domingo, 19 de setembro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, MANOEL VERAS


Quem aniversaria hoje é Manoel Bezerra Veras!

Reproduzo, aqui, uma Crônica que lhe dediquei no meu livro Amores e Clamores da Cidade:

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“Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É preciso que a pureza e a justiça existam dentro de nós!”
Citando estas palavras do poeta angolano Agostinho Neto, em 16 de março de 1991 Manoel Bezerra Veras encerrava o discurso de posse como Secretário de Administração do estado do Ceará. Até chegar àquele momento magnânimo, o crateuense da goela do Rio Poty havia atravessado muitas águas barrentas, em especial as Lagoas que sobreviviam próximo às Queimadas.

O mais jovem varão do casal Expedito Leitão Veras e Maria José Bezerra de Melo desde as babugens tenras da infância fora talhado para enfrentar as tempestades da vida. Ainda adolescente, quando o destino lhe cortou o convívio paterno, aprendeu o desassombro de abrir caminhos.

Após ter cursado o primário no Externato Nossa Senhora de Fátima, a severa escola da Dona Delite, e parte do curso ginasial no Colégio Pio XII, em Crateús, seguiu o farol do Forte de Nossa Senhora da Assunção. Na Capital Alencarina, concluiu o ginásio no Colégio Rui Barbosa, e fez o ensino médio nas salas de aula dos colégios São João e Cearense. Na UFC, formou-se em Odontologia.

(Foi por esses tempos que um dia, ao som de “Bandolins”, enamorou-se de Tânia, uma bela jovem da Serra da Santana, no Cariri, com quem entrelaçou o coração. Desse consórcio afetivo vieram ao mundo Renata, hoje bacharela em Direito e, já casada, residindo em Fortaleza; e Renê, solteiro e médico em Santa Catarina).

Sucede que, à par dos estudos, Manoel também laborava incansavelmente. Lecionou nas principais casas de ensino de Fortaleza, como Cristhus, Cearense, Skema e Capital. Foi nessa época que, de mãos dadas com professores como Chico Sampaio, Nazareno, Ênio e Artur Bruno, dentre outros, fundou o Colégio GEO STÚDIO e tornou-se um dos seus sócios principais.

A prosperidade profissional, no entanto, não o realizava inteiramente. Sentia-se chamado a compartilhar, sobretudo com a gente mais sofrida de sua terra, os talentos que Deus lhe concedera. Em 1990, iça velas e lança-se destemidamente sobre as ondas tempestuosas do oceano da política. Elege-se Deputado Estadual.

A partir daí, sua jangada andou por mares nunca dantes navegados. Logo nos primeiros dias de 1991, o então governador eleito, Ciro Gomes, o convida a assumir a pasta da Administração. Secretário de Estado por quatro anos, jamais descurou dos interesses do povo que o havia sufragado nas urnas, vindo a reeleger-se com votação sempre crescente.

Como Deputado, o ex-professor também fez escola. Ciente de que, numa região pobre como a nossa, um parlamentar não pode quedar-se apenas à atividade legiferante, Veras inaugurou um novo estilo de exercício do mandato, marcado pela imposição de um ritmo frenético de presença junto às bases e pela intermediação constante e conseqüente de obras e benefícios para as comunidades carentes. Durante os treze anos como Deputado, nunca passou um mês sem visitar as bases e invariavelmente levando uma boa nova: luz para onde reinava a escuridão, água para a comunidade sedenta, trator para a associação de produtor, escola para o analfabeto, estrada para escoar a produção, recursos para concluir ginásio poliesportivo que a juventude ansiava... Enfim, a bandeira do trabalho se sobrepondo a qualquer outra.

Na Assembléia Legislativa, ocupou a Primeira Secretaria, o segundo cargo mais importante da Casa. Foi Presidente da Comissão de Serviços Públicos, membro da Comissão de Constituição e Justiça e Líder do Governo Tasso Jereissati.

(Nessa condição, no auge da atividade parlamentar, sofreu um duro teste. Atmosfera pouco receptiva à brisa da gratuidade ou ao bafejo da gratidão, o mundo da política é marcado pelos relâmpagos do interesse imediato. Veras fez contraponto a essa lógica. Às vésperas da definição do processo sucessório de 1998, quando o seu inspirador Ciro Gomes houve por bem tomar a corajosa decisão de palmilhar caminho partidário novo e concorrer à Presidência da República, Manoel Veras não hesitou. Entregou a liderança e acompanhou o amigo!)

Uma marca indelével, no entanto, do seu múnus público é o culto à probidade. Durante todos esses anos, nunca se levantou qualquer suspeição quanto à sua correção de conduta. Jamais alguém ousou adentrar ao seu gabinete e apresentar uma proposta escusa. Foi por isso que, em 2003, quando a Assembléia foi instada a escolher um novo Conselheiro para o Tribunal de Contas dos Municípios, o dedo indicador de cada um dos Deputados estava apontado para Manoel Bezerra Veras.

No TCM, já ocupou a Vice-Presidência e hoje preside a Comissão de Legislação. Acadêmico de direito, mergulha no estudo das leis para melhor julgar a aplicação do dinheiro do povo.

Manoel, que prossigas desembevecido com os apupos do sucesso, mantendo a têmpera de homem polido na cal das adversidades, aquecendo a brasa da justiça que arde no teu peito e conservando o orvalho de pureza que hidrata tua alma!


(Júnior Bonfim)


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Junior, a respeito de Manoel Veras, ratifico todas as suas palavras.

Ontem, tive oportunidade de pessoalmente cumprimentar o aniversariante.

Que Deus o ilumine e guarde juntamente com Tânia e família.

Abraços.

Sergio Moraes

Um comentário:

Anônimo disse...

Junior, a respeito de Manoel Veras, ratifico todas as suas palavras. Ontem, tive oportunidade de pessoalmente cumprimentar o aniversariante. Que Deus o ilumine e guarde juntamente com Tânia e família.
Abraços.
Sergio Moraes