Aquele gesto, aquela ação destrutiva, realizada há exatos sessenta e seis anos, deixou uma marca indelével nas almas sensíveis do planeta.
No dia 6 de agosto de 1945, a cidade japonesa de Hiroshima foi literalmente destruída. A primeira bomba atômica foi detonada pelo homem como arma de guerra. O piloto foi um jovem coronel, de nome Paul Tibbets Jr., então com 30 anos, que escolheu pessoalmente um quadrimotor B-29, batizando-o com o nome “Enola Gay”, em homenagem à sua mãe.
Em 1973, no auge da ditadura, Vinicius de Moraes exibiu um poema – que virou música por João Apolinário e Gerson Conrradi. A música foi a décima terceira mais executada nas rádios brasileiras no ano de 1973. Em 2009, a revista Rolling Stone brasileira listou Rosa de Hiroshima como a número 69 entre As 100 Maiores Músicas Brasileiras.
Letra: Vinicius de Moraes
Música: João Apolinário / Gerson Conrradi
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada
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