sábado, 18 de maio de 2013

O VICIADO



No começo, ele sorve embevecido,
O alucinógeno cálice, com graça,
Não percebe estar sendo corroído
Pelo ácido do álcool e da fumaça

E veloz como o vento o tempo passa;
E, sem controle de si, todo envolvido,
Na teia miserável da desgraça
Celeremente vai sendo consumido.


Sem amigos, família, objetos...
Em lugares nojentos, com insetos,
Dorme todos os dias da semana.

Sem noção perambula igual um bicho,
Extraindo a comida em qualquer lixo,
Eis aí a degradação humana.

(Dideus Sales)

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