sábado, 8 de maio de 2010

JOSÉ ALBERTO MACEDO


Felizes os que possuem a ventura de descobrir, em cada evento da existência, o bafejar do vento da sapiência!

Louvados são aqueles que, sob a aparente vala da ignorância e da escuridão, acendem o tição do aprendizado e conservam a lição como uma chave que abre as portas do coração!


Cresci ao lado de dois ferreiros, o Antonio Ferreira e o Matias. Religiosamente, marreta à mão, os dois saudavam o frio da madrugada acionando um velho fole e acendendo o fogo poderoso que moldava o ferro, magicamente transformado em singulares facas, vistosas foices, arrojadas chibancas e outras peças indispensáveis à vida campesina.

Descobri, com frio e o fogo da vida, gente feita de minério que se lapidou com o tempo, esse mestre extraordinário, e se fez instrumento da generosidade humana.

José Alberto Macedo, o Zé Alberto, cearense há muitos outubros com raízes em Brasília, integra o rol de admiráveis figuras cuja personalidade foi se refinando com o filtro do convívio amigável. Recebeu, da reitoria da vida, o invisível título de doutor “honoris fraternus”.

Dedilho estes fonemas no dia em que se rememora o batismo do poeta da fonte dos grandes amores, talvez um dos mais vastos seres da literatura universal: Wiliam Shakespeare. A trajetória existencial do Zé, delicada cachoeira de aprendizados, me lembra um poema que se atribui a esse gênio que se irmanou com o som mais profundo da terra, o som da alma humana. Em um texto sobre as descobertas da maturação nas relações, Shakespeare revela: “Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma”. E sai, como um lavrador que debulha uma espiga de milho verde, distribuindo caroços de nutritiva sabedoria.

“E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida”.
Zé Alberto deveria se chamar Zé Aberto. Eí-lo, amigos: um ser permanentemente aberto às pessoas e ao mundo. Nascido no sítio da família, sob o clima ameno da serra da Guaraciaba, no Ceará, desde a relva da infância sempre soube se relacionar bem. É óbvio que muito sorveu da seiva serena do caule familiar dos genitores: Meton Carvalho Macedo e Alda Ribeiro Macedo. “Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha”. Ele, de tradicional família de Independência; ela, filha do Coronel Porfírio da Barra, um dos maiores latifundiários da região. Ainda viva e disposta, a octogenária mãe é uma flor de luz para o filho.

“Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos”.
No fulgor da juventude, Zé Alberto mergulhou na correnteza da militância político-eclesial liderada por Dom Fragoso em Crateús. E conheceu o túnel sem lustre do tempo da ditadura: viu amigos perseguidos, colegas algemados, libertários presos, combatentes desaparecerem... E também deixou o berço. Passou um tempo em Recife, outro no Rio de Janeiro, até se fixar na Capital da República.

Em Brasília, aeronave onde tomou assento no ano de 1973, laborou numa Casa de Peças na W3, em seguida na CNEC. Depois, por intermédio do conterrâneo Pompeu de Souza, se firmou na Confederação Nacional da Indústria – CNI, onde está até hoje. Na CNI conheceu Albano Franco, um sergipano que se destacou na seara empresarial e na política partidária. Ao mesmo tempo em que presidiu a entidade representativa do segmento industrial por 13 anos, Franco exerceu mandato de Senador, Governador de Estado e Deputado Federal. Amigo íntimo de Albano, Zé Alberto tornou-se uma espécie de embaixador do Sergipe na Sede da República. “E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão”.

Em 1974 levou ao altar Márcia Monteiro Macedo, sobralense que conheceu no Colégio Regina Pácis de Crateús. Com ela assinalou 03 anos de torrencial namoro e 27 de harmônica união matrimonial, que lhes brindou com 3 filhos: uma mulher - Raquel, que reside em Brasília; e dois homens – Márcio, advogado em Fortaleza e Marcelo, analista de sistemas em Goiânia. No ano de 2001, empós um longo período de sofrimento e dor, assistiu o desencarne da amada. E passou a exibir o amuleto da viuvez. “Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas. Pode ser a última vez que as vejamos”. Costuma dizer que há uma diferença entre separado e viúvo. O separado fez uma opção: concordou em se distanciar da pessoa que amava; já o viúvo teve a pessoa amada arrancada do cômodo da intimidade. “E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais”.

Apesar de aposentado, Zé continua em plena atividade. Aproveita o tempo livre para investir em viagens pelo mundo afora e se aquecer com a ternura dos netos: Tainá, Artur e Isabela. Detentor de imóveis – dentre eles um de inestimável valor sentimental: a Cacimba da Roça, em Crateús – considera os amigos o seu maior patrimônio. “Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher”.

Roça ordeira, cacimba de cordialidade, croa de afeto, o que mais se sobressai nesse honrado cidadão é a habilidade convivencial. Sabe pisar, entrar e sair com invulgar elegância em todas as ínvias veredas das relações humanas. Fala pouco, apenas o essencial. – “Dê a todos seus ouvidos, mas a poucos a sua voz.”

Eis um príncipe da simplicidade, um súdito aplicado na majestosa escola da arte de viver. É um açude colossal de sabedoria e singeleza. Salve, Zé!


(Por Júnior Bonfim – na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste e na Revista GENTE DE AÇÃO, Ceará)

OBSERVATÓRIO


Prefeito pela segunda vez, Paulo Nazareno era o mais forte eleitor do município na sua própria sucessão, no ano de 2004. Em meio ao cipoal de desgaste dos seus principais colaboradores – que se engalfinhavam pela indicação – Paulo resolveu lançar um neófito: Carlos Felipe. Jovem laborioso, com grande destreza na arte de Hipócrates, Felipe era um nome imaculado naquele universo de supostas máculas. Como um pai que deseja o melhor marido para uma filha, Paulo viu Carlos Felipe como o candidato dos sonhos. O nome ideal. O príncipe! E assim passou a chamá-lo tempos depois, quando as relações entre ambos se estremeceram. E aí já era por razões outras: passou a vislumbrar no ex-pupilo ares de pouca humildade, inclinações messiânicas, arroubos de quem quer ver todos os demais aos seus pés.

O PRINCÍPE I

“O Príncipe” é o título da famosa obra do italiano Maquiavel, o mais festejado cientista político de todos os tempos. O livro retrata a experiência de Maquiavel em analisar as estruturas de um governo, oferecendo ao Príncipe Lorenzo de Médici uma forma de manter-se permanentemente no poder, sem ser odiado por seu povo. Nessa obra, Maquiavel trabalha, dentre outros, com dois conceitos essenciais: Virtu e Fortuna. Por “virtu” Maquiavel entende a capacidade pessoal de dominar os eventos, de alcançar um fim objetivado, por qualquer meio; por “fortuna” entende o curso dos acontecimentos que não dependem da vontade humana. O primeiro está ligado à preparação pessoal; o segundo, à sorte.

O PRÍNCIPE II

Na ótica Maquiavélica, a diferença entre os governos abiscoitados pela “virtu” e os conquistados pela “fortuna” é que os primeiros são mais duradouros. O critério para distinguir a boa política da má é o seu êxito. O êxito é medido pela capacidade de manter o governo em estabilidade, sob o signo do sucesso.

O PRÍNCIPE III

Carlos Felipe conquistou a Prefeitura de Crateús montado no tapete da fortuna. Bafejado pela sorte, inseriu-se na política da terra em que nasceu num momento de saturação das principais lideranças locais. Daí para a vitória, só precisava ter duas coisas: disposição pessoal e falar o que o povo queria ouvir. E dessas duas tarefas ele se desincumbiu com maestria. O nosso atual gestor se preparou para ser o melhor candidato; nunca o melhor prefeito. Por isso, a urbe sofre, lamenta, se angustia. Há uma enorme inquietude que aperta o coração da cidade. Há mais de um ano que o prefeito tateia no aprendizado da administração. E tem dificuldades. As pessoas se perguntam: - Será que merecíamos passar por tão dolorosa purgação? - Será impossível uma saída?


O PRÍNCIPE IV

É óbvio que há algo sendo feito. A administração já viabilizou uma cartela apreciável de pequenas e médias realizações. Mas nada de significativo, de impactante, de revolucionário. Que possa se intitular como “Vida Nova”. Entretanto, também não nos apetece a idéia de torcer pelo avanço dessa corrosão de credibilidade, pelo crescimento dessa areia movediça institucional. Precisamos superar esse estágio de luta política baseado na degradação. Melhor seria que a cidade estivesse arrumada e fagueira, como uma exuberante donzela, respirando ares de progresso sustentável. Travaríamos não uma batalha de mediocridades, mas uma disputa de excelências, sob o pêndulo saudável da virtu e da fortuna. E o povo ganharia.


DEPUTADOS

Começa a se delinear o quadro de concorrentes ao Legislativo Estadual. Certos: Nenen Coelho e Hermínio Resende. Políticos tradicionais, Nenen e Hermínio alinhavam suas estruturas e se preparam para a largada oficial. Outro nome é do médico doutor Pierre. Sonha ser confirmado como o candidato da tribo situacionista. Como seu objetivo maior é ser candidato a Prefeito, inserindo-se no rol dos postulantes à Assembléia Legislativa (independente do resultado), será um nome com assento na mesa em que se discutirá o cardápio sucessório municipal. Outro nome que está sendo ventilado é o do causídico Alexandre Maia. Aliás, O PSOL, legenda guiada pelo astro rei ideológico, pretende lançar em Crateús candidatos a deputado federal e estadual. Para a Câmara dos Deputados, apresentaria o líder sindical Paulo Giovani. Como candidato a uma vaga na Assembléia Legislativa, Alexandre Maia vislumbra a possibilidade de ser suplente de João Alfredo, estrela maior do PSOL. Considerando que certamente João Alfredo disputará a Prefeitura de Fortaleza nas eleições de 2012, o seu suplente tem grandes chances de assumir.


O DILEMA DE MÁRCIO

Márcio Cavalcante, Presidente da Câmara, vive um dilema Hamletiano em relação ao PSDB. Ainda está formalmente filiado ao partido, mas nenhum laço o une à legenda tucana. Quer sair do ninho, porém teme perder as asas do mandato, porque poderia amargar um processo por infidelidade partidária. Por outro lado, a legenda não o deseja mais em seus quadros. No entanto, evita liberá-lo para que busque outro habitat.


PARA REFLETIR

“Recorda-se de tudo o que você passou? Nenhuma coisa ou emoção é permanente. Como o dia e a noite, há momentos de felicidades e momentos de tristezas. Aceite-os como parte natural das coisas, porque eles fazem parte da natureza de sua vida”. (Malba Tahan)


(Publicado na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste - Crateús, Ceará)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

CONJUNTURA NACIONAL

Moreninho jeitoso

Paulo Guerra era governador de Pernambuco e Joaquim Guerra, o filho, candidato a deputado. Elegeu-se pela Arena. Houve festa da padroeira em Bom Conselho, Joaquim Guerra foi lá. Depois das festas religiosas, Joaquim Guerra foi ao baile. Tirou para dançar a filha do prefeito. Joaquim Guerra era bem moreno, queimado de sol. O prefeito o enxerga no meio do salão. Chama a mulher:

- Quem é aquele negrinho que está dançando com a menina?

- Não tem nenhum negrinho aqui.

- Aquele ali, dançando com a nossa filha.

- Fale baixo, homem, não diga besteira. É o filho do governador.

- Moreninho bonito e jeitoso!

Historinha contada pelo amigo Sebastião Nery

Os aviões decolam


Os aviões de José Serra e Dilma Rousseff começam a decolar. As turbinas foram ligadas. E o primeiro trajeto na pista começa a ser visto. Serra respira ares no nordeste, no sul, dando sua paradinha no meio, em Minas Gerais. Dilma não fica atrás. Corre solta, em alguns momentos, e noutros, na companhia de Lula, como se viu no 1º de maio. O que se pode dizer dos primeiros movimentos?

Vertical e horizontal

Serra está mais solto. Parece mais tranquilo. E está até sorridente. Expressa mais segurança e equilíbrio do que na campanha presidencial de 2002. Dilma denota certa falta de traquejo nesse início. Possivelmente, seja efeito do puxa-puxa: um puxa de lado, outro puxa de outro. Sua campanha se reparte em muitos núcleos. Tem comandos vários. Muitos chefes. Quando isso ocorre, a linha decisória torna-se tênue. Campanha de comando horizontal é aquela em que todos mandam e ninguém obedece. A campanha de Serra sinaliza mais enxugamento, mais verticalidade. Ele é o centro que comanda as decisões. Obtém-se maior eficácia.

"Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada." (Albert Einstein)

Quando mudar é perigoso


Dilma é aconselhada a mudar. Coisa complicada. A pessoa poderá melhorar posturas e habilidades comunicativas. Mudar, porém, de comportamento, saindo de um modelo A para um modelo Z é muito perigoso. A identidade é o caráter, a personalidade, a essência, a coluna vertebral de um candidato. Quando você muda essa coluna, o corpo se quebra, verga, entorta. E isso é um risco. Mais adiante, a pessoa vai querer repor a antiga identidade. E acaba dando com os burros n’água. Comete gafes, tropeços, exalta-se, perde as estribeiras. Não é o que ocorre com Dilma. Mas poderá vir a ocorrer.

O discurso político

Muita gente se engana com a eficácia do discurso político. Pois bem, o discurso político é uma composição entre a semântica e a estética. O que muitos não sabem é que a eficácia do discurso depende 7% do conteúdo da expressão e 93% da comunicação não verbal. Esse é o resultado de pesquisas que se fazem sobre o tema desde 1960. E das comunicações não verbais, 55% provêm de expressões faciais e 38% derivam de elementos paralinguísticos – voz, entonação, gestos, postura etc. Ou seja, do que se diz, apenas pequena parcela é levada em consideração. O que não se diz, mas se vê tem muito maior importância.

Clinton e Mônica

O presidente Clinton foi objeto de estudos nessa área. Sua entrevista negando ter tido relações sexuais com Mônica Lewinsky é uma peça antológica. Mãos nervosas, que ele não sabia onde colocar, olhos que se desviavam para o alto – em sinal de fuga – o ex-presidente dos EUA atingiu o pico da mentira quando se referiu à Mônica na terceira pessoa: "afirmo de maneira categórica que nunca tive relações sexuais com aquela mulher". Ao usar a terceira pessoa, aquela mulher, Clinton desejava dar ideia de afastamento, desconhecimento. Mas as fotos mostravam intimidade. Caiu na dissonância. Fala e expressão não combinavam.

Pacote de macarrão

Esse é o calcanhar de Aquiles dos candidatos. Evitar ser flagrados em dissonância. E isso ocorre geralmente quando um candidato é instado a mudar de identidade. O eleitor percebe quando a pessoa torna-se artificial, um mero produto de marketing. E candidato não pode ser trabalhado como se trabalha um sabonete, um pacote de macarrão.

Mercado de trabalho

Mais do que uma oportunidade para adquirir experiência, o trabalho temporário aumenta a chance de empregabilidade, segundo o estudo da International Confederation of Private Employment Agencies (CIETT). Realizado em âmbito mundial, a pesquisa revela que, após uma contratação temporária, o risco de permanecer desempregado diminui em média 66%. O levantamento completo será apresentado durante o Congresso Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário, evento promovido pelo Sindeprestem nos dias 27 e 28 de maio, no WTC Convention Center, em São Paulo.

A Copa e a lição de casa

O Brasil não está fazendo a lição de casa para a Copa de 2014, segundo a Fifa. Aliás, nem começou. Embora alguns digam que a entidade máxima do futebol faz excessivas exigências ao país, o fato é que o Brasil não tem o direito de fingir que o assunto não é com ele. Quem chama o evento para si, tem que fazer. O Brasil quis trazer a Copa, conseguiu. Vários setores vem se movimentando, tanto que os principais hotéis nas cidades sedes já aceitam reservas, mas ficam muitas dúvidas. Nos estádios, as obras nem começaram. No setor de hospedagem não se sabe se haverá acomodação para todos os turistas. Construir novos hotéis é bobagem, pois passado o evento não terão ocupação suficiente. Os navios seriam boa solução como hospedagem alternativa, mas, será que virão? Não temos terminais turísticos e são raras as boas ligações rodoviárias entre portos e cidades. Em termos de infraestrutura estamos indo muito mal.

A fábula do fogo


O fogo ficou ofendido porque a água, na panela, foi colocada acima dele. Logo ele que se considera um "elemento superior". Não aceita a provocação. Começa a erguer cada vez mais alto as suas chamas até provocar a ebulição da água. E esta, transbordando da panela, extingue o fogo. Moral da história : meça sempre as conseqüências de seus atos. Nem sempre o ímpeto consegue ser eficaz.

Zé Anibal chateado

Zé Aníbal renunciou à sua candidatura ao Senado. Teve de ceder à pressão da máquina. Que trabalhava para Aloysio Nunes Ferreira. Aníbal ainda não decidiu se vai para a reeleição de deputado. Foi convidado para coordenar o programa de governo de Geraldo Alckmin. Em conversa com este consultor, demonstrou muita indignação.

Senado em SP

A moldura eleitoral para o Senado, em SP, mostra Marta Suplicy, pelo PT, em situação confortável. Aloysio, do PSDB, é um perfil para dentro. Vai ter de fazer grande esforço para ganhar simpatia do eleitorado. Quércia, do PMDB, em aliança com os tucanos, sofre desgaste de imagem. Tuma tem um bom índice de intenção de voto, mas falta-lhe uma coligação de porte, que lhe garanta boa visibilidade. Netinho de Paula, do PCdoB, terá pouca mídia eleitoral, mas é um artista midiático. E Gabriel Chalita, com votos fechados no colégio católico, tem boa apresentação. Mas não terá visibilidade. A não ser que PSB faça coligação com PT, queimando a pretensão de Paulo Skaf, o neosocialista.

"Escolha um trabalho que você ame e não terá de trabalhar um único dia em sua vida." (Confúcio)

3 X 4 em Natal


Pesquisa apenas em Natal, capital do RN : Presidência : José Serra, 39%; Dilma, 27%; Governo do Estado : Rosalba Ciarlini, 42%. Carlos Eduardo, 25%; Iberê Ferreira, 10% e Fernando Bezerra, 10%. Senado: Garibaldi Alves, 57%; José Agripino, 55%; Vilma Faria, 42%.

Balzaquianas

As balzaquianas - consagradas por Honoré de Balzac no livro a Mulher de 30 anos -, somam mais de 30% do eleitorado brasileiro. Segundo estudos do prof. José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, o grupo em torno de 35 anos vai decidir o destino dos candidatos. O estudo mostra que Lula e o PT sempre tiveram mais dificuldades junto ao eleitorado feminino, que, aliás, supera o eleitorado masculino em 5 milhões de votos: 68 milhões de eleitoras e 63 milhões de eleitores.

Guerra em Pernambuco


Jarbas Vasconcelos está em vias de aceitar a candidatura ao governo de Pernambuco. O senador tucano tem poucas chances. Mas poderá ser importante na estratégia de extensão do palanque de Serra no nordeste. Já o senador Sérgio Guerra hesita em postular a reeleição ao Senado. Mais se inclina por uma candidatura à Câmara Federal.

Sergipe

João Alves deverá ser candidato ao governo de Sergipe. Enfrentará o governador Marcelo Deda, que lidera as pesquisas. Mas João é um forte candidato. Tem chances.

Alagoas

A novidade em Alagoas é a candidatura de Fernando Collor. O senador decidiu se candidatar após examinar pesquisas. Estaria liderando o páreo. O jogo vai ser duro. O tucano Teotônio Vilela enfrentaria pela oposição o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que teria o apoio de um chapão, composto pelo PDT, PTB, PMDB (de Renan Calheiros), PR, PT, PC do B, PRB, PV. Collor, embolando o jogo, gostaria de tirar Lessa da jogada.

Rio Grande do Sul

Os tucanos gaúchos fecharam aliança com o PP de Dornelles para as eleições estaduais. Significa que, no plano nacional, esse é um passo na direção de José Serra. Com o próprio senador Dornelles como vice. Primo de Aécio, o senador carioca abriria espaços no Rio e em Minas para o ex-governador paulista. Mas o PP pode optar pela neutralidade.

Rio de Janeiro

No Rio, Fernando Gabeira, do PV, fecha aliança com DEM-PPS-PSDB e ancorará uma vaga para César Maia no Senado. Gabeira poderá crescer bastante. E até vir a ameaçar Sérgio Cabral. Abre palanque para Serra, no segundo turno. No primeiro, claro, o verde fechará com Marina também verde.

Ceará

No Ceará, o samba do crioulo doido tocará nesta campanha. Ciro deverá comandar a campanha do irmão Cid. E este, que é do PSB, deverá ajudar o amigo Tasso Jereissati, do PSDB. Que comandará a campanha de Serra no Estado. Ciro é adversário de Serra. Mas é irmão político de Tasso. Os opostos de unirão? SDS. Só Deus Sabe.

Paraná

PT poderá até vir a apoiar a candidatura do governador Orlando Pessuti, do PMDB, que se esforça para alavancar seu nome ao governo.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, Fernando Pimentel venceu as prévias do PT. Para quê ? Para ser candidato a senador, porque o candidato que o PT apoiará ao governo será Hélio Costa, do PMDB. Mas Hélio levará a melhor? Está na frente, mas Aécio Neves tem condições de emplacar no assento seu vice e atual governador, Antônio Anastasia.

Primórdios do marketing político

"Rastreie, vá ao encalço de homens de toda e qualquer região, passe a conhecê-los, cultive e fortaleça a amizade, cuide para que em suas respectivas localidades eles cabalem votos para você e defendam sua causa como se fossem eles os candidatos". (Quinto Túlio Cícero aconselhando o irmão Marco Cícero, o grande tribuno, em 64. A . C, quando este fazia campanha o Consulado de Roma)

Conselho a Dilma e a Serra

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado às assessorias de Dilma e Serra. Hoje, volta sua atenção aos candidatos à presidência Dilma e Serra:

1. Minas Gerais será a principal balança da campanha. Poderá ser surpresa. Apesar de Aécio Neves ser tucano, o voto mineiro foi e será muito escondido. Mineiro é desconfiado.

2. Pode haver um mutirão de votos para Serra, se Aécio conseguir verdadeiramente comandar a campanha tucana. E mais : mobilizar e motivar as massas.

3. Mas os mineiros podem misturar o voto. Há, sim, uma tendência para o voto Anastadilma ou Dilmasia. Minas tem 14,2 milhões de eleitores. A vitória de Serra ou de Dilma está muito na dependência do voto mineiro.

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* Gaudêncio Torquato

UMA FLOR DE MÃE

Flor de encanto e ternura,
Coragem da mãe de Jesus
Pelo bem de cada filho
Suporta o peso da cruz.

Flor que se torna fera,
Para defender sua cria,
Às vezes desesperada,
Invoca a Virgem Maria.

Flor de palavras sábias,
Que minha vida conduz,
Do teu ventre abençoado
Vim ao mundo ver a luz.

Flor da qual eu sou fruto,
E um dia me viu crescer,
Só após ter os meus filhos
Eu passei a lhe entender.

Agradeço a minha flor,
A sua eterna dedicação.
Meu coração está repleto
De carinho e gratidão.

Dalinha Catunda

quarta-feira, 5 de maio de 2010

HOJE É O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES

A Comunicação vem do latim communis, comum, dando idéia de comunidade.

Comunicar significa participação, troca de informações, tornar comum aos outros idéias, volições e estados de espírito.

Ou seja, as pessoas poderem entender-se umas às outras, expressando pensamentos e até mesmo unindo o que está isolado, o que está longe da comunidade.
O Conceito Biológico da comunicação é relacionado com a atividade sensorial e nervosa do ser humano.

É através da linguagem que é exprimido o que se passa no seu sistema nervoso.

Algumas espécies têm a necessidade de intercambiar informações apenas para multiplicar-se, enquanto a espécie humana procura comunicar-se intensamente com outros porque necessita de participar ativamente da sua própria evolução biológica.

Esse é um conceito parcial, pois a comunicação não se resume a impulsos nervosos.

Existe o lado emocional que contribui para a formulação das idéias.

A inteligência emocional é parte biológica do ser humano, uma vez que sentimentos como ira e alegria alteram batimentos cardíacos, influenciando pensamentos e reformulando informações.

A comunicação é uma atividade educativa que envolve troca de experiências entre pessoas de gerações diferentes, evitando-se assim que grupos sociais retornem ao primitivismo.

Entre os que se comunicam, há uma transmissão de ensinamentos, onde se modifica a disposição mental das partes envolvidas.

Pedagogicamente, é essencial que a educação faça parte de uma comunidade, para que os jovens se adaptem à vida social, sem que cometam erros do passado.

Não fossem os meios de comunicação, ampliando as possibilidades de coexistência mais pacífica entre os homens, estes já estariam extintos devido às disputas pelo poder.

E não menos importante que os conceitos anteriores, a comunicação atua na forma de sobrevivência social e no fundamento da existência humana.

Os homens têm necessidade de estar em constante relação com o mundo, e para isso usam a comunicação como mediadora na interação social, pois é compreensível enquanto código para todos que dela participam.

Além desse aspecto, os sociólogos entendem a comunicação como fundamental nos dias de hoje para o bom entendimento da sociedade e na construção social do mundo.

(Fonte: Intervozes)

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Para que se tornasse possível a expansão das comunicações e dos meios físicos no Brasil, houve o empenho de Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon, que era descendente de índios, destacado militar, sertanista e geógrafo brasileiro.

Ao ingressar no exército, ele foi ajudante da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas que ligaram Goiás a Mato Grosso. Em 1900, promovido a chefe da Comissão, atravessou mais de 3.500 km de sertão e de florestas inexploradas, levando as linhas do telégrafo até o Acre.

Mais de 2.000 km de linhas foram instalados sob seu comando, fato que permitiu que a comunicação atingisse territórios antes isolados.

Em homenagem ao seu importante e pioneiro trabalho, o dia de seu nascimento foi declarado Dia das Comunicações.

Hoje, as linhas telegráficas foram substituídas por linhas telefônicas, fibras ópticas e de transmissão de dados.

Com esses avanços tecnológicos, as comunicações quebraram grandes barreiras e se tornaram "massificadas".

Milhões de pessoas, todos os dias, estão em contato com alguma forma de comunicação e sugestão propagadas pela televisão, pelo rádio e, mais recentemente, pela internet.

Assim, as comunicações foram transformadas em um setor estratégico para a manutenção da sociedade.

O Ministério das Comunicações é o órgão do Poder Executivo federal responsável pela elaboração e cumprimento das políticas públicas de três grandes áreas: radiodifusão, serviços postais e telecomunicações, com base na Constituição Federal e na legislação específica: Código Brasileiro de Telecomunicações, criado pela lei no 4117, de 27/8/1962, e regulamentado pelo decreto-lei no 236, de 28/2/1967; Lei Geral de Telecomunicações (lei no 9.472, de 16/7/1997); lei no 10.052, de 28/11/2000, que criou o fundo para o desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).

Os meios de comunicação social tomaram especial importância no século passado.

O mundo conheceu um avanço tecnológico ímpar, que afetou o modo de as pessoas se relacionarem e, sobretudo, a forma como elas se comunicam.

A Igreja católica, ciente da importância dos meios de comunicação para o anúncio da Palavra de Deus, tem demonstrado extrema preocupação com o seu uso indevido.

Ao longo dos anos, a Igreja tem emitido pareceres e documentos acerca do uso coerente e cristão dos meios de comunicação social por parte das instituições religiosas, em sua missão apostólica, e por parte das instituições civis.

Entre os documentos mais importantes, está o decreto Inter Mirifica, do papa Paulo VI, e a instrução pastoral Aetatis Novae, do papa João Paulo II, além de inúmeras instruções pastorais.

Todos os anos, o Papa envia uma carta aos cristãos, para o Dia das Comunicações, discorrendo a respeito das novas formas de difusão do pensamento e da Palavra de Deus.

Fonte: www.paulinas.org.br

terça-feira, 4 de maio de 2010

JUSTIFICATIVA SOBRE POSTAGENS

Às vezes, demoro na atualização deste blog.

Mantenho esta página por dilentantismo. E a alimento nos escassos momentos de folga.

Como sou adepto da máxima popular "primeiro a obrigação; depois a diversão" - priorizo os compromissos profissionais.

Nestes últimos dias, tenho tido uma agenda superlotada, inclusive com viagens a municípios com problemas de conexão na web. Por isso, a diferença de ritmo nas postagens.

Espero a compreensão dos amigos.

Grato,

JB

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Olá Júnior,

Estarei sempre passando por aqui,mesmo sem novas postagens, tem sempre algo interessante para se ler.

Você em sua generosidade, abriga em seu espaço, valores de sua terra, amigos, conhecido e muitas vezes transforma comentários em postagens.

Um abraço carinhoso,

Dalinha

domingo, 2 de maio de 2010

GUERREIRO MENINO




Composição: Gonzaguinha

Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas

Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura

Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito

Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem perfeitos

É triste ver este homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros

Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama

Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E a vida é trabalho

E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata

Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz