sábado, 21 de novembro de 2009

PAULO EDUARDO MENDES


Em que pese fosse abrasado orador, escritor incansável, jurista consagrado, político militante, o que mais enternecia a alma e estremecia o coração do gênio multifacetário Ruy Barbosa era a sua condição de jornalista.

Certa feita proclamou: “E jornalista é que nasci, jornalista é que eu sou, de jornalista não me hão de demitir enquanto houver imprensa, a imprensa for livre (...)”

E foi mais além: “Cada jornalista é, para o comum do povo, ao mesmo tempo um mestre de primeiras letras e um catedrático de democracia em ação, um advogado e um censor, um familiar e um magistrado. Bebidas com o primeiro pão do dia, as suas lições penetram até ao fundo das consciências inexpertas, onde vão elaborar a moral usual, os rudimentos e os impulsos, de que depende a sorte dos governos e das nações.”

Desde algum tempo, sob o influxo da admiração curiosa leio aos sábados, na seção “Idéias” do Jornal Diário do Nordeste, uma coluna assinada por Paulo Eduardo Mendes, que se identifica apenas como jornalista.

Tempos depois, em evento na Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF), seu nome era submetido, juntamente com o da sua consorte Gilmaíse, à nossa apreciação para integrar aquele sodalício de letras. Despiciendo enfatizar que foram aclamados com louvor.

E assim fiquei conhecendo Paulo Eduardo Mendes, de cujas crônicas já era íntimo. Embora pouco tenhamos convivido, já conclui que seu fenótipo parece transparecer sua alma: homem de olhar sereno, leve como a pluma, postura equilibrada, voz ponderada, alma superior. Porque humilde de índole e manso de coração, parece exalar o orvalho da sabedoria por todos os poros.

Talvez por isso se explique o fato de omitir suas outras facetas, como a de magistrado modelar, homem devotado à família, doutor da honrosa causa do bem e da generosidade, jardineiro de flores filantrópicas e reitor da invisível universidade do espírito.

Na página 2 do Jornal Diário do Nordeste de hoje, na seção “Idéias”, o doutor Paulo Eduardo Mendes nos brinda com um comentário sobre o livro AMORES E CLAMORES DA CIDADE.


De coração, muito obrigado!


(Júnior Bonfim)

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