terça-feira, 19 de março de 2013

HOJE É O DIA DE SÃO JOSÉ – MODELO DE HOMEM DO BEM, CARPINTEIRO DO ANONIMATO, ARTESÃO DO SILÊNCIO!




Por razões óbvias, uma das palavras cuja musical sonoridade mais sensibiliza as cordas da minha alma é, indubitavelmente, JOSÉ – em hebraico “Yoseph”, aquele que acrescenta - significa Deus acrescenta e indica uma pessoa sensível, confiante e generosa, que sofre com os problemas alheios. É muito conciliador e conserva o autocontrole mesmo nas piores situações.

O culto a São José, aniversariante de hoje, começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou "O Patrono da Igreja Universal" e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.

Em 1955 o Papa Pio XII fixou o dia 1º de maio para "São José Operário, o trabalhador".

José, o pai de Jesus na Terra, tinha como profissão a carpintaria. Em seu livro "São José, a personificação do Pai", Leonardo Boff conta que o artesão, descendente de David, tinha a oficina no pátio da casa. E que ali, entre pregos, martelos, rolos de barbante e cunha, Jesus teria iniciado na vida profissional. “É dentro desse universo de trabalho, de mãos calosas, do suor no rosto, das canseiras cotidianas e do silêncio, que se desenrolou a vida anônima de José. Ele era um homem justo, como disse minha mãe”, diz o teólogo. E silencioso. São José não deixou uma palavra. “O silêncio é a essência de José e a de quem ele personifica: o Pai celeste”, diz Boff.

Na festa de hoje, celebremos São José meditando sobre as duas principais facetas da sua rica personalidade: o amor ao trabalho e o culto ao silêncio!

(Júnior Bonfim)


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APELO A SÃO JOSÉ

Glorioso São José.
Santo da minha devoção.
Não se esqueça de mandar,
Chuva pro meu sertão.
Aqui o povo é sofrido,
E carece de proteção.

Olho pro gado no pasto,
Tão magro tão desnutrido...
Parece que lambe pedra,
O verde foi destruído.
Só se vê nessas paragens,
Galhos secos retorcidos.

À vontade de trabalhar é grande.
A fé em Deus não é menor.
A gente só quer do senhor,
Uma ajudinha maior,
Pois o nordestino é forte,
Não economiza suor.

Dá uma tristeza danada,
Ver nosso açude secar.
Primeiro vira lama,
Depois se dana a rachar.
Os peixes vão se sumindo,
E os urubus a rondar.

É a miséria chegando,
É a chuva sem chegar,
É a oração e o pranto,
E o pobre sempre a rogar:
Glorioso São José,
Venha nos ajudar.


(Dalinha Catunda)

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