sábado, 28 de abril de 2012

ENVELHECER AMANDO...


Há muito tempo, um casal de idosos que não tinha filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinha uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito.

Eram felizes. Até que um dia...

Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.

O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la. O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo. Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.

Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora toda queimada, *pensava em não viver mais*, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.

Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:

*-Tudo bem com você meu amor?*

-Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranqüila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.

Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:

*"Como Deus é bom,* *vendo tudo o que aconteceu a meu marido,* *tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim.* *As chamas queimaram todo o meu rosto* *e estou parecendo um monstro.* *E Deus é tão maravilhoso que não o deixou me ver assim,* *como um monstro* *Obrigada, Senhor!"*

Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, *todos os dias* dizia-lhe: - COMO EU TE AMO. Você é linda demais. Saiba que você é e será sempre, a mulher da minha vida!

E assim *viveram mais 20 anos* até que a senhora veio a falecer.

No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos em lágrimas, sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos. Chegou perto do caixão, beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante: -"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".

Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que esta ao seu lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre. Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada.

O velhinho olhando nos olhos do amigo, apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face:
-Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram *vinte anos* vivendo muito felizes e apaixonados! Foram os 20 anos mais felizes de minha vida. E emocionou a todos os que ali estavam presentes.

*CONCLUSÃO*

Na vida temos de provar que amamos! Muitas vezes de uma forma difícil ...
E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisas, mas o importante é que se faça isso intensamente com AMOR!

(enviado por Boaventura Bonfim)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

CORTEJO HISTÓRICO PELA CULTURA DE CRATEÚS



Os olhos dos transeuntes de algumas ruas de Crateús puderam, hoje pela manhã, presenciar uma inusitada manifestação de protesto. Eram artistas de diversas linguagens, vestidos de seus "papeis", desfilando os trajes e facetas das artes, para chamar à atenção da Sociedade quanto a importância da cultura para o nosso povo.
O movimento de protesto, batizado pelos manifestantes de CORTEJO, denunciava a situação da gestão pública da cultura em Crateús, que padece um quadro de abandono e secundarização por parte da Administração do município.
O destino da passeata foi o Centro Administrativo, onde foi entregue ao gabinete do Prefeito una Carta Aberta, traçando um diagnóstico da atual situação cultural de Crateús e apresentando as reivindicações. A mesma carta foi distribuída à população durante o cortejo.

Carta Aberta ao prefeito Carlos Felipe Saraiva Bezerra

Senhor Prefeito,

"Cultura é comportamento, se manifesta nas mínimas relações do cotidiano, é postura frente ao mundo. [...] É com a cultura que um povo pode dar um salto no refazer da solidariedade, no direito à apropriação de sua memória e no conhecimento da importância do seu papel transformador." (Célio Turino)

Os que assinam esta Carta Aberta entendem ser urgente e inadiável uma política municipal de cultura que defina uma agenda mínima e contínua de atividades culturais em Crateús.

Passados mais de três anos da atual administração, apesar de conhecidos esforços da SECULT, do MINC e da comunidade artística local, no sentido e envolver os municípios no processo de construção dos sistemas públicos de cultura, vê-se em Crateús a continuidade do desmazelo e da secundarização desta área da gestão pública. A ausência de, pelo menos, um mínimo de planejamento nos leva ao diagnóstico a seguir:

1. Secretaria de Cultura e Turismo: A criação da Secretaria foi um avanço e trouxe grandes expectativas ao setor, mas esta tem se revelado potencialmente vazia, uma vez que não dispõe dos recursos necessários para implementação das ações que lhe competem. Seus gestores, embora pessoas afeitas à cultura, encontram-se limitados pela completa falta de verbas ou em realizar eventos (que, como a própria palavra revela, é vento).

2. Lei do Fundo Municipal de Cultura: Outra reivindicação do setor aparentemente atendida pela atual administração, mas inteiramente nociva. Isto porque não diz de quais receitas virá esse recurso e não estipula qualquer percentual para abastecer este fundo, o que o torna incongruente.

3. Pontos de Cultura: Crateús é uma das cidades do interior cearense melhor assistida em quantidade de Pontos de Cultura: são cinco! Cada um com investimento de 180 mil reais, recurso empregado todo ele em formação e desenvolvimento da cultura local. Mesmo assim, apesar das inúmeras tentativas de seus dirigentes em firmar parcerias com a administração local, não existe uma política voltada para estas entidades. Afora uma relação de proximidade com os Pontos de Cultura Beira de Rio, Topo de Serra e Cultura é para Todos (que são atendidos com o pagamento do aluguel e em uma ou outra ação), o restante é nulo.

4. Carnaval e Quadrilhas: Os dois carros-chefes da cultura de massa de nosso município encontram-se de pires na mão, praticamente pedindo esmola para poderem acontecer. O que se percebe, a cada ano, é um retrocesso violento em relação ao ano anterior, tanto em recurso quanto em qualidade do que é visto nas praças e avenidas da cidade. Algo que tem hora e dia marcados para acontecer, somente é pensado nos últimos dias, e feito de qualquer jeito, como se fosse para inglês ver.
Embora seja duro afirmar, é necessário dizer que todos os setores da cultura encontram-se em petição de miséria. Os grupos de teatro praticamente não existem mais; as companhias de dança extinguiram-se; o circo sobrevive apenas pelo trabalho abnegado de alguns multiartistas e seus panos de roda; a cultura popular dos reisados e das Danças de São Gonçalo não resistiram ao abandono; as artes plásticas, a música, os artesãos, a capoeira, as culturas afrosdescendente, indígena e cigana se encontram relegadas à própria sorte; o setor do livro e da leitura infelizmente não existe, e a biblioteca pública é apenas um depósito de livros. Todos os setores da cultura do município, enfim, pedem atenção, respeito e investimento.

Diante disto, vimos reivindicar a urgente implantação [1] do Sistema Municipal de Cultura, [2] criação do Plano Municipal de Cultura, [3] criação do Conselho Municipal de Cultura, [4] criação do Fundo Municipal de Cultura (com o repasse de no mínimo 1% da arrecadação municipal para o Fundo), [5] criação de leis e editais de incentivo à cultura, [6] criação da Lei do Patrimônio Material e Imaterial, [7] políticas de formação continuada em cultura e [8] apoio às produções artísticas locais.
Senhor Prefeito, não é mais aceitável, nos dias de hoje, com toda informação a que estamos sujeitos, entender a cultura como um artigo de 2ª categoria, relegada às questões menos importantes de uma administração. Conforme ressalta Marilena Chauí, "é a cultura que forma as realidades que nos condicionam e projetam os destinos da vida em comum". A cultura não é e nem deve ser entendida como artigo de luxo, é produto elementar para identidade de um povo. É a cultura praticada em Crateús o que nos torna únicos em relação aos demais povos do planeta. Sem cultura seremos para sempre desmemoriados.

Em razão da proximidade das eleições, queremos propor uma reunião até o dia 3 do mês de maio do corrente ano, para discutir a pauta ora entregue.

Atenciosamente,

SABI (Sociedade Amigos da Biblioteca Norberto Ferreira Filho)
ORCA (Organização Karatiús)
Ponto de Cultura Quintal com Arte
Ribuliço Ecoart
Academia de Letras de Crateús
Frente Social Cristã
Cáritas Diocesana de Crateús
Movimento Negro de Crateús / Comunidades de terreiros
Paróquia Imaculada Conceição
Centro Espírita Boa Nova
Centro Acadêmico de Pedagogia Luís Palhano Loiola – FAEC/UECE
IDSAF (Instituto de Desenvolvimento Social Dom Antonio Batista Fragoso)
Acadêmicos do Tykerê
Bloco Alternativo Inkomuns
Escola de Samba Malagueta
Quadrilha Junina Roça de Milho
Quadrilha Junina Arraiá Esperança
Quadrilha Ceará Junino
Família Norberto Ferreira Filho
Francisca Erbênia de Sousa
José Carlos de Paula Miguel (artista plástico)
Hilda Cristina (artista plástico)
Francisco Welington Alves Lira (ator)
Raimundo Cândido Filho (escritor)
Flávio Machado e Silva (escritor memorialista)
Maria do Socorro Malveira Siqueira (atriz)
Waldenia Bezerra Rosa (cantora)
Messias Gomes (ator)


(Fonte: http://academiadeletrasdecrateus.blogspot.com.br)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

D. JACINTO AGORA É CIDADÃO CEARENSE


Amanhã, às 11:00 hs, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará haverá Sessão Solene para a outorga do Título de Cidadão Cearense ao Bispo de Crateús, D. Jacinto Furtado de Brito Sobrinho.

O autor da proposição, deputado Nenen Coelho, convida-nos para o evento.

Participemos!

CONJUNTURA NACIONAL

Escola para quê?

O presidente Dutra tinha um auxiliar capixaba, oficial do Exército, gago. Quando Dutra dava uma ordem, ele ficava mais gago ainda. Resolveu dar um jeito de curar a gagueira. Soube que o Méier tinha uma escola para gagos, tocou para lá. O endereço que levou não coincidia. Procurou no bairro todo, nada. Foi ao português da esquina, desses de bigode e tamanco, cara de quem desceu na praça Mauá:

- O sesenhor popopodia me inininformar se aaaqui temtem uma escola para gagagago?

- Mas o senhor já fala gago tão bem, para que quer escola?

(Do acervo do imperdível Sebastião Nery).

CPI das Águas Correntes

A CPI do Cachoeira, que pode também ser chamada de CPI das Águas Correntes, se apresenta como uma borrasca que pode ser devastadora ou chegar à praia sem estardalhaço. Grandes dúvidas cercam a movimentação de deputados e senadores. O PMDB e o PT darão as cartas, eis que contam com ampla maioria dos membros da CPI mista. Mas as oposições - PSDB e DEM - tentarão agitar as ondas. Quantas frentes serão abertas de início? Eis uma grande dúvida. O presidente, senador Vital do Rego (PMDB/PB), e o relator, deputado Odair Cunha (PT/MG), terão muitas dores de cabeça.

4 sub-relatorias

O PPS, por meio do líder Rubens Bueno, sugere a criação de quatro sub-relatorias: 1) Movimentação financeira, responsável por analisar as quebras de sigilo bancário e fiscal; 2) Contratos, para investigar negócios entre as empresas ligadas ao esquema, com a construtora Delta, e governos Federal, estaduais e municipais; 3) Jogos ilegais e loterias, para esmiuçar o funcionamento do esquema de contravenção e de loterias estaduais comandado pelo grupo de Cachoeira e 4) Normas de combate à corrupção, responsável por elaborar sugestões da CPMI para o combate aos crimes de colarinho branco.

Mensalão em plenário

É bem razoável apostar na hipótese de que o mensalão abrirá um nervoso segundo semestre. O ministro Ricardo Lewandowski afastou-se do corpo do TSE para ter mais tempo e fechar seu parecer. Entenda-se: será o parecer do revisor. Que não anulará o ponto de vista do relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, hoje vice-presidente do STF. O ministro Barbosa deverá logo mais apresentar seu relatório. Pode-se inferir que deverá ser um documento forte. Lembre-se que o ministro foi promotor. Acostumado a fazer a defesa da sociedade.

O novo presidente do STF

O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, é um humanista por excelência. Seu discurso de posse é uma obra-prima. Arriscou-se a sair da abordagem meramente jurídica para abrigar vertentes mais largas nas áreas do conhecimento. Mostrou que sabe interpretar a alma. Sua visão holística contemplou eixos da sociologia, da antropologia, da neurociência e, até, da física quântica. Sem falar nos largos vãos do canto poético com os quais emoldurou a sua peroração. Teremos por apenas 7 meses um perfil de grande intérprete do ser humano e da vida coletiva no comando da mais alta Corte. Um nome que orgulha a Nação.

Um freio à corrupção

Uma comissão de juristas, sob encomenda do Senado, está fazendo uma revisão no Código Criminal. E abre importante capítulo na história de combate à corrupção. Juiz ou servidor público que exibir patrimônio incompatível com sua renda - a renda declarada na Receita Federal - será levado às barras da Justiça, podendo receber pena de até 8,5 anos de prisão, além da perda de bens adquiridos ilegalmente. Trata-se de mais um passo na trajetória de combate à corrupção no país. O Brasil, dessa forma, alinha-se à tendência mundial na punição ao enriquecimento ilícito.

Barbosa versus Peluso

A querela entre dois ministros da Suprema Corte é ruim para a imagem de ambos. E, de certa forma, a contenda acaba batendo na imagem do Judiciário. O ministro Carlos Ayres Britto, além de suas imensas responsabilidades e atribuições funcionais, desempenhará mais um papel importante: o de ser algodão entre cristais.

Xaxixo

Antônio Constâncio de Sousa, deputado pelo antigo PSP (PR), pediu um aparte a Armando Queiroz, líder do então governador Ney Braga na Assembleia Legislativa.

- Não dou o aparte, não. V. Exa. não está à altura de participar dos debates. V. Exa. não é capaz de citar uma palavra com 3 x.

- Sou, sim. Xaxixo.

Pensava em salsicha.

Código Florestal

Se o Código Florestal contemplar a anistia aos desmatadores, nos termos do relator, deputado Paulo Piau (PMDB/MG), a presidente Dilma revogará a medida por meio de Medida Provisória. Lembre-se que a presidente aprovou a exclusão de pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor as matas nativas desmatadas de maneira ilegal, mas exigiu a manutenção da regra para os demais produtores.

Operação militar

A tarefa de uma operação militar é dissimuladamente concordar com as intenções do inimigo... chegar ao que eles querem primeiro, para sutilmente antecipá-los. Manter a disciplina e adaptar-se ao inimigo... Assim, no princípio você é como uma donzela e o inimigo abre a porta. A seguir, você é como um coelho solto, para que o inimigo não possa impedi-lo de entrar. (Sun-Tzu, século quarto a.C.)

O papel de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio, mesmo com a imensa vontade de alavancar a performance do PT neste ano eleitoral, terá papel limitado. Ele sabe que, agora, tem limites muito bem definidos. Não poderá exagerar no verbo. Os palanques deverão ser limitados. Dona Marisa é cheia de cuidados. Lula deverá, isso sim, dar um pouco mais de esforço em São Paulo. Fernando Haddad tem pouca visibilidade. Lula quer arrastá-lo ao patamar dos 30% históricos do PT. Deverá conseguir.

Torresmo no angu

Deus não manda cozido nem assado.
Com menino e com muié, orelha em pé.
Galinha velha é que dá bom caldo.
Dois tatus machos não moram num buraco.
Quando o mar briga com a praia quem apanha é o caranguejo.
Quem fala muito, dá "bom dia !" a cavalo.
Quem nasce torto morre envergado.
Debaixo desse angu tem torresmo.

(No Tempo de Lampião - Leonardo Mota)

Pegadinhas nos bancos

Os bancos expandem a propaganda sobre juros, chamando a atenção da clientela com o mote: os juros caíram. Pegadinha: juro pequeno só para empréstimos de curto prazo; ou tempo mínimo de conta no banco. Em alguns bancos, a nova taxa é para quem está no negativo e está usando mais de 50% do limite há dois meses. Nesse caso, o banco faz um CDC em 24 parcelas a 3%. Dá aqui e toma acolá. Em outros bancos, os novos percentuais são concedidos para quem dividir o pagamento em quatro prestações.

Rio +20

Aguarda-se a presença de 135 autoridades na Rio+20. A ONU confirmou presença de muitos chefes de Estado e de seus vices. O Rascunho Zero, de 19 páginas, primeira versão do documento que deverá ser debatido na Conferência, tem sido muito criticado por ambientalistas. Deverá ser fechado entre 13 e 15 de junho. O evento ocorrerá entre 20 e 22 de junho.

ACM Neto sem PMDB

Está cada vez mais difícil - quase impossível - uma aliança entre PMDB e DEM para a prefeitura de Salvador. O DEM lançou o deputado ACM Neto. O PMDB esperava ser chamado para debater a aliança. Foi tomado de surpresa. É mais viável uma aliança com o PSDB. Atualmente, o PMDB pensa em lançar Mário Kertész e o PSDB, Antônio Imbassahy.

PSB e PT

O jogo entre PSB e PT está confuso no meio de campo. O PT tenta fazer com que seus correligionários apoiem candidatos do PSB nas capitais para, em troca, conseguir o apoio deste partido ao seu candidato em São Paulo, Fernando Haddad. Não está sendo fácil.

O populismo argentino

Cristina Kirchner vive dias de glória. Tomou para o Estado argentino a fatia espanhola da YPF. A Espanha se esforça para retaliar. Defende que a União Europeia negocie com o Mercosul sem a presença da Argentina. Mas o Brasil também está, há tempos, sob o chicote argentino. Máquinas agrícolas, móveis e carne suína do Brasil esperam há um ano para entrar nesse país "irmão". Não passam pela aduana. Cristina, dessa forma, ganha mais aplausos das massas. Resgata o velho peronismo. Aliás, suas falas são emolduradas com a foto, ao fundo, de Evita Perón. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Norte-Sul

E a ferrovia Norte-Sul, hein? As obras da ferrovia Norte-Sul, fundamentais para a logística e a redução do "custo Brasil", estão praticamente paradas. Motivos? Projetos não disponíveis, desapropriações em atraso, falta de empenho de verba, falta de coordenação administrativa da VALEC, contratante das obras. Todos estão bem intencionados. Ocorre que processos simples permanecem sem solução pela falta de diálogo entre diretores e equipes de campo. Algumas empresas contratadas já admitem que serão obrigadas a abandonar a obra. Em termos de prazo, obras que deveriam permitir operação de trens em 2012 não estarão realizadas antes de 2014. Triste destino para um empreendimento que seria um símbolo das grandes realizações do PAC. Brasil ameaça borrar sua imagem.

Pagot mira PR

Luiz Antonio Pagot, que saiu do DNIT sob bombardeio, espera a vez de ser chamado pela CPI mista para abrir o bico. Infere-se que atirará no PR com balas de alto calibre. Pagot quer "pagar" o preço que lhe cobraram.

Advocacia solidária

Esta coluna abre espaço para o Grupo da Advocacia Solidária. O que faz essa turma? Trata-se de um grupo de jovens advogados e estudantes que compreende a solidariedade como sendo um valor imprescindível ao exercício da profissão de advogado. Os líderes Marco Antônio Moreira da Costa e Pedro Guerra explicam: "compreendemos que o advogado deve ser livre para desempenhar seu ofício solidariamente a tantos quantos quiser. Pretendemos desmistificar algumas 'verdades' que fundamentam visões corporativas, desumanas e inconstitucionais. Finalizamos recentemente uma parceria entre a Advocacia Solidária e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo para promovermos palestras em instituições de ensino superior pelo Estado de São Paulo sobre o tema Ampliação do Acesso à Justiça".

Tape os ouvidos

Em Morro Agudo, a 80 quilômetros de Ribeirão Preto/SP, havia um comerciante e chefe político muito ativo, de muito prestígio, mas analfabeto. Tinha um empregado que lia as coisas para ele. Um dia, o comerciante brigou com a mulher, separaram-se, contrataram advogados, foram para a Justiça. E, de repente, chegou uma carta dela de inúmeras folhas, passando a limpo (ou a sujo) os longos anos de vida em comum. Ele não poderia dar ao empregado para ler, chamou o melhor amigo:

- Você pode ler esta carta para mim? Mas você vai me fazer um favor. Eu sei que ela vem falando tudo, contando tudo. Então você leia alto para mim, mas tape os ouvidos.

Conselho aos membros do Ministério Público

Nos últimos tempos, temos visto se espraiar um denuncismo que, em muitos casos, ultrapassa os limites das boas regras do Direito e da Justiça. O Brasil precisa, sim, ser passado a limpo. E, para esta tarefa, é imprescindível a atuação firme dos membros do Ministério Público. Recomenda-se, apenas, que se pautem pelo bom senso. Nesse sentido, a coluna sugere:

1. Tenham cuidado e ajam com responsabilidade ao oferecer denúncia contra qualquer cidadão. A prova material é fundamental para amparar as ações previamente planejadas.

2. Ilações ou prejulgamentos constituem um perigo por ferir preceitos constitucionais. É bom lembrar que o Inciso LVII do art. 5º da CF preconiza: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Inverter a norma significa agir de maneira irresponsável e incompatível com a função.

3. Urge ser humilde, evitar a arrogância e a prepotência. O prestígio da Instituição foi alcançado com muitas lutas. Cuidado para não mancharem a imagem desse Instituto que faz a defesa da sociedade.


(Gaudêncio Torquato)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

AINDA SOBRE POESIA E POLÍTICA - COMENTÁRIOS... COM UM COMENTÁRIO

É norma deste blog não postar comentários oriundos de pessoas que se escondem sob o manto do anonimato. A razão é simples: a nossa Lei Maior, a Constituição Federal, no mesmo dispositivo em que assegura a liberdade de manifestação do pensamento, veda o anonimato. Confira:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.


No entanto, vi que dois comentários foram postados. Um deles, anônimo. Como o atingido, doutor Paulo Nazareno, já se antecipou na réplica, estou fazendo a postagem de ambos.

Na Paz,

Júnior Bonfim

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COMENTÁRIO 1:

Paulo Nazareno deixou um novo comentário sobre a sua postagem "SOBRE POESIA E POLÍTICA":

Divagação primorosa e diagnóstico mais preciso ainda.

Falta-nos um operador que faça uma campanha acima de tudo pedagógica, não tendo como meta única, somente a mera captação do voto, mas sim, o despertar de uma nova postura, forjada no amálgama da sinceridade.

Buscar no fundo do coração das pessoas e na sua alma,o espaço adormeçido e desesperançado pelos falso Messias, pelo engodo da conversa fácil e do imediatismo.

Assim como sobrevivemos na aridez e rigor da nossa natureza, e nem por isso deixamos de semear,sempre é hora e vez de apostarmos na nossa gente.

Preciso urgentemente antever esse Poty a receber novas águas, não de lágrimas nem de suor, mas brotadas da fonte inesgotável da esperança e da paixão.



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CONTESTAÇÃO:

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "SOBRE POESIA E POLÍTICA":

Infelizmente não foi assim que Dr Paulo Nazareno pensou quando tinha a impressão que a prefeitura era sua propriedade e de seus aliados.Uma pena Dr como os dias passam e a nossa cerebro alimenta o nosso coração, e ver quantas besteiras fazemos na vida. Crateús esperou muito so Sr, mais a decepção falou mais alto devido o seu comportamento autoritario e prepotente.


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RÉPLICA

Paulo Nazareno deixou um novo comentário sobre a sua postagem "SOBRE POESIA E POLÍTICA":

Em parte concordo com o anônimo.

Duas ressalvas:

1a.Nunca a imaginei propriedade, visto ter a permanente noção da temporariedade da vida (tanto filosoficamente, como no dia a dia da minha profissão), e muito mais ainda, do material.

2a. A aparente arrogância e autoritarismo atribuo hoje ao excessivo controle que deveria ter sido muito maior, mais rigoroso; talvez assim, tivesse evitado consequências que hoje tanto me atormentam.

Por fim,cometí sim erros, involuntários, óbvio; no entanto, como poucos, dediquei uma parte dos meus mais produtivos anos, na tentativa de retribuir a confiança de parte dos Crateuenses.

Fiz o comentário no único sentido de contribuir,neste momento e na atual conjuntura, e reafirmo: a hora é de um choque de sinceridade e, se eleito, de gestão.

DOUTOR PAULO NIEMEYER FILHO - NEUROCIRURGIÃO

Parte da entrevista à revista PODER dada pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho:


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PODER: O que fazer para melhorar o cérebro?

Resposta: Vc. tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?

PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.

PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?

PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?

PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?

PN: Todo exagero.
Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância,etc.
O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.
É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente que te faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?

PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente ,com saúde, e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?

PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

Você acredita em Deus?

PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz:

"Ele está salvo".

Aí, a família olha pra você e diz:

"Graças a Deus!".

Então, a gente acredita que não fomos apenas nós, que existe algo mais independente de religião.



VIVA O AGORA !!!


terça-feira, 24 de abril de 2012

SOBRE POESIA E POLÍTICA



Hoje pela manhã fui despertado por um telefonema do César me lembrando de que era dia de fechar mais uma edição do Jornal. Portanto, aguardava minha crônica. Na sequencia me narrou seu encantamento com a fala do recém-empossado Presidente do nosso Tribunal Constitucional, Carlos Ayres Britto. Colhi daí o mote para estas linhas: a intercessão entre as linhas da poesia e da política.

Aproveitei para, primeiro, revisitar um verso de Ayres Britto: “Namore bem com a vida./ Deixe que ela seduza você./ Permita-se ter um caso de amor/ Com ela,/ Mas não pare por aí:/ (…) Faça tudo isso e prove da vida/ Como do néctar das flores/ Prova o colibri,/ Sem se perguntar se existe outro céu/ Fora daqui”.

Pois é... O verso acima é produto da tecelagem poética de Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto (eis o seu nome completo). Um sergipano de Propriá que assumiu na última quinta-feira, 19 de abril de 2012, a Presidência da mais alta Corte de Justiça Brasileira, o Supremo Tribunal Federal. Ayres Brito ganhou relevo pelo fato de povoar suas intervenções no STF com frases que destoam do trivial, forjadas na máquina de tear de sua genial renda literária. Teima em provar que continua inalterado: “Hoje me chamam de ministro/ E eu decido sob respeitável toga./ Meu coração, porém, não mudou nada./ Continuo um romântico indiozinho/ a remar sua piroga/ E a cismar por entre as árvores, à noitinha,/ Vendo em cada pirilampo e em cada estrela/ Os faiscantes olhos da namoradinha.”

Seu discurso de posse se constituiu em uma tela de delicada tessitura criativa. Exala o orvalho de sensibilidade que brota do autor. Urge registrarmos quão raro é a nação assistir um poeta tomar as rédeas de um dos três poderes da República. Oh! Quanta falta faz, no áspero e belicoso bioma da política, a presença de seres banhados pelo sereno do bom senso!

Alguém pode imaginar que considero os poetas como homens acima da média, bafejados por alguma aura extraordinária. De jeito nenhum. Concordo com Neruda: “o poeta não é um «pequeno deus». Não, não é um «pequeno deus». Não está marcado por um destino cabalístico superior ao de quem exerce outros misteres e ofícios. Exprimi amiúde que o melhor poeta é o homem que nos entrega o pão de cada dia: o padeiro mais próximo, que não se julga deus. Cumpre a sua majestosa e humilde tarefa de amassar, levar ao forno, dourar e entregar o pão de cada dia, como uma obrigação comunitária. E se o poeta chega a atingir essa simples consciência, a simples consciência também pode se converter em parte de uma artesania colossal, de uma construção simples ou complicada, que é a construção da sociedade, a transformação das condições que rodeiam o homem, a entrega da mercadoria: pão, verdade, vinho, sonhos”.

Pois bem. É isto que quero dizer: a política - o serviço à polis, à cidade, à comunidade - é essa atividade magnífica de tornar acessível a todos os bons frutos da árvore da vida.

Um pulsante exemplo da poesia materializada na política é a capital da França. Paris, a bela, a exuberante, a formosa Paris, com suas marmóreas construções, com suas pontes esmeradamente decoradas, seus prédios amarelos e suas catedrais cinzentas é um belo modelo da transfusão lírica nas veias de uma metrópole. Paris realizou o onírico rito de passagem, a incorporação da sensibilidade artística na reunião das pedras para as edificações arquitetônicas. É sintomático que um dos seus programas mais festejados seja o passeio pelo rio Sena. O rio, artéria vital, é como que reverenciado pela cidade. As principais e as mais tradicionais construções estão à margem do leito fluvial que banha a urbe.

Mirando Crateús, surgem as indagações. Por que desprezamos nosso rio? Por que as nossas construções estão de costas para o Poty?
Imaginemos, por mera divagação ou louvor ao diletantismo, um rio despoluído e perenizado, as margens recuperadas, a mata ciliar preservada!... Imaginemos as pontes iluminadas, exibindo esculturas de arte dos artistas locais!... Imaginemos uma orla prazerosa, com espaços de lazer, pistas de Cooper, jardins de meditação!... Imaginemos pequenos barcos disponibilizando passeios românticos e culturais ao longo do percurso urbano!...

Saber que nada disso é devaneio gratuito, mas possibilidade desperdiçada. Saber que temos muito mais potencialidades inexploradas... Saber que outras regiões do planeta, sob condições bem mais adversas, executaram ideias incrivelmente mais arrojadas que esses simples e modestos desejos... Confesso que me dói...

Confesso que me dói ver nossas lideranças políticas reféns de uma agenda mesquinha, entrecortada pela futrica menor, pelo alarido da maledicência.

Meu pequeno coração de poeta me diz que falta algo ao estrume da nossa política, que o torne gerador de vida, germinador de alegria: sementes de poesia!

(Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste, Crateús, Ceará)

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Paulo Nazareno disse...

Divagação primorosa e diagnóstico mais preciso ainda.

Falta-nos um operador que faça uma campanha acima de tudo pedagógica, não tendo como meta única, somente a mera captação do voto, mas sim, o despertar de uma nova postura, forjada no amálgama da sinceridade.

Buscar no fundo do coração das pessoas e na sua alma, o espaço adormecido e desesperançado pelos falso Messias, pelo engodo da conversa fácil e do imediatismo.

Assim como sobrevivemos na aridez e rigor da nossa natureza, e nem por isso deixamos de semear, sempre é hora e vez de apostarmos na nossa gente.

Preciso urgentemente antever esse Poty a receber novas águas, não de lágrimas nem de suor, mas brotadas da fonte inesgotável da esperança e da paixão.

OBSERVATÓRIO

“A opinião pública quer uma CPI gigante que desmascare os privilégios na classe política. A força cidadã pode ser percebida nas declarações recentes de poderosos. Eles têm reclamado menos da mídia e mais da opinião pública. O clamor popular e apartidário por ética assusta. Gorou a tentativa de cercear a mídia. Tapar a boca do povo nas redes sociais é bem mais complicado que tentar controlar a imprensa. E Dilma defende como um mantra a liberdade de expressão”. O texto acima é de um artigo da jornalista Ruth de Aquino, na Revista Época desta semana. Ele reflete muito bem o estado de espírito da opinião pública, que tende a se traduzir concretamente no resultado das eleições vindouras.


O CENÁRIO

As próximas eleições se realizarão neste cenário de cansaço popular com os desmandos. De fúria quase indomável do cidadão com os descalabros governamentais. A facilidade e a instantaneidade com que as informações são compartilhadas nas redes sociais torna o homem comum, antes apático e distante dos acontecimentos políticos, um ator presente e militante ativo dos debates. Enquanto a sociedade avança na marcha da correção, via de regra o mundo político continua preso aos velhos conceitos.


O CENÁRIO II

Em Crateús, já pontuamos que a disputa está praticamente definida. Parece que o PSOL e o PV conversam no sentido de marcharem juntos. Se houver essa coligação, teremos três candidaturas. As outras duas são a do Prefeito (PCdoB, PT e PR) e a das Oposições Unidas (PMDB, PSDB, DEM, PTB, PDT, PSD, PPS, PHS, PSL, PMN e PRTB). O PSOL já sabe que no PV há um candidato que não transige: João Coelho Soriano (o Maçaroca). Quem quiser se aliar, já entra sabendo dessa decisão irreversível. O esquema oficial repetirá a chapa de quatro anos atrás: Carlos Felipe e Mauro Soares. As Oposições Unidas definiram um calendário que aponta a primeira quinzena de maio como o prazo limite para a definição do candidato. Nos partidos que compõem este bloco já foi passada uma peneira e cada agremiação apresentou apenas um postulante. Só o PMDB retardou a definição. Era para ter batido o martelo no sábado passado. Pediu um prazo até este início de semana.


O CENÁRIO III

Mesmo com a Prefeitura exibindo um quadro de notória dificuldade financeira, o Prefeito se movimenta como se o caixa municipal andasse às mil maravilhas e não tivesse que fechar o exercício com as contas em dia. Ao invés de medidas de contenção de despesas, anuncia obras e mais gastos. É uma operação de alto risco. Imagina que, se ganhar a eleição, poderá empurrar o problema para frente. Se perder...


O CENÁRIO IV

No laboratório da Oposição o cenário é menos delicado, porém igualmente desafiador. Como desenhar um modelo de campanha que seja capaz de seduzir a opinião pública e representar um avanço ao modelo existente? Como conduzir um debate eleitoral que agregue a insatisfação do povo e explore com maestria as contradições do esquema situacionista? Eis o dilema.


DIDEUS SALES

Se um amante da canção completa 5 décadas de versos na bagagem e a sua Revista, a Gente de Ação, 10 anos de tiragem – é óbvio que vai ter homenagem. Venha conosco celebrar esse rito de passagem. Com o texto acima a Academia de Letras de Crateús convida a população crateuense para o lançamento do livro “Nos Cafundós do Sertão” e o CD “Entre Amigos”, de autoria do poeta Dideus Sales, que ocorrerá na noite do próximo dia 05 de maio de 2012 (sábado), na Cabana Mendes. Este aprendiz de escriba foi convidado para fazer a apresentação do autor e das obras.


ALC

Por falar em Academia, o Sodalício de Letras de Crateús estará realizando nos próximos dias em Fortaleza o lançamento do livro sobre o centenário da nossa cidade.


TRONCOS CENTENÁRIOS

Esta edição da Gazeta está indo às bancas em período próximo a duas celebrações centenárias: Maria Olivia Bezerra Bonfim está comemorando o centenário; Felipe Bezerra Cavalcante festejou a ultrapassagem do centenário e cortou o bolo dos 101 anos de vida. Oxalá esse tipo de notícia se torne mais corriqueiro e nos alcance a todos.


PARA REFLETIR

Em certa ocasião alguém perguntou ao astrônomo italiano Galileu Galilei: - Quantos anos tens?! - Oito ou dez, respondeu Galileu, em evidente contradição com sua barba branca. E logo explicou: - Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida, porque os já vividos não os tenho mais, como não temos mais as moedas que já gastamos.

(Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste, Crateús,

segunda-feira, 23 de abril de 2012

AMANHÃ É DIA DE MAIS UMA EDIÇÃO DO JORNAL GAZETA DO CENTRO OESTE


OLÍVIA CENTENÁRIA

Neste abril, Olívia Bezerra do Bonfim faz-se centenária. Nascida às margens tépidas do Poty, é uma legenda na História Educacional de Crateús. Estudou no Colégio das Dorotéias de Fortaleza, e foi uma competente mestra a serviço do ensino de sua terra. Foi diretora do Colégio Regina Pacis e do Colégio Lourenço Filho de sua cidade.

Alguns anos viu-se ameaçada a chegar a esta data inesquecível, por motivo de severa doença. Quando o sofrer lhe bateu à porta, ela abriu e respondeu com a resposta da serenidade. E se viu curada. Exalando tranquilidade de noite mansa, saiu-se vitoriosa.

Foi esposa amantíssima. Casada com Manoel Bonfim, teve dois filhos que os encaminhou na estrada vitoriosa da educação. Enquanto Olívia era tirocínio na tessitura da mente, Manoel acarinhava os linhos para moldar o corpo.

Quem deixa Lisboa em direção a Fátima, se depara com os verdes olivais deitados ao longo da estrada. O óleo de oliva é sinal de longevidade. Sinal de prudência. Se a simplicidade é o caminho para humildade, a prudência já é a própria sabedoria.

Hoje as luzes centenárias se confundem com o clarão majestoso do tempo pascal. O fogo santo brilha e a luz do círio pascal são os lumens que acendem a noite santa.

A vida é sempre uma seguida luta contra a morte. Olívia se encontra na galeria gloriosa dos mestres e mestras de Crateús, emoldurada pelo brilho de sua inteligência e pela prudência de sua rica sabedoria.

O óleo do saber, da temperança, da prudência a ungiram para tornar-se uma referência de mestra com sincero compromisso com a educação do povo e com a decência que norteia pessoas abençoadas e amadas por Deus.


José Maria Bonfim de Moraes
Médico-cardiologista


(na edição de hoje do Jornal Diário do Nordeste)

BAIÃO DE DOIS


Chegando ao meu Ceará

Fui logo para o fogão.

Peguei feijão de corda

Cozinhei para o baião.

Peguei pimenta de cheiro

Ali mesmo no canteiro

Da mulher do seu João.

*

Peguei nata, peguei queijo,

De alho peguei uns dentes.

Da pimentinha de cheiro,

Já fui tirando as sementes,

E catei logo o arroz,

Organizando depois

Os outros ingredientes.

*

Quando o feijão ficou pronto

Com o arroz misturei

Botei um pouco de sal

Botei mais água e provei.

Com a cebola na mão,

O tomate e o pimentão,

O baião eu temperei.

*



Pra ver se já estava seco

Meti a colher no centro.

Peguei o queijo de coalho,

Joguei uns pedaços dentro.

O queijo se derretia

Minha gula aparecia

Com o cheiro do coentro.

*

Após esta maratona

Ficou pronto o meu baião

Comida mais cobiçada

Pras bandas do meu sertão.

Repito: baião-de-dois,

Não é só feijão com arroz,

Tem segredo e tradição!




--

Dalinha Catunda

domingo, 22 de abril de 2012

ASAS DE DEUS

Os pintores dessas penas são excelentes, mas a mensagem abaixo, "Asas de Deus",
vai tocar o seu coração.






Asas de Deus

Depois de um incêndio florestal no Parque Nacional de Yellowstone, guardas florestais começaram a sua caminhada até uma montanha para avaliar os danos do inferno, quando um patrulheiro encontrou um pássaro literalmente petrificado em cinzas, empoleirado no chão na base de uma árvore.

Um pouco enojado com a visão misteriosa, ele derrubou o pássaro com uma vara. Ao bater nela delicadamente, três filhotes minúsculos correram sob as asas de sua mãe morta. A mãe amorosa, em plena consciência do desastre iminente, tinha levado seus filhos para a base da árvore e reuniu-os debaixo das asas, instintivamente sabendo que a fumaça tóxica subiria. Ela poderia ter voado para a segurança, mas se recusou a abandonar seus bebês. Em seguida, o incêndio chegou e o calor tinha queimado seu corpo pequeno, a mãe havia permanecido firme ... porque ela tinha se disposto a morrer, assim que aqueles sob a cobertura de suas asas viveriam.

"Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas você encontrará refúgio". (Salmo 91:4)

Desejo que todos sejam ricamente abençoados por Deus.


O tempo não espera por ninguém.

Valorize cada momento que você tem.

(enviado por Joseleido Bomfim Santana)

CORAÇÃO CIVIL