sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SAUDADES MATERNAS



O amor deitou sobre ti um cristal de inocência,
Amiga das plantas, filha do luar e da suave alegria,
Por isso me agrada fazer versos com paciência
À montanha iluminada de tua melancolia.

Meu jeito de sol expansivo, pedra solitária
Ou mágico aliado dos secretos elementos
Vem de teu regato, madura Rosária,
Mulher polida na cal do sofrimento.

A liberdade reconhece da luz o sonho dourado.
És minha mãe – assim como o mundo, a poesia,
Rosamada senhora por quem fui lapidado.

Mereces um lugar no trono alto da glória,
Pois fostes generosa para com a história:
Oferecestes ao povo um poeta alado!


(Júnior Bonfim)

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