
Hoje abrimos a cortina do junino mês.
Junho é um mês especial. Para nós, nordestinos, é tempo de aconchego noturno, de curtir a fogueira acesa saudando o frio da madrugada.
Mês da culinária especial, produzida com os frutos da roça. Sabores de terra.
Mês de festas, de celebração de namoro e de louvor ao Santo casamenteiro.
Mês em que rememoramos o aniversário de Fernando Pessoa, um poeta que fez da própria alma baile de todas as almas humanas e que nos deixou lições indeléveis, como estas:
"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus".
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Por Júnior Bonfim)
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Olá Júnior,
Tenho paixão pelo mês de junho.
Acho que é o mês que melhor retrata nossa nordestinidade.
Nós,os retirantes, sentimos na pele o que é passar o mês de junho distante do nosso Nordeste e de nossas tradições.
Não gosto de passar aqui e deixar um poema sem deixar um comentário e acho deselegante quem faz.
Porém, hoje como sua postagem pede, vou deixar um poema do Santo Casamenteiro.
SANTO ANTÔNIO E O CASTIGO
*
Supliquei a Santo Antônio,
Rezei e pedi, por favor!
Ó meu santo casamenteiro
Não quero perder o pudor!
Mas a demora é tamanha,
E tenho uma sede medonha,
Arranje-me logo um amor!
*
Mas o tal casamenteiro,
É um santinho do pau oco.
Eu peço o tempo inteiro
E ele se finge de mouco.
Se não passar essa agonia
Enfio o Santo na água fria
Pra ele ver o que é sufoco.
*
Cansei de fazer simpatia,
Cansei de velas e oração.
O santo só sai do castigo
Quando eu sair da solidão.
Por isso santinho querido
Arranje-me logo um marido,
Que aí eu lhe deixo de mão.
*
Dalinha Catunda
Um comentário:
Olá Júnior,
Tenho paixão pelo mês de junho.
Acho que é o mês que melhor retrata nossa nordestinidade.
Nós,os retirantes, sentimos na pele o que é passar o mês de junho distante do nosso Nordeste e de nossas tradições.
Não gosto de passar aqui e deixar um poema sem deixar um comentário e acho deselegante quem faz.
Porém, hoje como sua postagem pede, vou deixar um poema do Santo Casamenteiro.
SANTO ANTÔNIO E O CASTIGO
*
Supliquei a Santo Antônio,
Rezei e pedi, por favor!
Ó meu santo casamenteiro
Não quero perder o pudor!
Mas a demora é tamanha,
E tenho uma sede medonha,
Arranje-me logo um amor!
*
Mas o tal casamenteiro,
É um santinho do pau oco.
Eu peço o tempo inteiro
E ele se finge de mouco.
Se não passar essa agonia
Enfio o Santo na água fria
Pra ele ver o que é sufoco.
*
Cansei de fazer simpatia,
Cansei de velas e oração.
O santo só sai do castigo
Quando eu sair da solidão.
Por isso santinho querido
Arranje-me logo um marido,
Que aí eu lhe deixo de mão.
*
Dalinha Catunda
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