terça-feira, 24 de abril de 2012

OBSERVATÓRIO

“A opinião pública quer uma CPI gigante que desmascare os privilégios na classe política. A força cidadã pode ser percebida nas declarações recentes de poderosos. Eles têm reclamado menos da mídia e mais da opinião pública. O clamor popular e apartidário por ética assusta. Gorou a tentativa de cercear a mídia. Tapar a boca do povo nas redes sociais é bem mais complicado que tentar controlar a imprensa. E Dilma defende como um mantra a liberdade de expressão”. O texto acima é de um artigo da jornalista Ruth de Aquino, na Revista Época desta semana. Ele reflete muito bem o estado de espírito da opinião pública, que tende a se traduzir concretamente no resultado das eleições vindouras.


O CENÁRIO

As próximas eleições se realizarão neste cenário de cansaço popular com os desmandos. De fúria quase indomável do cidadão com os descalabros governamentais. A facilidade e a instantaneidade com que as informações são compartilhadas nas redes sociais torna o homem comum, antes apático e distante dos acontecimentos políticos, um ator presente e militante ativo dos debates. Enquanto a sociedade avança na marcha da correção, via de regra o mundo político continua preso aos velhos conceitos.


O CENÁRIO II

Em Crateús, já pontuamos que a disputa está praticamente definida. Parece que o PSOL e o PV conversam no sentido de marcharem juntos. Se houver essa coligação, teremos três candidaturas. As outras duas são a do Prefeito (PCdoB, PT e PR) e a das Oposições Unidas (PMDB, PSDB, DEM, PTB, PDT, PSD, PPS, PHS, PSL, PMN e PRTB). O PSOL já sabe que no PV há um candidato que não transige: João Coelho Soriano (o Maçaroca). Quem quiser se aliar, já entra sabendo dessa decisão irreversível. O esquema oficial repetirá a chapa de quatro anos atrás: Carlos Felipe e Mauro Soares. As Oposições Unidas definiram um calendário que aponta a primeira quinzena de maio como o prazo limite para a definição do candidato. Nos partidos que compõem este bloco já foi passada uma peneira e cada agremiação apresentou apenas um postulante. Só o PMDB retardou a definição. Era para ter batido o martelo no sábado passado. Pediu um prazo até este início de semana.


O CENÁRIO III

Mesmo com a Prefeitura exibindo um quadro de notória dificuldade financeira, o Prefeito se movimenta como se o caixa municipal andasse às mil maravilhas e não tivesse que fechar o exercício com as contas em dia. Ao invés de medidas de contenção de despesas, anuncia obras e mais gastos. É uma operação de alto risco. Imagina que, se ganhar a eleição, poderá empurrar o problema para frente. Se perder...


O CENÁRIO IV

No laboratório da Oposição o cenário é menos delicado, porém igualmente desafiador. Como desenhar um modelo de campanha que seja capaz de seduzir a opinião pública e representar um avanço ao modelo existente? Como conduzir um debate eleitoral que agregue a insatisfação do povo e explore com maestria as contradições do esquema situacionista? Eis o dilema.


DIDEUS SALES

Se um amante da canção completa 5 décadas de versos na bagagem e a sua Revista, a Gente de Ação, 10 anos de tiragem – é óbvio que vai ter homenagem. Venha conosco celebrar esse rito de passagem. Com o texto acima a Academia de Letras de Crateús convida a população crateuense para o lançamento do livro “Nos Cafundós do Sertão” e o CD “Entre Amigos”, de autoria do poeta Dideus Sales, que ocorrerá na noite do próximo dia 05 de maio de 2012 (sábado), na Cabana Mendes. Este aprendiz de escriba foi convidado para fazer a apresentação do autor e das obras.


ALC

Por falar em Academia, o Sodalício de Letras de Crateús estará realizando nos próximos dias em Fortaleza o lançamento do livro sobre o centenário da nossa cidade.


TRONCOS CENTENÁRIOS

Esta edição da Gazeta está indo às bancas em período próximo a duas celebrações centenárias: Maria Olivia Bezerra Bonfim está comemorando o centenário; Felipe Bezerra Cavalcante festejou a ultrapassagem do centenário e cortou o bolo dos 101 anos de vida. Oxalá esse tipo de notícia se torne mais corriqueiro e nos alcance a todos.


PARA REFLETIR

Em certa ocasião alguém perguntou ao astrônomo italiano Galileu Galilei: - Quantos anos tens?! - Oito ou dez, respondeu Galileu, em evidente contradição com sua barba branca. E logo explicou: - Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida, porque os já vividos não os tenho mais, como não temos mais as moedas que já gastamos.

(Júnior Bonfim, na edição de hoje do Jornal Gazeta do Centro Oeste, Crateús,

Nenhum comentário: