domingo, 20 de maio de 2012

ANIVERSÁRIO



Sempre quando celebro o dia em que nasci, lembro dessa poesia que escrevi faz trinta anos.

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Que poderia eu dizer-te
Pelo aniversário, pela minha vida?

Só posso te dizer o que é possível
Dizer uma pessoa que ama
Com amor
O que não é amável!

Tenho apenas aquilo que é tudo:
O sorriso de infância, a alegria permanente!
E a alegria te envio
Como uma carta transparente.

Eu sou, camponesa, o errante menino
Que não se banha com lágrimas
Nem experimenta roupas de tristeza.

Ando somente com uma luz suave
E tudo aquilo que me toca
Sente o poder da amizade.

Agradam-me os violões
E as músicas que lhes saltam.

Admiro os pássaros... e quando saio voando
Tenho o coração mais vasto que o horizonte azul,
E o Sol luminoso a cada dia de Paz
Afasta de mim as dores e cicatrizes.

Para esta aventura te convoco, amiga,
Como uma abelha que convida outra abelha
Para conhecer a Árvore de Mel.

Quero que a partir de agora passes
A pertencer ao que é fecundo e germinal:
À vontade de nascer – das sementes
À teoria silenciosa – das noites
À fúria juvenil – dos ventos
À claridade derramada – das manhãs
À floração colorida – das primaveras!

Sou apenas aquilo que não sou
E por isso te desejo que sejas
Aquilo que hoje tu não és!

(Júnior Bonfim, em "Poesias Adolescentes e Maduras")

Um comentário:

Eduardo Rodrigues disse...

Bela poesia meu amigo. Já na tenra idade fazias florescer poesias com essa qualidade! Parabéns por mais um ano de vida. Que Deus continue te iluminando juntamente com tua família.
Um grande abraço,

Eduardo Rodrigues