Não sou de medir palavras
Não sou mulher recatada
O que serve para sua
Não serve pra minha estrada
Sou mulher de atitude
E nem sei se isto é virtude
Ou insolência dobrada.
*
Enfrento qualquer encrenca
Seja aqui ou no sertão
Já tive que puxar faca
Numa certa ocasião
Quando puxei a peixeira
Eu vi pegar na carreira
Quem armou tal confusão
*
Onde você estudou,
Não pude ser educada,
Pois tive que botar cedo
O meu pezinho na estrada,
Mas na escola da vida
Não virei uma perdida
Garanto, sou graduada.
*
Se quiser me enfrentar
Va prestando atenção
Não fujo de uma peleja
Sou mulher de opinião.
Gosto de diplomacia
Mas numa delegacia
Tenho argumentação.
*
Se quiser ganhar no grito
Alto também sei gritar.
Se vier na covardia
A mesma arma vou usar.
Porém se acordo quiser
A palavra desta mulher
Acordo não vai quebrar.
*
Dou um boi pra não entrar,
Pra não sair uma boiada
E contra raiva eu aviso
Que já estou vacinada.
E sou sim, flor que se cheira
Mas não caia na besteira
De querer me azucrinar.
--
Dalinha Catunda
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