sexta-feira, 30 de julho de 2010

MARGUERRITE FREIRE BONFIM


Só Jesus, o Mestre, e o Dideus, o Poeta, sabem da resistência para que brotasse esta breve Crônica. A sugestão de escrevê-la foi do Dideus Sales; a resistência, minha. Premido pela necessidade de fechar a Revista e sem dispormos do material referente à pessoa que deveria abrilhantar a coluna, ele provocou: - “Este mês é o aniversário de sua filha. Escreva sobre ela”.

Resisti porque achei que poderia soar como algo pessoal e pouco profissional. Sempre usei esta página – GENTE QUE BRILHA – para lapidar perfis, desenhar rabiscos biográficos de vultos que construíram trajetórias exitosas e inspiradoras.

Sucede que o Jovem Galileu me tirou da hesitação. Bastou-me para isso relembrar uma de suas prédicas nos morros palestinos, quando lecionou: “Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa”. (MATEUS, cap. V, v.15.)

Então, meditei: terei o direito de esconder que, na intimidade do meu lar, conheço uma criatura que é uma substância resplandecente, uma matéria estrelada, uma pétala de luz? Devo cobrir com um côncavo de barro ou um invólucro de metal esta lâmpada humana? A resposta é negativa.

Marguerrite Freire Bonfim, a Marguê, tem um coração mineral, uma alma generosa. Sua radiosa mente é um pomar de sonhos! Sonhos doirados! Imagino que nasceu de uma costela telúrica minha, se é que a tenho. Ou do ventre abençoado de sua mãe, uma fibrosa mulher. Quem sabe da combinação harmoniosa das duas!...

Desde as espumas flutuantes da sua infância que identificamos sua inclinação oceânica, o marítimo amor que carrega. Congênito é o gosto pelo cultivo das plantas permanentes que alimentam sua flora humanística. É um manancial de doçura.

Incorrigivelmente solidária, é capaz de gestos de profunda doação em favor de quem necessite. É, porém, uma flor possessiva em relação aos que ama. Deixou a árvore da pureza assentar suas raízes colossais no recanto mais profundo de si mesma.

Nos campos da infância, era sinônimo de bem-me-quer, malmequer. Batia e afagava com igual intensidade. Hoje, esparrama-se em delicadezas. É um vulcão de bondade.

Destemida amante da família, quando se depara com um parente adora perscrutar sobre qual galho do pau d’arco genealógico pertence.

Como um isolado penhasco de saudade, gosta de se recolher à camarinha doméstica. Aí se sente mais livre. Talvez seu faro de pássaro tema a gaiola da vida externa...

Nos últimos tempos, tem escalado com fervor os monólitos da superação. Já remove, sozinha, os arenitos do caminho e mira o sol de frente. Alimenta o desejo de firmar-se em uma carreira que possa servir os semelhantes.

Minha bela Margarida, desejo que o Homem de Nazaré – fermento na massa, sal da terra, luz do mundo - te ajude a palmilhar essa vereda fulgurante, ladrilhada com pedrinhas de brilhantes. Pois eu te amo. Parabéns, filha!

(Por Júnior Bonfim, na edição de hoje da Revista GENTE DE AÇÃO)



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"O senhor cada dia superando os seus objetivos, e sempre com o seu jeito escreve cada mensagem bonita que contagia a gente.

Eu fiquei muito emocionada com esse perfil que o senhor fez pra Marguê.
Muito lindo.

Pai, o senhor é meu orgulho.

Beijo, de sua filha que tanto ama".


Marília

Um comentário:

Unknown disse...

O senhor cada dia superando os seus objetivos, e sempre com o seu jeito escreve cada mensagem bonita que contagia a gente eu fiquei muito emocionada com esse perfil que o senhor fez pra Marguê, muito lindo.Pai, o senhor é meu orgulho.
Beijo, de sua filha que tanto ama.