sábado, 27 de junho de 2009

UM DESABAFO!

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(Enviado por Gabriel Vale)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CONJUNTURA NACIONAL

Viabilidade

Carlos Matus, cientista social chileno, em um magistral estudo sobre Estratégias Políticas, demonstra que a viabilidade de um ator na política tem a muito que ver com a estratégia e seus princípios fundamentais. Eis alguns princípios estratégicos:

a) Avaliar a situação; b) Adequar a relação recurso/objetivo; c) Concentrar-se no foco; d) Planejar rodeios táticos e explorar a fraqueza do adversário; e) Economizar recursos; f) Escolher a trajetória de menor expectativa; g) Multiplicar os efeitos das decisões; h) Relacionar estratégias; i) Escolher diversas possibilidades; j) Evitar o pior; k) Não enfrentar o adversário quando ele estiver esperando; l) Não repetir, de imediato, uma operação fracassada; m) Não confundir "reduzir a incerteza" com "preferir a certeza"; n) Não se distrair com detalhes insignificantes; o) Minimizar a capacidade de retaliação do adversário.

Sarney na berlinda

Nunca antes na história deste país, viu-se um ex-presidente da República tão acuado. José Sarney, a figura mais poderosa da esfera parlamentar, atravessa o mais longo calvário de sua trajetória política. O Senado passou a ser a grande fogueira da República. O fogo come as entranhas do presidente da Casa. Senadores pedem sua renúncia. Sarney não deverá sair: 1) porque mostraria fragilidade; 2) perderia espaço – e que espaços – na administração federal. 3) deixaria também fragilizado o governo de sua filha Roseana, no Maranhão; 4) abriria espaços para o fogo corroer a floresta familiar. Sarney só tem uma saída: fazer uma grande reforma no Senado. De meios, métodos e processos.

A ambição desmesurada

No meu livro "Marketing Político e Governamental", cito um pensamento do cientista político, Robert Lane, em Political Life, que explica como a ambição desmesurada pelo poder funciona como um bumerangue. Seria o caso de Sarney? Por que ele, no auge de sua vida pública, poderoso e influente, quis voltar ao comando do Senado e se submeter às intempéries gerados por circunstâncias? Eis o pensamento de Lane: "A fim de ser bem-sucedida em política, uma pessoa deve ter habilidades interpessoais para estabelecer relações efetivas com outras e não deve deixar-se consumir por impulsos de poder, a ponto de perder o contato com a realidade. A pessoa possuída por um ardente e incontrolável desejo de poder afastará, constantemente os que a apóiam, tornando, assim, impossível a conquista do poder".

Toffoli ainda imberbe?

Há quem considere – e não são poucos – o advogado-geral da União, José Antônio Toffoli, inexperiente para assumir a alta posição de ministro da Corte Suprema. Dizem que é o candidato de Lula e será nomeado na próxima oportunidade. Toffoli precisaria correr um pouco mais na vida pública antes de querer postular aquela posição. E se Lula nomeá-lo, estará se dobrando a interesses personalistas e a uma visão estreita de governante. O estadista não confunde as questões do Estado com as questões pessoais.

Dilma palanqueira

A cada dia que passa, Dilma Rousseff sobe mais um degrau na escada da popularidade. Esta semana, os aplausos populares vieram do interior do Paraná. Dilma abraçou pessoas, beijou crianças, fez promessas. Lula, ao lado, dava aprovação. O mestre ensinava à aluna como se comportar ante das massas. Este escriba já fez sua previsão, que é esta: a ministra que comanda a Casa Civil tem chances de vir a comandar a Nação. Com cerca de 20% nas pesquisas de intenção de voto, já decolou. Quem achar o contrário, nunca leu pesquisas.

"Não há superfícies bonitas sem profundezas assombrosas." (Friedrich Nietzsche)

Garotinho na onda

Quem acaba de subir na prancha da onda dilmista – há, sim, uma onda dilmista – foi o ex-governador e sempre candidato a algo, Antony Garotinho. Gordo como nunca se viu, alardeia seu apoio à candidatura de Dilma. Quer se viabilizar como candidato ao governo do Rio de Janeiro, após se ver cada vez mais apertado pelo PMDB do governador Sérgio Cabral, que será candidato à reeleição. Garotinho, como se sabe, saiu do PMDB.

Jornalista e cozinheiro

Não é o diploma que faz o jornalista. É o conhecimento. Professor de jornalismo por mais de 30 anos, sempre achei que profissionais de outras áreas poderiam também exercer a profissão de jornalista. Clara, com o domínio das técnicas adotadas por esta profissão. Agora, não dá para concordar com o presidente do STF – o respeitado e também admirado por este escriba, Gilmar Mendes – quando compara o jornalista ao cozinheiro. Nada contra o cozinheiro. Mas, convenhamos, cada um no seu lugar merece respeito. Cada profissão possui sua identidade. Uma natureza.

O objeto científico

Dizer, ainda, que ao jornalismo falta um objeto científico é querer dizer que também esse objeto não identificado falta em muitos nichos das ciências humanas. Qual é o objeto científico da advocacia? Otto Groth, o teórico alemão que chegou a escrever um quilométrico Tratado, defendeu o conceito de jornalismo como ciência. Tese polêmica, mas muito bem sustentada. O jornalismo como outros feixes conceituais na área de Humanidades é um sistema aberto e multidisciplinar. Aliás, nesse ponto, equivale ao Direito.

Curió...sidades

Pois é, o famoso major Curió decidiu abrir seus arquivos. Afirmou, de maneira categórica, ter havido fuzilamento de guerrilheiros no Araguaia, por ocasião da guerrilha (1972-1975). Confesso que não entendi o que está por trás dessas curió...sidades. Acrescentou mais 16 guerrilheiros executados à lista que se conhece. Curió quis matar a curiosidade de alguns? Quis se antecipar a denúncias? Quis livrar algumas pessoas?

O furo do Estadão

Louve-se a sensacional reportagem-furo do Estadão, um jornal que supera outros em matéria de conhecimento.

Greve na USP

A greve dos servidores da USP tem uma faceta aberta, outra, fechada. O lado aberto tem como foco reivindicação salarial. O lado escondido é o da baderna, a faceta que trabalha com a ideia de "quanto mais barulho e violência, melhor". Para arrematar, por trás do movimento está a readmissão do ex-servidor Claudionor Brandão, que foi demitido dos quadros por graves questões. PCO, PSTU e PSOL são os partidos de extrema esquerda que comandam o movimento.

Cândido radical


O professor Antônio Cândido é um ícone da intelectualidade. Respeitado e respeitável. Mesmo sob essa identidade, não tem o direito de cometer exageros. Teria incentivado o alunato a exagerar nos atos baderneiros. Já Dalmo Dallari, também uma bandeira da justiça, expressou a voz da moderação.

A prudência


“A prudência para interesse próprio é, na maior parte das suas ramificações, sabedoria depravada. É a esperteza dos ratos, que saberão abandonar a casa antes de ela cair; é a matreirice da raposa que expulsa o texugo do buraco onde se vai alojar; é a hipocrisia do crocodilo que, chorando, atrai a presa para a devorar”. (Francis Bacon)

O fim do diploma

O fim do diploma de jornalismo disparará uma corrente de mestrados profissionais. Os cursos de pós deverão melhorar. A procura pela pós-graduação aumentará. Os cursos ruins serão fechados. Os cursos qualificados continuarão prestigiados. Basta ver o que ocorre na área da Publicidade, que não exige diploma para o exercício da profissão.

Twitter, mensagem tempestiva

Entrei na tempestividade (não confundir com tempestade) do Twitter. Jogo impressões – frases, observações dos meus momentos. De repente, alguém lá no fim do mundo captura a mensagem. Estamos em Telépolis, gigantesca metrópole sem limites físicos e com o mundo nos olhando. Estou cercado de bits e navegando pelas largas avenidas na internet.

Guerra comercial


Fontes desinformadas dizem que a pane que ocorreu em São Paulo com a banda larga da Telefônica teve como causa a terceirização de serviços. A alegação é de que os profissionais são desqualificados e as prestadoras colocam em serviço produtos não muito robustos. Nada mais falso. A engenheira Vivien Suruagy, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços e Instaladoras de Sistemas de Redes de TV por Assinatura, Cabo, MMDS, DHT e Telecomunicações (Sinstal) e vice-presidente da Federação Brasileira de Telecomunicação (Febratel), argumenta que isso não é verdade. Segundo ela, as empresas sérias do segmento, a exemplo do que ocorre no mundo todo, investem fortemente na qualificação, especialização e capacitação de seus profissionais para mantê-los atualizados com as novas tecnologias. A pane esconde uma guerra comercial entre gigantes da telefonia.

Comunicação Organizacional

Acaba de chegar às livrarias o livro "Comunicação Organizacional – Volume 1" (org. Magarida Kunsch), que tenho a honra de abrir com o primeiro Capítulo, onde descrevo as diversas fases da comunicação organizacional, no Brasil, a começar pela experiência pioneira da PROAL - empresa de jornalismo empresarial do início dos anos 70 - da qual participei, como sócio, ao lado de uma das maiores figuras do jornalismo e da comunicação no Brasil, Manuel Chaparro. O livro, com 17 capítulos, é a maior coletânea de ensaios e artigos sobre comunicação organizacional.

Câmara em alta


Enquanto a Câmara Alta (que é o Senado) está em baixa, a Câmara Baixa (que é a Câmara Federal) está em alta. Basta ver duas decisões tomadas pelo presidente da Casa, dep. Michel Temer: uma, interpretando a abrangência das MPs, abriu a pauta de votação, que estava estrangulada. Nos três primeiros meses da gestão, foram votadas 27 matérias. A partir do entendimento dado por Michel, em 5 de maio, foram votadas, até quinta-feira passada, 87 matérias. Em quatro meses e meio de 2009, das 114 aprovadas sob a gestão Temer, apenas 17 foram MPs. Entre 7 de fevereiro e 17 de agosto de 2007, primeiro semestre de Arlindo Chinaglia na direção da Casa, foram aprovadas 119 projetos, mas 45 deles foram MPs. No primeiro semestre do ano passado, a situação não foi muito melhor: 128 matérias aprovadas, sendo 36 delas MPs.

Cinco axiomas


O Cardeal Mazarino, um dos pioneiros da matreirice e maquiavelismo na política, em seu Breviário dos Políticos, oferece alguns conselhos:

1. Age com todos os teus amigos como se eles devessem tornar-se teus inimigos.

2. Em uma comunidade de interesses, o perigo começa quando um dos membros tornar-se muito poderoso.

3. Quando te preocupares em obter alguma coisa, que ninguém se aperceba de tua aspiração antes de a realizares.

4. É preciso conhecer o mal para poder enfrentá-lo.

5. Não procures resolver com a guerra ou um processo aquilo que podes resolver pacificamente.

Conselho a Sarney

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na edição passada, o espaço foi destinado ao governador José Serra. Hoje, volta sua atenção ao presidente do Senado, José Sarney:

1. Decida, logo, antes que seja tarde, realizar um amplo programa de reformas.

2. Faça como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: abra todas as listas de contas, pagamentos e salários.

3. Procure reduzir a massa funcional. É inimaginável que o Senado, com 81 senadores, trabalhe com 10 mil funcionários.

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(Por Gaudêncio Torquato)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

LÚCIO ALCÂNTARA NA RÁDIO IMPERIAL


Helvecio Martins disse...

Ontem acompanhei a visita do ex-Governador Lúcio Alcântara, a Vila de Buritizal no Municipio de Poranga.

Acompanhado pelo o Prefeito Aderson Pinho, vice-Prefeito Cálissom Assunção, dos vereadores e secretarios municipais, Dr. Lúcio, que recebeu título de Cidadão Poranguense, nos concedeu uma entrevista que teve duração de 46 minutos, homenageou seu amigo pessoal Dr. Claudino Sales, por tudo que ele fez por Crateus e pelo o Ceara.

Ambos foram secretários do Grande Governador Cesar Cals. Para Dr. Lucio Alcantâra, o falecimento do ex-Deputado Claudino Sales, é uma perda muito grande para Crateús e o Ceará.

Aproveito, AMIGO, para comunicar que em julho, todas as quartas, Dr.Lucio Alcântara,será comentarista do Programa Espaço do Povo, na Rádio Imperial.

Veja o poder de uma GRANDE Amizade.

Helvecio Martins

terça-feira, 23 de junho de 2009

AINDA SOBRE O DOUTOR CLAUDINO SALES

Claudino Filho deixou um novo comentário sobre a sua postagem "AINDA SOBRE O DOUTOR CLAUDINO SALES":

Meu pai sempre foi um homem sério. No seio familiar era sério e calado, no âmbito social era sério e falante.

Dentre estas duas posturas, um pouco diferenciadas, destacavam-se sua seriedade e sua liderança, que eram comuns em todas as situações.

Mesmo não sendo mais uma criança ou adolescente, sentirei muito sua falta. A presença dele era quase sobrenatural, pois pairava por cima de nossas existências e impunha respeito e confiança a todos nós.

Ele se foi, mas sua lembrança e exemplo ficarão. Tentarei, dentro de minhas limitações, honrar o seu nome e sobrenome. Procurarei deixar para trás o mesmo histórico de boas lembranças que ele deixou. Lamento apenas não ter o mesmo brilhantismo que ele tinha.

Agradeço a todos que demonstraram tanto carinho e respeito por meu pai e por toda a nossa família, sem esquecer-se da presença ainda marcante e indispensável de minha querida e amada mãe, Francy.

Muito obrigado.

Claudino Carneiro Sales (ou melhor, Claudino Filho!)


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Tomas Figueiredo Filho disse...

Caro Junior Bonfim,

quero juntar-me ao Dr. Paulo Nazreno e ao amigo Helvercio Martins e externar, por mim e pela nossa familia, a profunda saudade deixada pelo Sr. Claudino, como era chamado aqui no predio onde era nosso vizinho.

Sem duvida uma pessoa das mais queridas entre os mais proximos e demonstração de politico para o povo cearense.

Tive a alegria de ter recebido dele um cartao manuscrito quando do resultado da minha eleição.

Além dos parabéns sempre uma mensagem sábia de orientação daqueles que já galgaram a autoridade e o respeito por ousarem fazer o bem.

Fica aqui o nosso abraço a Vanda, Jane, Sandra, Fatima e ao amigo Claudino Filho.

Um abraço também aos netos.

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Vanda Claudino Sales disse...

Meu querido amigo Dr. Tomas Figueiredo, muito obrigada pelo apoio constante, pelo suporte e pelo carinhoso, tanto seu quanto de toda a sua família!

Receba o nosso abraço de gratidão. Da mesma forma, agradeço ao Helvecio Martins, a quem acho que não tenho a honra de conhecer, mas as palavras calam igualmente.....


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Amigo Junior Bonfim...

Estarei publicando na Radio Imperial Am,(Espaço do Povo), em alto e bom som a homenagem que você fez ao ex-Deputado Claudino Sales.

Em Tauá,ainda adolescente(10 anos) conhecir o Deputado Claudino Sales na residência do Sr. Sebastiao Rêgo e Dona Elizabeth, pais do Dr. Julio Rêgo.

Levado por meu Pai Expedito, um dos homens da linha de frente da dobradinha naquela época:Julio Rêgo-Claudino Sales, passei entao a gostar de politica.

Lembro das minhas irmãs e outras moças e rapazes da época, em voz alta, cantando musicas com frases de efeitos para os nossos deputados. Era uma festa. Eu, ficava ali, ouvindo as conversas de Julio Rêgo e Claudino Sales. A montagem das estratégias políticas para derrotar nas urnas os adversários. Daqui a pouco, a caravana partia para a zona rural, e eu com meu Pai. Dr. Julio, dizia " Expedito, este menino nao vai dar trabalho? ". Meu Pai respondia, " dá nao Julio... " Dr. Claudino, entrava na conversar, " Julio, ai vai ser nosso futuro eleitor ".

O tempo passou, e um certo dia, após ter pego uma carta do Deputado Claudino Sales, direto de Brasilia, para meus pais, peguei o endereço do seu gabinete, e lhe escrevi uma carta. Achei que jamais receberia resposta. Mas para minha surpresa, a resposta foi rápida e muito objetiva: Se apresente imediatamente no Colégio Cearense,em Fortaleza, você vai estudar por minha conta. Meus pais nao deixaram, as condiçoes nao permitiam, nós eramos 10 irmaos, e depois nasceram mais 03.

A afinidade com o Deputado Claudino Sales, tornou-se maior, quando ele adquiriu junto com Dr. Julio Rêgo, a Radio Cultura dos Inhamuns de Tauá, que é a minha raiz profissional.

Hoje faço parte da Radio Principe Imperial Am de Crateus. Nao foi possivel agradecer pessoalmente ao Deputado Claudino Sales, pelo o que ele fez por mim na minha adolescencia, e na minha vida profissional.

Fica a Saudade e a admiração pelos os grandes exemplos por ele praticados.

Que Deus o tenha.

Expedito Leopoldo, Marieta e Familia

Helvecio Martins, Kátia, Robério, Baylee, Vitória e Mel

SÃO JOÃO NA ROÇA



As fogueira ta chegando,
Eu to me preparando,
Pro mode dançar mas tu.

Vai ser um desmantelo
Nós dois naquele terreiro,
Na base do anarriê.
Na base do anavantu.

Já comprei teu chapéu de palha,
Tu camisa estampada.
Tua calça tá remendada,
Como manda a tradição.

Encomendei um corte de chita,
Dois laço encarnado de fita,
Quero ser a matuta mais bonita,
Nessa festa de São João.
Vai ser grande a alegria,
Nós dois dançando quadria,
Junto com nossa famia,
Que num arreda pé do sertão.

Dalinha Catunda

(Poema publicado no O Povo dia 20 de julho)

CNJ DECIDE QUE OS TRIBUNAIS NÃO PODEM COBRAR POR CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS

Os tribunais não podem cobrar taxa para emissão de certidão de antecedentes criminais. A decisão é do Conselho Nacional de Justiça. Os conselheiros entenderam que a Constituição Federal garante a todos, indistintamente, a gratuidade para obter qualquer certidão que vise à defesa de direitos ou esclarecimento de situação de interesse pessoal.

De acordo com o relator do processo, ministro João Oreste Dalazen, a Constituição é clara ao fixar “imunidade tributária que impossibilita os entes políticos de criarem tributo, na modalidade de taxa, para incidir sobre a emissão de certidões”. Para o ministro, o direito de se obter certidões de órgãos públicos não pode ser condicionado à situação financeira ou social do beneficiário.

A decisão foi tomada por maioria na sessão do último dia 10 de junho. Ficou vencido o conselheiro Rui Stocco. O CNJ foi provocado por Procedimento de Controle Administrativo impetrado pelo promotor de Justiça André Luis Alves de Melo contra o Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais, que cobrava R$ 4,88 para a emissão de certidão de antecedentes criminais.

No pedido, o promotor alegou que a maioria dos tribunais brasileiros não cobra taxa para emitir a certidão e que o respectivo pagamento dificulta até mesmo pedido de liberdade provisória, pois não há como pagar a taxa durante a noite ou em finais de semana.

Os argumentos foram acolhidos. O CNJ determinou que o tribunal deixe de cobrar para emitir certidões de antecedentes criminais. O Conselho rejeitou, contudo, o pedido para que o tribunal permitisse na internet a consulta processual pelo nome da parte.

Para Oreste Dalazen, não compromete o princípio da publicidade o fato de o tribunal não permitir consulta processual na internet pelo nome da parte, “se tal consulta está disponibilizada por outros meios, como o número do processo, o número do militar ou o número de inscrição na OAB do advogado”.



Fonte: Consultor Jurídico

segunda-feira, 22 de junho de 2009

FALECEU HOJE O EX-DEPUTADO CLAUDINO SALES


Prezado Dr. Júnior Bonfim,

É com muita dor que venho comunicar o falecimento do meu pai, Claudino Sales, hoje pela madrugada, de falência múltipla dos órgãos.

O velório será na funerária Eternus, em Fortaleza, e o enterro, às 17 horas noCemitério Parque da Paz.

Obrigada por divulgar essa triste informação,

Cordialmente,


Vanda Claudino

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SENSIBILIZADO RECEBI A INFORMAÇÃO ACIMA. TRANSMITO À FAMÍLIA ENLUTADA A DEVIDA SOLIDARIEDADE.

RELEMBRO QUE, QUANDO ESCREVI A CRÔNICA ABAIXO, O DOUTOR CLAUDINO OUVIU A LEITURA E EXTERNOU EMOÇÃO. SEGUNDO RELATO, FOI UMA DE SUAS ÚLTIMAS MANIFESTAÇÕES SOB O IMPÉRIO DA LUCIDEZ:

CLAUDINO SALES


Embora ainda pisasse as babugens da infância, relembro nitidamente: um cidadão do campo sentando sobre a calçada alta de sua casa na fazenda Mondubim, a 20 km de Crateús, defronte a um imponente pé de Benjamin, aguardando a visita de uma ilustrada figura. O cidadão: meu avô Tetêro Bonfim; o visitante insigne: o então deputado Claudino Sales.

Enquanto exerceu múnus público, Gonçalo Claudino Sales fez política assim: no contato direto com os amigos, sob o realce da habilidade, com uma pitada de discrição, agregando certo espírito conciliador com o tempero de uma boa dose de astúcia política.
Aliás, com muita propriedade, agia como os grandes mineiros, mestre na arte de politicar. Daquele jeito que ensinou Fernando Sabino: “Ser mineiro é não dizer o que faz, nem o que vai fazer, é fingir que não sabe aquilo que sabe, é falar pouco e escutar muito, é passar por bobo e ser inteligente (…)”.

Pois bem, foi nas Alterosas que o filho de Antônio Claudino Sales e Joana Soares da Silva lapidou a alma para as tarefas superiores que a História lhe reservou. Após desfrutar a tenra idade em Novo Oriente, onde nasceu em 12 de fevereiro de 1922, foi estudar o ginasial em Teresina e, em seguida, partiu para Belo Horizonte, onde cursou Direito na Universidade Federal de Minas Gerais. No campus, conheceu nomes que transitaram sobre as veias abertas da política nacional - como Francelino Pereira, por exemplo. Formado, logo perdeu a virgindade política assumindo uma secretaria municipal na cidade mineira de Caeté, que em tupi-guarani significa "Mata Virgem". Lá, teve o nome cogitado para ser o alcaide local.

Porém, resolveu advogar em Crateús. Perambulando como operador do direito, conheceu a sobralense Franci (Francisca das Chagas Carneiro Sales), com quem firmou aliança sentimental e gerou os filhos Maria de Fátima, Jane Mary, Vanda, Sandra e Claudino.

Na terra do Senhor do Bonfim, logo ganhou destaque acionando o poderoso gatilho de sua metralhadora verbal. Em sessões do Tribunal do Júri, emocionadas multidões acorriam para sentir vibrar as cordas do coração sob o impacto do seu vigor tribunício. Outra era, no entanto, a tribuna para a qual o tufão da eloqüência o arrastava definitivamente: a dos palanques eleitorais. Candidata-se a Prefeito de Crateús em 1958 em 1962, mas não obtém êxito.

Em 1966, estoura eleitoralmente ao disputar uma vaga à Assembléia Legislativa, saindo virtualmente eleito das urnas apuradas às margens do Poty. No Parlamento Estadual, além de ocupar a Presidência no ano de 1969, liderou o Grupo de Ação Parlamentar que articulou a candidatura de César Cals ao comando do Executivo Alencarino. Reeleito em 1970, assume a Secretaria de Administração do Ceará de 1971 a 1974.

Paralelamente à intensa atividade política, alça vôo na representação filantrópica como Dirigente Leonístico, ocupando a Presidência do Conselho Nacional de Governadores - CNG do Distrito Múltiplo L- Brasil – no biênio 1973/1974 – realizando profícuas missões internacionais e elaborando inclusive um trabalho monográfico: “Leonismo e Desenvolvimento”.
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No ano de 1975, estréia na Câmara Federal, onde esteve por dois mandatos consecutivos, relatou projetos emblemáticos como o Código de Menores e se sobressaiu como vice-líder do seu partido.

Na década de 1980, sua versatilidade político-administrativa é testada: ocupa as pastas de Administração, de Segurança Pública e a Procuradoria Geral do Estado (no Governo Gonzaga Mota); é nomeado Presidente da Companhia Industrial do Ceará - CDI e, depois, Chefe de Gabinete (Subsecretário) da Secretaria de Governo do Estado - SEGOV (no 1º Governo Tasso Jereissati). Nessa condição, pavimentou a continuidade do seu grupo político viabilizando a candidatura do sobrinho Zé Almir que, eleito prefeito de Crateús, tornou-se o líder de seu espólio e herdeiro necessário.

Entre outras, recebeu as condecorações da Ordem do Mérito Militar e da Ordem do Mérito Naval (ambas por Decreto do Presidente da República); da Ordem do Ipiranga (por Decreto do Governador do Estado de São Paulo), além de Cidadão Honorário de Crateús-CE e de Caeté-MG.

Nos últimos anos, enquanto a saúde permitiu, vivia percorrendo as terras da família, batendo papo com os amigos de longas datas como o Tio Nande e sorvendo os aperitivos da benevolência.

No apogeu de sua atuação, viabilizou projetos importantes para a região onde nasceu, como a rodovia da confiança, ligando Nova Russas, Crateús e Novo Oriente. Participou ativamente do movimento para garantir a implantação da rede elétrica de Crateús vinda de Paulo Afonso, na Bahia.

Porém, o principal contributo do doutor Claudino Sales foi de natureza imaterial: o de que é possível fazer política como arte fraterna, vereda de polidez, elogio à inteligência, prática nobre, teia de benquerença, exercício de lealdade!

(Júnior Bonfim)

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Paulo Nazareno disse...

Cala-se um dos maiores tribunos destas paragens; seu canto ainda ecoa por estes sertões.

Ficará sempre na lembrança e nos corações de quem teve o privilégio de conheçe-lo.

À família enlutada, minhas condolências

22 de Junho de 2009 13:09

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Vanda Claudino Sales disse...

Dr Paulo Nazareno, obrigada! Essa eh a voz da familia....

22 de Junho de 2009 23:35