quarta-feira, 27 de outubro de 2010

GESTÃO E ESTRATÉGIA - O NOVO PADRÃO DA ADVOCACIA

Neste novo mundo onde tudo é interligado, plugado e conectado, onde, por um lado a informação que se busca pode estar a distancia de um clique e de outro, essas simplesmente aparecem na sua tela sem ser convidadas. Onde nomes, programas, expressões e tendências mudam na mesma velocidade de que chegaram. Onde a inovação de hoje é a mais pura sucata tecnológica do dia seguinte. Onde novos ricos se acumulam fabricando produtos que não se podem pegar com as mãos. Onde se acompanha os movimentos mundiais e oscilações econômicas, com suas altas e baixas, em uma rapidez digna de um mercado banda larga e, estas por sua vez, nos afetam mais que instantaneamente como por meio de tecnologias “twiterizadas”.

É neste cenário que nós profissionais do direito, pós modernos, pós graduados e pós saturados, nos encontramos.

Os níveis de exigência deste novo modelo de mercado fazem com que os profissionais do direito tenham habilidades ou detenham conhecimento que em outros momentos da economia e da história do capitalismo seriam impensáveis ou estariam fora do lugar. Temas como gestão, estratégia e empreendedorismo são mais que realidade na vida de advogados e bancas, se tornaram questão de sobrevivência.

O advogado como profissional tem sua formação conduzida para pensar logicamente, analisar os fatos e estudar como ninguém os meandros que norteiam o problema, que neste caso, é do cliente. Como profissionais nesta temática, não fomos treinados para planejar, executar, verificar e agir, muito menos para incorporar na vivencia diária de nossos prazos e obrigações as siglas e abreviações que parecem se mutiplicar na mesma velocidade da informação: ISO, 5 s, seis sigma.

Qual o remédio jurídico para esse tema?

A resposta pode ser encontrada em uma área a que o advogado, se não tem afinidade, deveria mudar seus conceitos e direção nos estudos – a administração.

Sintonizada nesta realidade, alguns cursos jurídicos promovem uma mudança com escalas tímidas no nível de preparo dos advogados que serão em breve colocados no front das incertezas do mercado, em especial do mercado jurídico brasileiro.

Nesta corrente o advogado é convidado, sem muita gentileza, a se posicionar para competir, sendo expulso da sua zona de conforto e tendo que empreender e administrar. O que antes poderia ser fruto do acaso, agora será direcionado por um plano estratégico que norteará onde se inicia a jornada e sua meta.

Nestes níveis de requinte do negócio jurídico a nova ordem é planejar. Planejar onde se quer chegar, com valores sólidos e que gerem a confiança digna da profissão, focado na realidade do cliente, criando controles que padronizem as ações, cuidando e administrando talentos e carreiras. Tudo isso para estar inserido em uma realidade que veio para ficar – a excelência.

Então, amigo advogado, você está preparado?

Cleber Raimundi, advogado do escritório Martinelli Advocacia Empresarial.

Nenhum comentário: