domingo, 20 de março de 2011

A PALAVRA DO JOVEM GALILEU HOJE SOBRE A "REGRA DE OURO" É AUTOEXPLICATIVA!


Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. "Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós". (Lucas 6,36-38)


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A "regra de ouro" é simples: tratar os outros como gostaríamos de ser tratados; fazer ao próximo aquilo que gostaríamos que nos fizessem.

Nas principais religiões do planeta essa regra se faz presente. Vejamos.

No Zoroastrismo: "Aquela natureza só é boa quando não faz ao outro aquilo que não é bom para ela própria" (Dadistan-i-Dinik 94:5).

No Judaísmo: "O que é odioso para ti, não o faças ao próximo".

No Confucionismo: "Não façais aos outros aquilo que não quereis que vos façam" (Confúcio).

No Budismo: "Não atormentes o próximo com o que te aflige" (Udana-Varga 5:18).

No Hinduísmo: "Esta é a suma do dever: não faças aos outros aquilo que se a ti for feito, te causará dor" (Mahabharata 5:15:17)

No Cristianismo: Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. "Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós" (Lucas 6,36-38).


Leonardo Boff, em seu livro "Espiritualidade – Um caminho de transformação", narrou um diálogo que manteve com Tenzin Gyatso, o 14º e atual Dalai Lama, líder do Budismo Tibetano, que bem exemplifica uma das principais funções das religiões, a despeito das divergências que as pessoas criam para defender sua religião como a única, ou melhor. Eis o diálogo:

“Já que nos referimos várias vezes ao Dalai-Lama, permito-me confidenciar um pedaço da conversa que tive com ele, há alguns anos, e que nos ajudará a entender a questão que irei abordar.

No intervalo de uma mesa redonda sobre religião e paz entre os povos da qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:

- Santidade, qual é a melhor religião?

Esperava que ele dissesse: “É o Budismo tibetano”, ou “São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo”. O Dalai-Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos – o que me desconcertou um pouco, porque eu sabia da malícia contida na pergunta – e afirmou:

- A melhor religião é aquela que te faz melhor.

Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:

- O que me faz melhor?

E ele respondeu:

- Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião.

Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.”

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