domingo, 8 de novembro de 2009

CONHECENDO O "SEU LUNGA"



Seu Lunga


Joaquim Rodrigues dos Santos (Caririaçu, 18 de agosto de 1927), mais conhecido como Seu Lunga, é um comerciante que se tornou conhecido no Brasil por seu temperamento forte.

Teve sete irmãos e viveu sua infância "no meio dos matos", afastado da cidade. O apelido lhe acompanha desde esta época, quando uma vizinha de sua família, que ele só identifica como preta velha, começou a lhe chamar de Calunga, que virou Lunga e pegou.

Começou a trabalhar na roça aos oito anos de idade, e admira a criação rígida que teve de seu pai, o que marca um aspecto psicossocial do homem Lunga.

Aos 16 anos mudou-se para Juazeiro do Norte, passando a ser ourives por dois anos. Depois começou a comercializar no Mercado Público da cidade e a trabalhar no comércio com sua loja de sucata.

Casado em 1951, teve treze filhos, que, apesar da pouca instrução, conseguiu manter-lhes pelo menos com a educação básica. A pouca instrução de "Lunga", por outro lado, não o impediu de candidatar-se a vereador da cidade de Juazeiro em 1988, eleição que não ganhou.


Alguns de seus "causos" (não sei quais são apócrifos ou não:

Seu Lunga estava na sua casa com sede. E manda seu sobrinho lhe trazer um pouco de leite. Daí o pobre do garoto
pergunta:
- No copo, Seu Lunga?
E seu Lunga responde:
- Não. Bota no chão e vem empurrando com o rodo, fi de rapariga!!!


O funcionário do banco veio avisar:
- Seu Lunga, a promissória venceu.
- Meu filho, pra mim podia ter perdido ou empatado. Não torço por nenhuma promissória.


Seu Lunga entrando em uma agropecuária.
-Tem veneno pra rato?
-Tem! Vai levar? - Pergunta o balconista.
-Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!!! - responde seu Lunga.

Seu Lunga, no elevador (no subsolo-garagem). Alguém pergunta:
- Sobe?
Seu Lunga:
- Não, esse elevador anda de lado.


Seu Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta:
- Tá doente, Seu Lunga?
- Quer dizer que seu fosse saindo do cemitério, eu tava morto???


Seu Lunga dava uma bela surra no filho e o menino gritava:
- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!
- Tá bom? Quando tiver ruim, você me avisa, que eu paro.

O amigo de seu Lunga o cumprimenta:
- Olá, seu Lunga! Tá sumido! Por onde tem andado?
- Pelo chão, não aprendi a voar ainda...


Na década de 70, Seu Lunga chega num bar e fala pro atendente:
- Traz uma cerveja e bota o disco de Luiz Gonzaga pra eu ouvir!
- Desculpe seu Lunga, não posso botar música hoje...
- Mas por que??
- Meu avô morreu!
- E ele levou os discos, foi?

Durante a madrugada, a mulher do seu Lunga passa mal:
- Lunga! Ta me dando uma coisa...
- Receba!
- Mas é uma coisa ruim!
- Então devolva!!

O telefone toca. Seu Lunga:
- Alô!
- Bom dia! Mas quem está falando?
- Você!

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Olá Júnior,

Adoro esta ignorância engraçada reinante nas cidades do interior.

Cada cidadezinha tem um seu lunga a fazer suas graças, são figuras como estas que enriquecem e diferenciam as pequenas cidades.

Um abraço,

Dalinha

Um comentário:

Dalinha Catunda disse...

Olá Júnior,

Adoro esta ignorância engraçada reinante nas cidades do interior.

Cada cidadezinha tem um seu lunga a fazer suas graças, são figuras como estas que enriquecem e diferenciam as pequenas cidades.

Um abraço,
Dalinha