sábado, 17 de outubro de 2009

DITADOS POPULARES NA ERA DIGITAL



Como estamos na 'Era Digital', foi necessário rever os velhos ditados existentes e adaptá-los à nova realidade. Veja alguns:

1. A pressa é inimiga da conexão.

2. Amigos, amigos, senhas à parte.

3. Antes só, do que em chats aborrecidos.

4. A arquivo dado não se olha o formato.

5. Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.

6. Para bom provedor uma senha basta.

7. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

8. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

9. Em terra off-line, quem tem 486 é rei.

10. Hacker que ladra, não morde.

11. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

12. Mouse sujo se limpa em casa.

13. Melhor prevenir do que formatar.

14. O barato sai caro. E lento.

15. Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.

16. Quando um não quer, dois não teclam.

17. Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.

18. Quem clica seus males multiplica.

19. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.

20. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.

21. Quem não tem banda larga, caça com modem.

22. Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.

23. Quem semeia e-mails, colhe spams.

24. Quem tem dedo vai a Roma.com

25. Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.

26. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.

27. Diga-me que computador tens e direi quem és.

28. Há dois tipos de pessoas na informática. Os que perderam o HD e os que ainda vão perder...

29. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é impressão minha.

30. Aluno de informática não cola, faz backup.

31. O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).

32. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... e depois se cola.

33. O Natal das pessoas viciadas em computador é diferente. No dia 25 de Dezembro, o Papai Noel desce pelo cabo de rede, sai pela porta serial e diz: Feliz Natal, ROM, ROM, ROM!


(Enviado por Gabriel Vale)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

16 DE OUTUBRO - DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO



Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo, um bilhão de pessoas passando fome, 30 mil crianças morrem de fome a cada dia, 15 milhões a cada ano, um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresentam atraso no crescimento físico e intelectual, 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água potável, 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são anêmicas e encontram-se abaixo do peso. Uma pessoa a cada sete padece de fome no mundo. A cada dia 275 mil pessoas começam a passar fome ao redor do mundo. O Brasil é o 9º país com o maior número de pessoas com fome, tem 15 milhões de crianças desnutridas. 45% de suas crianças, menores de cinco anos, sofrem de anemia crônica.

O Brasil é o 5º país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas. Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população ainda é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem-terras.

Enquanto o consumo diário médio de calorias no mundo desenvolvido é de 3.315 calorias por habitante, no restante do globo o consume médio é de 2.180 calorias diárias por habitante. Metade dos habitantes da Terra ingere uma quantidade de alimentos inferior às suas necessidades básicas. Cerca de um terço da população do mundo ingere 65% dos alimentos produzidos. A quarta edição do Inquérito Mundial sobre Agricultura e Alimentação, patrocinado pela ONU em 1974, concluiu: "Em termos mundiais, a quantidade de alimentos disponíveis é suficiente para proporcionar a todos uma dieta adequada".

O aumento dos preços dos alimentos fez o número de famintos no mundo crescer 40 milhões para 963 milhões de pessoas em 2008, ante o ano passado, de acordo com dados preliminares divulgados hoje pela ONU para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). A entidade advertiu que a crise econômica mundial pode levar ainda mais pessoas a essa condição. Levando em conta dados do US Census Bureau, departamento de estatísticas do governo norte-americano, que conta a população mundial em 6,7 bilhões de pessoas, o número de famintos representa 14,3% do total.

Em 2007, no planeta havia 860 milhões de famintos; em janeiro de 2009 109 milhões mais. A metade da população africana subsahariana, por citar um exemplo dessa África crucificada, mal vive na extrema pobreza. A ladainha de violência e desgraças provocadas é interminável. No Congo, há 30 mil meninos-soldados dispostos a matar e a morrer a troco de comida; 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em cinco anos, entre 2000 e 2005; o gasto da América Latina e do Caribe em defesa cresceu em 91%, entre 2003 e 2008; uma dezena de empresas multinacionais controla o mercado de semente em todo o mundo. Os Objetivos do Milênio se evaporaram na retórica e em suas reuniões elitistas os países mais ricos dizem covardemente que não podem fazer mais para reverter o quadro.

"Quase cem mil mortes diárias no planeta se devem à fome. Dentre elas, 30 mil são de crianças com menos de cinco anos. Mais do que três torres gêmeas por dia que se desmoronam em silêncio, sem que ninguém chore ou construa monumentos", declarou à swissinfo Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido como frei Betto.

Essas são algumas das estatísticas da fome que o mundo se acostumou a acompanhar de tempos em tempos. Todavia, a fome segue matando de maneira endêmica em muitas regiões do globo.

Nós, do Planeta Voluntários, buscamos um mundo sem fome e desnutrição - um mundo no qual cada uma e todas as pessoas possam estar seguras de receber a comida que necessitam para estar bem nutridas e saudáveis. Nossa visão é a de um mundo que protege e trabalha para que haja assistência social e dignidade humana para todas os povos. Um mundo no qual cada criança pode crescer, aprender e florescer, e desenvolver-se como membro ativo da sociedade.

(Por Márcio Demari)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ROSA FERREIRA DE MORAES


TEATRO ROSA MORAES - CRATEÚS - CEARÁ


Ao tempo em que estava à frente da Secretaria de Educação de Crateús, convidei o Professor Celso Antunes para proferir uma palestra para a comunidade escolar. O longevo mestre, cabelos flor de algodão, distribuidor de sorrisos, olhar penetrantemente delicado, com o magistério da própria experiência encheu a nossa alma de graça e encantamento.

Contou-nos, dentre outros fatos, que, em missão cultural ao Japão, foi levado pelo Ministro da Educação daquele País para um encontro com o Imperador. Ao adentrar no salão do monarca, viu uma cena inusitada: o nobre se curvou, com litúrgica solenidade e reverente respeito, ante a presença dos dois professores. Ficou intrigado. Na saída, indagou ao Ministro o motivo daquele gesto. E ele respondeu: - Se o perguntássemos, ele responderia que presta reverência aos professores porque foram eles que o formaram.

Com essa citação, o mestre Antunes queria deixar registrado que nalguns rincões do planeta os professores estão colocados no lugar que merecem: sobre o púlpito do respeito social, no altar da admiração coletiva.

Talvez para provocar nossa capacidade alterativa ou, simplesmente, como uma cândida lamparina de referência, ainda existem remanescentes – raros, é bem verdade – de uma época áurea da educação, em que os que lideravam as salas de aula estavam, ao lado do Padre e do Juiz, entre as figuras que ocupavam a tribuna de honra da deferência comunitária.

Entre esses nomes, e com indiscutível destaque, está o da crateuense ROSA FERREIRA DE MORAES. Escrevo o seu nome em negrito e com letras maiúsculas porque as palavras que o compõem formam um ternário biográfico.

A sua artística porção ROSA desabrocha permanentemente, como uma flor de roseira, no jardim invisível do seu coração, em especial quando, de posse de um pincel, nos chama a atenção para detalhes pouco perceptíveis do cotidiano, através de quadros pintados com acurado esmero e fina sensibilidade.

Dentre os presentes que esta vida me deu está o privilégio de ter sido aluno desta FERREIRA. De ferro, mesmo. Com seu jeito austero, com sua imponente compleição física, com sua voz grave e seu olhar severo, ensinou-nos os benefícios da férrea disciplina, da dedicação inflexível, do cumprimento do objetivo delineado, da satisfação do dever cumprido. Recordo como era comum, em suas aulas, quando identificava desvios de conduta nos alunos, a realização de paradas bruscas na transmissão dos conteúdos a fim de que pudéssemos ouvir exortações sobre os caminhos da retidão e do bem, verdadeiras lições de moral, preciosos sermões sobre as virtudes de cultuarmos princípios de vida.

Outro dia, ela me confidenciou que seu saudoso pai sempre escrevia MORAES com E ao invés de I porque, no entendimento dele, Morais com “i” era plural de moral. Para mim, esse MORAES deita raízes na palavra mora, não no sentido comercial de retardamento do devedor no pagamento de uma dívida, mas no profundo sentido espiritual da palavra demora, que se resume na rara capacidade de saber o tempo certo de cada coisa, de não atropelar o curso natural da existência, de não queimar etapas na caminhada da vida.

Em suas mais de oito décadas de vida, ROSA FERREIRA DE MORAES tem reluzido. Se pudesse, mudaria o seu nome para ROSA FERREIRA ESTRELA DE MORAES, pois é isto que ela é: uma pétala resplandecente que há iluminado gerações.

(Júnior Bonfim, in "Amores e Clamores da Cidade")

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

NO DIA DE HOJE, EM 1964, ERA MARTIN LUTHER KING O NOBEL DA PAZ


"Tenho um sonho
que meus quatro pequenos filhos
viverão um dia
em uma nação
onde não serão julgados
pela cor de sua pele,
mas pelo conteúdo de seu caráter".

Martin Luther King

No dia 14 de Outubro de 1964, o pastor da Igreja Baptista da Avenida Dexter, em Montgomery, Alabama, foi anunciado como Prémio Nobel da Paz.

A Fundação Nobel justificou a atribuição pelo seu protagonismo na Conferência de Liderança Cristã do Sul (SCLC, Southern Christian Leadership Conference), que organizava o activismo pelos direitos civis.

Martin Luther King (1929-1968) é o laureado com o Nobel da Paz mais jovem. Tinha 35 anos (o advogado Obama tem 48).

terça-feira, 13 de outubro de 2009

INSTANTES




Se eu pudesse viver minha vida novamente,
A próxima trataria de cometer mais erros.

Não tentaria ser tão perfeito: relaxaria mais,
Seria mais tolo do que tenho sido e, de saída
Levaria mais a sério pouquíssimas coisas. Seria menos higiênico.

Correria mais riscos, faria mais viagens,
Contemplaria mais entardeceres,

Subiria mais montanhas, nadaria em rios,
Iria a lugares onde nunca estive antes,

Comeria mais doces e menos verduras,
Teria mais problemas reais,
E menos problemas imaginários...

Eu fui uma dessas pessoas que viveu Sensata e Prolificamente
cada minuto de minha vida

E, é claro, em meio disso,
Tive certos momentos de alegria.

Mas, se eu pudesse voltar atrás,
Trataria de ter somente bons momentos.

Pois, se não sabes, é disso que a vida é feita

Momentos......

E não perca por favor, nunca o aqui e o agora.
Eu era um desses que não iam a nenhuma parte,

Sem um termômetro, uma bolsa de água quente,
Um guarda-chuvas e um pára-quedas.

Se eu pudesse voltar a viver, viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver,
Começaria pôr andar descalço desde o início da primavera

E seguiria assim até terminar o outono.
Daria mais voltas pelas pequenas ruas,

Contemplaria mais amanheceres
E brincaria com mais crianças,

Se eu tivesse outra vez a vida pela frente.
Mas perceba... tenho oitenta e cinco anos... e sei que estou morrendo.

(Atribuído a Jorge Luis Borges e/ou Nadine Stair. De lado a autoria, é uma bela poesia.)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

FELIZ CUMPLEAÑOS, PABLO!




Conheci o Paulo Nazareno no inicio da década de mil novecentos e oitenta.

Realizávamos uma reunião em prol do pré-candidato a prefeito de Crateús José Fernandes da Silva, médico sisudo e de bom coração, alagoano que se fez crateuense e capitão da resistência democrática na nossa terra.

Alguém anunciou a presença do jovem cirurgião Paulo. Silhueta magérrima e vasta cabeleira. Estilo hippie e olhar profundo.

O projeto que sonhávamos para a cidade foi abortado em 1982, mas veio à tona alguns anos depois. Eleito prefeito – com menos cabelos na cabeça e uns quilos a mais no corpo - Nazareno me convidou para integrar sua equipe.

Gestou-se entre nós, a partir do desenho de um projeto inovador para a cidade, um processo de cumplicidade espontânea. Laboramos grandes idéias, desenvolvemos arrojadas iniciativas. As pessoas experimentaram debates que incluíam a integração da equipe (intersetorialidade) e a transferência do poder ao povo (empoderamento). A cidade respirou uma auspiciosa aura de oxigenação em todas as áreas.

Depois, o ar voltou a se poluir pela contaminação do submundo da política. E a urbe, outra vez, involuiu.

A nossa convivência, que se iniciou no oceano da política, terminou por nos aproximar nas outras praias da vida. Conheci o ser sensível e profundo, endoscopista de almas, amante da natureza, aviador natural, apreciador da boa música, estudioso dos grandes temas, visionário trabalhador.

Jamais consegue ser morno. É sempre gelo ou brasa. Adora viver perigosamente, escalar as montanhas dos desafios, palmilhar as trilhas adversas. Saboreia intensamente cada prato que o restaurante da vida lhe oferece.

No entanto, ao longo da nossa convivência, tive a oportunidade de identificar a mais original das suas facetas: no lençol freático desse homem aparentemente duro, há um poço profundo de ternura.

Coincidentemente, nasceu no dia 12 de outubro. Talvez por isso seja, no mais recôndito de si mesmo, uma criança: brinca e briga, preza e reza, chora e ri, sofre e sonha.

Hoje completa mais um ano. Assopra velas. Apaga o que ficou para trás. Mira o futuro. E reparte o bolo da amizade.

Como dizem os latino-americanos, feliz cumpleaños!

(Por Júnior Bonfim)

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Muito obrigado pela gentileza,dentre os rios do curso da minha vida,suas férteis águas não somente o avolumaram,mas o tornaram mais fertil e acolhedor;traço este,prepoderante em sua personalidade:um agregador e fulgurante inteligencia.Te-lo amigo ja é,por si só,um presente.

Paulo Nazareno

domingo, 11 de outubro de 2009

AOS POETAS CLÁSSICOS


Poetas niversitário,
Poetas de Cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia;
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês.

Eu nasci aqui no mato,
Vivi sempre a trabaiá,
Neste meu pobre recato,
Eu não pude estudá.
No verdô de minha idade,
Só tive a felicidade
De dá um pequeno insaio
In dois livro do iscritô,
O famoso professô
Filisberto de Carvaio.

No premêro livro havia
Belas figuras na capa,
E no começo se lia:
A pá — O dedo do Papa,
Papa, pia, dedo, dado,
Pua, o pote de melado,
Dá-me o dado, a fera é má
E tantas coisa bonita,
Qui o meu coração parpita
Quando eu pego a rescordá.

Foi os livro de valô
Mais maió que vi no mundo,
Apenas daquele autô
Li o premêro e o segundo;
Mas, porém, esta leitura,
Me tirô da treva escura,
Mostrando o caminho certo,
Bastante me protegeu;
Eu juro que Jesus deu
Sarvação a Filisberto.

Depois que os dois livro eu li,
Fiquei me sintindo bem,
E ôtras coisinha aprendi
Sem tê lição de ninguém.
Na minha pobre linguage,
A minha lira servage
Canto o que minha arma sente
E o meu coração incerra,
As coisa de minha terra
E a vida de minha gente.

Poeta niversitaro,
Poeta de cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia,
Tarvez este meu livrinho
Não vá recebê carinho,
Nem lugio e nem istima,
Mas garanto sê fié
E não istruí papé
Com poesia sem rima.

Cheio de rima e sintindo
Quero iscrevê meu volume,
Pra não ficá parecido
Com a fulô sem perfume;
A poesia sem rima,
Bastante me disanima
E alegria não me dá;
Não tem sabô a leitura,
Parece uma noite iscura
Sem istrela e sem luá.

Se um dotô me perguntá
Se o verso sem rima presta,
Calado eu não vou ficá,
A minha resposta é esta:
— Sem a rima, a poesia
Perde arguma simpatia
E uma parte do primô;
Não merece munta parma,
É como o corpo sem arma
E o coração sem amô.

Meu caro amigo poeta,
Qui faz poesia branca,
Não me chame de pateta
Por esta opinião franca.
Nasci entre a natureza,
Sempre adorando as beleza
Das obra do Criadô,
Uvindo o vento na serva
E vendo no campo a reva
Pintadinha de fulô.

Sou um caboco rocêro,
Sem letra e sem istrução;
O meu verso tem o chêro
Da poêra do sertão;
Vivo nesta solidade
Bem destante da cidade
Onde a ciença guverna.
Tudo meu é naturá,
Não sou capaz de gostá
Da poesia moderna.

Dêste jeito Deus me quis
E assim eu me sinto bem;
Me considero feliz
Sem nunca invejá quem tem
Profundo conhecimento.
Ou ligêro como o vento
Ou divagá como a lêsma,
Tudo sofre a mesma prova,
Vai batê na fria cova;
Esta vida é sempre a mesma.

(Por Patativa do Assaré)