sábado, 23 de junho de 2012

MY WAY - por Elvis Presley

UTOPIA CABLOCA




Fazer amigos é um atributo indispensável a todo ser humano. É uma tendência própria que depende unicamente do caráter e do temperamento de cada um. Alguns já nascem com um manual embutido na pele e fazem amizades instintivamente, pela água, pela terra e pelo ar.

O Luiz Bonfim – um esclarecido e erudito cidadão de vida boa – pertence a essa espécie, e não passa muito tempo sem regar suas afeições e suas estimas, mesmo quando um companheiro querido já foi recompensado com o merecido descanso da fatigante faina terrestre. Veio da cidade de Fortaleza, com inoportuna urgência, prestar as últimas homenagens ao amigo e colega aposentado do Banco do Brasil, Francisco de Matos Melo, a quem chamavam de capelão, pela atenção e imensa cordialidade com que atendia às pessoas, indistintamente.

Nos momentos tristes de um funeral, em que se velam as últimas horas de um falecido com o pesar familiar e as cordiais despedidas dos amigos, uma melancolia desabrocha nas almas ali presentes, trazendo à tona as mais diversas recordações da vida que se transmutou em outra enigmática vida.

Acompanhávamos, na marcha penosa, o cortejo fúnebre relembrando o exemplar servidor que representava a figura emblemática do “Matos”, pensando que o País seria bem mais “Brasil” se houvessem muitos, como ele, empenhados com denodo, dentro das repartições públicas.

Um clarão nos surgiu rápido, quando passamos em frente ao Externato N. S de Fátima, na Frei Vidal, relembrando um inusitado encontro revestido de mistério, quando o profeta capuchinho Frei Vidal, o Pe. Juvêncio, o ilustríssimo Dom Fragoso e o bondoso Alfredinho vieram ao encontro deste propenso poeta para confabular e alertar sobre alguns sigilos, mas nada muito sobrenatural.

O séquito, após a encomenda do corpo na Igreja da Matriz, atravessa a Praça José Coriolano e desce o “Beco do Seu Raimundo Bezerra”, na Rua Carlos Rolim, rumo à última morada, o acolhedor cemitério São Miguel. O triste repique do sino, em despedida, me fez recordar um singelo verso de minha larva: “E na memória do Sino / plena em presságio, / cabem todas as almas / dos desvanecidos corpos.” Já ao pé do túmulo, alguém se pronúncia florejando os atos de um benfeitor e a confirmar a benquerença ao amigo que parte.

Em voz baixa, confidencio: – Amigo Luiz, este momento de despedida me lembra o discurso de Marcos Antonio no funeral de Júlio Cesar “Amigos, romanos, meus concidadãos, deem-me ouvidos. Vim para enterrar César, não para louvá-lo. O bem que se faz é enterrado com os nossos ossos, que seja assim com César.” O Luiz, um espírito perspicaz, já refletia sobre outra observação que lhe incidia sobre o olhar, perplexo:

– Raimundo, observe aonde o amigo Matos vai ser enterrado! É o túmulo do Luiz de Araujo Melo, o sogro, conhecido como Luiz Mano. E me testando, pergunta: – Você sabe quem foi ele?

Já tinha algumas referências sobre aquele crateuense que fora Diretor da Escola Técnica de Comércio e o orador oficial da primeira turma de contadores em 1948, época em que formatura, além de requerer uma grande festa, era um ritual de passagem para uma vida digna de trabalho e responsabilidades, familiar e social. Sabia que tinha sido um homem honrado e bondoso e que ajudava até os carreteiros do mercado, quando para estes, trabalho não havia. Soube que a sua morte, por um apêndice supurado, causou uma enorme comoção na cidade, abalo igual só na morte do Dr. Olavo Cardoso, pois eram cidadãos amados pelo povo.

O rejuvenescido Gravatinha, carinhosa alcunha do Bonfim, professoralmente continua na sua explanação sobre o Luiz Mano, um cidadão que Cratéus não podia e nem deve esquecer.

– Professor Raimundinho, fora essas informações que você já sabe, o Luiz Mano foi um ativo vereador de nossa cidade, numa época de UDNs, PSDs, curais eleitorais, votos comprados, políticos vendidos e outros vis crimes eleitorais. Ele exercia sua atividade política com consciência, com a mais limpa honestidade, voltada para uma benfazeja cidadania. Era simpatizante de um socialismo inofensivo e sentimental, que podemos até chamar de utopia cabocla. Na época, pelo rádio, se ouvia falar nas greves dos trabalhadores, lá em São Paulo, em luta por melhores salários, por uma vida digna e melhor, citavam as convenções de um Partido que conclamava a batalha pela reforma agrária, à luta pelo “Petróleo é Nosso”, pela concentração de esforços contra o imperialismo americano. Por aqui, em 1943, onde até a Câmara Municipal vivia momentos conturbados, pois havia duas assembleias constituintes, uma verdadeira e outra falsa, dividindo os vereadores, uma terrível mão invisível chegou. A perigosa concepção de um senador iaque, Mccarthy, para combater e perseguir todos aqueles que tivessem alguma relação com o comunismo de um mundo bipolar, era uma imperceptível garra feroz e destruidora, que por aqui também sobreveio. Uma simples imagem na alma de um povo ignorante e ingênuo logo vira um fato concreto, e num instante os comunistas estavam em todo canto, devorando criancinhas. Os soldados aliciados para uma guerra invisível são os piores soldados, não sabem por que lutam, por que matam ou morrem! As unhas afiadas do mecartismo ganhavam adeptos. E o Luiz continua a falar, se empolgando cada vez mais, como se revivesse aqueles instantes:

– Aquele foi um momento perigoso, Raimundo! O Luiz Mano tramou um comício, planejou uma assembléia popular, na Praça da Estação, e convidou seus inúmeros amigos e os muitos simpatizantes de suas ideias, já que nem a câmara municipal se entendia. Mas, às vezes, entre os amigos existe a dissimulação, e o fingimento correu a gritar nos ouvidos da incivil estupidez.

O zelo mais excessivo do capitalismo achava-se alojado na igreja, encoberto, inconscientemente, pelas batinas. O diligente Pe. Bonfim, já não se entendia bem com o professor Luiz Mano, um sujeito de ideias estranhas e chegado a esse comunismo de Karl Marx que ousava afirmar: “A religião é o ópio do povo”. Com uma propícia ajuda, convocou a milícia de Sobral, que chega disfarçada no intuito de impedir a abertura de uma Loja Maçônica, o braço direito do diabo, a filial do império das trevas, como dizia a igreja católica na época. E logo na véspera da chegada da Santa Peregrina, acontecer esse primeiro comício de esquerda nos Sertões de Crateús, era inadmissível.
– O comício já iniciara quando, de repente, chega o Pe. Bonfim, colérico, conduzindo a polícia e uma multidão de fieis, todos propensos a uma guerra santa: “Viemos, em nome de Deus, acabar essa pouca vergonha, de quem não tem fé e quer enganar o povo, com esse comunismo diabólico que veio para destruir a religião e a democracia.”

– Raimundo, não houve um tiro. Somente o trabalhador Luiz Mano, em serena calma, enfrentou as chispas e os raios desferidos pelo Pe. Bonfim. Como um cidadão íntegro pediu para que os correligionários fossem para casa, evitando prisões e derramamentos de sangue, mas consciente de que, aquela ira toda não vinha da voz de um sacerdote ali presente, e sim das garras do capitalismo ganancioso que ganhava vida e voz, e vencia mais uma batalha, mas não a guerra.

A cerimônia fúnebre chegará ao fim, e fiquei a imaginar que o lacre que colocaram naquela lápide não encerrou uma vida, como disse Marcos Antonio no funeral de Júlio Cesar, o bem que se faz não é enterrado com os nossos ossos, ele fica como um exemplo para outras vidas que merecem ser vividas com denodo e coragem de um heróico Luiz Mano ou como a obsequiosa humildade de um prestativo Matos Melo.

Despeço-me do amigo Luiz, que resolve voltar para seus urgentes afazeres na capital e sigo no caminho de casa a cantarolar, involuntariamente, a bela música utopia, do cantor e agente pastoral Zé Vicente (Quando o dia da paz renascer / Quando o Sol da esperança brilhar / Eu vou cantar // Vai ser tão bonito se ouvir a canção / Cantada de novo / no olhar da gente a certeza de irmãos / reinado do povo) fascinado com aquela história de um herói real e crateuense que pretendo mostrar para meus filhos, que sonham com os imaginários guerreiros de uma distante literatura.

Raimundo Candido

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO - EIS A MENSAGEM DE HOJE!







Evangelho - Mt 6,24-34

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
24Ninguém pode servir a dois senhores:
pois, ou odiará um e amará o outro,
ou será fiel a um e desprezará o outro.
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
25Por isso eu vos digo:
não vos preocupeis com a vossa vida,
com o que havereis de comer ou beber;
nem com o vosso corpo,
com o que havereis de vestir.
Afinal, a vida não vale mais do que o alimento,
e o corpo, mais do que a roupa?
26Olhai os pássaros dos céus:
eles não semeiam, não colhem,
nem ajuntam em armazéns.
No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta.
Vós não valeis mais do que os pássaros?
27Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida,
só pelo fato de se preocupar com isso?
28E por que ficais preocupados com a roupa?
Olhai como crescem os lírios do campo:
eles não trabalham nem fiam.
29Porém, eu vos digo:
nem o rei Salomão, em toda a sua glória,
jamais se vestiu como um deles.
30Ora, se Deus veste assim a erva do campo,
que hoje existe e amanhã é queimada no forno,
não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?
31Portanto, nóo vos preocupeis, dizendo:
O que vamos comer? O que vamos beber?
Como vamos nos vestir?
32Os pagãos é que procuram essas coisas.
Vosso Pai, que está nos céus,
sabe que precisais de tudo isso.
33Pelo contrário, buscai em primeiro lugar
o Reino de Deus e a sua justiça,
e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.
34Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã,
pois o dia de amanhã terá suas preocupações!
Para cada dia, bastam seus próprios problemas.'
Palavra da Salvação.

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Essa passagem me causa conforto, pela sua essência, suavidade e todo o contexto em que foi transmitida. Fecho os olhos e me imagino com Jesus, naquele momento, sentada aos seus pés, ouvindo-o falar das coisas simples e de como a vida é bela e segura sob seus cuidados. Posso sentir o silêncio de vozes humanas e o pulsar da natureza orquestrado pelos céus. Jesus andando entre os discípulos, e sua mensagem penetrando como um bálsamo suave nos corações. : ...”Olhai para os lírios do campo como eles crescem, não trabalham nem fiam... se Deus assim veste a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós homens de pouca fé?” Mt 6:28-30.

Os Lírios em Israel

A palavra grega para "lírios" significa "flores silvestres". O biólogo Israelense Ori Fragman-Sapir, cientista chefe da Universidade de Jerusalém Botanical Gardens, escreveu um artigo intitulado "Wild Allium Espécie em Israel". Nele relata que existem 250 espécies de lírios desde Israel, ao Irã e Turquia. Nos campos de Israel , especificamente, foram catalogados 39 tipos de allium florescendo pelos campos.

Jesus poderia esta se referindo a qualquer uma dessas espécies, ou a todas elas. Alguns tipos de lírios não possuem raiz, secam rapidamente. Dessa forma, era costume da época reunir as flores secas e usa-las para queimar nos fornos a fim de aquecer a temperatura. Talvez isto explique a fala de Jesus: "a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada ao forno".

Provavelmente, ao proferir o sermão não houvesse lírio algum a sua volta, segundo pesquisadores, era verão. Não importa. Creio que todos entenderam perfeitamente o que Jesus falou. Assim como penso que cada vez que um daqueles discípulos contemplava um lírio, a mensagem transbordava no coração.

(Por Wilma Rejane)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

FELIZ ANIVERSÁRIO, LEONARDO!




Leonardo Macedo é um mestre. Multifacetário. É formado em Administração, Contabilidade e Direito. Entende os meandros da boa gestão, passeia com tranquilidade pelo desvio padrão de todos os cálculos e enfrenta com serenidade os obstáculos epistemológicos que surgem nas estradas do direito.

Desvenda com facilidade os mistérios da alma humana, é um acurado observador dos trejeitos alheios e é um eficiente imitador dos amigos.

Acima de tudo, é um amigo fraterno. Adora encarar com leveza os arroubos de dureza da vida.

Por isso, hoje o saudamos e desejamos um maiúsculo FELIZ ANIVERSÁRIO!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

CONJUNTURA NACIONAL

A artrite...

Nesses tempos de papa velhinho, que tal abrir a coluna com esta historinha?

O bêbado entrou no ônibus aos tombos. Malvestido, sujo, tossindo, tropeçando, tremendo, com um jornal na mão, sentou-se ao lado de um padre. A cada arranco do ônibus, tombava para o lado do padre, que, irritado, o empurrava sem piedade ou indulgência, e com nojo. O bêbado abriu o jornal, tentou ler, mas não conseguia porque tremia muito, bateu no braço do padre:

- Padre, o que é artrite?

- É uma doença muito ruim, muito triste, muito feia, muito nojenta, que dá nas pessoas que bebem muito.

- E mata, padre?

- Mata sim, e mata rápido. Ou o doente para de beber ou morre logo.

- Padre, o senhor jura que não está me enganando não

- Juro por essa cruz que está aqui no meu peito. Não estou enganando. E tem coisa pior. Quem morre de artrite, porque não parou de beber, não vai para o céu, nem mesmo para o purgatório. Vai direto para o fogo do inferno.

- Coitadinho dele, padre.

- Dele, quem?

- Do Papa, padre. O jornal está dizendo aqui que o Papa está com artrite.

O padre se levantou, trocou de lugar, e foi lá pra frente. (Da pena engraçada do Nery)

Maluf reza por Haddad

Paulo Maluf até que tentou rezar por José Serra. A condição: ganhar posições no governo Geraldo Alckmin. Que não aceitou o pleito. Serra, por sua vez, prometia cargos na prefeitura, após assumir o cargo. Maluf correu para outro altar, o de Fernando Haddad, o "novo". E Lula, o papa, levantou a voz e articulou para ele um cargo no Ministério das Cidades. Os fins justificariam os meios. Uma Secretaria de Saneamento. Saneamento? Isso mesmo? Sim. O Brasil é mesmo o país da piada pronta. Mas é bom lembrar que o ex-prefeito já aderira a Marta Suplicy, em 2004, no segundo turno, quando ela disputou e perdeu a campanha para Serra.

Sob as bênçãos de Lula

O papa Luiz Inácio não teve como recusar. Maluf teria dito: quero fechar a aliança entre PP e PT na minha casa. E convidou Lula para dar uma chegadinha por lá. O ex-presidente da República chamou a patota da alta cúpula do PT paulista e lá se foi o grupo para os jardins do Paulo. Que não perdeu a pose. Acariciou a cabeça de um constrangido Fernando Haddad. Lula ficou no centro da foto. Sorrisos gerais. Abraços e apertos de mão. E assim foi selada a união do amor com o ódio. Expliquemos. Paulo Maluf proclamou que aderia a Haddad por "amor a São Paulo". Em passado recente, o PT destilava ódio contra Maluf. Inclusive, acirrou tanto o malufismo que conseguiu compor o verbo malufar. Vejam no dicionário o que significa.

Os néscios

"Não admira que os néscios se julguem muito sabedores, eles que têm a vantagem de desconhecer que ignoram". (Marquês de Maricá)

Partidos amalgamados

Não se pretende dizer que os outros partidos são puros, éticos, dignos, com escopos doutrinários e ideológicos. Não. Vivemos, hoje, o ápice da crise da democracia representativa: partidos sem doutrina, amalgamados; parlamentos em declínio; oposições funcionais, sem discurso; bases sem ânimo para participar. Vivemos, hoje, o ciclo da tecnodemocracia, que reúne a esfera política, as estruturas e quadros burocráticos e os núcleos de negócios. Como diria Maluf, não há, nesses tempos pragmáticos, nem esquerda nem direita; o que há são minutos e segundos de TV e rádio.

Haddad sobe

O efeito Lula começa a se mostrar. Fernando Haddad subiu de 3% para 8%. Deverá chegar aos 25%/30% históricos do PT em São Paulo. Serra permanece com os 30%, mas sua taxa de rejeição é de 32%, só superada pela rejeição de Netinho de Paula, do PC do B. Tudo indica que o segundo turno será disputado por Serra e Haddad. A pesquisa Datafolha constata, ainda, que a influência de Lula, em São Paulo, caiu 10 pontos percentuais, de 49% para 39%. Chalita mantêm-se praticamente na mesma posição. Ante uma campanha que tende a ser muito polarizada, será difícil para o candidato peemedebista romper o duelo entre tucanos e petistas.

Filosofia do Barão I

Pérolas do Barão de Itararé:

- Cobra é um animal careca com ondulação permanente.

- Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.

- Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

- Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem.

- É mais fácil sustentar dez filhos que um vício.

Marta fará falta?

A pesquisa Datafolha indica: Marta Suplicy não fará falta à campanha de Haddad. Ora, mais uma razão para a senadora desculpar-se e cair fora. Mas Lula vai deixar?

CPI das Águas Correntes

Para onde vai a CPI das Águas Correntes? Desembocará no oceano da Papuda ou no deserto dos inocentes? PT está rachado. Duas alas abrem visões diferenciadas. PT da Câmara estaria na retranca, acusa o PT do Senado. Cenários: Demóstenes condenado pelo Conselho de Ética do Senado e provavelmente também pelo plenário. Única quase certeza. O resto tem cheiro de pizza de condimentos variados.

Maluf na TV

Paulo Maluf diz que vai aparecer na TV pedindo votos para Haddad. O PT diz que ele não irá. A conferir.

O milionário

"O milionário, ao ser perguntado quanto dinheiro era o bastante, replicou 'só um pouquinho mais'. Reconhecia uma característica essencial da vida humana. Há razões positivas pelas quais o poder tende a ser uma bola de neve e é dado àqueles que o possuem". (Kenneth Minogue)

Erundina coerente

Luiza Erundina rejeita ser candidata a vice de Fernando Haddad. Acusando a estocada com a entrada de Maluf na coligação, não topou entrar no jogo. A foto da turma toda, junta, foi a gota d'água. Não será candidata. Alega, porém, que pedirá votos para Haddad. O PSB recusa a vice, mas comporá a aliança.

Luta de classes

Não se pode dizer que Luiza Erundina é uma oportunista. Sua conduta é elogiável. Continua a morar num pequeno apartamento, não tem a exibição peculiar dos políticos e é pessoa afável. Pode, sim, cultivar o seu socialismo, apesar de se constatar que os socialistas, nesses tempos pragmáticos, vestem roupas costuradas com os fios mais fortes do capitalismo. Luiza só erra quando compara uma eleição à luta de classes.

Pérolas do Barão II

- A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados.

- Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia ficará chato como o pai.

- O advogado, segundo Brougham, é um cavalheiro que põe os nossos bens a salvo dos nossos inimigos e os guarda para si.

- Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você.

Haddad perde ou ganha?

Pedem a este consultor uma análise do apoio de Paulo Maluf a Fernando Haddad. O petista mais perde ou mais ganha? Praticamente não ganha votos. Ganha, isso sim, um bom tempo de TV. Vital para a campanha petista, eis que significará mais visibilidade, mais exposição, maior poder de influência junto ao eleitorado. Nesse sentido, a parceria foi importante para o PT e Haddad. O malufismo vive um processo de declínio. Quem é malufista histórico - um contingente entre 6% a 8% em SP - não votará no PT. Tende a se identificar com um candidato mais conservador. Mas os petistas tenderão a fechar posição em torno de Haddad, sem Maluf ou com Maluf. O PT é uma religião. Setores médios, incluindo núcleos de profissionais liberais, que poderiam entrar na seara de Haddad, tendem a migrar para o território de José Serra ou mesmo para a área de Gabriel Chalita, do PMDB.

Aceleração

No segundo semestre, a economia deverá se expandir. Trata-se de otimista previsão dos economistas. Mas o PIB deste ano deverá ficar em torno de 2,5%, até menos um pouco. Já o de 2013 é visto em torno de 4%.

Dilma e as indicações

Os bastidores políticos começam a esquentar a panela. As indicações de que a presidente Dilma quer influenciar as eleições de presidente do Senado e da Câmara deixam nervosos partidos da base, principalmente o PMDB. Aliás, não apenas Dilma quer eleger os perfis de sua preferência. De norte a sul do país, o PT faz suas listas. Impõe nomes. Queima todos aqueles que não comungam de sua orientação.

Texto anódino

Os ambientalistas começam a pichar o texto final da Conferência Rio+20, sob coordenação do Brasil. Dizem que o esboço é uma decepção. O texto não trará impacto sobre a vida das pessoas. Não há nele menção de metas ou objetivos. O evento olha mais para o passado do que para o futuro.

O tirano

Maquiavel conta no Livro III dos Discursos sobre os primeiros dez livros de Tito Lívio a história de um rico romano que deu comida aos pobres durante uma epidemia de fome e que foi por isso executado por seus concidadãos. Argumentaram que ele pretendia fazer seguidores para tornar-se um tirano. Essa reação ilustra a tensão entre moral e política. Mostra que os romanos se preocupavam mais com a liberdade do que com o bem-estar social.

Mensalão

Não dá para adivinhar. Mas é possível chegar-se a um cenário em que, dos 38 acusados no mensalão, alguns entrarão na faixa de penalidades que já prescreveram. O cenário de inocência geral é o que menos cabe na leitura dos analistas.

Pérolas do Barão III

- Mulher moderna calça as botas e bota as calças.

- A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

- Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.

Conselho aos assessores políticos

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado aos comandantes do planeta, presentes ou não na Conferência da ONU, Rio+20. Hoje, sua atenção se volta aos assessores políticos:

1. Procurem compor para seus candidatos uma forte identidade. Que estabeleça um diferencial, qualidades, características diferentes de outros contendores.

2. Arrumem um programa de campanha que atenda as demandas da coletividade. E tentem evitar a linguagem das generalidades, coisas abstratas, frouxas, difusas.

3. Componham para seus candidatos um amplo painel sobre as forças e fraquezas, ameaças e oportunidades. Planejem a campanha com o espelho desta planilha.

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(Gaudêncio Torquato)

terça-feira, 19 de junho de 2012

HOMENAGEM



POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL


A Grécia votou

Não se pode dizer que os gregos deixaram de votar pensando em ficar na chamada "eurolândia". Afinal de contas, a Nea Democratia é o partido que incorpora a visão mais eurocentrista dentre todos os partidos gregos. Além disso, a coalizão a ser formada pode alcançar uma maioria relativamente folgada num país que viveu uma inusitada fragmentação política. A pressa em formar um novo governo e a tentativa de atrair para a coalizão mais que os partidos "tradicionais" indicam que os gregos buscam uma saída para a tragédia na qual entraram. Todavia, a probabilidade de ficar no euro é pequena. Isso porque nos próximos meses haverá um grande acúmulo de pagamentos e as pressões sobre o novo governo serão enormes. A disposição da Alemanha de Merkel em flexibilizar a rigidez fiscal está muito mais vinculada ao necessário proselitismo pró-europeu que algo efetivo para que os países voltem a crescer. De toda a forma uma coalizão mais sólida entre os helênicos pode servir para que a saída do euro seja possível, sem que isso provoque uma hecatombe. Veremos.

Espanha e Itália

O risco da Espanha já está em níveis da América Latina dos anos 80. O mais incrível é que a União Europeia já injetou 100 bi de euros para salvar o sistema financeiro e os analistas acreditam que serão necessários mais 80-90 bi para que exista estabilização. Enquanto isso, os investidores, dotados do famoso espírito de "debandada", já voltam seus canhões especulativos para a Itália. A cada leilão de títulos públicos o risco-país sobe e o financiamento se torna mais penoso para o erário. A sina da Itália será igual a dos outros países meridionais da Europa e a Irlanda. Todos sabem disso, mas o jogo geopolítico da Alemanha ainda permanece suficientemente forte para evitar uma revisão mais drástica do processo.

A calmaria durará pouco

Talvez os mercados ainda reajam nos próximos dias às notícias da eleição grega e da melhoria da volatilidade. Mas a coisa está mais para "tiro curto". Não há nada suficiente para reverter este processo agudo de contenção do crédito. É certo que não é hora para os otimistas, mas não deixa de ser horrível ter que dizer que o pior pode não ter passado.

Não vai jogar a tolha, mas...

O ministro Guido Mantega vai continuar jurando de pés juntos que o PIB semestral brasileiro, de julho a dezembro, será de 4,5%. Contudo, hoje todo o esforço da política econômica está voltado para não deixar a economia derrapar abaixo dos 2,5%. Mas será que funciona colocar o PIB num elevador movido a empréstimos - crédito para o consumidor e, agora, dinheiro para os governos estaduais ? No caso dos governos estaduais, inclusive, quem garante que eles não vão pegar recursos no BNDES para investimentos já programados, liberando recursos para outras despesas muito apreciadas em anos eleitorais?

Os pacotinhos estão saindo, mas...

... está faltando uma parte na contribuição que a presidente Dilma deseja que o setor público dê para acelerar o ritmo da economia brasileira: um ajuste nas contas oficiais, com cortes de despesas desnecessárias, para sobrar mais dinheiro para obras e investimentos. Não há incompatibilidade entre ajuste fiscal e investimentos, ao contrário do que querem fazer crer a "obtusidade córnea e má fé cínica" de alguns analistas oficiais e oficiosos.

Satisfeitos, mas nem tanto

Ninguém recusa dinheiro - e ainda mais uma boa bolada - oferecido com vantagens, como é o caso da linha de crédito de R$ 20 bi oferecidos pelo governo Federal aos governadores, via BNDES, com juros de família, de 7,1% ou 8,1% (com e sem aval). Agora, os 27 chefes de Executivo estaduais vão brigar para ver como o bolo será dividido, qual a cota de cada um nesse latifúndio. Tem também na mesa mais R$ 39 bi do BB. Tudo para obras e investimentos. Os governadores gostariam, porém não era isto - ou só isto - que eles queriam. O que eles pretendem mesmo do governo Federal é dinheiro para valer, não apenas empréstimos. Eles querem melhorar seu fluxo de receitas, permanentemente. Os governadores se queixam da perda de participação no bolo tributário nacional. Querem ver na mesa, por exemplo, a definição da nova divisão dos royalties do petróleo. Só depois aceitam discutir mudanças mais profundas no ICMS.

Ninguém reage, mas...

As cobranças da presidente Dilma a seus ministros, para que sejam mais ágeis ao tocar a máquina do governo, principalmente no que diz respeito à liberação de recursos para investimentos e programas, estão ficando cada vez mais duros. E incomodam. Mas ninguém reage abertamente. No privado, no entanto, muitos se justificam dizendo que o problema não é de seus ministérios e sim do "detalhismo" da presidente, que tudo quer ver e interferir nos mínimos detalhes, bem como da Casa Civil, por onde tudo tem de passar e não tem a agilidade que a presidente acha que deve ter - ou tinha no tempo dela. As orelhas de Gleisi Hoffmann devem arder todos os dias. Outras que estão ardendo um tanto são as da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. As duas estão começando a criar a fama de "engavetadoras".

Encanto quebrado?

A greve em mais de 50 universidades e instituições superiores de ensino federais caminha para completar seu primeiro mês. Parece o primeiro sinal claro de que os dias da pax sindical que Lula celebrou com as centrais sindicais e o funcionalismo público Federal estão contados. Já houve paralisações nos metrôs federais e, na semana passada, boa parte dos médicos do SUS pararam por um dia. E, como se diz nos meios sindicais, "há indicativos" de que outros movimentos podem pipocar em greve. Uma turma do judiciário já fez manifestação pública na última sexta-feira.

Paredes com ouvidos

Certo hospital de SP - e acerta quem pensar no Sírio-Libanês - além de praticar excelente medicina, por motivos óbvios tem também dotes políticos, palco que é de atendimento de grandes figuras da República. Suas paredes são ágeis. Semana passada, dois personagens que bem conhecem tanto Dilma quanto Lula, pois prestaram atendimento a ambos, trocaram algumas confidências e concluíram que Dilma está afastada demais dos políticos, ao contrário de seu antecessor. E que isto pode sair caro para ela. Até aí não tem nada demais : o mundo político não ligado à presidente, mesmo seus aliados, pensa a mesma coisa. O intrigante é que o diagnóstico parece ter saído do pensamento do "Grande Eleitor".

CPI: não adianta correr

Vexames à parte, é inevitável a convocação do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, para depor na CPI. Há apenas um refresco esta semana porque se descobriu em Brasília que os deputados e senadores são imprescindíveis para os debates sobre os rumos do planeta na Rio+20 e estabeleceu-se um recesso branco na Câmara e no Senado. Porém, com a história da "tropa do cheque" e as primeiras revelações da quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico da empresa em todo o país, não haverá muitos parlamentares dispostos a botar a cara para bater. Nem com a blindagem que o PMDB e o PT criaram. O próprio Planalto, mesmo temendo alguns respingos pela proximidade da Delta com o PAC, não vai se meter neste pantanal para salvar quem quer que seja. A convocação do ex-diretor do DNIT, Luiz Antônio Pagot, também não escapa. A estratégia para evitar mais desastres será garantir a convocação, mas sem data para o depoimento, jogando tudo para agosto, depois do recesso parlamentar, na esperança de que o julgamento do mensalão e a campanha eleitoral arrefeçam as repercussões.

As contas da Delta

Esta coluna teve uma conversa reveladora sobre os pagamentos da Delta para "intermediários" das obras contratadas. Segundo as denúncias, incluídas as originadas das operações policiais, a Delta pagou algo como R$ 145 milhões às empresas suspeitas. Nossas informações de um profissional que detalhou as contas dos últimos quatro anos da empresa "está faltando dinheiro"... Ou seja, mais revelações virão à tona. Ou servirão para que as luzes não recaiam sobre os distintos beneficiários...

Só de longe

Quanto ao mensalão, não há hipótese de o Palácio do Planalto, se envolver ainda que muito discretamente, por baixo do pano, em qualquer coisa que diga respeito ao julgamento no STF. Bem que os envolvidos e seus padrinhos gostariam de algum gesto nesse sentido, porém vão ficar esperando sentadinhos para não cansarem muito. A turma de Dilma quer distância dessa bomba, é questão de outra turma.

Também não muito perto

O envolvimento da presidente Dilma na campanha eleitoral, a favor dos aliados, deverá ser muito menor do que todos gostariam vê-la ainda mais com a popularidade dela andando lá pelos 80%. Há pelo menos duas razões para isso: (1) ela quer manter uma posição mais institucional ; (2) há muita confusão entre os aliados em várias cidades importantes e isso pode criar problemas para ela com a base, quando algum partido se sentir preterido. A presidente vai ajudar, permitindo imagens nos programas eleitorais, até gravando mensagens. E dando ajudas indiretas, como fez esta semana ao reservar um lugar para um indicado de Maluf para o ministério das Cidades em troca do apoio do PP malufista ao petista Fernando Haddad em SP. Nada do engajamento do antecessor. No segundo turno esta determinação pode mudar.

Bananão e bananinhas

Morreu semana passada em Londres o jornalista e escritor Ivan Lessa, dono de um texto sofisticado e de fina ironia. Costumava chamar o Brasil de "Bananão", embora não deixasse de amar o país a seu modo e distante desde o fim dos anos 1970. O que a CPI fez na semana passada, com as mornas inquirições dos governadores Marconi Perillo (PSDB/GO) e Agnelo Queiroz (PT/DF) e a recusa em convocar para depor Fernando Cavendish e Luiz Antônio Pagot, parece uma homenagem do Congresso a Lessa - para provar que em matéria de política continuamos cada vez mais uma república bananeira, um Bananão.

Pêndulo eleitoral 1

De repente, o PT de SP, que parecia caminhar para o isolamento na disputa pela prefeitura paulistana, deu a impressão de sair da solidão. Na sexta-feira, conseguiu, com uma mãozinha da presidente Dilma e o grande empenho de Lula, dois trunfos eleitorais : emplacou Luiza Erundina, do PSB, uma política de boa imagem, e arranjou o apoio do PP de Paulo Maluf. Assim, aumentou o tempo no horário eleitoral obrigatório no rádio e na televisão. E ficou com a que, nas circunstâncias poderia ser a melhor vice para o quase desconhecido Haddad. Porém, nem bem saboreava essas vitórias e mais o resultado da pesquisa DataFolha divulgada no domingo, com seu candidato saindo da estagnação em que se encontrava a meses, passando de 3% para 8% nas intenções de votos dos paulistanos, o PT sofreu um duro revés. Erundina, que até havia ensaiado algumas justificativas para estar do mesmo lado de Maluf, um político que ela detesta e do qual sofreu muitas agressões, tão de repente quando aceitou ser vice de Haddad, anunciou que vai rever sua posição - na verdade, disse que não quer mais o lugar - seu estômago revelou-se delicado demais para engolir o malufismo. Lula, dirigentes do PT e do PSB ainda tentarão demover Erundina. Parece difícil. Agora, é medir o prejuízo que isso pode trazer para a campanha de Haddad.

Pêndulo eleitoral 2

No campo adversário, o PSDB de José Serra, que parecia navegar em águas limpas, além de perder os minutos eleitorais do partido de Maluf, está enrolado em tremenda confusão por causa da formação da chapa de vereadores de sua aliança. Ele quer um blocão, exigência dos outros partidos para apoiá-lo, porém a turma de candidatos do PSDB não quer a aliança nas eleições proporcionais, com medo de perder vagas especialmente para o pessoal do PSD de Gilberto Kassab.

Mal estar

Estão cada vez maiores as indisposições entre o PT e o PMDB e deste também, embora não confessada, com o governo Federal. Bons peemedebistas nem desconfiam mais, têm quase certeza de que se prepara uma cama para deixá-los mal nas disputas pelas prefeituras e diminuir seu poder de fogo na aliança governista. O epílogo desse processo seria cortar as candidaturas de Renan Calheiros à presidência do Senado, de Henrique Alves à presidência da Câmara e trocar de vice na chapa de uma reeleição de Dilma.

Rio+20

Quem for ao maior encontro sobre sustentabilidade nos últimos anos no planeta vai descobrir que os resultados objetivos da reunião foram deixados de lado pelos participantes, sobretudo pelos países mais desenvolvidos. Todavia, a simbologia mais intrigante do evento é o fato de se ver o Rio congestionado de carros, sem capacidade de operar eficientemente seu transporte público e os serviços (públicos e privados) de qualidade duvidosa. Haverá quem acredite que até a Copa e as Olimpíadas as coisas melhorem, mas a amostra destes primeiros dias nas terras cariocas foi sofrível.

Os correspondentes estrangeiros

O cenário era eleitoral: os correspondentes estrangeiros de São Paulo elegiam uma nova diretoria para a sua associação na Escola de Direito da GV. Dois candidatos concorriam. Os programas eleitorais tinham lá suas divergências em termos de administração e finanças. Todavia, no tema mais importante todos concordavam : o governo Dilma piorou muito as relações com os jornalistas de órgãos internacionais. Estes não conseguem entrevistas com pessoas-chaves do governo, não tem acesso ao Planalto e nem aos governos estaduais. Dizem que o Brasil está em alta na mídia estrangeira, mas que, por aqui, os governos não dão bola para os correspondentes. Falta matéria-prima para "vender" lá fora.

(por Francisco Petros e José Marcio Mendonça)
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segunda-feira, 18 de junho de 2012

PARABÉNS, WILSON VICENTINO, CIDADÃO DE FORTALEZA!




Às 19h30min de hoje o doutor Wilson da Silva Vicentino vai receber, na Câmara Municipal, o Título de Cidadão de Fortaleza, por propositura do vereador Carlos Mesquita.

Paulista de nascimento, há 37 anos descobriu aquilo que hoje todo mundo sabe: é uma fortaleza ser cidadão desta cidade!

Nestes últimos anos, desde quando firmamos sociedade na labuta jurídica, muito aprendi com o seu talento para enfrentar os desafios e olhar de frente as adversidades.

Generosa figura humana, marcante companheiro, pai extremado, amigo fraterno, profissional dedicado, Wilson Vicentino é um dos mais destacados operadores do direito no Ceará.

Agrega às atividades típicas do causídico (advocacia e consultoria) o diferencial da estratégia. É um estrategista legal. Entra nas causas que abraça com a desenvoltura e a paixão de um mergulhador de águas profundas. Vai ao fundo do oceano jurisdicional. Perscruta cada detalhe.

Avesso aos holofotes, adora entregar para os clientes o protagonismo das vitórias na seara do Direito e da Justiça.

Testemunho seu inflamado amor à Terra de Iracema!

Mais do que justo, é indubitavelmente merecido esse Título!


Júnior Bonfim

domingo, 17 de junho de 2012

SIVUCA, QUE FEZ NA SANFONA UMA OBRA SINFÔNICA: RAPSÓDIA GONZAGUIANA!

O Mestre SIVUCA, monstro sagrado da música brasileira, em Rapsódia Gonzaguiana (seleção de clássicos do Monarca do Baião) quebrou as barreiras entre o popular e o erudito. Veja:



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Júnior estou encantada com seu blog, somente um Crateuense para mostrar tanto talento.Fiquei deslumbrada com o baião mostrado num clássico balé.

Parabéns!

Vera Linhares


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MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL COMO DOENÇA




Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos.

Medicina reconhece obsessão espiritual

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra e coordenador da cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade na USP:


Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida.

Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira:

A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.

No entanto, quero ratificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.


Nota:

Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo.

Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenómeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Segundo a revista Espiritismo & Ciência,[1] "o mistério não é recente.

Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma.

Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres.

Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.
Paz e Luz para todos!

Paulo Roberto Maria


O Conhecimento é uma dádiva de Deus e sua propagação é inevitável.
Procure não se entesourar, compartilhando-o com o seu irmão!
Paulo Roberto Maria

"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa,
nunca tem medo e nunca se arrepende." Leonardo da Vinci

"Solidários, seremos união.
Separados, um dos outros seremos pontos de vista.
Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos."
Bezerra de Menezes

Marcia Amaral