um plano bilionário para ser a executora do Plano Nacional de Banda Larga. Era demais e não levou. Depois, foi pedir proteção contra uma eventual tentativa de compra por uma concorrente estrangeira. Agora, informa o Estadão, leva a Brasília um plano para montar um satélite brasileiro, em parceria com as Forças Armadas. Haja capital para os grandes sócios, que por acaso são do governo. Quem criou que ajude a embalar. Não foi por falta de aviso: a nova multi foi um negócio que poderia acabar nas arcas da viúva.

Desmoralização


Os ministros econômicos do governo estão se insurgindo, contra a proposta colocada na LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, a ser votada provavelmente ainda esta semana no Congresso, para garantir um aumento real para o salário mínimo também em 2011, maior do que o governo pretendia dar. Eles também estão fechados para evitar que o Congresso aprove uma série de bondades para vários setores com o dinheiro público em época de quermesse eleitoral. Alegam, com razão, que não há recursos para tanto. Não comovem. É argumento desmoralizado.

A viúva segundo um governista


Observação de um governista que não tem nenhum resquício de rebeldia na alma: "Eles sempre dizem que não têm dinheiro e depois arranjam, como foi no caso dos aposentados. Eles querem que a gente faça o jogo sujo, mas aqui ninguém é bobo. Vão chorar noutras freguesias."

(José Márcio Mendonça e Francisco Petros)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS (CAACE) EM CRATEÚS

O FIM DO FUTEBOL-ARTE?

Torcedores e "Especialistas" em futebol têm manifestado que os jogos nessa Copa do Mundo estão fracos, monótonos, chatos, carentes de emoção. Faltam gols, grandes jogadas, destaques individuais: vitória com dois gols de diferença é goleada. Se a Copa é chata, nela também se tem dado destaque às inúmeras falhas individuais: Green, goleiro titular da Inglaterra só no primeiro jogo, protagonizou um dos momentos mais constrangedores, na falha que resultou no gol de empate dos Estados Unidos; igualmente constrangedor, mas com menos destaque, foram os gols perdidos pela Nigéria contra a Coréia do Sul, que selaram sua sorte no mundial.

O que se repete como mantra é: a França foi uma decepção, a Inglaterra não tem correspondido, a Holanda ganha, mas não empolga, a Argentina vence, mas não convence, a Itália foi uma vergonha, as seleções africanas são um fiasco, a exceção de Gana. Espera-se espetáculo, mas ele não ocorre. Fiquemos com um clichê: grandes jogadas individuais dependem de espaços. Quando pegamos os diversos documentários à disposição nas bancas de jornal com a História das Copas, o que surpreende é ver como Pelé e cia. tinham espaços. Nesses mesmos documentários se pode ver que foi com o "Carrossel holandês" em 74 que os espaços foram ocupados. O futebol-arte da seleção brasileira da Copa de 70 não se repetiu nas edições seguintes do mundial: um lampejo e derrota em 82 e vitória em Copa do Mundo novamente com o futebol-pragmático em 94.

O que a Copa Sul-africana repete e acentua é o império da disciplina tática, da maximização da eficiência, da lógica de resultados. Grécia, Suíça e Sérvia, para ficar nessas, protagonizaram partidas em que o que menos queriam era a bola. Contentaram-se com a aplicação tática, com uma armação defensiva que tornava praticamente impossível vislumbrar uma atuação individual ou coletiva de efeito de seus adversários. Como superar o "ferrolho" de defesas fortemente armadas para eliminar qualquer espaço possível de criação em campo? Eis uma indagação que muitos comentaristas esportivos têm feito.

O que se tem visto é que os melhores momentos, os lampejos de espetáculo, ocorrem quando por uma razão ou outra uma seleção perde o ponto de equilíbrio tático e se lança sem organização em busca de resultado. Por paradoxo, entre esses grandes momentos, aquele em que, contra a disciplinada Eslováquia, a seleção italiana, conhecida pela disciplina, na iminência de eliminação se lançou sem disciplina nos minutos finais da partida para arrancar um gol que a classificaria e sofreu justamente um gol que a eliminou precocemente nessa primeira fase. Os comentaristas foram unânimes em realçar a falha absurda da defesa italiana: tomar um gol após a cobrança de um lateral. Com a ânsia para marcar um gol salvador, teria a defesa italiana frieza para se preparar taticamente para cobrir espaços na hora do lateral?

A discussão, como se vê, gira em torno de falhas de posicionamento, portanto, de organização tática. Quem faz essas observações, no entanto, muitas vezes clama pelo futebol-arte. Não seria o caso pensar que essa Copa Sul-africana decreta o ocaso do tal do futebol-arte? Pensemos no futebol como a "arte do movimento com uma bola nos pés". Arte é uma exceção, não regra. A repetição, ou a reprodutibilidade, faz pensar na produção em série e na satisfação consumista capitalista. Os obstáculos à criação são superados pelo gênio. Mas o gênio não se submete às exigências de espectadores que pagam para vê-lo satisfazer seus desejos. Tampouco o gênio desponta conforme as pranchetas que o conformam a uma posição no campo, como se o campo fosse um tabuleiro de xadrez. Uma das grandes graças do futebol está justamente na insurgência a regras, no imprevisto: a partida tem noventa minutos e o movimento da bola é imponderável. Quando ocorrerem lances, jogadas geniais, nessa Copa isso será fruto principalmente da genialidade de um jogador para superar esquemas táticos, aproveitar falhas que o coloquem na condição de fazer valer o futebol-arte.

Otimismo ingênuo? Não, apenas a percepção de que as condições para a realização da arte do movimento com a bola nos pés atualmente não são as mesmas da Copa de 70. De qualquer forma, se, de fato, como o futuro assim o revelar, essa Copa representar o fim da arte no futebol, há poucas razões para acreditar que os torcedores tenham pulsões masoquistas para a chatice da maximização da eficiência com a disciplina tática. Claro, ainda por um tempo a publicidade se ocupará da ilusão: enquanto movimentar quantias vultosas e interesses, quem se beneficia com isso terá razões para apresentar embalagem bela por fora e vazia por dentro. Assim sendo, o futebol não se diferenciaria muito da Fórmula 1: o melhor piloto dispõe do melhor carro, sem um novo e imprescindível "pacote", não há carro nem há bom piloto na F1.

Futebol-arte e disciplina tática à parte, as seleções africanas são o destaque negativo dessa Copa. A Copa das Nações Africanas, disputada no início do ano e vencida pelo Egito, que não está na África do Sul, já o prenunciava. Mas quando se pensa em arte ou disciplina, nada disso se viu nas seleções africanas. Gana, a única a passar da primeira fase, não mostrou futebol vistoso ou disciplinado - circunstâncias bem específicas garantiram sua classificação. Costa do Marfim e Camarões, com jogadores como Drogba e Eto'o, acentuaram que dos países africanos não se pode esperar muito, mesmo com jogadores que são reconhecidos entre os melhores do mundo. Para as seleções da África, esta seria a Copa para mostrar que apresentaram "evolução", mas isso não aconteceu e a seleção de Gana, mesmo tendo passado para as quartas-de-final, não revela novidade alguma.

Vale por fim destacar que há muitos assuntos recorrentes e que evidenciam incompreensão sobre um evento cercado de tantos interesses. Uma observação recorrente é sobre o arranjo dos grupos e possíveis cruzamentos. Essa Copa tem evidenciado que cada partida tem características bastante próprias. Quem acreditar que cruzar com uma seleção supostamente mais fraca terá vantagem, se engana. O grupo da Itália, aparentemente fácil, deu a senha. Seleções com melhor aproveitamento na primeira fase têm contra si o fantasma da derrota e desclassificação num único lance. Uma competição chata e sem emoções é também marcada por inúmeras falhas individuais e de posicionamento tático. E um gol, não se pode esquecer, pode bem ser uma goleada; basta lembrar que foi assim que a Sérvia, última de seu grupo, venceu a Alemanha, que assim venceu Gana, que igualmente assim venceu a Sérvia.

Humberto Pereira da Silva

domingo, 27 de junho de 2010

PATRÍCIA VOTA EM TASSO PARA O SENADO



A senadora Patrícia Saboya (PDT) anunciou que vai votar em Tasso Jereissati (PSDB) para senador. Foi durante rápida entrevista , ao chegar ao ginásio do Clube Náutico, onde ocorre a convenção estadual do seu partido. Ela disse que Tasso tem serviços prestados e que, embora na oposição, mostrou-se umm político “sério e ético”.

Sobre a eleição presidencial, informou que vai seguir a orientação da direção nacional pedetista. Ou seja, votará em Dilma Rousseff (PT).

Ao chegar ao ginásio, Patrícia foi ovacioiada e confirmou que disputará vaga de deputada estadual e que terá Ciro Gomes como um dos seus principais cabos eleitorais.

(Do blog do Eliomar)

DOMINGOS FILHO É O VICE DE CID GOMES


O presidente da Assemblea Legislativa, Domingos Filho (PMDB), é o pré-candidato a vice-governador de Cid Gomes (PSB). A decisão foi acertada na madrugada deste domingo.

Cid fez o anúncio em seu twitter e, a partir das 11 horas, em clima de convençã conjunt ado PSB com demais partidos aliados, estará chegando ao ginásio do Colégio Evolutivo, para confirmar a novidade.

Nessa articualação política, saiu ganhando PMDB duas posições e não o PT que queria igual espaço na chapa. Além de Domignso Filho na vice, o partido conta com o seu presidente regional, deputado federal Eunício Oliveira, como pré-candidato a uma vaga de senador.

EIS O COMUNICADO:

“Escolhi o atual Presidente da Assembléia Legislativa, deputado Domingos Filho como meu candidato a Vice-Governador às próximas eleições.
A seriedade e a competência do deputado Domingos Filho são amplamente reconhecidas entre os que observam o processo de formação de lideranças em curso no Estado do Ceará.
Está comigo na luta por acelerar o progresso do Ceará desde a primeira hora.
Bacharel em direito, representante de ampla fração da população cearense, agrega à nossa chapa um necessário testemunho das potencialidades e desafios de nosso interior aonde ainda se concentram os maiores problemas de nossa pobreza.

A escolha de Domingos Filho é ainda reconhecimento que faço à inestimável colaboração que a Assembléia Legislativa cearense vem fazendo ao momento de paz política, dialogo plural e ampla participação de todas as forças cearenses em meu governo. É a esta articulação que atribuo os grandes avanços que nosso Estado vem experimentando ao longo dos últimos anos.

Respeitado por todas as forças político-partidárias cearenses, tenho convicção de que Domingos Filho prestará ainda maiores serviços aos cearenses acaso tenhamos o privilégio de poder contar mais uma vez com o apoio de nosso povo e ele possa ajudar-me como nosso futuro Vice-Governador.

Agradeço aos partidos políticos de minha ampla coligação a delegação que me deram para escolha do candidato à Vice-Governador ao mesmo tempo em que estou convicto de que Domingos Filho será por todos reconhecido como a melhor escolha.

Cid Ferreira Gomes”.

(Do blog do Eliomar)