domingo, 19 de abril de 2009

SOBRE A ACADEMIA DE LETRAS DE CRATEÚS

Olá Júnior,

Mesmo não deixando, sempre, comentários, acompanho seu blog.
Acho de extrema importância a criação de uma Academia de Literatura em Crateús.

Agregar os diferentes valores culturais é acrescentar um algo mais a cidade.

Veja Ipu, uma cidade bem menor, com sua Academia em pleno funcionamento, organizando lançamentos e assim atuando, abre as mais diversas possibilidades para os que se dedicam a arte do escrever.

Sou de Ipueiras moro no Rio de Janeiro. Sou membro da ABLC. Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Adoro as plenárias, onde podemos, entre outros assuntos, mostrar nossos trabalhos oralmente, apreciar diferentes trabalhos e render homenagens aos nomes consagrados de nossa literatura popular. Publicar todo ano uma antologia e mais do que isso, a confraternização de poetas de diferentes estados, predominando os estados do Nordeste.

Se a vista não me engana, na foto vejo: Bento Raimundo cantador e sanfoneiro amigo que sempre encontro no meio do ano quando passo temporada no Ceará.

Espero que Crateús leve em frente a boa idéia de uma Academia.

Um abraço,

Dalinha Catunda

--------------------------------------------------------------------------------


NOTA DO BLOG: O Bento Raimundo está na foto. Aliás, da esquerda para a direita, estão: Lourival Veras, Elias de França, Júnior Bonfim, Cimar Melo, Edilson Macedo, Carlos Bonfim, Lucas Evangelista, Bento Raimundo, Edmilson Severiano e César Vale.

---------------------------------------------------------------------------------

Veja mais sobre Dalinha Catunda em http://cantinhodadalinha.blogspot.com/

---------------------------------------------------------------------------------


INVERNADA

Dalinha Catunda

No tempo da invernada
O canto da passarada
Encanto meu coração.

Borboletas fazem festa
Sapos afinam sua orquestra
Canta e sorrir o sertão.

Chananas bordam o chão.
Entre salsas e muçambês.
Nos galhos do sabiá
A brancura do florescer.

Carnaúbas batem palmas,
Sentindo o frescor da brisa.
O sol por entre as nuvens,
Meio apagado desliza.

É a estação das chuvas
Trazendo seu esplendor.
É a peitica cantando,
Seu canto repetidor.

É a presença do campina,
Os arrulhos da fogo-pago.
É a alegria do verde,
Que com a chuva brotou.

É a enxada no ombro,
Do nosso agricultor,
Que não carece de esmola
Nem foge ao seu labor.

Um comentário:

Dalinha Catunda disse...

Olá Júnior,
Fico feliz e agradecida em ver meu cantinho fazendo parte do seu blog.
Vou colocar o: Blog do Junior Bomfim, nos meus blogs camaradas.
Obrigada por ter postado meu poema, "Invernada".
Estarei sempre comparecendo em seu espaço.
Um abraço,
Dalinha