sábado, 27 de agosto de 2011

QUER SE RELACIONAR BEM? NO MÍNIMO...

…se não consegue extinguir, pelo menos diminua sua expectativa em relação aos outros. Amar, pressupõe aceitar a pessoa como ela é;

…tem algo para resolver, resolva. Não guarde, não espere o outro falar, tome a iniciativa, abra o diálogo. Não espere que o outro perceba ou interprete o que você sente. Procure e fale;

...ouça com atenção, inclusão e silêncio. Inclua o outro através de uma “escutatória” que acolha de fato o que se está dizendo. Quem só sabe falar, não está preparado para se relacionar;

…seja pródigo(a) em elogios e econômico(a)em críticas. A legitimidade para criticar vem de uma caminhada de presença e reconhecimento. E ninguém aguenta um crítico de plantão;

…aprenda com as dificuldades e defeitos, mas minimize o impacto disso, enquanto forem menores do que as virtudes. E são menores. Não deixe de aprender com sua própria dificuldade e a do outro, mas minimize;

…saiba que toda situação é transitória, tanto as boas, quanto as ruins. Sua decisão de como vai passar por ela determinará seu sucesso ou insucesso, independente da circunstância. E a busca pelo “sucesso interior” é sempre a melhor decisão. “Não importa o que a vida fez com você, mas o que você faz com o que a vida fez com você”;

…não lamente o passado. Aprenda, mas não faça dele um fantasma que imobiliza e assombra sua relação presente ou o presente de tua relação;

…não esconda coisas profundas de pessoas com as quais quer estabelecer relacionamentos profundos. O diabo domina as sombras, mas Jesus é o Senhor da luz. Traga as coisas para a luz, confesse, elucide, conte. Elimine a possibilidade do outro “descobrir” algo sem ser por você mesmo(a);

…considere que o futuro do pretérito e o pretérito do subjuntivo não existem e, quando os inserimos em nossas vidas, vivemos lamentado o que “poderia ter sido”. Se poderia, não foi. Se poderia, não pode mais… Afirmações como “se você tivesse”, “se você fizesse” fazem muito mal. “Se” não existe;

…emancipe o outro. Que o outro seja uma pessoa melhor por estar com você, do que seria se não se relacionasse contigo. Quer ser uma pessoa melhor, faça do outro um “outro” melhor;

nunca se familiarize com detalhes que, apesar de detalhes, são importantes. Fale sempre: “por favor” e “obrigado”; Bastante: elogios e expressões de carinho; De vez em quando: escreva uma carta pessoal;

seja cordial e educado(a) com todos. Trate gente como gente deve ser tratada. Qual o nome do porteiro do seu prédio, de seu vizinho, do garçom que sempre te atende? Certamente o nome de seu chefe você sabe né?! Pergunte o nome, olhe nos olhos, aperte a mão com firmeza e singeleza.

Por hoje é só!

(Enviada por Arnaud Cavalcante)



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

EDMILSON PROVIDÊNCIA LANÇA LIVRO E CD



A Academia de Letras de Crateús tem se constituído em celeiro de revelação de talentos literários na cidade beijada pelo Rio Poty.

Edmilson Providência, que a integra, estará vivendo a especial emoção de lançar um livro - Sertanejo, Oh! Xente - pela vez primeira às 19:00 hs do sábado de 10 de setembro.

Parabéns!


**********************************************

O Cabra da Peste do Providência,
Poeta-compositor de competência,
se presta a sua terra, a sua gente
exaltando um centenário, Oh, Xente!

Parabéns, ao amigo Edmilson!


(Raimundo Candido)

SALVO PELA GENTILEZA


Conta-se uma história de um empregado em um frigorífico da Noruega.

Certo dia ao término do trabalho foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu, todos já haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.

Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável.

De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.

Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia:

Porque foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho?.

Ele explicou:

Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.

Hoje pela manhã disse“Bom dia” quando chegou.

Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei..

Pergunta: E VOCÊ, SERIA SALVO?


(enviada por Arnaud Cavalcante)

DECISÃO LIMITA EM 10% TAXA PARA REMARCAR PASSAGEM AÉREA


A companhia aérea TAM vai recorrer da decisão da Justiça Federal que limitou em 10% do valor da passagem a tarifa para remarcação e cancelamento de bilhetes. A decisão judicial, publicada nesta quinta-feira (25/8) no Diário Oficial da União, atendeu a pedido do Ministério Público Federal, que denunciou a cobrança de tarifas de até 80% pelas alterações.

Em nota, a TAM informou que discorda da decisão da Justiça e que já entrou com recurso contra a limitação na cobrança. "Sobre as atuais taxas para a remarcação de passagens, a companhia informa que hoje os valores para remarcação de bilhetes variam de acordo com o tipo de voo — domésticos ou internacionais — e com os perfis de tarifa do bilhete adquirido, sendo que os clientes são informados sobre as condições da tarifa no momento da compra do bilhete."

Já a companhia aérea Gol, que também foi condenada, informou que "só se manifestará nos autos do processo".

Entidades representativas das agências de turismo comemoraram a decisão da Justiça e consideram a medida um avanço na defesa dos direitos dos usuários de serviços de transporte aéreo. "Embora seja cedo para festejar, pois cabe recurso, o fato constitui um marco na proteção ao consumidor, de quem vem sendo cobradas diversas taxas criadas ao bel-prazer das empresas", segundo nota de representantes do setor, entre elas a Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo e Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas.

"Que venha, agora, a eliminação das taxas cobradas a título de segurança, combustível, assento confortável, entre outras. Obrigações básicas do transporte aéreo, mas cobradas como se fossem exceções", pedem os representantes das agências. Com informações da Agência Brasil.

Revista Consultor Jurídico, 25 de agosto de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CONJUNTURA NACIONAL

O promotor e o senador

Participando de uma solenidade na cidade de Jardim de Piranhas, no Seridó, o senador Dinarte Mariz é ovacionado por dezenas de pessoas. Uma festa de popularidade. Integrando o evento, um jovem promotor público é apresentado ao "Velho Dida", apelido carinhoso dado ao senador. O cumprimento passa da formalidade.

- Senador, eu soube que o senhor teve pouco estudo. Imagino se tivesse estudado, o que o senhor não seria, hein? - comenda o promotor, sem qualquer má-fé.

Com seu jeito espontâneo e inteligência à produção de frases lapidares, instantaneamente Dinarte emenda:

- Seria promotor em Jardim de Piranhas...

(Carlos Santos - "Só Rindo 2")


E mais esta do mesmo contador de "causos"

Governador do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz chega com pompa a Macau. A cidade faz festa para recebê-lo à inauguração da cadeia pública. O prefeito Venâncio Zacarias, advindo do movimento sindical salineiro, empresta sua eloquência à recepção da autoridade no evento:

- Governador, a cadeia está inaugurada e o senhor pode se sentir em sua "casa".

Sinais de um tempo

Muita fumaça continua a empanar a imagem da Esplanada dos Ministérios. A bateria de denúncias agora se volta contra o Ministro das Cidades, Mário Negromonte, do PP, atingido pela acusação de ter implantado um "mensalão" com o objetivo de cooptar o apoio de correligionários. Surpreende o fato de surgir essa execrável figura do "mensalão", depois que esse instrumento fracionou a imagem do PT, nos tempos do todo poderoso ministro da Casa Civil, José Dirceu. Seria isso possível? Na verdade, a competitividade intra e inter partidos está mais incrementada. Sinais de um tempo em que ninguém tem mais vergonha de criar e engordar os bichos que se alimentam na mesa da corrupção.

Turismo na mira

O bombardeio sobre o Ministério do Turismo continua implacável, sob a tênue defesa de um grupo de parlamentares que alega não haver nada que comprometa o ministro Pedro Novais. O ministro deverá permanecer no cargo. Balança mas não cai. Saiu-se muito bem no Senado, ontem. Blindado e amparado. Poderia, agora, ir a público e anunciar a suspensão de convênios suspeitos com organizações fajutas. Seria mesmo aconselhável que um rolo compressor fosse empurrado em todas as áreas para expurgar detritos e afastar as impurezas que assolam aquele pedaço da Esplanada. Não houve nenhum problema de convênios efetuados com organizações que fazem parte do Conselho Nacional do Turismo. Ministro Novais, separe o joio do trigo.

CPI da corrupção?

Difícil sair a CPI da corrupção porque a base governista no Senado a impede. O senador Cristovam Buarque (PDT), mesmo fazendo parte da base, promete buscar assinaturas para criar a CPI caso a presidente Dilma suspenda a faxina que faz em cozinhas e salas de estar de alguns Ministérios. Buarque, porém, usa essa promessa como aríete para abrir fendas nos desvãos da visibilidade.

Mendes, amigo

Mendes Ribeiro (PMDB-RS), elevado ao cargo de ministro da Agricultura, foi saudado pela presidente Dilma como velho amigo. Foi agraciado com uma forte palavra de confiança em seu trabalho.

Rossi, elogiado

Wagner Rossi, por sua vez, foi bastante elogiado pela presidente. Que agradeceu por duas vezes sua ação no comando do Ministério da Agricultura. Rossi era considerado um dos melhores ministros pela presidente Dilma.

PSDB sindicalista

O evento quase passou despercebido. O PSDB acaba de abrir um capítulo novo no livro de sua história. Partido elitista, cheio de intelectuais e professores, que circundam em torno do ex-presidente Fernando Henrique, começa a fincar eixos nos espaços do sindicalismo. O tucanato decidiu filiar trabalhadores e arrumar um discurso nesse meio, seguramente como contraponto ao contingente sindical que continua a manobrar importantes eixos do PT. O que estranha é o fato de que FHC, sempre que pode, aperta seu canhão contra o sindicalismo burocrático brasileiro, que mama nas tetas do Estado. O sociólogo, aliás, elegera esse vértice de poder como alvo predileto para treinar seu arsenal verborrágico. Agora, ao que parece, o PSDB entrou na teia.

Rose candidata?

Rose de Freitas (PMDB-ES) se movimenta para ser candidata do PMDB à presidência da Câmara. Desse modo, começa a obstruir os caminhos do líder do partido, Henrique Alves, "eterno" candidato àquele cargo. Ocorre que Henrique tem sido muito criticado por parcela da bancada peemedebista na Câmara por não consultar as bases e tomar decisões unilaterais. Rose de Freitas, por seu lado, sentindo o vácuo, começa a se mexer. Como vice-presidente da Câmara, acha-se no direito de reivindicar o comando da Casa. Foi assim, aliás, com Marco Maia, que substituiu o vice-presidente Michel Temer. O sonho de Henrique é o de presidir a Câmara. Se conseguir administrar a rebeldia de um grupo de deputados - uns 20 - pode voltar a sonhar.

PMDB sai de Furnas

O PMDB deixa mais um de seus tradicionais territórios. Desta feita, perde duas diretorias em Furnas. O atual presidente, Flávio Decat, quer formar sua equipe na estatal com nomes de sua confiança, conservando, porém, os quadros do PT. Mais uma fogueira a jogar fumaça nas relações PMDB/Governo.

Os lençóis de Bernardo

Ninguém pode se considerar seguro dentro da moldura ministerial. Mas o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pode ser a exceção. Marido da ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, Bernardo demonstra tranquilidade com a informação de que usou, por mais de uma vez, o jato da construtora Sanches Tripoloni, empresa que recebeu do governo Federal R$ 267 milhões. Em nota, o ministro disse que usou aviões fretados durante a campanha de Gleisi ao Senado. E se houver provas de que teria pegado carona no avião da construtora? Se Paulo Bernardo faz uma nota com a ênfase que deu, é porque ampara-se em fortes argumentos. Sob pena de ser pego com a boca na botija. Não cometeria ele esse desatino. O ministro tenta se desvencilhar dos maus lençóis. E, ao que parece, vai conseguir.

Marta rebelde

Marta Suplicy, apesar de gostar de ser senadora, parece apreciar mais a paisagem do Vale do Anhangabaú. Quer porque quer voltar ao comando da maior capital do país. Lula a recebeu esta semana. E lhe disse com todas as letras que o PT precisa entrar na campanha de 2012 com uma "cara nova". Em outras palavras, Fernando Haddad. Lula também recebeu os "novatos" Carlos Zarattini e Jilmar Tatto, que também pleiteiam a candidatura à prefeitura. Claro, são caras novas, mas a nova cara que Lula quer emplacar é a do ministro da Educação, Fernando Haddad. Marta saiu da reunião, anunciando que é "candidatíssima". Forma de dizer, "vou lutar, mas sei que vou perder para o Lula". A rebeldia de Marta não será suficiente para enfrentar o deus petista. Bingo!

Palestras

Bill Clinton ganha em um ano dez vezes mais que ganhava como presidente. Faz 43 palestras em 14 países, cobrando entre 150 mil a 350 mil dólares, cada uma. Tony Blair, ex-primeiro ministro inglês, cobra ainda mais: em 36 horas nas Filipinas, com duas palestras, faturou 600 mil dólares, 9 mil por minuto. O que ele diz nessas palestras? Coisas como: a política realmente importa ; a religião é uma fonte de inspiração ou uma desculpa para o mal. E Lula, hoje, cobra entre 200 mil a 500 mil reais. Os ex-governantes enriquecem facilmente.

Negromonte, ser ou não ser?


Esta coluna apurou que Mário Negromonte, ministro das Cidades, tem os dias contados. O Planalto não quer um ministro que perdeu o apoio da bancada. Mas ele garante que não perdeu. A conferir!

Temer, algodão entre vidros

O vice-presidente da República, Michel Temer, intensifica sua atuação como bombeiro para apagar incêndios, a partir de seu próprio partido, o PMDB. A presidente Dilma o aciona constantemente. Temer acalma um grupo, aqui, põe um bandaid noutro, acolá. E assim, as feridas vão sendo cicatrizadas.

Campinas sob Vilagra

Campinas troca o dr. Hélio, do PDT, por Vilagra, do PT. O prefeito foi cassado, assume o vice Demétrio Vilagra. Que está carecendo de muita força para se manter firme no cargo. O vice defende as investigações do Ministério Público. O prefeito foi cassado por conta de infrações e atos de corrupção praticados na Sanasa, irresponsabilidade legal e política na defesa de bens e direitos do município no caso do parcelamento do solo e comportamento incompatível com o decoro do cargo. E Vilagra é acusado pelo Ministério Público dos supostos crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha e fraudes de licitações. Ele se defende: "Espero que eu seja absolvido de todos esses indícios. Sou uma pessoa limpa. Existe uma diferença entre ser investigado e ser culpado".

Grana em casa

Vilagra falou sobre os R$ 60 mil em dinheiro encontrados em sua casa. "Eu tenho receita (para ter o dinheiro)". E explica que guarda o dinheiro em casa porque na época do governo militar, quando era funcionário da Petrobras, foi impedido de poupar dinheiro. Adquiriu, então, o hábito de guardar dinheiro - hábito que mantém até hoje.

Lembrete: o prefeito Toninho, do PT, foi assassinado em setembro de 2001, na esteira de um episódio nebuloso. Tentativa de assalto (versão oficial) ou vingança política (versão oficiosa).

Cenários do amanhã

Aécio Neves seria o candidato tucano contra Lula. Se este, claro, quiser voltar. Serra não abandonou o sonho. Vai lutar para ser o candidato tucano caso a presidente Dilma pleiteie a reeleição. Antes, porém, há uma curva: São Paulo, capital. Mas quem o conhece bem garante: não vai se candidatar à prefeitura. Aécio tem um plano B. Voltar, em 2014, a se candidatar ao governo de Minas, pois Anastasia não poderá ser reeleito. Um olho de Aécio está virado para o Planalto, outro para a planície mineira. E Serra ficará na tocaia.

Aloysio Nunes

O senador tucano Aloysio Nunes Ferreira poderá unir o governador Alckmin, o ex-governador Serra e o prefeito Kassab. É o único candidato a prefeito de São Paulo com esta condição. Nenhum outro tucano possui essa cola. Mas o senador está satisfeito com o Senado. Um paraíso. Ocorre que não perderá nada caso não tenha sucesso no pleito paulistano. Voltará ao Senado. E ele, sim, tem boas chances no pleito.

Caras novas

Este consultor tem dito e repetido: a campanha para a Prefeitura de São Paulo será muito diferente de outras. A começar pelas caras novas: Chalita, Haddad, D'Urso. Os debates ganharão uma linguagem nova. Lula, que respira política pelos poros, tem razão. O copo transbordou de gente velha. O povo quer ver caras novas.

Groucho

Diante de uma bela dama, Groucho Marx perguntou: "você quer se casar comigo? Você é rica?". E antes da moça responder, completava: "responda primeiro a segunda pergunta".

Conselho aos tucanos

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado aos partidos. Hoje, sua atenção se volta aos tucanos:

1. O momento político sugere a arrumação de um discurso de oposição. O PSDB ainda não o tem. Fazer CPI não é discurso, é barulho. Qual a ideia central do partido para o país?

2. O ex-presidente Fernando Henrique, com seu bom senso, dá apoio à faxina que a presidente Dilma faz na Esplanada dos Ministérios. Mas com seu gesto de boa vontade, cria uma ponte de aproximação/identificação com o governo. Será entendido como apoiador do governo.

3. O PSDB sempre careceu, e nunca conseguiu, formar uma base política com a militância das massas municipais e periféricas. Trata-se de um partido formado com o apoio das classes médias e do topo. Enquanto não descer à base da pirâmide, será sempre um partido de muitos caciques e poucos índios.


(Gaudêncio Torquato)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CENTENÁRIA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CRATEÚS - PATRIMÔNIO AMEAÇADO


Causa tristeza e indignação cruzar os caminhos de ferro à altura de nossa velha Estação Ferroviária. Quem, como eu, cruzou a linha dos cinquenta, e tem um pouco de poesia nas veias, não pode deixar que a tristeza lhe invada a alma ao ver a degradação criminosamente imposta a este belo e importante Patrimônio Histórico de nossa Cidade. Estes antigos trilhos de ferro, onde tantas memórias estão incrustadas, partiram de Camocim, chegaram aqui em 1912, a exatos cem anos, quando, de Vila Imperial, passamos à então Cratheús, tal qual está escrito em alto relevo no pardieiro principal, ali onde comprávamos os bilhetes, de primeira ou segunda classe... passaporte para mundos distantes, insondáveis, que víamos pelas janelas...

Antes o trem transportava passageiros e seu patrimônio material era tratado com zelo devido. Hoje o descaso e o abandono põem-no em ruínas. Aquilo que o tempo, por si só, leva à bancarrota não é reparado, e o que insiste em resistir ao seu labor a Empresa Ferroviária e atual Concessionária vai, aos poucos, sem que ninguém dê um pio, transformando em escombros.

Há pouco tempo atrás uns vagões carregados com enormes pneus arrebentaram os alpendres da lateral esquerda (sentido Crateús – Piauí) e a única providência da tal Empresa foi, depois de várias semanas, recolher o entulho, restos de telhas e madeiras, que foram abaixo num ato, a meu ver, de vandalismo institucionalizado – a Empresa tinha conhecimento prévio da impossibilidade do tráfego, dado o tamanho descomunal da mercadoria. Os belos alpendres, construídos em madeira- de- de- lei e antiga arquitetura denominada “Mão-Francesa” viraram ruínas. Com eles, também, um pouco de nossa história e dignidade... Este crime permanecerá impune? Até quando o interesse financeiro suplantará os valores históricos e mesmo material de um povo?...

Um carro em desgoverno bateu em galpão que funciona como oficina. A construção rija rachou, não caiu, foi por uns dias interditada, como continuou de pé, voltou a funcionar normalmente... as rachaduras expostas, como ossos fraturados, esperam, por certo, providências divina...

As velhas e inabaláveis pontes em ferro e aço, importadas da Inglaterra, resistem como podem, mas sofrem avarias em pontos vulneráveis. As chapas de zinco que cobriam os dormentes e facilitavam a passagem de pedestres há muito sumiram. Quem por lá se aventura (e não são poucos os desvalidos) andam em corda bamba sobre abismo tenebroso. Dormentes soltos, apodrecidos, fendas enormes, fazem o martírio de quem por lá trafega, sejam crianças ou velhinhos. O constante resfolegar das locomotivas completam o ato de terror a que são submetidos. À noite, à falta de iluminação e sinalização de advertência em caso de aproximação dos comboios, o terror ganha status de bandeira dois. Há quem diga e argumente que as pontes não foram projetadas para tráfego humano. Esquecem, os incautos, que, além de destituídos de asas, nossa pouca fé nos impossibilita de caminhar sobre águas, ainda que poluídas...

A Empresa Concessionária é protagonista ainda de outros tantos atos criminosos contra nossa gentil aldeia. Destruiu, sem nenhuma explicação, batentes outrora edificados para facilitar a vida de pedestres entre o Centro da Cidade e Bairro São Vicente. Alguém pode explicar tamanha e desumana barbárie?...

Diariamente comboios intermináveis de vagões, em movimento ou simplesmente estacionados, impedem a passagem de quem por ali precisa se locomover... ás vezes temos de escalar até três filas de carros estacionados paralelamente... haja coragem e coluna, meu santo do Bonfim!

Os pátios, imundos, repletos de lixo e onde o mato viceja à rédeas soltas, sem nenhuma iluminação, estão agora repletos de valas abertas... como se não bastasse a distância que nos separa das oficinas de concertar ossos...

A sinalização na passagem da tão movimentada Avenida Sargento Hermínio, cadê? Se antes, quando nosso transito era mínimo, existia, que razões fazem hoje desmerece-la?

Enfim, amigos e amigas, seres e ceras, pergunto:

- Quem deu tanto poder a esta empresazinha para que ela destrua impunimente nosso patrimônio e ponha em risco constante a vida de pessoas inocentes sem dá satisfação a ninguém?

- Até quando esta Empresa continuará perturbando nossas vidas, manchando nossa história e zurrando pra nossa cultura?¹

No ano de nosso Centenário, que maravilhoso presente seria a restauração de nossa Centenária Gare, com suas belíssimas Pontes iluminadas... brilhando sobre nosso indômito Rio... alumiando nosso futuro... clareando nossos passos...

Quanto custa? Muito, muitíssimo menos que uma vida humana...

1. Com todo respeito aos nossos jegues, claro!


(Edilson Macedo)

A BATALHA INTERIOR!



Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.

Ele disse: - Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.

Um é Mau - É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego.

O outro é Bom - É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: - Qual lobo vence?

O velho índio respondeu:

- "Aquele que você alimenta! "


(mensagem enviada por Arnaud Cavalcante)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

MORREU O "DOUTOR MARQUINHOS!"



Crateús hoje ficou chocada com a dolorida informação de que o Marquinho, filho do José Mendes, partiu para o Céu.

Digo que foi para o espaço sagrado onde trafegam os astros e estrelas porque sua presença entre nós indicava isso. Era uma figura agradável, cuja lembrança invariavelmente nos remete ao reino da infância, às trilhas da bondade, à feição pura da vida.

Nos últimos anos, a partir de uma amizade estreita com o médico Júnior Fernandes, fez do Hospital São Lucas a segunda residência. Chegava pedalando a bicicleta, acompanhado do indefectível rádio de pilha. Ali incorporou o fenótipo de médico e, usando bata, ganhou o cognome “doutor Marquinho”.

Era presença ativa no grupo de amigos do doutor Júnior Fernandes. Também participava do programa do Jorge Cury, na Super Vale. Fazia a festa da turma, cantando e emitindo suas inusitadas opiniões, em especial sobre futebol.

Foi convocado muito cedo para o estádio celestial.

Minha solidariedade à família.

(Júnior Bonfim)

A CARTA RENÚNCIA DE JÂNIO QUADROS FOI ENTREGUE AO MINISTRO DA JUSTIÇA, PEDROSO HORTA, EM 22 DE AGOSTO DE 1961


Doente, deitado num quarto do Hospital Israelita Albert Einstein, no dia 25 de agosto de 1991, no trigésimo aniversário da renúncia, Jânio Quadros revelou ao neto os reais motivos porque renunciou à Presidência da República. A certa altura, revela que entregou a Carta Renúncia no dia 22 de agosto de 1961. Confira:

‘’Quando assumi a presidência, eu não sabia da verdadeira situação político-econômica do País. A minha renúncia era para ter sido uma articulação: nunca imaginei que ela seria de fato aceita e executada. Renunciei à minha candidatura à presidencia, em 1960. A renúncia não foi aceita. Voltei com mais fôlego e força. Meu ato de 25 de agosto de 1961 foi uma estratégia política que não deu certo, uma tentativa de governabilidade. Também foi o maior fracasso político da história republicana do país, o maior erro que cometi(...)Tudo foi muito bem planejado e organizado. Eu mandei João Goulart (N:vice-presidente) em missão oficial à China, no lugar mais longe possível. Assim,ele não estaria no Brasil para assumir ou fazer articulações políticas. Escrevi a carta da renúncia no dia 19 de agosto e entreguei ao ministro da Justica, Oscar Pedroso Horta,no dia 22. Eu acreditava que não haveria ninguém para assumir a presidência. Pensei que os militares,os governadores e,principalmente,o povo nunca aceitariam a minha renúncia e exigiriam que eu ficasse no poder. Jango era,na época,semelhante a Lula : completamente inaceitável para a elite. Achei que era impossével que ele assumisse, porque todos iriam implorar para que eu ficasse(...) Renunciei no dia do soldado porque quis senbilizar os militares e conseguir o apoio das Forças Armadas. Era para ter criado um certo clima político. Imaginei que,em primeiro lugar,o povo iria às ruas, seguido pelos militares. Os dois me chamariam de volta. Fiquei com a faixa presidencial até o dia 26. Achei que voltaria de Santos para Brasília na glória. Ao renunciar, pedi um voto de confianca à minha permanencia no poder. Isso é feito frequentemente pelos primeiros-ministros na Inglaterra.Fui reprovado.O País pagou um preço muito alto. Deu tudo errado’’.


EIS O TEOR DA CARTA:

Fui vencido pela reação e, assim, deixo o Governo. Nestes sete meses, cumpri meu dever. Tenho-o cumprido, dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções nem rancores. Mas, baldaram-se os meus esforços para conduzir esta Nação pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, o único que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.

Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive, do exterior. Forças terríveis levantam-se contra mim, e me intrigam ou infamam, até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, e indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo, que não manteria a própria paz pública. Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes e para os operários, para a grande família do País, esta página de minha vida e da vida nacional. A mim, não falta a coragem da renúncia.

Saio com um agradecimento, e um apelo. O agradecimento, é aos companheiros que, comigo, lutaram e me sustentaram, dentro e fora do Governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade.

O apelo, é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios para todos; de todos para cada um.

Somente, assim, seremos dignos deste País, e do Mundo.

Somente, assim, seremos dignos da nossa herança e da nossa predestinação cristã.

Retorno, agora, a meu trabalho de advogado e professor.

Trabalhemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria.

Brasília, 25-8-61.

a) J. Quadros

domingo, 21 de agosto de 2011

REDE NO ALPENDRE


Uma rede num alpendre
E um ventinho sedutor
Vento que vem do açude
Para abanar meu calor
São delícias que desfruto
Quando estou no interior.

*

Vejo o voo das marrecas
Em bando ao entardecer
Num mágico ritual
Girando antes de descer
Para pernoitar nas águas,
Como costumam fazer.

*

No balançado da rede
No sertão é lindo ver
O fim do dia chegando
Com o sol a esmorecer,
Cedendo lugar a lua
Que não tarda a aparecer.

*

Um bando de pirilampos
Bordando a escuridão
Enriquecem o cenário,
Das noites do meu rincão
Da minha rede eu vejo
Quão mágico é meu sertão!

*

--

Dalinha Catunda
www.cantinhodadalinha.blogspot.com
www.cordeldesaia.blogspot.com