sábado, 6 de fevereiro de 2010

CINCO LIÇÕES SOBRE GESTÃO

**Lição No.1 - Gestão do Conhecimento**

Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair
dele e está se enxugando.
A campainha da porta toca.
Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta a mulher desiste se enrola na toalha e desce as escadas.
Quando ela abre a porta, vê o vizinho Bob em pé na soleira.
Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Bob diz: "Eu lhe dou 800 dólares se você deixar cair esta toalha".
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a
toalha cair e fica nua.
Bob então entrega a ela os 800 dólares prometidos e vai embora.
Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo
na toalha e volta para o quarto.
Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro
"Quem era?" "Era o Bob, o vizinho da casa ao lado." - diz ela.
"Ótimo! Ele lhe deu os 800 dólares que ele estava me devendo?"

*Moral da história:*

Se você *compartilha informações* a tempo você pode
prevenir exposições desnecessárias!!!


**Lição No.2 - Chefia e Liderança**

Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar
e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo.
Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um gênio.
O gênio diz: "Eu só posso conceder três desejos, então, concederei
um a cada um de vocês".
"Eu primeiro, eu primeiro".Grita um dos funcionários.
"Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!" Puf! e ele se foi.
O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:
"Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de pinas coladas!" Puf e ele se foi.
"Agora você" diz o gênio para o gerente.
"Eu quero aqueles dois de volta ao escritório logo depois do
almoço".- diz o gerente.

*Moral da história:*
Deixe sempre o *seu chefe* falar *primeiro*.


**Lição Nº 3 - Zona de Conforto** **

Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada.
Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta:
"Eu posso sentar como você e não fazer nada o dia inteiro?
" O corvo responde: "Claro, porque não?"
O coelho senta no chão embaixo da árvore e relaxa.
De repente uma raposa aparece e come o coelho.

*Moral da história:*

Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar
*sentado bem no alto*.


**Lição Nº 4 - Motivação**

Na África todas as manhãs uma gazela acordava sabendo que
ela deveria conseguir correr mais do que o leão se quisesse se
manter viva.
Todas as manhãs o leão acordava sabendo que deveria correr
mais do que a gazela se não quisesse morrer de fome.

*Moral da história:*

Não faz diferença se você é gazela ou leão, quando o sol
*nascer* você deve começar a *correr*.


**Lição Nº 5 - Criatividade**

Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade,
pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas.
No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras.
Ao se aproximar lentamente, observa várias garotas nuas se
banhando na lagoa, quando elas percebem a sua presença,
nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam:
nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos
espiar e for embora.
O fazendeiro responde: eu não vim aqui para espiar vocês,
eu só vim alimentar os jacarés!

*Moral da história:*

A *criatividade* é o que faz a diferença na hora de atingirmos
nossos objetivos.


(Enviado por Murilo Braga)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

AS ÚLTIMAS PRESIDENCIAIS!

1. Quem perde com a entrada de Ciro? Perde Lula, que quer uma eleição plebiscitária. Perde Marina, que vai encolher e ficar como uma candidata nanica. Perde Dilma, porque Ciro é mais forte onde Lula (Dilma) é mais forte: nordeste. Perde Serra, pois terá que contratar sessões de relaxamento para ouvir o que Ciro vai dizer sobre economia. E perde este Ex-Blog, que tem a convicção que Serra ganha no primeiro turno sem Ciro. Ainda bem que a aposta feita tinha como preliminar a não candidatura de Ciro.

2. Quem ganha com a entrada de Ciro? Seus candidatos Brasil a fora, a deputados, senadores e governadores. Exclua-se Pernambuco a governador.

3. Bolsa Família. No tempo de FHC o cadastro da Bolsa Escola era privativo da CEF. Os prefeitos, governadores e partidos não tinham acesso ao cadastro dos cartões. Cada estado ou município que tivesse responsabilidade de acompanhar poderia até fazer o seu. Mas nunca usar o cadastro do cartão. E nem repassar a deputados. Agora todas as "bolsas" têm seu cartão, e seu cadastro vai direto para o governo e seus políticos da região independente de estarem ou não gerindo um estado ou município. E toca cartas nos beneficiários, do tipo: continuidade ou perda.

4. Uns quilinhos a mais atrapalham a imagem do político na TV. Muitos quilinhos a mais atrapalham muito mais. Ainda há alguns meses para Dilma perder vários quilinhos que ganhou de novembro para cá. Pode ser um tratamento de SPA em sua própria residência e local de trabalho.

5. O que faltou no programa de ontem da Marina? Emoção. Fala de momentos significativos de sua vida, como se estivesse contando um filme. Mas o programa acerta no alvo ao buscar contatos imediatos de primeiro grau com a juventude.

(Do ex-blog de César Maia)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CONJUNTURA NACIONAL

SEU LUNGA

E Seu Lunga não quer tirar férias da coluna. Nem que seja por uma semana. Ou será que seus patrocinadores pensam em mantê-lo firme neste espaço? Muitas historinhas chegam. Como já salientei, não procuro saber se são efetivamente de autoria do nosso sarcástico intérprete da cretinice tupiniquim. E que recebe de algumas pessoas o epíteto de mal educado. Continuarei a prestigiar a figura, nem que chatalhos insistam na ideia de que os "causos" apresentados não saiam da boca do Seu Lunga.

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Seu Lunga estava tomando uma sopa num bar de Juazeiro. Um sujeito entra no estabelecimento e pergunta:

- Tomando sopa, Seu Lunga?

E Seu Lunga, despejando o prato fundo de sopa sobre a própria cabeça, responde:

- Não! Tô tomando banho!

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PESQUISAS PRÉVIAS

Mais uma pesquisa sai dos laboratórios do marketing empresarial. A Confederação Nacional dos Transportes é a patrocinadora desta mais recente bateria, organizada pelo Instituto Sensus. Como se sabe, Dilma encostou em Serra (33,2% x 27,8%), tendo Ciro como candidato. Com Ciro fora da disputa, Serra sobe e Dilma se mantém na posição. Ou seja, os votos de Ciro tendem a migrar em maior quantidade na direção do governador de SP. Esse será o quadro? Não. Esta é a leitura deste consultor. Vamos às explicações.

POLARIZAÇÃO

Ciro Gomes não sustenta bom índice em uma moldura de polarização. Se for candidato, em disputa mais que polarizada, será comprimido/espremido pela alta visibilidade dos dois contendores Serra e Dilma. Não terá bom espaço na mídia eleitoral, seus palanques não passariam de 7 nos Estados, enquanto Dilma teria 35 palanques e Serra 25. Nenhum candidato resiste a uma bateria de comunicação intensa. Seria afogado pela maré comunicativa dos dois maiores candidatos. Tem razão Luiz Inácio quando aconselha Ciro a se retirar do páreo federal para brigar no páreo paulista.

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Seu Lunga foi à feira e comprou uma galinha caipira. Chegando a casa ele deu pra mulher. E ela pergunta:

- Lunga, é pra matar?

Lunga responde:

- Não, dê uma surra e solte.

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PÁREO PAULISTA

Mas é claro que Ciro Gomes não tem potencial para ganhar uma campanha em SP. O que Lula pretende é abrir um palanque contundente dentro do maior colégio eleitoral do país. SP tem 30 milhões de eleitores. Ciro poderia ser a cabeça de ponte na estratégia de estender o campo de lutas de Dilma. Com seu estilo bombástico, se prestaria a ser o aríete contra Serra, no território principal deste. Dilma poderia aproveitar esse tiroteio acirrado para aparecer ao lado de Lula. E o PT seria orientado a descarregar seus 30% de votos, históricos, em Ciro. O problema: Ciro não quer. Pretende, isso sim, disputar o pleito majoritário federal.

TRÊS MAIORES PALANQUES

Nos três maiores colégios eleitorais, a divisão será esta: em SP, o palanque tucano será bem maior que o palanque de Ciro ou um candidato pelo PT (30 milhões de eleitores); Geraldo Alckmin tem melhores condições de liderar o palanque paulista. Em MG, o segundo maior colégio (mais de 13 milhões de votos), o palanque de Serra será aberto por Aécio; já o palanque de Dilma terá Hélio Costa, Fernando Pimentel ou Patrus Ananias, além do vice Zé Alencar. No RJ, Sérgio Cabral e Anthony Garotinho abrirão um grande palanque para Dilma. A perspectiva de Serra é com o palanque de Fernando Gabeira, mas este estará comprometido com Marina Silva. No segundo turno, Serra poderá deslanchar.

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Seu Lunga foi a um restaurante pra tomar uma sopa. Ao chegar, o garçom o abordou:

- O senhor quer a sopa num prato ou numa tigela?

Como sempre, muito educado, ele respondeu:

- Não! Despeje no chão e traga a sopa com o rodo.

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PALANQUES MÉDIOS

Na BA, Jaques Wagner, o governador, e Geddel Vieira Lima, o ministro, farão dois palanques para Dilma. Paulo Souto, do DEM, recepcionará José Serra. Dilma terá mais força. No PR, Beto Richa ou Álvaro Dias puxarão o cordão de José Serra e Osmar Dias estará no palanque adversário com Dilma. O vice-governador Pessuti, do PMDB, tende a ficar com Dilma. Em PE, Eduardo Campos, o governador, muito bem avaliado puxará o carro de Dilma. A única opção de Serra é a candidatura do senador Jarbas Vasconcelos ao governo. Poderia ter um bom palanque neste caso.

ATÉ ONDE DILMA CHEGARÁ?

Dilma Rousseff (ou Dilma do Chefe, como está sendo chamada no nordeste) poderá chegar aos 35%. Esse é o patamar histórico do PT. Margens maiores dependerão das circunstâncias eleitorais: ambiente econômico, satisfação social, harmonia e segurança social. Lula já passou razoável pacote de votos para Dilma. Não se pense que ela conquistou esses índices que aparecem em pesquisa por força pessoal ou capacidade de influenciar as massas. Dilma não gera empatia. Por isso, Lula é o transferidor de votos. Mas há um limite nesse processo.

PÍLULAS DO ENEM

Retrato em 3x4 do nosso alunado nas bancas do Enem:

- "O pobrema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."

- "A amazônia é explorada de forma piedosa."

- "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta."

- "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu."

- "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta."

- "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação."

- "Espero que o desmatamento seja instinto."

- "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo."

REINVENTAR O MUNDO

Lula não foi a Davos por conta do stress que fez subir sua pressão. Aliás, a altitude tem impregnado a alma de Lula. No discurso que mandou para o Fórum Mundial, lido por Celso Amorim, disse que o Brasil fez tudo certo e que o mundo faz tudo errado. Por isso, urge reinventar o mundo. Deus está mandando três anjos para a terra. Missão: perguntar se Luiz Inácio toparia substituir Deus, apenas por 7 dias, tempo suficiente para o Reinventor do Mundo realizar a tarefa.

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Seu Lunga estava deitado no sofá quando alguém faz a pergunta:

- Tá dormindo Seu Lunga?

- Não! Tô treinando pra morrer.

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DESPEDIDAS

Aliás, o Reinventor do Mundo despediu-se, ontem, do Congresso, por ocasião da instalação do ano judiciário. Lembrou, em tom de saudades, os sete anos de relacionamento entre Executivo e Legislativo. E mostrou a força do Brasil, respondendo de forma rápida à crise mundial. Ressaltou que o país continuou gerando empregos e fortalecendo a infraestrutura. Que, como o sabemos, é precária, a partir do sistema de transportes. E a geração de empregos continua engessada pela visão ortodoxa das Centrais Sindicais. Que dão o tom no Ministério do Trabalho e Emprego.

SISTEMA INSTÁVEL

"O sistema financeiro mundial que emergiu do processo de globalização dos mercados financeiros era fundamentalmente instável, porque foi construído sobre a falsa premissa de que é possível permitir que os mercados financeiros patrulhem a si mesmos. Foi essa a causa do colapso, e é por isso que não poderemos remontá-lo na forma que tinha." (George Soros)

SINDICALISMO EM QUEDA

O sindicalismo no Brasil entrou em processo de declínio no ciclo Lula. Quem faz a constatação é o próprio Instituto Sensus, esse que deu a pesquisa sobre o crescimento de Dilma. Em novembro de 2000, das pessoas entrevistadas, 5,7% eram sindicalizadas; hoje, esse índice é de 5,3%. Por que murcha? Porque as Centrais Sindicais nadam em grana. Porque o sindicalismo virou pompa, fausto, divertimento e zorra total. Os lobos de antigamente viraram cordeirinhos a comer grana nas cercanias do Planalto Central.

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Estava Seu Lunga, como de hábito, lavando a calçada com a mangueira quando passou uma vizinha e fez a infeliz pergunta:

- Ô Seu Lunga tá lavando a calçada?

E ele com toda sua educação:

- Não, tô regando pra ver se nasce poste...

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CAMPANHA DE DILMA

A campanha de Dilma começa a tomar forma no aspecto do comando. José Eduardo Dutra, presidente eleito do PT, estará no comando, mas o deputado Palocci dará as cartas como assessor de alto nível. O programa de governo ficará a cargo de Marco Aurélio Garcia, o teórico do PT, e o marketing será tocado por João Santana. Duda Mendonça até que tentou se encostar, mas levou um chega prá lá. Seu nome lembra pólvora. Meirelles funcionará como um consultor em matéria de política econômica. Franklin Martins e Gilberto Carvalho serão orientadores, ombudsman de Dilma.

PAULINHO DO DEM

Paulo Bornhausen será o líder do DEM na Câmara neste ano de campanha eleitoral. Paulinho é um grande articulador e tem expressão caprichada. Como o pai, Jorge, mantém contatos estreitos com Serra, Paulinho funcionará como link para juntar equipes e estruturas. O prefeito Kassab tem a ver com essa escolha.

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Seu Lunga vai à feira e compra limão. Passa uma mulher na rua e pergunta:

- Isso é limão na sua mão, Seu Lunga?

Seu Lunga pega uma faca, parte o limão no meio e responde espremendo o limão nos olhos:

- Nããããoooooo, é colírio!!!

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TEMER, COM MAIS FORÇA

Michel Temer é o nome de maior prestígio no PMDB. Por seu perfil cordato, Michel consegue ser rara unanimidade no seio do maior partido brasileiro. Não reivindica a vice de Dilma, até porque, na presidência do PMDB e na presidência da Câmara dos Deputados, consegue juntar mais poder e visibilidade que no cargo de vice. Como candidato a deputado federal – e está em campanha – terá boa votação, porquanto reúne ampla base de prefeitos. Só examinará a possibilidade da vice nas próximas semanas. Tende pela não aceitação, apesar das fortes pressões para que aceite o cargo. Inclusive por parte de perfis que pretendem sucedê-lo na presidência da Câmara.

TUNGA NO CONTRIBUINTE

O Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor, coordenado pelo empresário José Maria Chapina Alcazar, fará ampla movimentação em Brasília para impedir mais uma tunga no contribuinte. Trata-se do famigerado projeto conhecido como II Pacto da República – Projeto 5.080/09 – que sugere mudanças na Lei de Execuções Fiscais. O projeto tenta criar a figura da execução prévia, ao atribuir à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional a atividade jurisdicional, função legítima do Judiciário, dando-lhe a faculdade de constrição prévia de bens, inclusive com penhora on line, ferindo, dessa forma, a norma constitucional e proporcionando um dos mais violentos atentados contra os direitos dos contribuintes em toda a história brasileira. A comunicação posterior por parte do Erário ao Poder Judiciário, que poderá ser embargada não terá efeito suspensivo, numa fantástica fragilização do direito à ampla defesa assegurada pelo inciso LV do artigo 5º da CF/88.

MAIS UM GOLPE

A criatividade do governo na esfera autoritária é inesgotável. A última novidade é a complexa Portaria 1.510/09, do Ministério do Trabalho e Emprego, que cria o Registrador Eletrônico de Ponto e traz novidades sobre os programas e a manutenção dos sistemas eletrônicos de ponto de empresas com mais de dez funcionários. Mais uma vez caberá ao empreendedor brasileiro o ônus do processo. Caso não arque com os expressivos custos para implantação e manutenção do sistema, estará sujeito a astronômicas multas administrativas. Para se ter ideia do grau de exigência da nova determinação, as empresas serão obrigadas a manter equipamento com capacidade de funcionamento de 1.440 horas ininterruptas em casos de ausência de energia. O ponto deverá ter também impressora de uso exclusivo e de excelente qualidade para imprimir material com durabilidade mínima de cinco anos.

CONSELHO AO PRESIDENTE LULA

Esta coluna dedica sua última nota a pequenos conselhos a políticos, governantes e líderes nacionais. Na última coluna, o espaço foi destinado aos deputados distritais. Hoje, volta sua atenção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

1. Ao receber a pesquisa Sensus, vossa Excelência fez uma gozação e vibrou por constatar que Dilma encostou em José Serra. Muito cuidado, presidente.

2. Pesquisa, nesse momento, apenas afere a visibilidade de perfis. E, como se percebe, Dilma está correndo os palanques dos Estados em campanha antecipada.

3. Não comemore antes do tempo, presidente. Dilma deverá crescer ainda mais, podendo chegar aos 35%. E até a ganhar a eleição. Mas o tempo é o senhor da razão. Espere por setembro, mês da grande definição. E então, vibre ou chore.

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* Gaudêncio Torquato

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

LEMBRANÇA

Ontem, foi celebrada a missa de sétimo dia do falecimento de Osvaldo Bezerra do Nascimento.

Abaixo, segue crônica que lapidei em sua homenagem.

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Olá Júnior,

Mais uma vez parabéns por valorizar e nos mostrar um pouca da vida daqueles que mesmo indo nos deixam uma história que vale a pena ser divulgada.

Passei um mês viajando, por isso sumi um pouco, mas já estou de volta atualizando-me neste seu espaço onde a variedade de textos é um atrativo a mais.

Um abraço,

Dalinha

OSVALDO BEZERRA


Na noite de 27 de outubro de 2009, a convite do senhor Iran Parente, empresário que por muitos anos comandou a Crateús Algodoeira S/A, participei de uma solenidade do Lions Jangada Fortaleza, onde foram prestadas homenagens a Arimateia Santos e Claudino Sales, ex-integrantes daquele clube. Lá estava Osvaldo Bezerra do Nascimento, cuja silhueta denunciava um combatente em prol da própria saúde. A certa altura, sentou-se ao meu lado e me pediu para fazer a leitura, no microfone, de uma peça de arquitetura literária que havia preparado para aquela ocasião. Externei-lhe que me sentia honrado com a deferência, mas – cristão novo naquele ambiente – julgava que ele, enquanto lavrador do texto e sobejamente conhecido de todos, era indiscutivelmente mais indicado. E assim ocorreu.

Após o evento, ainda sob o impacto emocional daquele momento, mencionei que desejava brindá-lo com uma crônica. O seu globo ocular se iluminou.

No dia seguinte, chegava ele ao meu escritório, trazendo uma Revista da Academia Leonística de Cultura no Ceará, onde ocupava a cadeira 41. Às folhas 46/47 da Revista, um texto de seu lavor contendo admoestações sobre “O Homem – Dignidade – Oportunidade”, onde se lia: “É no respeito pelo homem que se fundamenta todo relacionamento social. Uma vez perdido esse respeito, perde-se a possibilidade de estabelecerem-se relações sociais saudáveis e, conseqüentemente, a oportunidade de usufruirmos a felicidade real que poderíamos gozar neste mundo, com o verdadeiro prazer de uma convivência delicada e elegante sem a qual a humanidade se transformaria em verdadeira alcatéia de lobos”.

Mais adiante, exclamava: “Quão bom seria que o homem usasse o seu cérebro privilegiado, sua inteligência, o seu raciocínio, sua disposição, enfim, as suas potencialidades, para o bem-estar social”.

No caso, identificamos que a caneta utilizada por Osvaldo para a escrita desse texto fora irrigada com a tinta do mesmo sangue que agitava seu batimento cardíaco. Desde meninote, quando mirava sua figura galante, de apreciador dos bons costumes, alimentador de hábitos gregários, sempre imaginei: “aí vai um típico lorde, homem de espírito nobre”.

Este fidalgo cidadão, nascido em Independência no dia 1º de março de 1937, partiu. Deixou-nos na última terça-feira, 26 de janeiro de 2010. Foi ocupar seu merecido assento entre os membros da elevada estirpe.

Sua extensa e memorável dedicação ao múnus público se iniciou e sempre girou sob o esquadro de Crateús, onde iniciou os estudos na Escola Normal, com passagem no Ginásio Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e na Escola Padre Champagnat, em Fortaleza, onde depois bacharelou-se pela Universidade Federal do Ceará.

Mesmo sob a administração de seu filho Osvaldo Júnior, o tradicional Cartório do 1º Ofício, na Rua Coronel Lúcio, em Crateús, tem o fenótipo do velho Osvaldo. Confunde-se com sua figura. As paredes, enfeitadas com diplomas, prêmios, troféus e certificados os mais diversos, lembram seu intenso apostolado público e sua afortunada militância filantrópica.

Na seara pública, dentre outras empreitadas, foi diretor da Escola de Comércio Padre Juvêncio, de 1962 a 1966; Superintendente regional de Ensino, de 1964 a 1968; Chefe do Escritório Regional da Casa Civil, em Crateús, de 1969 a 1970; Consultor Jurídico do Estado, de 1972 a 1978.

Na atividade sócio-cultural, dirigiu o Clube Caça e Pesca; foi Secretário do Centro Folclórico de Crateús; presidiu, em sete mandatos distintos, o Lions Clube de Crateús, tendo assumido as mais destacadas funções, inclusive a de Governador do Distrito L-15, além de participar de praticamente todas as Convenções Distritais e Nacionais, bem como das internacionais de Dallas, no Texas, Estados Unidos, e de Montreal, no Canadá.

Um dos seus principais contributos a Crateús foi ter idealizado, por uma chispa altruística, um dos mais respeitados espaços educacionais da urbe. Em 1967, sob o influxo inspirativo da insígnia Leonística do SERVIR, solicitou ao pai, Antonio Bezerra do Nascimento, uma quadra no bairro Castelo. Nessa quadra foi erigida, em forma de H, a “Escola Lions Clube”, uma das mais privilegiadas referências de escola pública da cidade.

Osvaldo, em sua germinação latina, significa “poder dos deuses”.

Imaginava escrever-lhe uma estampa louvativa. E, depois, observar a reação das suas esferas oculares. Que pena! Elas se fecharam antes disso.

Por isso, sem pestanejar, saúdo sua alma leonina, plena de potencialidades sublimes, e agradeço sua contribuição terrena. Boa estada no céu!

(Por Júnior Bonfim)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

OPHIR CAVALCANTE É O NOME DO NOVO PRESIDENTE DA OAB NACIONAL


Vinte e um anos depois, um paraense volta a ocupar o cargo mais alto de uma das mais importantes entidades da sociedade civil organizada do Brasil. Seguindo a trilha do pai, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil entre 1989 e 1991, o advogado Ophir Cavalcante Júnior toma posse nesta segunda-feira, dia 1º, como presidente do Conselho Federal da OAB.

Ciente da importância da posição, ele promete abrir guerra à corrupção, principalmente a eleitoral, já que o ano será marcado pela disputa nas urnas. O voto deve ser a principal arma do cidadão contra a corrupção. Por isso, devemos garantir que o voto reflita a real vontade do eleitor, seja um elemento de transformação social.

Vamos criar uma Comissão de Combate à Corrupção, seja ela eleitoral ou de outra ordem, garante ele. Em entrevista ao repórter Anderson Luís Araújo, o novo presidente da OAB defende a reforma eleitoral com a inclusão do voto de lista fechada e o financiamento público das campanhas. Mencionou ainda que os mais de 1.100 cursos superiores de Direito no Brasil representam um risco para a qualidade do ensino e a formação dos profissionais. E anunciou a luta pela instalação de duas sedes do Tribunal Regional Federal na Amazônia, uma delas com sede em Belém.

Além de Ophir Cavalcante, que assumirá o cargo de presidente em substituição ao advogado sergipano Cezar Britto, integrarão a nova diretoria os advogados Alberto de Paula Machado (vice-presidente); Marcus Vinicius Furtado Coelho (secretário-geral); Márcia Regina Machado Melaré (secretária-geral adjunta) e Miguel Ângelo Sampaio Cançado (diretor-tesoureiro). (Foto crédito OAB Nacional).


Leia abaixo a íntegra da entrevista publicada na edição de ontem do Jornal O Liberal (PA):

Qual será o enfoque da sua gestão à frente da OAB Nacional?

R - Depois do 11 de setembro nos Estados Unidos, todos passaram a ser culpados até que provassem que eram inocentes, invertendo o princípio constitucional da presunção da inocência. No Brasil, tentou-se instalar o Estado policial, e a gestão do presidente Cezar Britto, da qual fiz parte, reagiu na defesa das liberdades individuais e coletivas. Hoje, um outro desafio se apresenta: o combate a associação da corrupção com a impunidade. A nossa gestão se dedicará a combater isso que faz desviar dos cofres públicos dinheiro para manter e eleger políticos inescrupulosos; que usa cargos públicos comissionados como moeda de troca. Enfim, todo e qualquer tipo de corrupção que desvie dinheiro do contribuinte para beneficiar quem quer seja será por nós combatida, a fim de que a sociedade não perca a confiança nas instituições.

O ano é eleitoral. Como será atuação da OAB para barrar uma das mazelas mais antigas da democracia no Brasil, a compra do voto?

R - O voto deve ser a principal arma do cidadão contra a corrupção. Por isso, devemos garantir que o voto reflita a real vontade do eleitor e seja um elemento de transformação social. Vamos criar uma Comissão de Combate à Corrupção seja ela eleitoral ou de outra ordem. E vamos precisar fazer parcerias com outras entidades, como a CNBB, Ministério Público, a Imprensa. Essa Comissão terá será replicada por todo o país onde houver uma representação da OAB. Nunca é demais lembrar que a democracia tem um preço, que é o da eterna vigilância. Os avanços e recuos fazem parte da construção democrática, e eu confio no Brasil. Confio que as nossas instituições podem superar os desafios e, com gente honrada, poderemos mudar o mau conceito que se tem hoje dos políticos.

Como será a campanha de combate à corrupção eleitoral especificamente no Pará? Alguma diferença para outros Estados?

R - A corrupção eleitoral não privilégio de nenhum Estado. Só a reforma no sistema eleitoral - hoje ainda um sonho distante - com o fortalecimento e a democratização dos partidos poderá mudar o atual estágio. A Ordem defende o financiamento público de campanhas e a lista fechada, pois com isso permitiremos que pessoas que desejam fazer da política um meio de mudança para melhorar da sociedade passem a participar mais da vida política do país. Pode até não acabar com a corrupção eleitoral, mas a reduzirá a níveis muito pequenos, porque as pessoas não precisarão fazer acordos com empresas para depois pagarem quando assumirem o poder. Agora, é preciso o engajamento da sociedade. Nós, pessoas de bem, somos a maioria e devemos - e podemos - exigir a reforma do sistema eleitoral. É preciso sair do imobilismo e passar a ação. Sim, nós podemos e vamos fazer.

Qual a maior dificuldade para barrar a corrupção eleitoral no Pará?

R - O Pará é um Estado de dimensões continentais e qualquer ação em nosso Estado é sempre difícil de executar. Mas, com o engajamento dos advogados, da sociedade, do Ministério Público Eleitoral e da Polícia Federal, podemos melhorar esse combate, que a meu ver deve ser uma batalha difícil, que a sociedade e os políticos comprometidos com a ética vão vencer.

É a primeira vez que o Pará faz um presidente da OAB? Como foi a articulação para vencer a eleição e chegar à frente de uma das entidades mais importantes da sociedade civil organizada no país?

R - Não, não é a primeira vez que um paraense assume a presidência da OAB Nacional. O primeiro foi meu pai, Ophir Filgueiras Cavalcante, no biênio 89/91. Aliás, foi o único até a minha eleição, nos 80 anos da OAB, a representar a região Norte. Deus quis que eu repetisse esse feito e estou pronto para, com o apoio dos advogados do Pará e de toda a sociedade paraense, engrandecer o nome do Estado. Será uma tarefa difícil, mas quem acredita em Deus e tem fé consegue ultrapassar as barreiras. A articulação foi natural e decorrente do trabalho que desenvolvi à frente da OAB-PA em dois mandatos e na Diretoria Financeira do Conselho Federal, conquistando a confiança dos colegas que presidem 26 dos 27 Estados da federação.

Faz diferença para o Pará ter um paraense a frente da OAB? Haverá alguma ação específica para Estado?

R - Acredito que faça sim diferença, porque eleva a autoestima dos paraenses, que, ao me verem presidindo a OAB Nacional, se sentirão motivados a mostrar ao Brasil que o Pará é uma terra de gente competente e de bem. Depois, porque procurarei ajudar o Pará em todas as demandas legítimas da sociedade paraense junto aos Poderes constituídos e também porque procurarei difundir a nossa cultura e as nossas tradições.

A OAB Nacional vai se empenhar pela instalação de um Tribunal Federal para a Amazônia, com sede em Belém?


R - O TRF da 1ª Região é um monstrengo judiciário, porque sua jurisdição açambarca 14 Estados da Federação, envolvendo Estados do Sudeste, alguns do Nordeste e todos os do Norte. Não há como se levar justiça para todos esses cantos de forma célere. Por isso, é preciso uma divisão da jurisdição criando-se três ou mais tribunais, sendo que para a Amazônia eu defendo que haja dois tribunais, um com sede em Belém e outro em Manaus. As sedes de que falo levam em consideração não só a geografia da região, mas também o potencial econômico de cada qual, sendo que o Pará supera em números de feitos todos os demais Estados da Região Norte, daí porque é fundamental uma sede aqui. A presença da Justiça é importante, porque dá segurança às pessoas e às empresas que desejam investir em nosso Estado, além de ampliar o acesso à Justiça e o mercado de trabalho.

Como o senhor avalia a atuação da OAB na luta pelos direitos da sociedade atualmente? O senhor acredita que, com o tempo, a entidade perdeu a força de mobilização e transformação?

R - A Ordem nunca deixou de lutar pelos direitos da sociedade, que é um dos seus compromissos, e continua, sim, a mobilizar a sociedade. Recentemente, fizemos uma passeata em Brasília envolvendo mais de 2 mil pessoas contra PEC do calote, que permite aos Estados e municípios pagar suas dívidas para com os credores em 15 ou mais anos. Ou seja: muitas pessoas morrerão e não receberão o que o Estado lhes deve. A PEC foi aprovada e agora a OAB luta no STF para demonstrar a inconstitucionalidade. Estamos - e continuaremos - fazendo a nossa parte para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Qual o maior desafio da Ordem hoje e como o senhor pretende enfrentar esse desafio?

R - São vários os desafios, sendo o destaque o combate à corrupção e à impunidade; a luta pela qualidade do ensino jurídico; a luta na defesa das prerrogativas, essenciais para o equilíbrio do processo judicial; a luta por um meio ambiente sustentável; a luta pelos direitos humanos, um desafio ainda presente hoje no Estado brasileiro. Enfim, teremos vários e vamos trabalhar para vencê-los.

Há uma quantidade grande de cursos superiores no Brasil e ainda assim muita reprovação na prova da Ordem. O senhor atribui isso a quê?

R - Temos hoje mais de 1.100 cursos de Direito do Brasil, enquanto nos EUA eles são 180. Demonstra uma deformação no nosso sistema. A proliferação desses cursos, sem um controle mais efetivo, trouxe a massificação e baixa qualidade, seja do corpo docente, seja do corpo discente. A posição da Ordem é lutar pela qualidade do ensino jurídico, pois é fundamental que a sociedade tenha profissionais para lidar com dois bens vitais para todos, a liberdade e o patrimônio. A unificação do Exame de Ordem tem demonstrado que temos poucas faculdades que aprovam bem e uma maioria que aprova pouco, com o mesmo conteúdo programático pautando os exames. Para a OAB, ter 2 milhões de advogados não seria problema, mas a nossa responsabilidade é com a sociedade e com a dignidade da profissão. Por isso, não podemos transigir com a baixa qualidade de ensino. Precisamos de um ensino de qualidade que informe e forme bons profissionais.


(Fonte: Opinião Jurídica)