segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

AINDA SOBRE O LIVRO DE MARIA OLIVIA




PREFÁCIO, POR ALAÍDE BONFIM

Falar sobre a família, buscar os antepassados, sempre é um trabalho que exige muita paciência, perseverança, como vemos nesse belo trabalho de Maria Olívia e Gotardo.

Em Gênese, primeiro livro da Bíblia, é traçada a história do homem, do ponto de vista religioso. Do ponto de vista científico, com frequência, são divulgadas teorias da origem do homem. São exemplos de uma obsessão para conhecermos de onde vimos, e quem eram os que nos precederam.

Conhecer e registrar a história de nossos antepassados é uma tarefa difícil, pelas naturais ramificações que brotam as diversas outras famílias, tendo-se que estabelecer ponto inicial e final. O ponto inicial que Maria Olivia escolheu foi Alexandre Bomfim, do qual, devido a dois casamentos, é contada a história da Família Bonfim.

Na minha infância fui aprendendo que família (quer dizer o mesmo sangue), proveniente de um grupo de pessoas, que além do seu nome de batismo teria que acrescentar o sobrenome. Vemos aqui, como figura central do livro, a figura de Alexandre Ferreira do Bomfim, meu avô, pai de Manuel Bomfim, meu pai.

Cresci conhecendo a história de meu avô Alexandre Bomfim. Era um cidadão de muitas virtudes, muitos méritos e de muitos amigos. Era muito católico e pertencia à irmandade do Santíssimo Sacramento, ainda hoje respeitada na Igreja Católica, espaço para muitos homens comprometidos com a Eucaristia.

Os anos foram passando, a história continua e hoje eu e minha irmã Maria das Graças Bonfim somos as últimas sobreviventes netas do Alexandre Bomfim.

Maria Olívia faz questão de dizer que o livro não apresenta nenhum tratado genealógico, mas um relato da cadeia familiar. Pode não ser um tratado, mas é resultado da sua dedicação, obstinação e amor para conhecer e oferecer aos demais parentes. Aqui Maria Olívia segue essa linha de busca do conhecimento dos nossos antepassados.

É, como se diz, um trabalho de formiguinha, que depende muito mais de contato, da memória, do que dos registros formais. Por isso, requer paciência para conquistar o parente, nem conhecido, para tomar informações sobre os pais, os filhos e netos, trabalho esse nem sempre compreendido pelos próprios familiares.

O resultado da pesquisa dos autores nos mostra alguns aspectos peculiares, como a união entre parentes, como o casamento de seis irmãos e irmãs com correspondentes primos, e o fato das mulheres não adotarem sobrenomes, costume comum da época, fatos que requerem análise cuidadosa. Ao final, Maria Olivia nos oferece esse belo trabalho que nos possibilita relembrar de parentes que já nos deixaram, de identificar parentes que não conhecíamos, em um passeio pela vida da família Bonfim.

Maria Alaíde Bonfim



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APRESENTAÇÃO, POR JOATAN BONFIM

- Causou-me surpresa, quando em fevereiro de 2010, Maria Olivia convidou-me para fazer a apresentação deste livro. Isto porque, costumo afirmar que não sou homem de palavra, mas, sim, de ação... Incentivado pela esposa, aceitei o desafio. Ausente de Crateús, por motivos profissionais, desde 1959, sempre que me encontrava com um parente, sentia dificuldade de saber nosso grau de parentesco. Mesmo assim com alguns fiz amizade duradoura, com outros, nem tanto. Há mais de 20 anos, porém, resolvi conhecer com segurança e convicção meus familiares mais próximos e demais parentes, talvez por mero diletantismo, talvez para evitar passar por novas situações vexatórias. Daí, então, comecei a por em prática a idéia de saber quem era quem e quantos Bonfins, descendentes de meu bisavô Alexandre Bomfim, haviam habitado este solo amigo.

- Ainda nas fileiras do Exército, em abril de 1987, fui a Crateús e, conversando com meus pais Raimundo Bonfim e Donzinha Leitão, netos de Alexandre, e com a minha irmã Darcy, que bem conheciam a família e parte da nossa história, fizemos as primeiras anotações de todos os 15 filhos, esposas e netos do nosso patriarca. Empolgado, passei a cadastrar qualquer parente que eu encontrasse, registrando o nome e a respectiva linhagem. Nessa missão constatei curiosos casos de pessoas parentes entre si cinco e até mais vezes.

- Regina Stela Bonfim, sabendo da minha iniciativa, brindou-me com jóia rara, qual seja uma Crônica com cerca de 10 folhas de papel almaço (já desbotado e bastante dilacerado), escrita a mão, datada de 1897, atribuída a seu tio-bisavô Clementino Ferreira Barros, na qual descrevia, com riqueza de detalhes, várias gerações dos Ferreira Barros, ascendentes do meu bisavô paterno Felipe Ferreira Barros, irmão de Clementino.

- Em 1981, por feliz sina, fui designado para servir em Brasília, onde tive a ventura de reencontrar o casal Zefino e Francisca Bonfim, especialistas em Bonfim, que me cederam suas ricas e precisas anotações genealógicas, escritas a mão, num livro “capa dura” de 200 laudas. Também obtive o apoio de Filomila e de seu esposo João Ferreira Barros, ao me presentearam com a mesma Crônica, só que, datilografada, ampliada e atualizada com dados genealógicos pertinentes até os anos 70, por Alexandre Lucas Boquady, filho do autor da Crônica e pai de Filomila. Ao concluir os registros dos subsídios do livro do Zefino e da mencionada crônica, observei que aquele volumoso catatau, com mais de 200 folhas computadorizadas, não se tratava apenas de uma Árvore, mas sim de uma Floresta Genealógica... Tal trabalho, registrado em 15 dossiês, um para cada filho de Alexandre, embora incompletos, despertou grande interesse entre os parentes de Brasília, cidade onde residem, hoje, cerca de 1000 (mil) descendentes de nosso Clã. O sentimento de colaboração dos parentes foi pronto e meritório. Destaco, com respeito, gratidão e saudade, a colaboração do tenaz e perseverante primo Antonio Lisboa Bonfim.

Quando indagado se o trabalho seria publicado, respondia que eu era, apenas, um contador de Bonfim. Ressalto, com emoção, que no momento em que compreendi a imbricação entre as famílias Bonfim, Bezerra, Barros, Rodrigues, Leitão, Pereira, especialmente os que habitavam os sagrados territórios do Curral Velho, Mondubim, Vitória, Lagoa das Pedras e Riacho do Mato, considerei-me um Bonfim realizado, apto para informar quem é quem em nossa floresta genealógica.

Com tantos parentes casados entre si, e cerca de quatro mil Bonfins cadastrados, foi necessário criar um código para cada descendente de Alexandre, para que se pudesse fazer uma rápida localização nas longas relações que foram se formando, ou seja, cada descendente recebeu um número, pelo qual era facilmente localizado, especialmente, via computador. Todavia, quando meu ânimo arrefeceu, face a problemas funcionais, tive que dar uma parada nesse trabalho e pensar o que fazer com o mesmo. Daí surgiu uma luminosa estrela na minha vida: a destemida, altaneira, dinâmica e competente Bonfim-Bezerra-Barros-Sena da gema, de Nome Maria Olívia. Que satisfação senti, ao final de nossa conversa, em minha residência, pois esta nobre e brava guerreira, perante testemunhas da estirpe de Eduardo e Edmar Rodrigues e Francisco Bezerra de Souza, vaticinou: “Aceito o desafio e vou atrás dos outros milhares de Bonfim a serem cadastrados, estejam onde estiverem, e farei publicar o Livro dos Bonfins de Crateús”!. Na oportunidade recebeu todo material até então produzido, que o reestruturou, complementou, consertou, colocou em ordem, enfim deu-lhe a formatação adequada, havendo para tanto viajado Brasil afora, efetuado milhares de telefonemas, centenas de entrevistas em que demonstrou a capacidade de procurar, de indagar, de consultar e de buscar a origem de familiares que migraram de Crateús, anotando inclusive ambientes vividos e até desbravados, narrando causos, usos e costumes, fazendo constar os merecidos destaques a alguns descendentes do nosso patriarca. Pela obstinação a causa assumida, Maria Olivia liderou vários parentes nessa árdua missão. Daí é que resultou a meritória e denodada contribuição de Gotardo Bonfim, para que esta majestosa árvore genealógica – Os Bonfins de Crateús - obtivesse o status para ser publicada.

Verifica-se que a presente obra genealógica resultou de estudos iniciados a partir do seu próprio núcleo familiar, incentivado e auxiliado por parentes da linhagem de Alexandre Bonfim. Finalizando, gostaria apenas de ressaltar a importância deste Livro para Crateús, porque é mais uma obra genealógica de uma de suas maiores famílias, os Bonfins das barrancas do Rio Poti. Importante, sobremodo, para nós, Bonfim, Bezerra, Ferreira Barros, Rodrigues, Leitão, Pereira e demais descendentes de Alexandre Ferreira do Bomfim. Até então, Crateús só havia sido contemplada com duas importantes obras de semelhante envergadura a esta agora editada sobre os Bonfins. Refiro-me aos dois livros de genealogia, da lavra do amigo e conterrâneo Ismar de Melo Torres, sobre duas tradicionais famílias crateuenses, intitulados: “MELLO – Geneagrafia e Histórico de Crateús” (2ª Edição esgotada), e TORRES – Geneagrafia – Resgate de Uma Família”. Por último, vale a pena afirmar que é feliz a pessoa que conhece seus parentes, ascendentes ou descendentes, enfim, sua família, mesmo que visitando cemitérios, lendo lápides ou compilando registros genealógicos. Meus parentes, como eu, se sentirão gratificados com a significativa iniciativa dos obstinados autores por resgatarem a identidade dos nossos troncos familiares e promoverem a necessária divulgação, através desta obra genealógica de inestimável valor para nós sobreviventes, como para as gerações porvindouras – A FAMÍLIA BONFIM DE CRATEÚS.

Antonio Joatan Bonfim



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Sou Heliane Bonfim e meu esposo Carlos Fábio também Bonfim somos filhos de legítimos Bezerra Bomfim.É que nossos pais são irmãos, filhos de Maria da Glória e Pedro Domingos.

Arrependo-me de não ter começado com a nossa união a família "Bonfim e Bonfim".

Temos orgulho das nossas origens e estamos curiosos para vermos o livro.

Moramos em Teresina PI, mas no sábado, 18/12/2010 Mª Olívia esteve em Brasília e autografou o nosso exemplar que aguardamos ansiosamente a sua chegada.

Um comentário:

Heliane Bomfim disse...

Sou Heliane Bonfim e meu esposo Carlos Fábio também Bonfim somos filhos de legítimos Bezerra Bomfim.É que nossos pais são irmãos, filhos de Maria da Glória e Pedro Domingos.Arrependo-me de não ter começado com a nossa união a família "Bonfim e Bonfim".Temos orgulho das nossas origens e estamos curiosos para vermos o livro.Moramos em Teresina PI, mas no sábado, 18/12/2010 Mª Olívia esteve em Brasília e autografou o nosso exemplar que aguardamos ansiosamente a sua chegada.