sábado, 29 de dezembro de 2012

MENSAGEM DO GRUPO GUARARAPES

O GRUPO GUARARAPES, ao se despedir de 2012, deseja que 2013 seja um ANO BEM-AVENTURADO. Muitos erros cometidos, no passado, foram realizados por homens que não acreditam nas VERDADEIRAS lições dos GRANDES MESTRES.

Há MUITOS milhões de anos, seus fins, sempre, foram às 24.00 horas e 1º de janeiro começando a zero minuto. O mundo, sempre, avançando, e o HOMEM BUSCANDO A FELICIDADE.

Se ele compreendesse que ela, FELICIDADE, ESTÁ ALOJADA NO NOSSO ÂMAGO, PODENDO SER CUIDADA POR NÓS, tudo seria mais fácil.

“Para atravessar corretamente um rio, é preciso escolher o lugar certo”. A vida é este lugar. Ou aí ou o afogamento. Para escolher há necessidade de:

1 . “Estudar é polir a pedra preciosa; cultivando o espírito, purificamo-lo”. Confúcio.

2. “A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta”. Buda

HOMENS SÁBIOS indicaram a passagem certa do Rio. Analisando-a, com profundidade, como nos manda CONFÚCIO, teremos a paz interna (FELICIDADE) de BUDA.

VAMOS, EM 2013, PENSAR COMO, ASSIM, FIZERAM-NO ALGUNS SÁBIOS, NO PASSADO? NÃO IREMOS ENCONTRAR A FELICIDADE? Penso que sim.

1 . MOISÉS: “Não jurarás, em nome do Eterno, teu Deus, em vão; guardarás o dia do Shabat; Honrarás a teu pai e a tua mãe; não matarás; não adulterarás, não furtarás; não darás falso testemunho; não cobiçarás a mulher do teu próximo e não desejarás a casa do próximo”.

2 .PERICLES: “Só o amor da glória não envelhece, e, na idade avançada, o principal não será o ganho, como alguns dizem; mas, ser honrado”.

3 . EPICURO: “ o maior bem é a prudência”.

4 .CATÃO, O VELHO: “A cupidez e o luxo, flagelos que subverteram todos os grandes impérios, assolam a cidade”.

5 . BUDA: “O homem perverso que censura o virtuoso é como aquele que olha o alto e escarra para o céu; o escarro não manchará o céu, mas recai e suja a sua própria pessoa.”

6 . CÍCERO: “Nada se deve anelar do fundo da alma, senão a auréola da honra”.

7 . CHAPLIN: “O caminho da vida pode ser os da liberdade e da beleza, porém desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens. Levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios”!

8 .ORTEGA Y GASSET: “A vida é um ato que se projeta para frente”

9 . RUI BARBOSA: “A pátria não é um sistema, nem é uma seita, nem um monopólio, nenhuma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não inflamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo. Porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor. No próprio patriotismo armado o mais difícil da vocação, e a sua dignidade não está no matar, mas morrer. A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem a ambição: é, simplesmente, a defesa. Além desses limites, seria um flagelo bárbaro, que o patriotismo repudia...”



FELIZ 2013

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MINIMAMENTE FELIZ!


A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em "Paris" e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro "volta" a fechar ("ufa!") ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:

'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou "em casa assustado", ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.

Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido?

Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?

"Como" tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos.

E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente
em compasso de espera.

Leila Ferreira é jornalista renomada nas Minas Gerais e em todo o Brasil.

ORQUESTRA SINFÔNICA E CORAL KOHAR (ARMÊNIA)

A Orquestra Sinfônica e Coral Kohar, de Gyumri, no nordeste da Armênia, é conhecida por inovar músicas armênias tradicionais e conferir-lhes uma levada pop.

Foi fundada em 1997 pelo libanês de origem armênia Harout Khatchadourian.

Dirigida pelo maestro cipriota Sebouh Abcarian, com seus mais de 140 músicos, dançarinos e cantores do coral, as apresentações da Kohar geralmente se dão ao ar livre.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O NATAL E A ENERGIA DA CIDADE!


A cidade, soma de humanos, extensão de cada um de nós, possui uma volúpia sentimental, um vulcão de desejos, uma carga de energia. Assim como cada um de nós é notado pelos outros quando olvidamos de zelar o nosso corpo e cuidar da alma ou vice versa, igual avaliação crítica recai sobre a urbe.

A ética carrega em sua essência uma variável estética. Cuidar de si mesmo de forma agradável e prazerosa, cultuar o belo em suas dimensões externa e interna (estética) é também uma forma de bem querer ao outro, um modo de respeito ao próximo (ética).
Compreender essa dimensão da realidade é essencial para realizarmos a recepção da energia vital, capaz de alterar para melhor o estado em que estamos. O período natalino é uma dessas épocas em que ficamos mais receptivos aos influxos energéticos externos.

Segundo Graziella Marraccini, em 25 de Dezembro o mundo católico e cristão festeja o Santo Natal. Mesmo que não sejamos católicos e que não cultuemos o nascimento de Jesus, podemos sentir como a energia desta data acaba contagiando a todos nós como uma onda de renovação e esperança, que melhora nosso humor e contagia nossos relacionamentos pessoais e sociais.

O Natal coincide com o Solstício de Verão no nosso hemisfério. O Solstício acontece em 21 de Dezembro às 09h03min e o Sol ingressa no signo de Capricórnio, em conjunção exata com Plutão!

A mudança de paradigma está chegando, não é possível recuar mais! O Sol chega ao máximo de sua inclinação no Hemisfério Sul (a 23°45 tocando o Trópico de Capricórnio) e marca para nós o Solstício de Verão. Sol-stício quer dizer Sol estacionado: na verdade, o Sol 'parece estacionar' por algum tempo no nosso hemisfério nos oferecendo o máximo de calor.

Do mesmo modo ele marca o início do Solstício de Inverno no hemisfério norte. Os povos antigos daquele hemisfério costumavam marcar esta data com rituais destinados a pedir aos céus a volta da energia solar que se afastava com o longo inverno que iniciava. Eram feitos cerimoniais em todos os ritos, com cantos e implorações, cerimônias de acasalamento para simbolizar a fertilização da terra. Os homens, em sintonia com os céus, pediam aos deuses que não deixassem a Terra perecer sob o frio inverno e que enviasse novamente o Sol para renovar a vida que logo iria ressurgir sob a dura camada de neve. A Igreja católica aproveitou esses festejos pagãos para incorporá-los em sua liturgia, e fez de maneira que o Natal coincidisse com o nascimento de Jesus.

Assim os festejos do período natalino estão a indicar que, no momento em que a vida parece morta, a Terra torna-se gélida e fria e as árvores estão sem frutos, devemos manter a esperança do retorno da Luz, elevando nossas preces aos céus para pedir uma renovação da energia vital. Nossas rezas e rituais se parecem com os rituais antigos e também indicam a renovação de vida. Desta maneira, nos sintonizando com a energia solar, podemos renovar nossas esperanças e fazer com que nossos pedidos subam aos céus com uma energia especial, intensa, sincera, universal.

As pessoas e o seu coletivo, que são as cidades, carecem dessa sintonia renovadora. Albert Einstein conta uma experiência interessante que serve para esse momento. Estava num jardim e dois meninos brincavam. Num dado momento, um deles foi até uma fogueira quase extinta e com dois pauzinhos pegou uma brasa ainda incandescente e falou para o outro: quero que você carregue essa brasa, para outro lugar. O outro menino observou e ficou pensando. Einstein, observador, também ficou olhando e esperando o que o menino faria diante daquela situação que se apresentava como uma possibilidade de dor, de sofrimento. Eram amigos e seria difícil dizer não a uma pessoa querida. Então, para surpresa do cientista, o outro menino pegou na fogueira um pouco de cinza já fresquinha, colocou uma quantidade na palma da mão e disse carinhosamente ao amigo: vamos, coloque a brasa aqui em minha mão. E seguiram os dois pelo caminho. A brasa, protegida pela cinza, não queimava a mão do amigo. É isso: talvez a gente esteja necessitando dessa inteligência e amizade, para poder nos proteger da agudeza da vida.

Mesmo nos momentos mais conturbados, haverá sempre na fogueira de nossas dores e angústias um pouco de cinza fresca. Colocada em nossa alma, nos permitirá carregar nossos sonhos e projetos sem sofrimento.

E o Natal pode ser essa oportunidade!

(Júnior Bonfim, no Jornal Gazeta do Centro Oeste, Crateús, Ceará)

OBSERVATÓRIO

No início da década passada, Paulo Nazareno era Prefeito de Crateús e surfava sobre as ondas de uma enorme popularidade. Reeleito com folga, confortado pelo apoio de dois terços dos Vereadores, resolveu colocar o dedo na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Convidou os integrantes da sua base de sustentação para um convescote. Ouviu a opinião de cada um, mas já tinha a sua própria, ou seja, um nome previamente definido. Convocou a imprensa para uma coletiva e fez o anúncio formal do seu candidato a Presidente: Adairton Carvalho. Ato contínuo, e sem alarde, um grupo da própria base resolveu abrir uma dissidência. A insatisfação era muito mais com a forma como o processo houvera se desenrolado do que mesmo com o seu desfecho. Poucos dias antes da eleição, já dispondo de maioria, o grupo se ausentou da cidade e só reapareceu na hora de votar. Resultado: o Prefeito perdeu!

REPLAY

Alguns pares de anos depois foi ensaiada uma repetição da cena: o edil Adairton é indicado à Presidência da Câmara. Mudou o Prefeito. O Vereador é rigorosamente o mesmo. Permanece inalterado o cerne das relações entre Executivo e Legislativo: na contramão das aparências, os Vereadores temperam os alimentos com a pimenta da esperteza. O mais ingênuo ingere uma sardinha sem abrir a lata. Portanto, todo cuidado é pouco. Surpresas poderão ocorrer.

DESEJO

Quem dera o ano de 2013 se descortinasse sob o influxo de novas energias e o Legislativo revolucionasse sua pauta. Caixa de ressonância da sociedade, a Câmara bem que poderia liderar um movimento de congregação das inteligências da cidade visando à construção de caminhos e soluções para os nossos mais graves desafios. Está na hora de se inaugurar um rumo propositivo para a busca de uma cidade ecologicamente saudável, culturalmente avançada, economicamente equilibrada, convivencialmente pacífica, politicamente justa. A Câmara de Fortaleza, durante a gestão ex-Presidente Salmito Filho, arregimentou as principais forças vivas da sociedade fortalezense para estudar os grandes problemas da Capital e alinhavar soluções. Daí nasceu, dentre outros Programas, a Sala do Empreendedor, o Câmara Móvel, o Câmara Ambiental e o Câmara Cultural. Na gestão atual, do Presidente Acrisio Sena, esse trabalhou continuou e foi fortalecido com o apoio enfático às ações culturais. A Câmara de Crateús bem que poderia seguir essa trilha, mobilizando escolas, sindicatos, igrejas, empresários, artistas e líderes de uma maneira geral.

POINT

Nos últimos meses vários empreendimentos comerciais foram abertos em Crateús. Há um, em especial, que desperta a atenção por priorizar um filão ainda pouco explorado: a cultura. Trata-se do Armarinho Literário, idealizado pela professora e escritora Ana Cristina, que aproveitou a esteira de tradição do antigo Armarinho liderado por sua tia Mimosa Vale e ali fez a sua tradução para o tecido das letras. Ler é um dos mais vitaminados alimentos para o espírito. Incentivar a leitura é estimular o engrandecimento pátrio, pois, como ensinou Monteiro Lobato, “um País se faz com homens e livros”. Assim sendo, aplausos à iniciativa!

GONZAGA

Outro escritor que também teve um rasgo de iluminação alvissareira foi o Dideus Sales. Num momento em que o País inteiro, merecidamente, explodiu em comemorações alusivas ao centenário do seu maior sanfoneiro, Luiz Gonzaga, o poeta Dideus Sales brinda os fãs do Rei do Baião com um esmerado livro que prima pela pujante originalidade e delicada beleza: “Luiz Gonzaga - muito além de um sanfoneiro”. Gonzaga foi um sujeito como qualquer um de nós, nascido nesta geografia extraordinária chamada Nordeste. Aprendeu, desde cedo, a respeitar o pai, Januário. Teve o Juazeiro como testemunha do primeiro amor. Viu, na estrada de Canindé, o galo campina que, quando canta, muda de cor. Lamentou a flor que estava aqui e o peixe que é do mar, que a poluição comeu. Alertou ao doutor que uma esmola, para um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão... O novo livro do Dideus é mais um lírio que brota do seu germinal vale poético.

ALC

Na última terça-feira, dia 18 de dezembro, a Academia de Letras de Crateús esteve reunida com o fim de ultimar os preparativos para anfitrionar em grande estilo o Encontro Estadual de Escritores, que ocorrerá em Crateús no início de março de 2013. Dentre outras atividades será realizada uma solenidade de reposição do busto do escritor José Coriolano de Sousa Lima na praça que leva o seu nome, ao lado da Catedral. Esse resgate histórico - idealizado pelos acadêmicos Edmilson Providência, Flávio Machado e Raimundo Cândido – é uma ação das mais louváveis, pois disponibiliza às atuais gerações a memória do mais expressivo poeta que Crateús de ao mundo.

PARA REFLETIR

Há na minha província uma ribeira,
Um sertão, onde eu vi a vez primeira
Sorrir-me da existência a doce luz:
Tem o nome da tribo que o habitava,
Quando ao rude tapuia entregue estava,
Esse nome, sabei-o, - “Crateús.”
(José Coriolano)

(Júnior Bonfim, no Jornal Gazeta do Centro Oeste, Crateús, Ceará)