segunda-feira, 23 de abril de 2012

BAIÃO DE DOIS


Chegando ao meu Ceará

Fui logo para o fogão.

Peguei feijão de corda

Cozinhei para o baião.

Peguei pimenta de cheiro

Ali mesmo no canteiro

Da mulher do seu João.

*

Peguei nata, peguei queijo,

De alho peguei uns dentes.

Da pimentinha de cheiro,

Já fui tirando as sementes,

E catei logo o arroz,

Organizando depois

Os outros ingredientes.

*

Quando o feijão ficou pronto

Com o arroz misturei

Botei um pouco de sal

Botei mais água e provei.

Com a cebola na mão,

O tomate e o pimentão,

O baião eu temperei.

*



Pra ver se já estava seco

Meti a colher no centro.

Peguei o queijo de coalho,

Joguei uns pedaços dentro.

O queijo se derretia

Minha gula aparecia

Com o cheiro do coentro.

*

Após esta maratona

Ficou pronto o meu baião

Comida mais cobiçada

Pras bandas do meu sertão.

Repito: baião-de-dois,

Não é só feijão com arroz,

Tem segredo e tradição!




--

Dalinha Catunda

Nenhum comentário: