quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PRESOS OS AUTORES DA MORTE DO PALHAÇO HARLEY

Luis Luzimar Cavalcante de Araújo e Luis Wlendresson Alves Araújo, pai e filho, respectivamente, residentes na Localidade de Lagoa de Pedra, distrito de Carrapateiras, em Tauá, receberam voz de prisão na tarde de terça-feira, 07, ao se apresentarem na Delegacia Regional de Polícia Civil para depor. Os dois são os autores da morte do palhaço e proprietário do Circo Retalho Show Circus, Francisco Harley Araújo Melo, 53 anos, que foi agredido a socos, pontapés e chicotadas e em seguida lesionado a golpe de faca, na estrada que liga a Vila de Poço da Onça à Mutuca, no dia 03 último.

Quando estavam sendo ouvidos, o Inspetor Agostinho chegava do Fórum trazendo os Mandados de Prisão Temporária para os criminosos, que haviam sido solicitados pelo Delegado Dr. Osmar Berto. Com a decisão, pai e filho ficam atrás das grades durante 30 dias, tempo suficiente para a conclusão do inquérito policial. O pai deverá assumir a autoria do crime e o filho poderá ser libertado ao final da prisão temporária.

Na terça-feira, 07, dezenas de pessoas se concentraram na Estrada que liga a Vila de Santo Antonio à Localidade de Mutuca, onde aconteceu o crime, fizeram orações e pediram Justiça para o caso.

O palhaço Harley era muito querido pela comunidade de Carrapateiras.

(Por wilrismar– 8 de fevereiro de 2012)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PARABÉNS, DINGA!



Ensinaste-me que conviver é viver com,
Ver a vida com e incorporar o outro!

Ensinaste-me que o melhor porto
É essa famosa ilha que a gente chama família,
Pessoas entrelaçadas pelo mesmo cordão sanguíneo
Que aprendem a acorrentar a alma
E liberá-la na correnteza do coração.

Ensinaste-me que é necessário se indignar
Porque nos torna mais dignos!

Ensinaste-me que o essencial intento
É ser bem intencionado
Pois retira a tensão
E induz à boa solução.

Ensinaste-me a importância
Da vigilância –
Ser “vigia da esperança!”

Ensinaste o sentido
Da humildade
Mistura de húmus com serenidade.

E, o principal:
Nada é nosso, nada temos, nada nos pertence!
Mesmo quando, por nossas mãos,
Brotam ramos de estrelas,
Rosas de ternura,
Pétalas de candura,
Somos apenas instrumentos musicais
Regidos por um Artista Superior!

Neste dia de louvor à tua vida, Parabéns prá você!

(Júnior Bonfim)

WANDO PARTIU. CHORA CORAÇÃO


O cantor Wando morreu nesta quarta-feira (dia 8), aos 66 anos, em decorrência de uma parada cardíaca. A informação foi confirmada pelo hospital Biocor, de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, onde ele estava internado.

Wando estava no hospital desde o dia 27 de janeiro, com graves problemas cadíacos. Ele foi submetido a uma angioplastia coronariana em caráter de urgência para desobstrução das artérias e estava em tratamento no Centro de Terapia Intensiva.

Wando estava como um passarinho na gaiola, feito gente na prisão...

CONJUNTURA NACIONAL


Malícias de Tancredo

Abro a Coluna com historinhas de Tancredo Neves, o avô do senador Aécio, contadas pelo amigo Sebastião Nery. Tancredo dava uma entrevista e o jornalista anotava tudo. Quando acabou, Tancredo Neves leu. Estava escrito:

- Não pretendo ser governador de Minas.

Tancredo pediu licença, emendou com a própria caneta: "Não pretendo ser candidato a governador de Minas". E outra. Geraldo Rezende, editor político de O Diário, sábio e santo, conversava com Tancredo no final da campanha para o governo de Minas, em 1960, contra Magalhães Pinto:

- Tancredo, você precisa ter fé. Dê uma passada no Santuário de São Geraldo, em Curvelo, que São Geraldo não esquece seus devotos.

Tancredo foi lá. Perdeu as eleições para Magalhães. Telegrafou a Geraldo:

- Geraldo, São Geraldo esquece seus devotos.

Meses depois, Jânio renuncia, assume Jango. Tancredo é primeiro-ministro. Geraldo telegrafa a Tancredo:

- Tancredo. São Geraldo não esquece seus devotos.

Bahia violenta

A Bahia de Todos os Santos virou terra da barbárie. 54 mortos, até o momento, vítimas da violência que assola Salvador, desde o início da greve dos policiais militares. Surpreendente é que a greve assumiu proporções inusitadas, deixando as autoridades governativas sem rumo. O governador Jaques Wagner, sempre cioso de seus deveres, diz que não cederá. O aumento de 6,5% que deu ao funcionalismo será o mesmo para a PM. O mais incrível é ver a situação de caos nas terras santificadas da Bahia, nas proximidades do carnaval, um dos maiores e mais animados eventos do país. O affaire poderá sujar a imagem do governo e servir de discurso aos opositores na campanha eleitoral deste ano.

Salário vergonhoso

Um policial militar, em início de carreira, ganha na Bahia R$ 1.550,00. Será que este salário sustenta uma família com 3 filhos? No Rio de Janeiro, o salário é menor ainda, de R$ 1.137,49. Abaixo, só os salários dos policiais no Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, de R$ 1.111,00 e R$ 996,00, respectivamente. Já no Distrito Federal, os policiais ganham R$ 4.129.73.

Neto sobe

A crise baiana poderá servir de impulso à candidatura de ACM Neto. Que tem condições de alçar voo. Para ser o próximo prefeito de Salvador.

A privatização de Dilma

Pois é, os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília foram a leilão e passarão a ser concessões privadas. O vencedor do leilão de Guarulhos (R$ 16,213 bilhões, ágio de 373,5%) foi a Invepar, empresa de investimentos criada pela OAS, que tem como acionistas os fundos de pensão Funcef (Caixa Econômica), Previ (BB) e Petros (Petrobras). A empresa ganhou em acordo com a ACSA, da África do Sul, que opera principais aeroportos africanos. O de Campinas (R$ 3,821 bilhões e ágio de 159,8%) vai para as mãos de Triunfo Participações, consórcio formado pela Constran, que pertence à UTC Engenharia; Aeroservice, empresa de projetos de aeroportos; e Egis Airport Operation (França), operadora de aeroportos. E o de Brasília (R$ 4,5 bilhões e ágio de 673,4%) ficará sob o controle da Engevix, em sociedade com a Corporación America (Argentina).

Participações

No aeroporto de Guarulhos, a Invepar tem 90% e a ACSA, 10%; no de Campinas, Triunfo fica com 45%, Constran com 45% e Egisavia fica com 10%; o aeroporto de Brasília foi repartido entre 50% para a Engevix e 50% para a Corporación Argentina. Atenção: a Infraero terá participação de 49% nos consórcios. E mais um dado para entender a moldura: o BNDES financiará 80% dos investimentos. Claro, com a Infraero pagando parte da conta.

Privatização sob vigilância

O dado acima permite inferir: a privatização ficará sob o olhar do governo. Ou seja, a Infraero terá uma lupa para enxergar as situações de cada consórcio.

Ágio médio

O ágio médio no leilão de privatização dos aeroportos foi de 348%. Total arrecadado: R$ 24,5 bilhões. Empreiteiras fortes como Odebrecht e CCR ficaram de fora. Grandes operadores de aeroportos, como os que operam em Cingapura, Zurique e Houston perderam seus lances.

O caráter e o silêncio

Há dois grandes traços que pintam o caráter: a atividade em prestar serviços, o que prova generosidade, e o silêncio sobre os serviços prestados. PELISSON (Paul, escritor francês, historiógrafo de Luís XIV. Pinçado por José da Silva Martins em sua Coletânea de Pensamentos)

Mais recorde

Brasil dos bilhões. R$ 14,6 bilhões de lucro líquido. O maior lucro líquido já alcançado por um grupo na história do Brasil. Foi o que conseguiu o grupo financeiro Itaú/Unibanco em 2011. Esse é o Brasil da dinheirama.

Pão e circo

"Os povos gostam do espetáculo; através dele, dominamos seu espírito e seu coração". Luís XIV.

Maquiavel já aconselhava ao Príncipe "divertir e reter o povo em festas e jogos". Os tiranos que surgiam nas cidades gregas entre os séculos VII e VI A.C. já utilizavam intensamente as festas populares em benefício de sua propaganda.

Dilma cautelosa

A presidente Dilma, após a recomposição do Ministério, deverá recolher o excesso verbal em matéria de política. Tende a ser mais cautelosa. O Congresso retoma a agenda e há projetos importantes, como o Fundo Complementar do Servidor Público, a ser votado nas próximas semanas.

Partidos e silentes

Os partidos também entenderam que a presidente Dilma não aprecia muito os salamaleques, pressões e contrapressões. E também recolhem o lixo verborrágico. Procurarão usar sua força expressiva (e eleitoral) em tempo e condições mais convenientes. Agora, não é hora. Passarinho na muda não pia.

Quem não crê em nada

"Quando um homem vem me dizer que não crê em nada e que a religião é uma quimera, faz com isso uma confidência muito ruim, pois devo ter, sem dúvida, ciúme de uma terrível vantagem que ele tem sobre mim. Como? Ele pode corromper minha mulher e minha filha sem remorsos, enquanto eu seria impedido de fazer o mesmo por medo do inferno! A disputa é desigual. Que ele não creia em nada, com isso posso consentir, mas que vá viver em outro país, com aqueles que se lhe parecem, ou, pelo menos, que se esconda, e que não venha insultar minha credulidade". Montesquieu em seus Escritos.

Cenário paulistano

Esta coluna não abre mão de fazer um recorrente cenário eleitoral para a capital paulista. Pede desculpas aos leitores pela retomada da paisagem paulistana. Afinal, trata-se do pleito mais importante do país, eis que abrigará o maior eleitorado e as maiores lideranças políticas nacionais, a partir de Lula, careca e santificado, que faz articulação em prol de seu candidato, Fernando Haddad, até em quarto do hospital Sírio-Libanês. Então, vamos lá.

Desenho I

Fernando Haddad, pelo PT, com o apoio do PSD, de Kassab, disputa com Gabriel Chalita no segundo turno. Vale lembrar que o PT tem históricos 30% dos votos na capital paulista. Gabriel Chalita, do PMDB, terá um bom tempo de TV e rádio. Alguém poderá objetar: e o candidato tucano? Esse é o busílis. Se for um dos japoneses - muito parecidos - será pouco provável. Japoneses: Zé Aníbal, Ricardo Trípoli, Bruno Covas e Andrea Matarazzo. Bruno Covas poderia tirar Geraldo Alckmin da retaguarda e deixá-lo na vanguarda. Mas o neto de Mário Covas não conta com número suficiente de adesões para ganhar as prévias. Andrea conhece bem a cidade, até mais que os outros. Também não contaria com votos suficientes.

Desenho II

A questão de sempre: e Serra? Cercado de pressões por todos os lados, tem jurado que não topa. Mas há uma esperança entre os tucanos. A de que ele poderia aceitar e salvar a Pátria. Receberia o apoio irrestrito do PSD de Kassab e, assim, desfazer a aliança que ele tende a estabelecer com o PT. Serra candidato poderia entrar no segundo turno. Ganharia a campanha? Dependerá do seu índice de rejeição, hoje muito alto. O ambiente social e econômico do 2º semestre influirá na diminuição/manutenção do índice de rejeição. Nesse caso, poderíamos ver o restabelecimento da velha polarização PT x PSDB. Pano de fundo: santo Lula protegendo Haddad.

Mais paisagens

Alckmin protegeria Serra? Há quem duvide. E se o vice-governador Guilherme Afif fosse o candidato? Teria chances caso dispusesse de tempo eleitoral (rádio e TV) suficiente. Outra perguntinha recorrente: Serra tem futuro? Sem dúvida. Mesmo se não for candidato a prefeito, Serra terá um horizonte de média distância para contemplar. Se não for o candidato tucano em 2014, perdendo para Aécio a vaga, teria de fazer opções antes daquele ano decisivo. Poderia disputar o Senado. Ou, mesmo, a presidência da República por outro partido, o que o levaria a sair do PSDB até outubro de 2013.

Vitória ou derrota de Lula

E se Fernando Haddad for derrotado? Seria uma derrota de Lula. E se ganhar? Mais uma vitória de Lula. Que parece vitaminado. O ex-presidente está muito ativo. Parece somar forças em momentos críticos.

Mantega capengou

O affaire em torno da Casa da Moeda pegou de leve no ministro Guido Mantega. Foi ele quem escolheu o presidente que saiu. Sob grande suspeita. Quis atribuir a escolha ao PTB. Que negou. Ao tentar argumentar, Mantega escreveu torto por linhas tortas.

Que ganho real é esse?

Há pouco tempo, nesta coluna, fizemos reflexões sobre os critérios estabelecidos pelo Decreto Estadual 48.326/2003 para conceder reajustes ao setor prestador de serviços. Ocorre que o Estado impõe fórmulas que levam em consideração apenas a variação do IPC. Ou seja, no acordo da categoria dá-se um reajuste de 15%, mas o governo repassa ao setor menos que 7% (IPC apurado). Como isto vem ocorrendo há alguns anos, a perda, nos últimos 3 anos, já chega a mais de 25%. Sem condições de honrar dissídios trabalhistas, o setor obreiro começa a mobilizar suas bases em torno de uma greve geral. Seria prudente que governo e empresários procurem os meios e as condições para uma abordagem que possa equacionar a pendenga. O setor privado é o maior gerador de empregos do Estado. Merece um pouquinho mais de atenção. A não ser que o governo queria estrangular a galinha de ovos de ouro.

Governantes

Quando Confúcio visitou a montanha sagrada de Taishan, encontrou uma mulher cujos parentes haviam sido mortos por tigres.

- Por que não se muda daqui, perguntou Confúcio.

- Porque os governantes são mais ferozes que os tigres.


Descontroles

No Rio, três prédios desabam deixando um rastro de mortes. Descalabro. Falta de fiscalização. Rio de Janeiro mais parece uma Beleza em Apuros. Agora, é em São Bernardo que um prédio despenca. Descontroles por todos os espaços. Esse é o Brasil do jeitão que é, da incúria, do desleixo, da falta de planejamento, da ausência de critérios racionais, da folgança de todas as horas.

Notas dos partidos

Pesquisa informal da coluna. Notas dos partidos aliados ao governo Dilma. De 1 a 10. PT avaliando o governo Dilma: 9. PMDB: 7,5. PP: 6. PTB: 6. PRB: 7. PDT: 6. PSB: 8. PC do B: 8. Aferição dos três principais partidos da oposição: PSDB: 5. DEM: 5. PPS: 5.

Andréa

Andréa Neves da Cunha, irmã de Aécio, bem articulada, começa a surgir na paisagem mineira. Sucessora de Anastasia no governo?

O exemplo de Maomé

Maomé levou o povo a acreditar que poderia atrair uma montanha. E que, do cume, faria preces a favor dos observantes da sua lei. O povo reuniu-se; Maomé chamou pela montanha, várias vezes; e como a montanha ficasse quieta, não se deu por vencido, mas disse: "Se a montanha não quer vir ter com Maomé, Maomé irá ter com a montanha". Dessa forma, os homens que prometeram grandes prodígios e falharam sem vergonha (porque nisso está a perfeição da audácia), passam por cima de tudo, dão meia-volta e realizam o seu feito. (Francis Bacon em seus Ensaios)

Conselho aos membros do Judiciário

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado aos partidos e seus líderes. Hoje, sua atenção se volta aos membros do Judiciário:

1. Após a decisão do STF convalidando as funções do CNJ, resta ao corpo do Judiciário fazer intensa reflexão, mapeando seus altos e baixos, pontos fortes e fracos. O momento é de recolhimento.

2. Urge recompor a força moral do Judiciário, o que implica posturas mais sóbrias e circunspectas. Os Tribunais de Justiça dos Estados devem fazer o exercício da limpeza em suas fichas. Joio, mesmo isolado, não pode contaminar o trigo.

3. Conceitos para cobrir o manto sagrado da Justiça : transparência, dignidade, zelo, organização, agilidade, sabedoria, ética, vigor cívico e isenção.

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(Gaudêncio Torquato)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

DIFERENÇA LÓGICA ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE


A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro"..

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência..

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.



(O texto é do Prof. Dr. Guido Nunes Lopes e foi enviado por Paulo Nazareno)

POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

O protecionismo no Brasil e o câmbio

A valorização excessiva da moeda brasileira espalha diversos sinais de desindustrialização. A taxa de câmbio é um tema macroeconômico dificílimo, pois prever e "administrar" o câmbio é uma tarefa inglória, com resultados imprevisíveis. Também difícil é fazer ajustes em acordos comerciais em função dos generalizados interesses que se formam ao redor destes. É o caso dos acordos comerciais do setor automotivo com Argentina e México. Ambos são fontes de elevados déficits (uma soma além dos US$ 2,5 bi) e de transferência sistemática de produção e empregos. O Brasil tenta ajustar ambos os acordos, com graus de dificuldades bastante diversas nos dois casos, mas no fundo o problema essencial é a taxa de câmbio. O Brasil é atualmente um país excessivamente caro, com custos sistêmicos (trabalho, juros, impostos, etc.) elevados e com infraestrutura custosa e ineficiente. Portanto, ao ir à mesa de negociação com seus "parceiros", o Brasil leva consigo seus próprios e enormes problemas diante de poucas virtudes do lado oposto. Uma negociação de perdedores perante China, Índia, etc. Em tempo : a produção de veículos em janeiro, segundo a Anfavea caiu 19%.

By by made in Brazil

Depois de conhecidos os dados oficiais do desempenho da indústria no ano passado - crescimento de meros 0,3%, quando o comércio, mesmo com a parada dos últimos meses deve ter chegado a 7% - e da balança comercial de janeiro, com um déficit de US$ 1,3 bi, não dá para esconder que a indústria brasileira passa por um processo bem avançado de extermínio, ressalvados alguns setores. E a velocidade desse processo vem crescendo. E cada vez que há um sinal desses, o governo saca, algumas vezes até na prática (mas a maioria apenas no discurso e nas promessas), um arsenal de medidas pontuais para atenuar o problema. Por incapacidade - ou falta de condições políticas de atacar os verdadeiros problemas que não só estão matando nossa indústria, mas que mantém a economia nacional num nível de crescimento mediano apenas, porque qualquer avanço mais acentuado do PIB, como os 7,5% de 2010, ameaça com inflação e outros desarranjos. Vale lembrar que enquanto não tivermos condições de melhorar a infraestrutura viária, a portuária e a aeroportuária, não tivermos um sistema tributário decente, não estabelecermos um Estado mais ativo e menor oneroso, vamos de remendo em remendo, só isso. E basta ver os propósitos do governo para este ano, embora cheio de boas intenções, listados no documento de Dilma na abertura do Congresso, para sentir que nossas deficiências mais profundas vão demorar algum tempo a serem enfrentadas e sanadas para valer.

Protecionismo na América

Não se deve levar ao pé da letra nenhuma afirmação de candidatos durante a corrida eleitoral. Falam demais e, sabidamente, mentem. Todavia, no caso de Mitt Romney e Obama é certo que o discurso protecionista em relação à China terá sobrevida além da eleição presidencial. O questionamento sobre as "práticas comerciais injustas" (Romney) e dos "desajustes comerciais da China" (Obama) caem como uma luva perante um eleitorado sedento pela retomada da atividade econômica local e pela proteção à indústria e empregos dos norte-americanos. Note-se que esta visão tem especial apelo junto ao eleitorado mais pobre (latinos e negros), que é aquele mais disposto a votar no momento de eleger o presidente. O resultado disso tudo pode ser um comportamento mais contido dos investimentos americanos ao redor do mundo. Neste aspecto, o mundo perde. E não é pouco.

A Grécia no centro das atenções

Nesta semana, o governo grego deve finalizar o pacote de renegociação de sua dívida de US$ 170 bi. Uma tarefa extremamente complexa, seja no que tange ao convencimento do mercado de um "corte" no total a ser recebido futuramente, seja no âmbito interno, especialmente junto às centrais sindicais em função da redução de pensões, salários e empregos. Ao que parece, haverá um acordo, mas a dúvida vai permanecer no front : como um país poderá sobreviver tanto tempo sob recessão contínua e desesperança social ? Esta questão sensível não haverá de influenciar os investidores que são os mais hesitantes em aceitar o novo prazo de renegociação (30 anos) e a taxa de juros (3,6% ao ano), considerada baixa ? Note-se que o desconto da dívida é de mais de 70% e, mesmo assim, as condições de crédito do país não serão restabelecidas. O momento é decisivo e deve marcar o cenário nesta semana e, quiçá, na próxima. O momento dos mercados é positivo, mas esta renegociação é uma espécie de benchmark para os outros países endividados.

Haverá eleições?

As eleições gerais estão marcadas para abril próximo na Grécia. Todavia, o Partido Socialista, liderado pelo ex-primeiro-ministro George Papandreou já se articula para que o governo "técnico" do primeiro-ministro Lucas Papademos permaneça por mais tempo (quanto seria ?) de forma a dar "maior credibilidade" às atuais renegociações. A questão que decorre desta proposta do Partido Socialista é "como pode um governo 'técnico' se sustentar politicamente perante uma população que está sofrendo as agruras deste monumental ajuste econômico" ? Há, desta forma, um vazio político que é incompatível com as necessidades do atual processo social e financeiro do país. Eis um sinal evidente de que a probabilidade de uma "ruptura" em relação à união monetária é elevadíssima.

O papel da Alemanha, Inglaterra e França

O foco da Alemanha e da França neste momento delicado da União Europeia é a manutenção da força do Euro. Angela Merkel, em especial, tem se esmerado em implementar rígidos padrões de disciplina fiscal junto aos países endividados da Zona do Euro. Não haveria nada de errado neste processo, não fosse o fato dele estar sendo acompanhado com uma visão hegemônica pela qual a Europa está sendo dividida entre "poderosos" e "periféricos". Neste contexto, a Alemanha e a França estão debilitando ainda mais os países com problemas de crédito e, em contrapartida, aumentando as dúvidas em relação à sobrevivência do Euro. Um dúbio jogo faz o primeiro-ministro inglês David Cameron, que deseja um Euro mais fraco perante a moeda nacional da Inglaterra e, ao mesmo tempo, se encarrega de se somar às duras requisições fiscais de Berlim e Paris. Um jogo perigoso cujo custo pode ser desconhecido, embora se saiba de antemão que é desastroso.

Aeroportos privados

Os contratos de prestação de serviços aeroportuários em processo de leilão são per se um bom e tardio sinal para a economia brasileira, tão necessitada de modernização na sua infraestrutura. Todavia, este não parece ser um sinal de mudança geral no pensamento governamental em relação ao tema. A participação privada nos setores básicos da economia brasileira continua sendo percebida pelo governo como algo "secundário". As maiores apostas do governo Dilma estão relacionadas com o próprio desempenho estatal. Não à toa, a imagem de "gerente" da presidente está associada aos gigantescos planos do Estado em várias áreas consideradas estratégicas. O que se vê de concreto, portanto, é muita falação e pouca ação, tudo em linha com a lentidão, ineficiência e outros procedimentos nefastos que convivem com as áreas de infraestrutura. Regular a participação do setor privado nestas áreas é papel essencial do governo. Todavia, considerá-lo secundário perante o Estado é miopia de muitos graus. É o que ocorre. A licitação dos aeroportos não é sinal de mudança neste tema.

Comemorar ou estranhar?

O governo festeja o valor alcançado pela concessão dos três principais aeroportos brasileiros - Guarulhos, Viracopos e Brasília - no leilão de ontem - R$ 24,5 bi, quase cinco vezes mais que o lance mínimo de R$ 5,5 bi estabelecido no edital de licitação. É o caso de perguntar : não houve um erro de cálculo ? É de se imaginar que nenhum dos consórcios entrou no jogo para perder dinheiro, e, portanto, não foi perdulário no seu lance. Tudo não estaria sendo subestimado pela necessidade que o governo tinha de correr com a privatização por causa dos prazos exíguos para preparar os aeroportos para a Copa? Além do mais, o consórcio que puxou os fabulosos ágios oferecidos tem a proeminência da Previ, do Funcef e do Petros, fundo de pensão dos empregados de empresas estatais - respectivamente do BB, da CEF e da Petrobras - sobre a vontade dos quais o governo põe e dispõe, manda e desmanda. Na outra ponta, é notável a ausência, entre os vencedores das principais empreiteiras brasileiras, Odebrecht, Camargo Correia e Andrade Gutierrez, que parecem, por não terem ousado mais nos lances, não terem percebido a possibilidade de retorno que os vencedores levaram. Ficaram ausentes também as operadoras dos maiores aeroportos do mundo. A presença de um operador experiente era exigência do edital. Em compensação, a estatal Infraero ficou com 49% nas sociedades e o BNDES, com até 80%, vai abrir suas burras para financiar os investimentos nos três aeroportos.

Nem tanto assim

A bem sucedida privatização de ontem, pode ser considerada (1) uma privatização envergonhada porque impôs-se a Infraero no negócio com a participação de 49% e (2) com grande empuxo estatal, pois o BNDES, vai financiar até 80% dos investimentos necessários com aquele jurinho de pai para filho.

Abraços de afogados

O processo de reforma ministerial e quejandos que está praticamente se encerrando com a troca do PP (Mário Negromonte) pelo PP (Aguinaldo Ribeiro) e em áreas específicas do segundo escalão, demonstra definitivamente que a presidente Dilma e seus aliados, inclusive o maior deles, o PT, estão indissoluvelmente ligados, unidos como irmão xipófagos para o que der e o que vier :

1. Todos os parceiros saíram insatisfeitos com reforma mixuruca : alguns fazem ameaças mais abertamente, outros resmungam pelos cantos, mas nenhum tem condições de romper de fato com a presidente ou mesmo aplicar-lhe um "corretivo". Não pelo menos enquanto ela estiver surfando na popularidade proporcionada pelos ainda bons ventos econômicos.

2. A presidente, por mais que faça pose de brava e ponha seus áulicos a decantar sua dureza, suas cobranças, sua intolerância com a inapetência gerencial, não tem condições de desprezar o "conselho" e as indicações dos parceiros. Se tivesse, o ministro das Cidades seria outro, não o paraibano quase desconhecido Ribeiro, nem o PDT voltaria ao ministério do Trabalho.

Ele é a força

Não há nada que possa acontecer no PT que não passe pelo crivo de Lula. Por isso, já se diz que o partido tem duas sedes : a oficial, na Vila Mariana, onde se hospeda normalmente o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e a de fato, no Ipiranga, onde dá expediente o Instituto Lula, com audiência infinitamente superior à da primeira.

Ele é a consciência?

Nos últimos meses, em diversas ocasiões - as duas últimas numa entrevista para "The Economist" e em artigo no "Globo" e no "Estadão" de domingo, o ex-presidente FHC tem se esmerado em fazer criticas, provocar, apontar caminhos e dar paternais puxões de orelhas em seus companheiros de oposição. (Aliás, classificar de oposição o que está aí no momento é mera força de expressão ou licença poética.). Os conselhos são em vão: os oposicionistas só saem do sono em que mergulharam para cordialmente se desentenderem.

..da mãe Joana?

Faltam explicações convincentes para o episódio de nomeação e demissão do presidente da Casa da Moeda.

1. Foi um homem de Mantega para o qual o PTB ofereceu sua barriga de aluguel?

2. Foi fruto de um acordo partidário que Mantega nomeou, como ele mesmo disse, sem conhecer a pessoa?

3. Ele foi demitido por causa de suspeitas de "malfeitos" (apud Dilma).

4. Ele foi demitido porque o excelente trabalho (classificação de Mantega) executado na Casa da Moeda estava encerrado?

O episódio, quais que sejam as explicações reais, diz tudo do modelo nacional de distribuição de cargos públicos. A Casa de Moeda, pelo que se viu, foi tratada quase como uma casa de tolerância.

Ecos da incompetência

É inadmissível, inaceitável, ilegítimo, ilegal e tudo o mais o terror ao qual a PM está submetendo o povo da Bahia. Terror que já ameaça se espraiar para outros Estados. É inadmissível, inaceitável e ilegítimo também os salários que são pagos aos policiais no Brasil, as condições de trabalho a que eles estão submetidos, baixa qualificação das tropas e o número insuficiente de policiais. Este é o gravíssimo impasse que o Estado brasileiro não resolve, por inapetência e incompetência, embora o país orgulhe-se de ser a sexta economia do mundo. Sexta economia para quê? cara pálidas.

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(por Francisco Petros e José Marcio Mendonça)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

EU, ANALFABETO EMOCIONAL


Até mais ou menos o ano de 2006 eu era um analfabeto emocional. Diferente do analfabetismo comum onde a pessoa tem consciência de que não sabe escrever, o analfabeto emocional não tem a percepção da sua falta de conhecimento.

O que é então ser um analfabeto emocional? É desconhecer coisas básicas sobre o que são as emoções, como elas funcionam, como influenciam a nossa vida em todas as áreas. O que aprendemos durante a nossa formação escolar diz respeito de forma geral ao intelecto. Aprendemos e desenvolvemos o raciocínio lógico, a memória, a capacidade de aprender conceitos sobre coisas do mundo. O analfabeto emocional investe apenas no aumento da sua capacidade intelectual pois pensa que isso é o mais importante.

Esse aprendizado é bastante útil, entretanto fica faltando algo vital, que entendo como mais importante e que irá influenciar nossa vida de uma forma muito mais profunda do que o aprendizado intelectual. O que acaba ocorrendo é que formamos seres humanos dotados de uma grande capacidade intelectual mas que não conseguem criar uma vida feliz, em paz, próspera e saudável. Pior ainda, um intelecto muito desenvolvido sem a parte emocional em equilíbrio tem uma capacidade enorme de criar sofrimento para si próprio e para os outros.

Tive uma boa educação e sempre fui considerado uma pessoa inteligente. Entretanto, minha vida profissional se tornou um caos, a ansiedade me consumia e eu vivia uma vida cada vez mais infeliz. Se eu era tão inteligente isso não era para acontecer, era o que achava.

A maioria acha que a única coisa que podemos fazer para ajudar um ser humano a ser feliz e bem sucedido na vida é dar uma boa educação formal e uma boa educação caseira. A educação que temos em casa, mesmo com as melhores das intenções, é fortemente contaminada pela negatividade dos nossos pais que eles acabam nos passando de forma inconsciente.

São essas as ferramentas que damos as crianças até que completem sua formação. A partir daí temos então a ilusão de que a pessoa tem toda a base que interessa e assim ela terá condições seguir na vida de forma satisfatória. Se ela não consegue o resultado esperado não compreendemos a razão. Afinal de contas, ela não teve tudo o que foi necessário?

Apesar de ter tido uma boa educação e ter um nível razoável de inteligência, eu desconhecia completamente sobre os aspectos emocionais, e o quanto essa área em desequilíbrio sabotava a minha vida em diversos sentidos. Talvez eu tivesse uma leve noção sobre essa influência, mas eu pensava que ela era mínima, era uma noção muito superficial. Eu achava que se eu raciocinasse sobre os problemas, se eu estudasse mais e tomasse as atitudes que me parecessem mais lógicas, eu encontraria as soluções. Era nisso que eu investia. Só que as minhas ações e escolhas eram totalmente influenciadas pelo estado emocional, inconscientemente, e eu não tinha a menor idéia disso. A escolha da profissão, dos relacionamentos e as atitudes tomadas no dia a dia eram mais reflexo do meu estado emocional interior do que da minha inteligência intelectual.

A forma como eu lidava com a vida, de uma forma sutil e inconsciente, levava a mais e mais resultados negativos. Eu não percebia os erros que eu cometia. Tudo o que eu sabia é que as coisas davam errado e mais sofrimento surgia. E as razões por trás de tudo isso? Eu nem sabia que haviam razões. Parecia acaso, má sorte, qualquer coisa, só não parecia que tinha uma explicação tão óbvia e clara como eu consigo enxergar hoje.

Depois de muito sofrimento e de não entender o porque tudo dava tão errado, percebi que somente estudar e ser inteligente não era o suficiente. Despertou então o interesse pelo autoconhecimento. Comecei então um lento e gradual processo de alfabetização emocional.

Durante esse aprendizado foi ficando cada vez mais claro pra mim o quanto as crenças que eu carregava, e os problemas de autoestima (muitos que eu nem sabia que tinha) estavam criando resultados negativos na minha vida. Somente a inteligência intelectual jamais seria capaz de me levar a bons resultados. Pela primeira vez eu comecei a entender profundamente que eu era o criador de tudo aquilo e que precisa curar muitas coisas dentro de mim para que a minha vida mudasse. E foi o que aconteceu. Passando por diversos processos terapêuticos, lendo livros, textos na internet, vídeos, meditação e outras coisas, o interior foi mudando e o resultado foi aparecendo em todas as áreas: melhora da saúde física, dos relacionamentos, da parte profissional, diminuição da ansiedade e etc.

O analfabeto emocional não tem uma consciência profunda de que quando a sua vida não está indo bem e ele está infeliz, ele é a única pessoa que pode mudar a situação e que somente curando o seu interior sua vida vai mudar. Ele normalmente vai achar que são fatores externos a ele são os principais responsáveis pela sua infelicidade: seu pais, seu sócio, sua mulher, o Brasil, a cultura da cidade, o governo. Na sua lógica inconsciente, são esse fatores que precisam mudar para que ele seja feliz. Ele mesmo gerou muito sofrimento para si mesmo e não percebe. Não criou de forma proposital, mas sim inconscientemente. Mesmo assim, ele é o responsável.

O analfabeto emocional também não sabe que ele cria suas doenças físicas a partir de sentimentos negativos que vão se acumulando dentro de si. Toda emoção negativa é produzida quimicamente pelo nosso corpo e afeta a nossa fisiologia gerando: tensão nos músculos, alteração do hormônios, mudança do PH sanguíneo. Sentimentos vão ficando guardados dentro de nós e se somando até que começam a provocar reflexos mais visíveis na parte fisica: diabetes, pressão alta, câncer, doenças de pele, alergias, doenças cardíacas e etc.

É muito provável que a pessoa desenvolvida intelectualmente, mas analfabeta emocionalmente fique com raiva de mim ao ler esse texto. Pois ela tem certeza de que as doenças são causas por fatores externos, e que se sua vida mal em outras áreas, a maior causa está em coisas fora do seu interior e que ela não tem como mudar. Seu ego defenderá a posição da vítima. É uma posição que gera muito sofrimento e não permite que a pessoa mude, mas é o que ela está acostumada a ser.

Para o analfabeto emocional, terapia, auto conhecimento, auto ajuda, é bobagem. Coisa para pessoas problemáticas, dramáticas ou pouco inteligentes.

Seria muito bom que aprendêssemos desde criança a perceber nossos sentimentos negativos. Saber o que é raiva, o medo, a culpa, a frustração. Perceber a manifestação física dessas emoções. Sim, toda emoção quando surge provoca um desconforto no corpo, é a sua quimica afetando a fisiologia. Deveríamos aprender como os sentimentos negativos sabotam a nossa vida de forma inconsciente, influenciando nossas ações e escolha. Poderíamos aprender na escola sobre crenças limitantes, quais são e como elas nos prejudicam. Se aprendêssemos a detectar aspectos da autoestima baixa, jogos de manipulação familiar, padrões negativos que se repetem, teríamos muito mais condições de nos libertamos dessa negatividade. Mas nossos pais e professores também são analfabetos emocionais, eles não sabem lidar com nada disso. Normalmente só vamos aprender na idade adulta, depois de muito sofrimento, buscando professores nessa áreas através de livros, palestras, vídeos e terapeutas.

Bem, é isso. Fica aí um alerta para não deixarmos cuidar desse aspecto que é determinante para a criação de uma vida plena.

(André Lima)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

MAIS MANIFESTAÇÕES DE SOLIDARIEDADE À FAMÍLIA DO HARLEY


Crateús perdeu um grande filho que fazia da arte circense sua vida... Seu talendo era nato, tinha o dom de fazer-nos sorrir... Quantos de nós, muitas vezes com algum problema pessoal íamos assistir suas apresentações e voltávamos de coração aberto e aliviado... de baixo de uma lona toda remendada e com o uso de parafernálias fazia adultos sorriem com a mesma magia do sorriso puro de uma criança...

Infelizmente Crateús não teve tempo de agradecer pela alegria que proporcionou a cada um de nós em tantos momentos...

Adeus Harley, vá em paz! Tenho certeza que continuará fazendo graça no plano superior...

À família deste ilustre crateuense, deixo meus sentimentos e solidariedade por irreparável perca.

PROFº. LUCYANO RODRIGUES .'. E FAMÍLIA.


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Expresso aqui minha tristeza, minha revolta e dor.

Tive o prazer de residir com Harley e sua família em Crateús, onde fui para estudar.

Harley e sua irmã Luana eram crianças adoráveis. Guardo dessa família maravilhosa, lindas recordações de um tempo bom. Peço à Deus que leve consolo à D. Neide, Sr.Luis, Luana e os filhos de Harley.

Saibam que esse sentimento de revolta é compartilhado por muitas pessoas, que oram para que ele se transforme em saudades... saudades daquelas que a gente gosta de sentir.

Precisamos entender que, onde quer que Harley esteja nesse momento, ele quer nos ver felizes, como sempre quis enquanto esteve conosco.

Queridos, que Deus em sua infinita bondade e misericórdia possa lhes aquietar o coração e lhes enviar muitas bênçãos.

Que Maria, exemplo de mãe, juntamente com seus anjos, embale todos vocês com uma linda canção, lhes envolvendo com paz, muita paz e serenidade. Amém!

Os artistas não morrem jamais!

Zenite Gomes Vieira


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e´tempos bons que não voltam mais era ele no circo retalho sempre esbanjando alegria se estava triste transmitir a alegria devolvia sua felicidade halley halley palhaço caramelada será eternamente lembrado pela irreverencia pelos bordões inesqueciveis e pela alegria que so´o coração do palhaço sabe melhor do que ninguem como levar levando a alegria ele noa fazia viajar no mundo da fantasia do mundo magico do circo este circo incrivel diferente não por ser quadrado mas pelo conteudo das suas atrações nacionais e internacionais como ele mesmo costumava dizer na abertura dos espetaculos brincadeiras a parte com crianças palhaçadas e muita alegria vou levar para sempre no coração este cara fantastico que me acolheu e me transformou num filho dele como me chamava sempre era alegria demais entravamos em cena e o mundo se transformava a nossa volta eu let the sunshine sunchine halley filho marquin era so´alegria espero que a sua familia supere esta perda inesperada pois ele era so´alegria que descançe em paz

Eduardo junior

LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE CRATEÚS


De autoria da Academia de Letras do Município, a publicação reúne contos, artigos e poemas a respeito da cidade

Crateús Em 404 páginas - a Academia de Letras de Crateús (ALC) presenteia a cidade por ocasião de seu centenário, comemorado em 15 de novembro de 2011, com o livro "Crateús: 100 anos". A obra, escrita a muitas mãos - pelos 30 membros da ALC - conta a história dessa cidade centenária com um diferencial das obras dessa envergadura: o fato de relatar a história de forma não cronológica. Por meio de artigos, contos, memórias e poesias, o leitor pode abrir o livro em qualquer página, seja no início, meio ou fim, e terá a oportunidade de conhecer a história de Crateús, contada pelos acadêmicos, que fizeram sua escolha literária de acordo com a sua identificação e estilo. Nos próximos meses, a obra será lançada em Fortaleza e Brasília.

"São enfocados fatos que, por si, contam a história. Elegemos os marcos importantes, após inúmeras reuniões e cada acadêmico escolheu sua opção e forma para contribuir com a obra. Foi realmente uma construção coletiva", explica Karla Gomes, secretária da Academia.

Apesar de ser definido como um presente para a cidade, de acordo com a própria ALC, o livro não se prende somente às comemorações do centenário. A publicação servirá de guia de consulta para as próximas gerações. "Trata-se de um trabalho de conotação histórica. Sua publicação e leitura não se prendem tão somente às comemorações do Centenário de Crateús", expressa o escritor e membro da ALC, padre Geraldinho.

Elias de França, presidente da entidade, ressalta o caráter histórico e memorialista do livro, além da visão da ALC em reconhecer a importância de registrar a data e os fatos para a posteridade. "A ALC, por seu turno, desde o início se mostrou desperta para uma passagem de centenário que não se encerrasse no dia 15 de novembro e nem no Revéillon 2012".

A dificuldade de obter informações sobre a história do Município é analisada pela ALC, que destaca o déficit de conhecimento histórico-antropológico acerca de Crateús. Alguns membros foram às cidades de Oeiras e Teresina, no Piauí, em busca de fontes e vestígios. Encontraram poucos e envelhecidos registros cartoriais e administrativos da Vila Príncipe Imperial, antiga denominação de Crateús.

"O nosso Município centenário é estabelecido às margens do Rio Poti, cujo vale já pertenceu ao Estado do Piauí, desde a nascente, na Serra da Joaninha, até o alto da Chapada da Ibiapaba, transferido para o Estado do Ceará, em troca de área litorânea do porto de Amarração, mudança que deu causa a um secular litígio entre as duas federações envolvidas, com muitas consequências, especialmente para os moradores das áreas disputadas. As memórias socioculturais de sua composição demográfica anterior e seus respectivos hábitos e costumes, naturalmente, foram ficando no esquecimento, em face da ação histórica dos novos ocupantes e seu fluxo de relações", frisa o presidente.

Por essas questões, a ALC define a obra como "um grande mosaico de visões e impressões sobre a história do nosso povo, montado sob olhares e estilos literários os mais diversos", de acordo com França.

Capítulos

Dividido em quatro capítulos, a publicação traz das origens da cidade às expectativas de futuro, passando pelo enfoque do centenário. No primeiro capítulo, aborda as nascentes geográficas dos Sertões de Crateús, bem como o vale do Rio Poti e seus primeiros moradores. O segundo capítulo enfoca Crateús já em sua condição de cidade. Mostra os distritos, terras, direito e justiça, além de bases religiosas. O terceiro capítulo é dedicado à cultura, patrimônio e educação, destacando os escribas da terrinha, manifestações folclóricas, politização e ensino superior.

No último capítulo, são apontados os marcos históricos dos 100 anos de Crateús: a chegada do trem, passagem da Coluna Prestes, a prisão da santa, a chegada do Batalhão de Construção, a Igreja Popular de dom Fragoso e outros fatos marcantes.

Silvania Claudino
Repórter

(na edição de hoje do Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional)