segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SERTANEJA, SIM SENHOR!


Sabia que era arisco

Aquele fogoso alazão.

Resolvi correr o risco,

Sem medo de ir ao chão.

Peguei chicote e espora

Montei no bicho na hora

Sem medo ou indecisão.

*

Ele quis titubear,

Mas cutuquei do meu jeito.

Peguei firme nas rédeas,

Pois me achei no direito.

E sob o meu comando

Obedecendo meu mando,

Ele foi quase perfeito...

*

Inda quis se rebelar,

Mas de nada adiantou.

De seus movimentos bruscos

Minha mão se encarregou.

Foi feliz na maratona,

Mostrei quem era a dona.

E ele se conformou.

*

Do que compro e pago caro,

Retorno eu sempre quero.

A manha, birra e coice,

De fato eu não tolero.

Do cavalo eu não caio

Só tenho medo de raio,

No resto eu acelero.

*

Bicho que eu não domino,

Confesso não dou guarida,

O meu sangue nordestino

É que me faz aguerrida.

Eu só não sou cangaceira,

Por ser metida a faceira,

Porém sou bem atrevida. *


Texto: Dalinha Catunda

Nenhum comentário: